Gostos de coisas naturais. De olhares
que atraem. De trocas de sorrisos que dizem muito mais do que mil
palavras. De insinuações físicas. Do jogo do quero-te mas vou
fingir que te ignoro. E sou contra coisas fabricadas. Detesto
atenções pagas. E, quando é preciso forçar para acontecer, mais
vale não ter.
31.1.14
eles vão lá estar. provavelmente eu também. e vocês?
No meu regresso ao Club Knock Out, em
Vale Figueira, depois de cerca de dez anos de ausência, descobri os
Sede Bandida, uma excelente banda de Coimbra. Fiquei fã e na altura
partilhei algumas fotos no instragram (@homemsemblogue) e também no
facebook do blogue. Na altura, os Sede Bandida despertaram alguma
curiosidade nas pessoas, que me perguntaram diversas coisas sobre
eles, nomeadamente onde podiam ser ouvidos. Pois bem, hoje, no Knock
Out, é dia de tributo aos U2. Segundo me disseram, são os Sede
Bandida que vão actuar. Portanto, eles vão lá estar. Provavelmente
eu também. Apareçam. E peçam Hendrick´s! É bem servido e o preço
– em comparação com outros sítios – é bem simpático.
o que é feito de? #1
Existem objectos que nos marcam.
Durante muitos anos, enquanto andava no carro nos meus pais,
vislumbrava diversos autocolantes, colados nas outras viaturas pois
lá em casa nunca se achou piada a ter autocolantes a adornar a
viatura. Dos autocolantes – se esquecer aqueles com frases do
estilo “buzina se achares que sou muito bom” - destaco dois. A
cara da menina de chapéu e o mítico coelhinho da Playboy. Alguém
me sabe dizer o que é feito destes autocolantes?
eu e as asneiras
Ontem, usei o blogue para desabafar. De forma, mais ou menos contida, escrevi o mesmo palavrão em diferentes línguas. Defendo que há momentos em que gritar um sonoro "foda-se" consegue ser algo bastante libertador. Mas a verdade é que não tenho por hábito dizê-lo em público.
Aliás, sou daqueles que chama a atenção de um amigo quando nota que este diz várias asneiras por frase. Sobretudo se for mulher. Pessoalmente, acho que uma mulher perde "classe" com coisas como estar sempre a dizer asneiras em público ou quando cospe na presença de outras pessoas.
Com isto não quero dizer que um homem fica "sexy" quando diz asneiras ou passa a vida a cuspir. Porque não fica. É igual para ambos os sexos. Mas, tenho as minhas excepções. Tenho os meus lugares sagrados onde não controlo a língua.
No carro
Quando estou a conduzir, e vou sozinho no carro, aproveito aqueles momentos para relaxar. Canto, danço e solto umas quantas asneiras.
A ver futebol
No estádio vale tudo. Para mim, um estádio de futebol é uma espécie de templo das asneiras onde não há diferenças entre os diferentes homens. Todos dizem asneiras.
A jogar futebol
Já estou mais controlado neste aspecto mas sempre disse muitas asneiras a jogar futebol. E levei muitos cartões à conta disso.
A jogar PlayStation
Quando a noite cai e o PES toma conta de mim com destaque para os jogos online. É a bola que vai ao poste, o golo falhado e a derrota com um único remate do adversário. Só podia resultar numa asneira.
Enviado do meu iPhone
30.1.14
momento de desabafo
fuck
baise
fok
qij
quái
carallo
ag fuck
joder
jebati
souložit
cazzo
јебати
Майната
sikme
apaan
fasz
naida
arraio
fick
Agora, que já tive o meu momento de
desabafo, posso desligar o computador e fazer-me à estrada. Amanhã
será um dia melhor. Mesmo que não seja, pelo menos será um dia
diferente deste que caminha para o seu fim. Se for igual, haverá
mais um momento de desabafo.
is this love? (capítulo catorze)
Alexandra e Miguel permaneciam no
carro. Ela, totalmente nua, deitada no peito dele. Que por sua vez
estava com as calças de ganga puxadas para baixo, apoiadas nos
All-Star vermelhos. E com as costas, despidas e ligeiramente
transpiradas, apoiadas no banco que é de Alexandra, pois Miguel tem
por hábito ser o condutor. O silêncio era tão profundo que se
conseguiam ouvir as batidas dos corações de ambos. “Não te
queres vestir? Ainda aparece aqui alguém e vê-nos neste estado”,
disse Miguel. “Não faz mal. Deixa-me estar assim. Em paz. Gosto de
sentir o movimento do teu peito quando respiras ao mesmo tempo que me
embalas com as batidas do teu coração”, respondeu Alexandra.
Tentando mexer-se o mínimo possível,
Miguel esticou-se para agarrar a t-shirt que estava amarrotada no
banco de trás do carro. Como o banco onde estavam estava deitado ao
máximo, não foi necessário um grande esforço para agarrar na peça
de roupa que utilizou para tapar o tronco de Alexandra. “Estás com
medo que me vejam nua?”, brincou ela. “O teu peito está
encostado ao meu, por isso ninguém te vê as mamas. E, para verem o
rabo tinham de se aproximar muito do carro passando certamente aquele
limite que nos assusta e que faz com que entremos para o livro de
recordes do Guinness como o casal que se vestiu mais depressa dentro
de um carro, estando os dois no mesmo banco”, gracejou ele.
O silêncio apoderou-se novamente do
carro. Os corações voltaram a ouvir-se. E a bater numa perfeita
sintonia. Alexandra rapidamente se deixou dormir. Miguel garante que
não. Diz que estava a fazer contas de cabeça. Mas a verdade é que
ambos dormiram mais de uma hora dentro do carro. Alexandra foi a
primeira a acordar. De frio. Depois foi a vez de Miguel. Que
continuava a garantir estar acordado. Foi já a caminho de casa que
Alexandra se lembrou que tinha algo para contar ao namorado. “É
verdade. Tinha-me esquecido de te dizer que amanhã tenho consulta na
ginecologista. Aliás, deve ir dar-me na cabeça que não vou lá há
muito tempo”, referiu. “És sempre a mesma coisa. Pensei que o
tempo a idade fossem mudar essa maneira de ser. Sabes que não gosto
nada desse deixa andar”, resmungou Miguel.
Já na cama, Miguel aproximou-se da
namorada. Alexandra estava quase a dormir. Miguel começou a
insinuar-se. Acariciando o peito com a mão direita, ao mesmo tempo
que colocava a mão esquerda por dentro das calças do pijama de
Alexandra. “Estás insaciável?”, perguntou ela. “Não te
resisto”, respondeu ele, usando todos os truques possíveis para
despertar Alexandra. Algo que não exigiu muito esforço da sua parte
pois o desejo dela era ainda maior do que o dele. Segundos depois
Alexandra estava nua, tal como Miguel. Ouviram-se gemidos de prazer.
De ambos, que não se importaram com a possibilidade dos vizinhos
partilharem sonoramente aquele momento íntimo.
Quando Alexandra acordou, já Miguel
estava pronto para sair de casa. “Não consigo ir contigo ao
médico. Não me tinhas dito nada e não consigo desmarcar a reunião
com o Jorge, por causa daquele projecto de que te falei que nos pode
dar algum dinheiro”, explicou. “Eu sei”, disse Alexandra entre
bocejos. “Boa sorte. Espero que tudo corra bem na reunião”,
acrescentou. Miguel beijou Alexandra, despediu-se e saiu de casa. Já
ela, voltou a adormecer. E na cama ficou mais algum tempo.
As horas foram passando. Alexandra
chegou ao consultório. Nervosa pelo que iria ouvir da ginecologista
da família. Afinal, quase que nem se lembrava da última vez que
tinha ido a uma consulta de rotina. “Dona Alexandra, pode entrar”,
ouviu da boca da assistente da Drª Ana Sousa. Assim que fechou a
porta do consultório, ouviu logo a voz mulher que continuava a
chamar-lhe Xaninha. “Bons olhos te vejam Xaninha. Andavas
desaparecida”, disse. “Pois...”, respondeu Alexandra, dando
aquela resposta típica de alguém que não sabe o que dizer. “Que
te traz por cá? Consulta de rotina?”, perguntou. “Mais ou
menos... Estou grávida”, soltou Alexandra.
“Grávida?!?”, foi o que a médica
disse com uma cara de espanto que Alexandra nunca esquecerá. “Dá
cá dois beijinhos Xaninha. Os meus parabéns. E agora vem a parte
profissional. A gravidez foi planeada?”, inquiriu. “Não.
Aconteceu. Mas estou muito feliz com esta gravidez”, revelou
Alexandra. “Não era isso que queria insinuar. É que é aconselhável
fazer alguns exames de rotina para perceber se está tudo ok com a
mulher antes da gravidez. E tu, pelo que vejo aqui na tua ficha, não
fazes exames há muitos anos”, disse. “Pois...”, foi aquilo que
Alexandra disse novamente por não saber o que dizer de modo a
alterar o ar de reprovação que via nos olhos da sua médica.
Além da conversa e do raspanete,
Alexandra foi sujeita a alguns exames. Além disso, a médica
solicitou ainda que fossem feitas algumas análises complementares,
já que nada fazia há muito tempo. Quando tiveres os resultados das
análises, marca consulta e volta cá. Alexandra saiu assustada do
consultório. A conversa da médica tinha provocado um receio
inesperado. “Será que está tudo bem comigo?”, foi a pergunta
que fez dezenas de vezes enquanto se encaminhava para casa.
elas e os rabos deles
Recentemente vi uma entrevista de uma
actriz, que recordava o momento em que conheceu o noivo. Dizia ela
que tinha ficado a olhar fixamente para o rabo dele. Disse também que
preferia, mil vezes, ver um homem afastar-se do que aproximar-se de
si, só para poder olhar para o rabo. Isto, para realçar a importância
que dá ao rabo de um homem.
Que os homens prestam especial atenção
ao rabo das mulheres não é novidade nenhuma. Mas confesso que me
surpreendeu a forma apaixonada como Gabrielle Union falou dos rabos
masculinos. A minha surpresa não é o facto de uma mulher admirar o
rabo de um homem mas nunca julguei que pudesse ser assim tão
importante num primeiro encontro. Será que se trata de um “encanto” especial da actriz
ou realmente as mulheres prestam muita atenção aos rabos deles?
praxe e inspecção militar
As praxes continuam na ordem do dia. Já
li muitas coisas. Já assisti a diversas reportagens sobre o tema. E
já tive de escrever, profissionalmente, sobre o tema. Analiso a
perspectiva de quem, provavelmente a quente, mete tudo no mesmo saco,
defendendo que todas as praxes são violentas e humilhantes. Assimilo
as ideias de quem entende que as praxes fazem parte de uma tradição
académica que nada tem a ver com aquilo que aconteceu na praia do
Meco.
Frequentei o curso de Ciências da
Comunicação e da Cultura, variante de Jornalismo, na Universidade
Lusófona, a mesma das seis vítimas da trágica madrugada de 15 de
Dezembro. Contudo, não fui praxado. Pelo simples facto de que entrei
na última fase de candidatura, numa altura em que as praxes já
tinham acontecido. Pretendia outro curso mas já não fui a tempo para
os pré-requisitos desse mesmo curso. Para não ficar um ano sem
estudar, optei por comunicação. Ainda fui a tempo mas perdi a
altura das praxes. Ao ter que escrever sobre o assunto, recorri a uma
colega que viveu aquele ritual.
Tal como ela, defendo que existem dois
factores que podem ser associados a algumas, reforço o termo
algumas, praxes académicas. Refiro-me à humilhação que alguns
veteranos fazem questão de aplicar aos caloiros. E o enorme desejo
de aceitação de um grupo de miúdos que se vê inserido numa nova
realidade, querendo – muitas vezes a todo o custo – fazer parte
do grupo cool da universidade. Este desejo faz com que muitos
caloiros aceitem tudo e mais alguma coisa. Até porque, os veteranos
adeptos da humilhação, usam o argumento da exclusão ao longo do
curso, para levar os jovens a submeterem-se a tudo e mais alguma
coisa. Quando na realidade, quem não aceita ser praxado ou quem se
recusa a determinadas coisas não é excluído de nada. Nem de
jantares nem de festas. Tal como quem aceita ser humilhado não é
melhor integrado na vida académica por causa disso. Mais depressa é
gozado ao longo do curso do que outra coisa qualquer.
Depois, existem aqueles que gostam de
humilhar os caloiros. Que, por sua vez, são, regra geral, pessoas
que só conseguem impor-se perante alguém daquela forma. Pessoas que
nunca se destacaram de nada nem de ninguém e que aproveitam aqueles
dias para usarem e abusarem de um poder que alguém lhes conferiu e
que poucos caloiros se atrevem a questionar. E isto faz-me lembrar a
inspecção militar.
A minha inspecção militar dividiu-se
em dois dias. Metade de um e metade de outro. O grupo era grande e
fomos bem tratados pela maioria dos militares. Excepto por um. Que
gritava connosco. Que nos tratava mal. Que ofendia se assim
entendesse. Que se insinuava fisicamente para os mancebos. Algo que
fazia com maior destaque nos momentos em que estava sozinho com o
grupo de jovens que ali estava por obrigação. Contudo, este militar
precisava de subir para um degrau para nos intimidar. Aqueles
momentos, sobretudo quando estava sozinho e se exaltava muito mais,
eram o espelho de tudo aquilo que os outros militares lhe faziam. Ele
não estava a fazer nada mais do que aquilo que os outros lhe faziam
diariamente. A solução para aquele militar foi vingar-se dos
mancebos que, por mais que queiram, não o vão enfrentar, com receio
do que possa acontecer.
Comparo este militar aos veteranos que
transformam uma simpática tradição académica num perigoso jogo de
humilhação e violência. São pessoas que usam os pequenos momentos
de comando para se vingarem de todos os males que lhes fazem ao longo
dos tempos. Porém, não posso assumir que todos os militares são
igual aquele exemplar com quem me cruzei na inspecção militar. Tal
como não posso garantir que todos os veteranos são iguais aos que
só sabem recorrer à violência e humilhação. Colocar tudo no mesmo saco não é para mim.
Por exemplo, ouvi na rádio que, em
Coimbra, as praxes são proibidas no horário das aulas, que são
proibidas pinturas nos caloiros e que a violência está igualmente
proibida. Ouvi um caloiro afirmar que foi graças às praxes que
ficou a conhecer a vida académica de Coimbra e que ficou igualmente
a conhecer as pessoas do seu curso. Revelou igualmente que nunca foi
humilhado nem nada que se pareça. Será que estas pessoas merecem ser
tratadas como criminosas por causa do comportamento inadequado de um
grupo de anormais? Ou será mais justo que se condene, de forma
severa, quem usa uma tradição académica para humilhar e tratar
abaixo de cão jovens que aceitam a realidade que lhes é oferecida
naqueles rituais.
Como referi no início do texto, não
fui praxado na Lusófona. Mas fui praxado em quase todos os clubes
onde joguei futebol. Fui igualmente praxado em estágios de futebol onde
marquei presença e também em diversos empregos onde estive. E
também praxei nestes cenários. Olhando para o passado, não me recordo de um único
momento de humilhação. Só apenas bons momentos e muitas
gargalhadas. E, quando assim é, nada há para corrigir ou condenar. Até porque, se o comportamento de algumas pessoas fosse assumido como regra geral, tinha que se acabar com muitas coisas no mundo.
dar não dói
Existem causas às quais é impossível ficar indiferente. Como sempre, este espaço serve para partilhar
aquelas que me vão chegando e/ou que vou descobrindo. Sei que os
tempos não estão fáceis para ninguém. Mas, a ideia é que cada um
dê o pouco que pode à causa que quiser. Esqueçam a vergonha de dar
pouco. Porque se um grande número de pessoas contribuir com um euro
ou com cinquenta cêntimos pode chegar para fazer a diferença.
A Vitória do Vítor
O Vítor é portador de um síndrome
raro, de nome Síndrome de Paraganglioma e Feocromocitoma Familiar,
algo que provoca o aparecimento de tumores. Neste momento, o Vítor
precisa de ajuda para angariar uma verba que lhe permita fazer um
tratamento na Alemanha. Podem saber tudo sobre este homem cheio de
vontade de viver aqui.
NIB – 0010 0000 5059 4660 0010 9
Vamos Ajudar o Tonel
O André Duarte, mais conhecido por
Tonel, de 21 anos, tem um Gblioblastoma Multiforme de grau IV,
considerado o tumor cerebral mais grave. O Tonel, que já venceu uma
leucemia quando tinha apenas 11 anos, está internado na UCIC do
Hospital Egas Moniz, há quase um mês e meio. O pai do Tonel faleceu
no ano passado e agora, a mãe quer leva-lo à Alemanha onde existe
um tratamento bastante útil. Mais informações aqui.
NIB - 0035 0298 0000 7327 4306 5
Ajudar a Inês
A Fili Marc Lojas está a ajudar a Inês
Vilarinho Reis, uma jovem de 15 anos que sofre de um tumor raro. Como
a quimioterapia não fez efeito, a mãe levou-a à Alemanha, onde fez
tratamentos através da imunoterapia. Porém, os recursos
esgotaram-se e a Inês precisa de ajuda para continuar a sua luta.
Nesse sentido, por cada compra feita nas Fili Marc Lojas, um euro
será doado à Inês. Mais informações aqui e aqui.
NIB - 0038 0360 3001 4094 7711 5
Ajudar os animais
No próximo Sábado (1 de Fevereiro), o
Grupo de Voluntários no Canil/Gatil Municipal do Seixal vai estar no
Shopping Rio Sul (Continente Fogueteiro/Seixal), junto aos tapetes
rolantes (piso -1, perto da SmartCartridge) entre as 09h e as 23h,
para campanha de recolha de donativos (rações, areias, mantas,
casotas, coleiras, trelas, medicamentos, resguardos, transportadoras,
etc), angariação de sócios/voluntários e divulgação do nosso
trabalho. A situação está cada vez mais caótica, todos os dias
nos deparamos com mais animais feridos, famintos. Também recebemos
diariamente pedidos de apoio de pessoas que não querendo deixar os
seus amigos precisam de ajuda para os alimentar e por vezes tratar.
Não queremos virar as costas mas, sem apoios as nossas capacidades
de resposta estão cada vez mais esgotadas. Por favor, ajudem-nos a
ajudar. Um saco de areia, um saco de ração, uma comprinha na nossa
banca, 50 cêntimos, tudo ajuda, tudo conta. Mais informações aqui.
agora escrevo eu #25
A emigração é um tema que já passou
por este espaço. Desta vez, a Vera junta a emigração à utilidade
dos blogues. Para aqueles que pensam que os blogues não servem para
nada, partilho um belo exemplo de algo bom e mágico que pode ser
facilmente alcançado com um blogue.
“Eu, tal como muitos outros, sou uma
portuguesa que decidiu emigrar. Em Portugal trabalhava num
call-center, que não é de todo vergonha nenhuma mas não foi para
isso que estudei e dediquei tanto tempo e dinheiro. Há um ano e meio
surgiu a possibilidade de vir para Amesterdão fazer um estágio,
cujo objectivo seria mostrar as minhas capacidades e caso me saísse
bem tentaria obter um contrato. Assim foi, estou com contrato há
quatro meses.
O tempo foi passando e alguns amigos
sugeriram que eu criasse um blog por diversos motivos, nem todos têm
facebook outros têm mas assim também poderia partilhar as
experiências com outras pessoas. Não foi à primeira que tomei a
decisão porque eu não gosto de hobbies com obrigações, mas lá me
convenci e desde Agosto existe loveadventurehappiness.blogspot.pt
contando com quase 7000 visualizações, que não estava de todo à
espera! Algo bom nos blogues é a troca de experiências com pessoas
que estão na mesma situação que nós, Tenho várias bloguers que
me seguem e eu a elas. É constante a troca de mensagens, comentários
e sugestões…
Para quem pensa emigrar, não me
arrependo em nada, os meus pais e amigos dizem que foi o melhor que
fiz mas… não é fácil, nada mesmo, principalmente se não forem
com alguém. Eu já tenho o meu namorado comigo e antes disso vivia
com os meus primos que são fantásticos mas mesmo assim não é
fácil…E basicamente é isto, falei um pouco sobre mim e se
quiserem saber mais podem sempre espreitar o blog e conhecer um pouco
mais de mim, das minhas aventuras e desventuras enquanto procuro o
meu lugar ao sol, ou neste pais mais o meu lugar à chuva e frio, mas
tem valido a pena :D”
the late late night show with hsb #2
Bob Sinclair – Cinderella (She Said Her Name)
Para desejar. Para dançar. Para despir. Para amar.
29.1.14
medidores de carácter
Nas costas dos outros vejo as minhas. É
uma máxima que me acompanha há muito tempo. E na qual penso sempre
que ouço alguém falar mal de pessoas que não estão presentes.
Porque, quem faz isto uma vez e com uma pessoa, faz as vezes que
forem necessárias e com quantas pessoas for preciso. Este é um dos
meus principais medidores de carácter.
Hoje, li algo que é igualmente um
extraordinário medidor de carácter. De forma resumida, aquilo que
li, defende que a forma como uma pessoa trata alguém que não lhe
traz qualquer benefício serve para perceber o carácter dessa mesma
pessoa. E não posso concordar mais com isto. Porque, não existe
qualquer dúvida de que o comportamento adoptado nessas ocasiões
mostra aquilo de que uma pessoa é feita.
É fácil tratar muito bem alguém que
nos pode dar algo em troca. Alguém que será um meio para atingir um
fim. E o comportamento adoptado nessas alturas leva, muitas vezes de
forma errada, alguém a elogiar uma pessoa pelo que faz. “É mesmo
boa pessoa”, dizem, tendo por base atitudes e acções que não
passam de um meio para atingir um fim. Depois do objectivo alcançado,
as pessoas mudam. “Não pensava que fosse assim”, é o lamento
que se ouve. Mas, cair neste erro é algo fácil de acontecer por
qualquer pessoa que acredite em alguém. E acredito que todas as
pessoas já passaram por uma desilusão destas.
Outra coisa completamente diferente é
observar o comportamento de alguém perante uma pessoa que não lhe
dará qualquer benefício. Ou perante alguém com quem não existe
qualquer tipo de relacionamento. Neste cenário, a pessoa mostra a
fibra de que realmente é feita. Para o bem e para o mal. E esta
análise é mais fácil de fazer do que roubar um doce a uma criança.
vou ter de levar contigo outra vez...
Tive de levar contigo durante as seis
temporadas de Lost. Era Sawyer para aqui, Sawyer para ali. E assim
foi durante o tempo que durou uma das séries mais fantásticas que
vi. Enquanto vi Lost, senti que Josh Holloway vivia lá em casa. Eram
os toques com o cotovelo quando ele aparecia em tronco nu. E mais
umas quantas frases. “Coitadinho do Sawyer”, era o que ouvia
quando o personagem levava porrada. “Coitadinho do Sawyer”, era o
que ouvia quando ele era colocado de parte pelos outros. Entre muitas
outras coisas.
Quando não era o Sawyer, era o Jack
(Matthew Fox). Parecia que estavam os dois no sofá lá de casa a ver
a série connosco, para alegria da minha mulher. Como não faço
parte do grupo de fãs de Kate (Evangeline Lilly), acho que é gira
mas nada mais do que isso, pouco podia fazer para picar a minha
mulher. Algo que acontecia apenas quando Sun (Yunjin Kim) se soltou
mais. Como aprecio imenso a sua beleza oriental, aproveitava esses
momentos para dar troco à minha mulher. Com o final da série,
Sawyer e Jack abandonaram, finalmente, a minha casa.
Até que em 2011 vou ao cinema com a
minha mulher ver Missão Impossível: Operação Fantasma. Logo no
início do filme quem é que aparece? O Sawyer. Foi uma alegria para
a minha mulher. Que durou pouco porque o personagem morre logo no
início do filme, aparecendo apenas mais uma vez, se não estou
enganado, durante o filme. E nunca mais ouvi falar do Sawyer.
Já este ano, foi a vez de ver, mais
uma vez com a minha mulher, Eu, Alex Cross. Neste filme não há
Sawyer mas há Jack. Que aparece muito magro e musculado. Além disso
faz papel de mau. Que mudou a opinião da minha mulher em relação a
Matthew Fox. Para mim foi uma alegria. Bruno 2 – Sawyer e Jack –
0.
Nestes dias, estava a folhear uma
revista quando vejo uma publicidade da Fox. Falava de qualquer coisa
relacionada com inteligência. Percebi que era uma série e,
preparando-me para o que aí vinha, enviei um email à minha mulher.
“Vai estrear uma série na Fox com o
teu amigo Sawyer”, foi o que escrevi.
“Quando? Sobre o quê?”, respondeu
com entusiasmo.
“O anúncio só diz “inteligência,
a arma secreta da Fox” e tem uma imagem dele”, expliquei.
Hoje, às 22h25 começa a série
Inteligência, na Fox. Josh Holloway, o eterno Sawyer, é o
protagonista. Lá estarei no sofá, ao lado da minha mulher. Na
esperança de que a série seja boa. A cotação do IMDB diz que sim.
Bem-Vindo a casa Sawyer. Põe-te à vontade. E que tragas mulheres
bonitas contigo para que eu tenha algo a dizer quando a minha mulher
começar a suspirar com algo que faças. Obrigado.
o que não fazer num primeiro encontro ou uma lição para este tipo de mulheres?
Esta história verídica envolve Adnan
Januzaj e Melissa McKenzie. Para quem não sabe, Januzaj é um jovem jogador do Manchester United, de apenas 18 anos. E, apesar da tenra idade,
é já disputado pelos maiores clubes europeus. Além disso, tem uma conta bancária bastante choruda. Melissa McKenzie é uma jovem
igual a tantas outras.
Melissa meteu conversa com Januzaj numa
qualquer rede social. Conversa puxa conversa e acabaram por combinar
um encontro. Até aqui, nada de anormal. Certamente que não foram os
primeiros nem vão ser os últimos a combinar um encontro após uma
conversa online. Depois de combinar o encontro, Melissa ficou toda
contente e meteu na cabeça que Januzaj a iria buscar a casa num
vistoso carro topo de gama.
Até que o jogador pede que seja
Melissa a ir busca-lo. Mas não a casa. Seria num sítio onde a sua
mãe o iria deixar. A ilusão do bólide topo de gama morreu e teve de ser a
jovem a conduzir o seu velho Ford Fiesta. Melissa escolheu as suas
melhores roupas para este primeiro encontro. Optou por um elegante
vestido. Quando chegou perto de Januzaj, este estava de camisola e
calças de fato de treino. Mais uma desilusão para Melissa.
Mesmo assim, esquecendo o carro e a
roupa, Melissa acreditava que ia jantar a um qualquer badalado e
luxuoso restaurante. Errou, mais uma vez. Januzaj preferiu ir ao
Nando´s, uma conceituada e modesta casa de frangos assados, de origem
portuguesa. Comida boa e barata mas sem qualquer romantismo. O luxuoso jantar
deu lugar a uma refeição de apenas vinte euros, lamenta Melissa.
Todavia, Melissa acreditava que depois
do jantar é que tudo ia aquecer. Será? Não! Januzaj escolheu ir a
um bar de um hotel de três estrelas onde ambos estiveram a assistir
a mais um episódio de X-Factor. Depois disto, o jogador quis ir
embora porque tinha de se levantar cedo para ir treinar. Melissa
conduziu Januzaj até casa, antes de vender/oferecer esta história a
um jornal britânico. Depois da publicação da mesma, Januzaj ainda recebeu um vale de 50 libras para gastar no restaurante.
Existem duas formas de ver esta
história. A primeira, está relacionada com um jovem de 18 anos que
se desleixou por completo num encontro que acedeu marcar com uma
sensual jovem que conheceu online. Não deu boleia, não teve cuidado
com a imagem, não escolheu um restaurante romântico, escolheu um bar
onde a televisão se destacou, pediu boleia para casa e deu tudo por
terminado.
Depois, existe outra perspectiva. Que
se trata de uma grande lição para as mulheres que fazem do seu
objectivo de vida engatar um jogador milionário que lhes compre este
mundo e o outro. Nesse sentido, Januzaj pode ter optado por uma
postura simples, de modo a perceber qual seria a atitude e o verdadeiro interesse da jovem que
estava encantada por se encontrar com um jogador de futebol
mediático.
A partir do momento que Melissa
McKenzie vende/oferece a história a um jornal, tentando fazer passar
a ideia de que o jovem jogador não passa de um forreta, está tudo
explicado. Percebe-se qual era o objectivo da morena. Que assim
aprendeu uma lição que lhe saiu cara. Pois teve de pagar o
combustível e o estacionamento enquanto Januzaj gastou apenas 20
euros no jantar.
Pessoalmente, não condeno a atitude de
Januzaj. Acho que esteve bem e será com um comportamento simples que
perceberá se uma mulher gosta de si ou se está interessada apenas
no seu dinheiro e fama. Até ao momento, Adnan Januzaj tem sido aplaudido pela sua
atitude. “Este tipo de raparigas metem-me nojo”, escreveu o
jogador Towsend, no twitter, apoiando Januzaj.
moda que não percebo
Tentei perceber. Esforcei-me para encontrar uma perspectiva lógica para isto. É certo que cada
qual sabe de si e escolhe aquilo com que se sente bem. Mas andar com
ouro e diamantes nos dentes serve para quê? Não percebo. Deve ser um upgrade da frase: "estás com um sorriso amarelo."
the late late night show with hsb #1
O silêncio da noite, quando tudo está calmo, é a altura ideal para ecoarem as mais belas músicas. Que tanto podem tocar com o volume no máximo, sendo partilhadas com diversas pessoas, podendo também ser ouvidas nuns quaisquer headphones, onde o prazer proveniente dessa música é pessoal e limitado.
Foi a pensar no prazer musical que nasceu esta rubrica que tem a sua estreia hoje. Aqui, o destaque vai para a música, que será acompanhada por poucas palavras. Esta rubrica pode ser diária, semanal ou mensal. Sendo certo que a hora de publicação será sempre a mesma.
E como não imagino uma rubrica musical sem dedicatórias, podem usar este espaço para dedicar uma música a alguém. Basta que enviem um email para homemsemblogue@gmail.com com “the late late night show with hsb” no assunto e com o link da música que querem dedicar, com o nome do remetente e destinatário (caso queiram) e algumas palavras (não muitas) sobre a música.
Para abrir as hostilidades, Mayer Hawthorne. Para ouvir. Para dançar. Para sonhar. Para desejar.
28.1.14
verdade ou mito #46
Diz que uma mulher começar aos saltos
depois do acto sexual ajuda a prevenir a gravidez. Isto será
verdade? Será que uma série de saltos assim que se termina a
relação ajudam a evitar uma gravidez indesejada? Ou será mito?
Porque na realidade serve apenas para incomodar os vizinhos de baixo
e para deixar o homem boquiaberto com a reacção da mulher. Verdade
ou mito?
será que os pais ensinam isto?
Nova visita de estudo à redacção.
Desta vez, os jovens eram mais espevitados do que os últimos.
Colocaram diversas questões, apesar de nenhum querer ser jornalista.
Aliás, aquilo que desejam está relacionado com a área mas não
passa pela escrita. Quando a visita chegou ao final, ficou na
redacção a sensação de que os jovens alunos têm a ilusão de
que vão encontrar um mercado de trabalho (seja ele qual for)
bastante simpático, onde quem estuda vê esse esforço académico
compensado com um belo ordenado.
Isto faz-me recordar aquela frase,
muito reproduzida nos últimos tempos devido às reportagens sobre os
ídolos do futebol que vivem agora com dificuldades, de que
“Cristiano Ronaldo existe só um.” Palavras que são usadas como
alerta para que os pais, que metem na cabeça que os filhos têm de
ser jogadores de futebol, percebam que ordenados de milhões estão ao alcance
apenas de uma minoria. Que não são regra geral.
E este exemplo de Cristiano Ronaldo
aplica-se a todas as áreas. Ordenados bons (por outras palavras,
justos) para recém-licenciados é uma excepção, quando deveria ser
regra geral. Não sei se os pais alertam os filhos para esta
realidade, mas é bom que o façam. Assim, evitam a reacção de
choque que muitos jovens têm quando vão às primeiras entrevistas
de emprego. “Só oferecem isto?”, é aquilo que ouço com
frequência. E isto, infelizmente, não é uma excepção. É a dura
realidade dos nossos mercados. Sendo que poucos jovens se podem dar ao luxo de esperar por um bom emprego.
A grande maioria das empresas paga
pouco. Contam-se pelos dedos as pessoas que se conhecem que ganham
aquilo que se considera ser um ordenado justo para o cargo que
ocupam. É uma triste realidade. Mas é preferível que as cartas
sejam colocadas na mesa e que se abra o jogo. Porque os paninhos
quentes vão acabar por arrefecer. Com isto, não pretendo
desmoralizar ninguém. A ideia é que as pessoas, sobretudo os mais
novos, se mentalizem para a “guerra” que vão enfrentar. E que se
preparem da melhor maneira de modo a que possam fazer parte das tais
excepções que têm um ordenado justo.
obrigado carina
Hoje, é impossível ficar indiferente a este vídeo, que está a ser partilhado em dezenas de sites, blogues e outras tantas páginas de facebook. Tal como é impossível, pelo menos para mim, ficar indiferente ao sofrimento de Filomena Teixeira ao longo dos últimos dezasseis anos. Quanto ao vídeo, só tive força para o ver uma única vez do principio ao fim. Isto porque, aos 27 segundos, apodera-se de mim um misto de sensações que me impede de continuar.
Não sou pai. Sou “apenas” tio mas morro de medo só de pensar na possibilidade de viver aquilo que Filomena tem vivido ao longo dos últimos anos da sua vida. Aos 27 segundos, é quando a mãe de Rui Pedro, que hoje faz 27 anos, aparece pela primeira vez. Os seus soluços e a falta de força para dizer o que quer que seja arrepiam-me. Assustam-me. Metem-me muito medo. Não sei o que Filomena tem vivido ao longo dos anos. A dor vazia e sem fim de não saber o que é feito do seu filho. Mas sei que nenhum pai devia viver estes sentimentos durante poucos segundos. Quanto mais durante anos.
Por outro lado, e igualmente aos 27 segundos, vejo em Filomena uma força capaz de fazer girar o mundo. São anos e mais anos de sofrimento, de dor e de ausência de respostas. Mesmo assim, Filomena consegue ter força para lutar, não descansando enquanto não tiver o seu filho perto de si. O seu objectivo de vida. Quem procurar fotos desta mãe ao longos dos últimos anos, irá verificar um enorme desgaste que se nota fisicamente nos traços do seu rosto. Quem olhar com atenção, encontrará também uma força ao alcance de poucos.
É aqui que entra Carina Mendonça, a filha de Filomena Texeira. Digo isto sem qualquer conhecimento de causa mas arrisco que Carina tem sido a tábua de salvação de Filomena Teixeira. Acredito que Carina é o principal motivo para que a mãe não entre num colapso total, do qual seria impossível recuperar. Por isso, obrigado Carina! E que o futuro desta família seja risonho.
o amor verdadeiro está no soutien
Hoje, descobri que o amor verdadeiro
está no peito de uma mulher. Mais especificamente no soutien que
usa. A Ravijour, uma marca japonesa de lingerie, criou aquilo que
considera ser o verdadeiro teste de amor. Trata-se de um soutien, de
nome true love tester, que só abre quando a mulher está realmente
apaixonada. Este artigo está ligado, via bluetooth, a uma aplicação
no telemóvel que analisa os batimentos cardíacos.
Segundo explicações da marca, quando
a mulher está apaixonada liberta hormonas que influenciam os
batimentos cardíacos. Como tal, o soutien está equipado com
sensores, que medem esses mesmos batimentos, e que enviam a
informação para a aplicação no telemóvel. Quando a emoção
atinge um determinado valor é dado um comando ao soutien para que
este se abra.
Para já, trata-se de um protótipo.
Diz-se até que não deverá ser comercializado. Todavia,
existem cinco unidades que podem ser testadas por mulheres que gastem
aproximadamente 36 euros em compras na marca. Posteriormente, irá
realizar-se um sorteio para escolher as cinco que podem
testar este soutien.
Estou curioso para ver o seguimento
destes cinco testes. Por exemplo, uma mulher que se apaixone com
facilidade estará sempre com as mamas ao léu? Uma mulher que diga a
um homem que está apaixonada por ele sem que o soutien se abra será
necessariamente uma mentirosa? E uma mulher que se queira envolver
com um homem sem estar apaixonada não lhe poderá mostrar o peito?
então e os homens? no que pensam durante o sexo?
Neste post, partilhei a visão de Jenna Marbles, que à sua maneira, revelava algumas coisas nas quais as mulheres pensam durante o sexo. De acordo com os vossos comentários, existem verdades para algumas mulheres e nada mais do que brincadeira para outras. Fui ainda alertado para ver o vídeo onde Jenna Marbles, dava conta daquilo que os homens pensam sobre o sexo.
Comparando os vídeos, achei o feminino menos exagerado do que o masculino. Foi abordada a insegurança física, o receio de que a outra pessoa note nessas coisas, entrando-se depois no domínio das muitas coisas que os homens tentam fazer às mulheres sem se preocuparem se isso as incomoda ou não. No caso do vídeo masculino, acho que há um misto de verdades com piadas exageradas.
Acredito que muitos homens tenham receio de acabar a relação cedo demais (talvez este seja o grande receio deles). Acredito que alguns façam má cara (apesar de não perceber porquê) quando elas pedem para usar preservativo. As palmadas no rabo também devem ser comuns. E acredito que muitos tentem dar uso aos dedos de forma mais ou menos inesperada. De resto, não acredito que um homem coma uma sandes quando está a fazer sexo com uma mulher, que mate a sede, que pegue no cão nem que adopte certos comportamentos que Jenna Marbles reproduz de forma muito divertida. Mas, no amor e na guerra vale tudo. E casa casal escolhe as regras da sua cama. Que se manifestem os homens e as mulheres que revelem aquilo que já lhes aconteceu.
27.1.14
dois em um. vale (mesmo) tudo e os tribunais
Ontem, estava no zapping televisivo
quando passei pela TVI. Já tinha ouvido dizer que o Desafio Final 2
estava ao rubro, com muitas expulsões e momentos pautados por níveis
elevados de testosterona onde pouco faltou para que existissem
agressões físicas. Estava a ver um pouco do reality show no momento
que aconteceu aquilo que considero ser o momento mais baixo, de que
me lembre, da história deste tipo de programas.
Em poucos minutos houve de tudo. Um
ex-concorrente (Cláudio) que se sente perseguido e invejado por Zezé
Camarinha. Este, por sua vez, acusado de chamar galdérias às
concorrentes. Os pais de uma das concorrentes a dizerem que Zezé, “à
beira da terceira idade”, inveja um jovem casal. Um ex-concorrente
(Rúben) a defender a sua amada, que foi chamada de galdéria. O Zezé Camarinha a dizer que Bernardina era a
“maior queca de Portugal.” Esta, que já lhe tinha chamado porco pela forma como tratou as mulheres ao longo da vida, a responder-lhe com um “vai-te
f****!” Outro ex-concorrente (Wilson) a dizer que o problema de
Zezé Camarinha é que já não o levanta. Camarinha a dizer que
Wilson falava mal da TVI e que ia para ali. Pais aos gritos. E por aí
fora. Tudo em mau.
Por sua vez, Teresa Guilherme (que
considero ser a única apresentadora capaz de dominar um programa
destes) assistia impávida e serena aquilo que acontecia à sua
frente. Não se foi para intervalo para acalmar os ânimos. Não se
mandou calar ninguém (excepto o público que apupava um e aplaudia
os outros). Não se fez uma ligação à casa para que o estúdio
perdesse destaque. Até se davam microfones a quem falava sem um, de
modo a que a picardia tivesse o volume adequado.
Quando me pergunto o porquê daquela
situação, só me ocorre uma palavra: audiências. Só isso
justifica aquilo que continua a não ter justificação. Ao longo dos
anos, a TVI dominou as audiências com os seus programas do género.
Factor X mudou essa tendência, tendo resultados muito bons. Como
tal, é o verdadeiro vale tudo para recuperar as audiências. Não se
olha a meios para atingir um fim. Quantos mais escândalos, melhor.
E, espero estar errado, quase que aposto que deu resultado. Que
aquele momento teve uma audiência brutal.
E agora os tribunais
Ao ver aquele momento percebi também o
porquê da nossa Justiça ser tão lenta. É que a maioria daquelas
pessoas passa o tempo todo a trocar insultos. “Galdéria, porco,
violador, pedófilo” e por aí fora. Trocam estas ofensas perante
câmaras que mostram tudo a milhões de portugueses. Mais a frio,
pedem desculpa. Mas, a resposta é sempre a mesma: “As desculpas
pedem-se em tribunal, que é lá que isto será resolvido”,
disparam. Era bem melhor que pensassem na forma como se mostram a
milhões de pessoas em vez de pensarem que o tribunal é a salvação
para todas as bocas que trocam.
quem me explica a utilidade disto #14
“É pó menino e pá menina”, podia ser o grito de
venda desta almofada criada a pensar nos solteiros. Chama-se boyfriend ou
girlfriend pillow. Está disponível em diversas cores e promete ocupar o espaço,
pelo menos no que aos carinhos no sofá e na cama dizem respeito, deixado vazio
pelo namorado(a) que não se tem no momento.
A troco de pouco mais de 18 euros é
literalmente possível ter um ombro amigo e uma mão que nos confortam quando
mais queremos e quando não temos ninguém por perto para cumprir essa missão. O
fabricante garante um abraço real de um(a) companheiro(a) que não ressona, que
não cheira mal e que não passa a noite a mexer-se na cama. Só vantagens, dizem.
Pessoalmente, só comprava esta almofada para
oferecer a alguém numa despedida de solteiro(a). E quero acreditar que é mesmo
só para isso que este produto serve. A meu ver, e a minha opinião vale o que
vale, quem concordar com a marca, que defende que se trata de um abraço real,
talvez encontre nesse argumento uma explicação para o facto de estar a abraçar
uma almofada e não um homem/mulher. Mais depressa gastava esses dezoito euros
num bar ou noutro local qualquer que implicasse convívio com outras pessoas, que até podem ressonar, cheirar mal ou mexer-se muito na cama.
Mas isto sou eu. E como posso estar errado, quem me explica a utilidade disto?
gabarolas e pedestais
Nunca percebi aquelas pessoas que adoram
gabar-se disto ou daquilo, numa gabarolice sem qualquer sentido. Refiro-me aquelas pessoas que chegam a
falar com outras apenas no momento em que têm algo para se gabar, achando que isso faz deles superiores e que vão deixar os outros tristes perante uma eventual inferioridade que pretendem demonstrar. No
prédio dos meus pais existe uma pessoa assim.
A pessoa de quem falo consegue andar na rua,
daquelas onde toda a gente se conhece há largos anos, sem falar a ninguém.
Acha-se a maior, ignora as pessoas e segue caminho numa passadeira vermelha
imaginária que surge a seus pés a cada passo que dá. Porém, quando esta pessoa
tem algo para se gabar, tudo muda. Conhece toda a gente. Cumprimenta todas as
pessoas. E conta a mesma história a todos com um sorriso nos lábios.
Tenta fazer isso com a minha irmã e sobrinha.
Tem azar que a miúda foge dela a sete pés. Não o tenta fazer comigo porque
quando nos cruzamos não lhe dou espaço para nada mais do que bom dia ou boa
tarde, isto nos dias em que não me ignora. E também o tenta com a minha mãe, com
quem se cruza mais vezes. Num dos últimos episódios, aproximou-se da minha mãe
cheia de sorrisos. A minha mãe desconfiou que vinha lá mais uma pérola. E com
razão! “Olááááááááá! Tudo bem? Blá blá blá, o meu filho está no México”, disse num monólogo.
“Tem piada, o meu filho e a mulher estiveram no Dubai na semana passada”,
respondeu centésimos de segundo depois.
A aura que habitualmente tem quando se gaba, logo
desapareceu. O sorriso fechou-se. Meteu a viola no saco e foi tocar para outro
lado. Como é óbvio, eu não tinha ido a lado nenhum. A minha mãe só respondeu
daquela forma porque sabia que era tudo aquilo que não queria ouvir e porque
isso ia acabar com aquele momento em que a pessoa tentou revelar-se superior.
Do estilo, o meu filho é muito bom e o teu não.
Se entendem ser superiores, ignorando as outras
pessoas, pelo menos que sejam coerentes e que se mantenham nesse pedestal
eternamente. Caso contrário, quando descem do mesmo correm o risco de levar com
respostas que não esperam e que fazem com que pareçam inferiores, e não
superiores, aos outros. Quando soube disto, só me apetecia dizer: high five
mom!
mais um na corrida
Esta é a melhor altura para ir ao cinema. Os
Óscares estão aí à porta e a salas de cinema são ocupadas com a maior parte dos
filmes a concurso. Eu, que já gosto de ir ao cinema, uso esta altura como desculpa
para tentar ir uma vez por semana ao cinema. Ontem, foi dia de ver Golpada
Americana, um dos filmes mais badalados dos últimos tempos, com dez nomeações
para as desejadas estatuetas douradas.
Gostei do filme. Considero que está muito bem
feito, com detalhes muito bons de fotografia e de guarda-roupa. Sem querer
abordar a história do filme, para não ser um desmancha prazeres para quem não
viu e deseja ver, falo das representações. Este filme prova que não existe um
único papel que Christian Bale não seja capaz de fazer com mestria. Entrega e
perfeição são com ele e vale cada cêntimo do dinheiro que ganhou para fazer o
filme. Confesso que o nome de Amy Adams não me dizia muito. Mas, vou manter
esta actriz, nascida em Itália, debaixo de olho. Gostei do que vi. Da forma
como representa. Do jeito como comunica com o olhar, provando ainda que
consegue ser bastante sensual.
Golpada Americana, do mesmo realizador de Guia
Para Um Final Feliz, mostra ainda que Bradley Cooper tem talento para muito
mais do que comédias como Ressaca ou para filmes românticos de Domingo à tarde.
E ainda para comprovar o imenso talento de Jennifer Lawrence. Não aparece muito
no filme mas, quando o faz é para brilhar. Aquela cena da dança a limpar o pó é
demais e mostra que não é por acaso que é a actriz sensação de Hollywwod.
Da corrida aos Óscares já vi Golpada Americana
e O Lobo de Wall Street. A eleger um destes, para melhor filme, escolhia O Lobo de
Wall Street. Na minha opinião é melhor filme e tem uma melhor história, apesar
das semelhanças que me agradam: um é uma história verídica, outro é inspirado em factos reais. Entre Christian Bale e Leonardo DiCaprio, escolhia o segundo
para melhor actor principal. Entre Bradley Cooper e Jonah Hill, escolhia o
primeiro para melhor actor secundário. Para já, não tenho termo de comparação
para Amy Adams mas acredito que só seja vencida por Cate Blanchett. Também não
tenho termo de comparação para Jennifer Lawrence mas aposto as fichas todas
nesta bela (em todos os sentidos) actriz de apenas 23 anos.
Por fim, vi a apresentação de Her – Uma História
de Amor e fiquei cheio de vontade de ver o filme que tem o louco e brilhante
(em doses iguais) Joaquin Phoenix como protagonista e que está na corrida para
melhor filme. O trailer promete!
26.1.14
25.1.14
ando numa de mercados
Faz hoje uma semana que andava a passear pelo Mercado do Bom Sucesso, no Porto. Hoje, depois de muitos elogios, fui visitar o Mercado de Campo de Ourique, em Lisboa. Se gostei da modernidade do Bom Sucesso, fiquei rendido ao ar mais tradicional e antigo do espaço de Campo de Ourique, onde as frutarias e as bancas de peixe convivem em perfeita harmonia com os espaços mais modernos.
O único senão, e almocei já perto das 15 horas, é encontrar mesa. A oferta é muita. Resisti às ostras, aos camarões, ao leitão, aos ovos mexidos com farinheira, ao sushi e entreguei-me ao entrecosto e aos pedaços de frango do Joe's Shack Menu, que recomendo. Gostei muito da onda americana do espaço e do preço acessível (sete euros).
Estes dois espaços são perfeitos para comer, beber um copo ou simplesmente para passear. Fazem-me recordar, apesar das diferenças, o Mercat La Boqueria, em Barcelona, que gostava de visitar novamente. Como ando numa de mercados, tenho de encontrar mais para visitar.
@homemsemblogue
já lá vão dez anos
Faz hoje dez anos que estava deitado na
cama, no quarto dos meus pais, a ver mais um jogo do Benfica. Era uma
difícil deslocação ao campo do Vitória de Guimarães. O Benfica
ganhava por um zero. O jogo estava perto do fim quando Miklós Fehér
decidiu queimar tempo atrapalhando o lançamento lateral de um
jogador adversário. Levou cartão amarelo. Deu um passos a sorrir.
Dobrou-se, apoiando as mãos nos joelhos. E tombou. De forma
violentíssima. Como uma pedra que é largada de uma altura qualquer,
batendo no solo sem qualquer reacção.
Quando deu a repetição, poucas
dúvidas restavam de que era algo bastante grave. As reacções dos
jogadores confirmavam o pior. E, horas mais tarde era confirmada a
morte de Fehér, de 24 anos. Voltei a ver o vídeo ontem e arrepio-me
como se tivesse acabado de acontecer. E, ao rever o vídeo volto a
ser inundado pelas mesmas questões que me atormentaram naquela
noite.
Como é que aquilo é possível? É uma
pessoa saudável. Um atleta de alta competição sujeito a exames
frequentes para descortinar tudo e mais alguma coisa. É uma pessoa
que vive do seu corpo, que é analisado ao detalhe. Como é que isto
é possível? Como? Foi aquilo que me perguntei, e que ainda hoje
pergunto, vezes sem conta. Por mais explicações que ouça, fico
sempre sem perceber como é possível. E não minto que é algo que
me assusta profundamente.
Desde miúdo que jogo futebol. Não sei
se as leis mudaram mas posso dizer que apenas numa época fiz mais
exames do que o normal. Foi quando joguei no campeonato nacional.
Nesse ano, até o despiste de HIV tive de fazer, apesar da tenra
idade. Nos outros anos, eram exames do estilo: teve isto ou aquilo?
Alguém na família teve? Sendo que, mais tarde, passei a ter de
assinar termos de responsabilidade que ilibavam todas as pessoas de
qualquer problema que pudesse ter. Não sei se isto mudou, mas espero
que sim.
24.1.14
pensamento da semana #14
O pior que se pode fazer é tomar
decisões, sobretudo permanentes, com base em sentimentos
temporários. Por norma, salvo raras excepções, os sentimentos
temporários que nos levam a tomar decisões que podem ser
irreversíveis são os maus, que podem ser resultado, por exemplo, de
uma discussão. Nessas alturas, o importante é fechar a boca e
deixar passar o tempo. É certo que o mais fácil é disparar uma
barbaridade à primeira oportunidade mas nada melhor do que engolir o
orgulho e pensar muito bem naquilo que se vai dizer. Até porque
existem três coisas que não voltam atrás: a flecha lançada, a
oportunidade perdida e a palavra pronunciada.
mixtape #3
Hoje, aqui só entra música. E, dentro deste universo fantástico só cabe um cantor, de nome Teddy Pendergrass. Confesso que só nos últimos dias é que me informei mais e melhor sobre este extraordinário cantor soul que, infelizmente, já morreu. Descobri, entre outras coisas, que ficou paraplégico em 1982, na sequência de um acidente de viação. Mesmo assim, continuou a gravar e actuar, sendo apenas derrotado por um cancro do cólon, em Janeiro de 2010.
O que motivou a minha curiosidade foi a extraordinária canção que aqui partilho. Quando vi um link, na página de facebook do actor Sung Kang, para uma tal música de nome Turn Off The Lights, fiquei curioso. Abri, ouvi. Voltei a ouvir. Voltei a ouvir. Voltei a ouvir. E depois fiz aquilo que sempre faço quando gosto de uma música. Abri o youtube e escrevi Teddy Pendergrass playlist. Foi então de descobri esta lista de cem vídeos, onde ouvi algumas músicas que reconheci, como é o caso de Love TKO.
Para quem gosta da companhia de música durante o trabalho, aconselho aquela que é uma das melhores playlists que descobri nos últimos tempos. Como cartão de visita, Turn Off The Lights, que já está no topo das minhas músicas preferidas. E fica o aviso: vão ficar presos em Teddy Pendergrass.
mulheres, desvendem este mistério sff
Será que alguém me consegue explicar
porque é que uma mulher, por mais magra que esteja, diz sempre que
está gorda (ainda hoje assisti a um episódio destes). Será que
querem um elogio? Será que querem ouvir dizer que é mentira, que
estão esbeltas e maravilhosas? E, se estão sempre a dizer que estão
gordas, porque reagem mal quando alguém, em brincadeira, confirma
essa ideia?
o que é feito dos porquês?
Quando somos mais novos (e mais
genuínos) fazemos uma pergunta. Sobre um tema qualquer. Em troca
recebemos uma explicação. Não satisfeitos, perguntamos novamente
porquê. É-nos dada uma explicação diferente. Voltamos a mostrar a
nossa insatisfação e lançamos um novo porquê? A pessoa dá-nos a
terceira explicação, completamente diferente das anteriores. Mas a
nossa insatisfação não fica saciada. Queremos mais. Desejamos que
nos expliquem tudo até ao mais ínfimo detalhe. E continuamos a
disparar porquês atrás de porquês até desgastar a pessoa que faz
os possíveis e impossíveis para matar a nossa sede de conhecimento,
típica da tenra idade. É certo que não passamos de crianças. Mas
não aceitamos nada menos do que uma explicação perfeita que nos dê
a conhecer tudo aquilo que queremos, de modo a criar uma imagem bem elaborada sobre algo.
Os anos vão passando. Com eles estes
porquês vão diminuindo. Até que desaparecem por completo. Até ao
momento em que um(a) colega nos diz que a fulana x é uma cabra por
isto e por aquilo. E nós acreditamos. Aceitamos aquelas palavras,
muitas vezes infundadas e lançadas com o objectivo de criar o caos,
sem um único porquê. Até que nos mandam um email a falar mal da
pessoa y. E nós acreditamos. Se alguém escreveu, é porque é
verdade. E dispensamos os porquês que nos permitem separar um boato
motivado por inveja ou outros interesses nefastos da realidade.
Aceitamos tudo de mão beijada. Não colocamos nada em causa. Nada!
As merdas que nos poluem são todas assumidas como verdades
inquestionáveis. E ai daquele que ouse duvidar de algo. É logo
atacado por uma alcateia sedenta de sangue: “És parvo? Estás a
duvidar porquê?”, dizem a maior raiva que conseguirem.
E com a morte destes porquês
facilmente se matam muitas outras coisas. Em poucos segundos
instala-se o mau ambiente num qualquer local de trabalho. Em breves
segundos existe uma pessoa que passa a ser olhada de lado, quem sabe
porque se lançou um boato (que não passa disso mesmo) de que subiu
na carreira na horizontal ou porque supostamente andou a falar mal
dos colegas, quando na realidade quem lançou os boatos (passando por
estrela da companhia) é que é uma pessoa intragável que se deve evitar. Sem porquês e
com muita poluição sonora temperada com veneno facilmente se
destrói a mais sólida das amizades. Ou coloca-se mesmo um ponto final
numa relação amorosa. E contra mim falo pois no secundário
terminei um namoro com base em boatos, que não passaram disso mesmo,
lançados por alguém que gostava da minha namorada.
Para mim, esse foi o ponto de viragem.
A partir daí acabou-se o emprenhar pelos ouvidos. Voltei a ser a
criança que precisa das dezenas de porquês, dizendo com frequência:
“explica-me isso como se eu tivesse cinco anos.” Faço os
possíveis para acreditar nas pessoas mas tenho tendência para
duvidar de tudo aquilo que me dizem. Sobretudo daquelas conversas que
nascem fruto do veneno de alguém e que são motivadas pelo caos que
esse mesmo alguém pretende criar.
vê lá se te descais
Adoro aqueles momentos em que pessoas,
que sabem que sou o autor deste blogue mas que nunca tocaram no
assunto perto de mim, fazem conversas em torno de blogues e autores
desses mesmos blogues com o objectivo de testar a minha reacção. Na
esperança de que me descaia ou algo do género. Mas, sempre sem
sucesso. Quer seja quando falam bem ou quando falam mal. Porque é
uma temática que não me leva a reagir. Não deixa de ser curioso
que alguns dos comentários sejam feitos por pessoas que também têm
blogues.
23.1.14
a melhor prenda do mundo
Para mim, a melhor prenda que se pode
dar a alguém é uma música. E digo mesmo dar. Não quero dizer
dedicar. Para mim, não basta dizer que se gosta muito de uma música,
que quando se ouve essa mesma música se pensa numa determinada
pessoa, acabando por dedicar esse tema a alguém que é especial para
nós. Algo muito comum nos apaixonados que dedicam músicas a quem
gostam. E também em algumas pessoas, como é o meu caso, que gostam
de associar músicas a pessoas.
Quando menciono dar uma música, quero
dizer escrever uma letra (e porque não a música também) e dizer a
alguém: “Esta música é tua. Escrevi esta letra a pensar em ti.”
Melhor ainda será se essa canção ganhar alguma popularidade e
entrar no tal domínio dos casais que as dedicam entre si e que
associam aquilo que alguém escreveu a uma história de amor.
Por exemplo, gostaria de saber o que
sentiu Bernie Taupin, quando escreveu Your Song para Elton John. Quem
será a pessoa para quem esta maravilhosa letra foi escrita? Também
gostaria de saber o que sentiu Marisol Maldonado quando Rob Thomas
escreveu If You´re Gone para si. E o que será que sente o cantor ao
perceber que esta canção é amada e adaptada por milhões de
apaixonados em todo o mundo? Ou ainda o que terá sentido Cynthia
Rodes quando Richard Marxx escreveu Right Here Waiting para si, num
momento em que estavam zangados. Canção essa que só foi tornada
pública pelo cantor (e ainda bem) a pedido dos amigos que defendiam
ser um crime manter aquela música apenas para o casal.
Podem falar-me em milhões de euros. Em
anéis de diamantes. Em férias de sonho. Em carros de luxo. Em
mansões com dezenas de suites. Mas tudo isso tem uma duração curta. Tudo isso é
efémero. Agora, músicas como aquelas que mencionei vão ficar
para sempre. Vão ser ouvidas eternamente. Fazendo sorrir ou chorar
milhões de pessoas que vão associar-se a um conjunto de
palavras agrupadas de forma perfeita por alguém que pode dizer: "fui eu que escrevi isto", existindo também a pessoa que pode dizer: "é para mim". Posso estar enganado mas
acredito que a maioria das pessoas preferia ser a inspiração de uma
música destas do que receber um presente qualquer, por mais valioso
que possa ser.
is this love? (capítulo treze)
Alexandra e Miguel viviam as horas mais
intensas das suas vidas. Depois de tudo o que tinha acontecido,
estavam juntos. Ambos se tinham entregado a um amor que parecia agora
indestrutível. E reforçado com uma gravidez inesperada mas que era
o realizar de um sonho para ambos. Aliás, a notícia da gravidez era
o principal motivo da alegria que os dominava. Depois de largos
minutos de euforia, Miguel revelou a Alexandra aquilo que queria
fazer ao longo do dia. “Hoje é o nosso dia. Já tenho tudo
planeado. Vamos tomar banho. Despacha-te”, disse.
Cerca de quarenta minutos depois
estavam prontos. Radiante, Alexandra preparava-se para abrir a porta
quando foi agarrada por Miguel. “Onde pensas que vais?”,
perguntou. “Não é para ir passear?”, respondeu. “É. Mas vou
ter de te vendar os olhos antes de saíres de casa. Não quero que
saibas onde vamos”, explicou Miguel, já com o seu cachecol preto
favorito na mão. Como era de um material não muito grosso, servia o
propósito de vendar os olhos de Alexandra. Assim que sentiu o tecido no rosto, Alexandra pressionou ainda mais o cachecol com as suas
mãos. Adorava sentir o cheiro do perfume do namorado, que assim se
misturava com o seu aroma passando a ser um só. Aquilo a que gostava de
chamar o cheiro deles.
Com os olhos vendados, lá foram para o
carro. Seguiu-se uma viagem de cerca de meia hora. Sempre ao
som das melhores músicas de Teddy Pendergrass, uma das preferências
de Miguel, que tinha acabado de fazer o download das suas preferidas.
De olhos vendados, Alexandra cedo perdeu a noção da direcção do
carro. Ainda descortinou o percurso nos primeiros cinco minutos.
Depois disso concentrou-se na música. E nas três vezes em que tocou
Turn Off The Lights, a versão gravada ao vivo num espectáculo de
1982, o seu ano de nascimento. Até que o carro parou. “Posso tirar
a venda?”, perguntou. “Claro que não”, respondeu Miguel, que
saiu do carro para guiar a namorada até ao destino final. Sentou
Alexandra e depois desfez o nó que prendia o cachecol. Assim que
abriu os olhos, Alexandra sorriu. “Sabes onde estás?”, perguntou
ele. “Claro que sei. Estamos no banco onde nos beijámos e onde
começou o primeiro capítulo do nosso namoro”, disse, com a voz trémula e com
os olhos a lacrimejar. Depois, beijou Miguel e suspirou. “Ficava o
dia todo aqui”, soltou. “Mas não ficas. Vamos já embora”, referiu
Miguel, que vendou a namorada, regressando ao carro de mão dada com
Alexandra.
Nova viagem. Desta vez, o
sentido de orientação de Alexandra não durou mais de um minuto. No
rádio, com o volume alto, continuava a tocar Teddy Pendergrass.
Agora, Miguel cantarolava You´re My Latest, My Greatest Inspiration.
É certo que a voz dele não era nada de especial. Mas como ela
adorava ouvi-lo a cantar só para ela. Não o trocava por nenhum
cantor do mundo. Por ela, podiam passar horas naquilo. E foi com isso
que se ocupou até que o carro parou novamente. No momento em que
saiu do carro sentiu uma ligeira diferença na temperatura. “Estou
em Sintra”, pensou. E acertou. Quando retirou a venda estava num
local especial. “Vou poupar-te uma pergunta. Foi naquele café que
lanchámos num dia muito especial para nós”, disse perante o
espanto de alguns turistas que tinham observado a chegada de uma
jovem vendada. Quando Alexandra e Miguel se beijaram, tudo aquilo
passou a fazer sentido para os turistas, em especial para uma senhora
de idade que não resistiu e acabou por fotografar o momento do beijo
enquanto Alexandra segurava o cachecol com uma mão. “Poupaste-me
uma pergunta. Também não preciso de dizer o que tens de fazer ao
meu cachecol, pois não?”, gracejou Miguel. Venda posta. E mais uma
viagem.
Desta vez, a viagem durou mais tempo.
Sempre ao som de Teddy Pendergrass. Com Miguel a cantarolar todas as
músicas que conhecia. Nesta viagem, com especial incidência em Love
TKO. Alexandra já nem se preocupava com o sentido de orientação.
Limitava-se a tentar adivinhar qual seria o destino, sabendo que
seria especial para eles. A determinada altura sentiu o carro abanar
mais do que o normal. “Posso estar enganada mas estamos na Ponte
Vasco da Gama”, disse. “Não sei”, respondeu, entre risos,
Miguel. A viagem continuou. Mais alguns minutos. Algumas curvas. Até
que o carro parou num local onde não se ouvia qualquer barulho.
“Algum palpite?”, perguntou Miguel antes de tirar a venda. “Tenho
um palpite mas como não se ouve nada, não sei...”, disse. Já
sem venda, Alexandra confirmou o seu palpite. “Bem me parecia que
era o restaurante onde jantámos pela primeira vez. Estava na dúvida
por causa do silêncio”, referiu. “Compreendo. O restaurante está
fechado, o que é uma pena”, lamentou Miguel. “Era tão giro”,
acrescentou. “Já sei o que vais dizer agora”, referiu Alexandra.
“O quê?”, inquiriu ele com curiosidade. “Que naquela mansão
ali em frente é que foi gravada a telenovela Anjo Selvagem. Era a
mansão onde a Paula Neves era empregada. Dizias sempre isso”,
respondeu, provocando uma gargalhada em ambos.
“Adorei. Obrigado por tudo”, disse
Alexandra. “Mas quem é que disse que já acabou? Como esta está
fechado e como já são duas horas, vamos procurar um sítio para
almoçar que não quero a mãe do meu filho com fome”, brincou
Miguel. Lá encontraram uma tasca castiça e por ali ficaram mais de
duas horas, a recordar os momentos mais marcantes da história de
ambos. Eram os únicos no restaurante mas o amor era tão contagiante
que o dono sentiu-se incapaz de lhes pedir para abandonar o espaço
de modo a fazer uma pausa antes dos jantares. Foi já perto das cinco
da tarde que voltaram a entrar no carro. Olhos vendados. Teddy
Pendergrass a cantar. E assim se iniciava mais uma viagem.
Trinta minutos depois chegavam ao
destino. Desta vez não saíram do carro. Assim que o carro parou, e
ao som de Just Because You´re Mine, Miguel tirou a venda a
Alexandra. “Sabes onde estamos?”, perguntou. “Claro que sei.
Estamos no parque de estacionamento da praia, onde vivemos uma das
nossas melhores noites de amor. Longe de uma cama, claro”, gracejou
Alexandra. “Fico feliz por te recordares de tudo tão bem”,
enalteceu Miguel. “Agora sim, este dia está completo”,
acrescentou. “Adorei. Foi um dos melhores dias da minha vida”,
sussurrou-lhe ao ouvido enquanto o abraçava. “Sabes o que quero
agora?”, perguntou Miguel. “Levar-te para casa e fazer amor
contigo, tal como aconteceu no dia em que fomos passear a Sintra”,
disse, sem que Alexandra tivesse tempo para dizer algo. “Gosto da
ideia. Mas se a noite já está a cair e se já fomos tão felizes
aqui, porque haveremos de ir para casa?”, referiu Alexandra que
imediatamente começou a despir Miguel.
Segundos depois os corpos eram um só.
Numa união perfeita e imperturbável. Nem sequer se incomodaram com
a possibilidade de serem apanhados por alguém. Para eles, naquele
momento, mais ninguém existia no mundo. Só eles os dois. Com os vidros embaciados ficaram agarrados um ao outro. Nus,
deitados nos bancos rebaixados. “Há algo de mágico em relação a
este local. Pelo menos no que ao sexo diz respeito pois a praia nem é
uma das minhas preferidas”, gracejou Alexandra. Miguel riu-se.
“Sabes aqueles momentos em que gostavas de congelar o tempo. Este é
um deles. Parava o tempo agora. Quero-te muito. Ficas comigo para
sempre?”, perguntou Miguel enquanto sentia a cabeça de Alexandra
no seu peito.
o problema das modas
O grande problema das modas é que
passam. E todos as esquecem. Porém, aquilo a que algumas pessoas se
sujeitam, para estar dentro dos parâmetros definidos por outros, é
eterno. É algo que fica para sempre, nem que seja registado numa
qualquer fotografia. E, muitas vezes, paga-se um preço muito alto
apenas e só para satisfazer um capricho que nem sequer é pessoal. É
por isso que acredito e defendo que a melhor moda será sempre aquela
que a própria pessoa deseja para si. Mesmo que isso signifique ser
olhado de lado por uma plateia onde não se consegue distinguir
ninguém porque são todos iguais, dos pés à cabeça.
motivação para o rabo delas
Quando as mulheres conversam sobre
exercício físico e ginásio, a conversa vai quase sempre dar ao
rabo. “Aquilo que queria mesmo era tonificar o rabo”, dizem.
Quando as mulheres frequentam o ginásio, pedem quase sempre planos
que permitam tonificar a zona abdominal e... o rabo. “Quero
tonificar o rabo o mais depressa possível”, explicam.
O primeiro passo para que isto aconteça
passa por trocar o aconchego do sofá e a vida sedentária por
treinos frequentes, adaptados às capacidades físicas de cada
pessoa. Para as mulheres que não conseguem colocar um ponto final na
relação de longa data com o sofá, deixo o exemplo de Jen Selter,
uma jovem norte-americana que é a “dona” de um dos rabos mais
famosos do mundo.
Jen Selter costuma divulgar, nas redes
sociais como é o caso do facebook e instagram (@jenselter),
fotografias dos momentos que passa treinar. A aplicação no treino,
e os resultados do mesmo, valeram-lhe o título de rabo mais famoso
do instagram. A publicidade em torno dos seus glúteos faz com que
seja seguida por mais de dois milhões de pessoas que olham para a
jovem como uma inspiração para treinar mais e melhor.
No página de facebook de Jen Selter é
possível encontrar vários exemplos de treinos. Deixo aqui um
desafio (de um mês) de agachamentos e o link para um vídeo com
vários momentos dos treinos da jovem de 20 anos. De resto, só falta
escolher. Treinar e ter um estilo de vida mais saudável e um rabo
tonificado ou ficar no sofá, eternamente insatisfeita, a desejar um
corpo melhor sem nada fazer para que isso aconteça.
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