Considero que existe um erro muito comum nos diferentes canais portugueses. Que passa por "explorar" a imagem de uma pessoa até ao momento em que não há nada mais para retirar dessa pessoa. Vejamos o caso das telenovelas. Aparece alguém, que até poderá não ter nada a ver com representação, que funciona num determinado projecto de ficção. O que se faz? Usa-se essa pessoa em todas as telenovelas até que deixe de agradar ao público.
Na apresentação acontece mais ou menos o mesmo. Os canais dedicam todos os projectos a "meia dúzia" de apresentadores que têm de dar para tudo. Uns porque têm de justificar os ordenados principescos, outros porque funcionam bem em tudo e mais alguma coisa. Isto faz com que outros talentos acabem por andar meio perdidos em projectos menores. E que nunca tenham uma oportunidade que sirva para provar que podem fazer algo mais. Algo de que as pessoas gostas.
É aqui que entra Filomena Cautela. Uma mulher que considero extremamente talentosa. E que andou meio afastada das luzes da ribalta, até ao momento que o Festival Eurovisão da Canção de 2018 (realizado em Portugal) transformou a apresentadora num fenómeno mundial. Acredito mesmo que foi nessa altura que muitos descobriram o talento de Filomena Cautela. Foi também aí que se percebeu, e agora falo por cá, que estava destinada a voos maiores. Chega assim o momento de falar de O Jogo de Todos os Jogos.
Estava curioso para ver o novo formato da RTP, que é apresentado por Filomena Cautela. E gostei muito do que vi. Quanto à apresentadora, pouco posso dizer. Está à vista de todos a forma descontraída e natural como se adapta aos formatos. Fica também evidente que não é preciso gritar, berrar e mais não sei o quê para estar bem num programa. Quanto ao formato, fica também provado que é fácil entreter as pessoas com coisas leves e divertidas. Resumindo, gostei. De tudo. Como diria o grande Jorge Perestrelo, "é disto que o meu povo gosta."
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