30.11.18

ho ho ho (já é oficial)

Este ano fico com a sensação de que já estamos no Natal há muito tempo pois fico com a sensação de que as pessoas estão a montar as árvores de Natal cada vez mais cedo. E até eu já fiz batota porque já dei início à minha tradição pessoal que passa por comprar diferentes pais natais de chocolate para oferecer à minha mulher. Mas para mim continua a ser amanhã (1) o dia que assinala a abertura oficial da quadra natalícia. É, por norma, o dia em que a casa fica decorada e em que damos início às festividades.

Confesso ser um adepto desta altura do ano, por tudo aquilo que representa para mim e para os meus. Mas também pelo ambiente que se encontra praticamente em todo o lado. As ruas ficam ainda mais bonitas e as pessoas, mesmo aquelas que por norma são pouco simpáticas, acabam por mostrar um lado mais carinhoso. E se for preciso o Natal para isso, já vale a pena. Esta é também uma altura de boas e más memórias para mim.

Lembro-me das cartas que escrevia ao Pai Natal e que deixava penduradas na árvore. Recordo-me de me ir deitar cedo e de acordar cheio de vontade de desembrulhar os presentes que estavam na árvore. É também uma altura em que me recordo de um momento mau, pois, há muitos anos, a casa dos meus pais foi assaltada na véspera de Natal, naquele que foi o mais triste que já vivi.

E orgulhosamente não faço parte do grupo de adultos que perde encanto em relação ao Natal. É certo que é muito diferente da altura em que era criança, mas isso não belisca minimamente o encanto desta altura do ano. Por isso, estou desejoso de montar a árvore, que conta sempre com algo novo em relação ao ano anterior. Venha de lá esse Natal.


29.11.18

coisas que se aprendem com trânsito e mosquitos

Já fui uma pessoa muito mais stressada do que sou neste momento. (In)Felizmente, existiram momentos familiares e pessoais que me fizeram ser assim. Deixei de me aborrecer e irritar com aquilo que não me acrescenta nada. Deixei de gastar energias a tentar perceber quem não merece ser percebido e por aí fora. E tudo isto fez de mim uma pessoa muito mais calma.

E só isto faz com que relativize momentos como aquele que vivi hoje, manhã cedo. Chego à A2, para atravessar a Ponte 25 de Abril e fico a saber que aconteceu um acidente que limita a circulação a apenas uma faixa. Sei que isso vai roubar-me horas e acabei por demorar mais de duas horas para fazer um percurso que faço em mais ou menos 30 minutos.

Noutras alturas tinha ficado extremamente irritado. Tinha barafustado com tudo e com todos. Tinha ficado com o dia estrago. Em vez disso, aproveitei para ouvir boa música e para me colocar a par das notícias que me interessavam. Mentalizei-me de que ia ficar ali e que não poderia fazer nada em relação a isso. E assim passaram duas horas sem qualquer irritação, apenas com o cansaço de tanto tempo parado no trânsito.

E com isto acho que trânsito como este é óptimo para que as pessoas aprendam a ser pacientes. Que percebam que não controlam tudo e que existem coisas que não se vão alterar, por mais que gritem e refilem com tudo e com todos. Esta lição junta-se aquela clássica, e divertida, que está relacionada com os mosquitos. E que defende que no momento em que um mosquito nos posa nos testículos aprendemos que nem tudo se resolve com violência.

28.11.18

a surpreendente principal fantasia sexual feminina

Volta e meia surgem estudos que pretendem dar a conhecer as principais fantasias sexuais de homens e mulheres. Até aqui, nada de novo. Tal como não é uma novidade que no caso deles apareça quase sempre o ménage à trois no topo das preferências. Já nos que dizem respeito às mulheres, serem dominadas sexualmente costuma andar nos lugares da frente.

Algo que acontece num estudo mais recente. O Daily Mail foi à procura das principais fantasias sexuais das mulheres. Em terceiro lugar está o ménage à trois com um homem e uma mulher. 56% das mulheres revelam ser esta a principal fantasia. O segundo lugar é ocupado pelo desejo de serem dominadas sexualmente. É uma preferência de 65% das mulheres. Nada de novo tendo em conta outros estudos.

Já o primeiro lugar consegue ser surpreendente. Isto porque 82% das mulheres têm como principal fantasia “ter relações sexuais num local inusitado”, como o escritório ou mesmo uma casa-de-banho pública. Isto é surpreendente para mim porque não me recordo de ter visto algum estudo/questionário em que este desejo fosse o primeiro da lista. Por outro lado, compreendo a preferência por acreditar que tanto homens como mulheres acabam por ficar “excitados” com a possibilidade de serem apanhados durante o sexo. Pelo menos é esta a explicação que costuma ser associada a esta preferência.

27.11.18

body shaming só atinge os fracos

A polémica em torno de Júlia Palha reacendeu a conversa em torno do body shaming. Um mal que atinge muitos anónimos, mas que acaba por ser notícia quando os alvos são famosos, sejam eles nacionais ou internacionais. E nesta altura multiplicam-se as opiniões em torno do tema. E uma muito comum é a de que mulheres tão bonitas e bem feitas como Júlia Palha não sofrem com body shaming.

Cria-se a ideia de que o bosdy shaming só atinge gordos, magros, feios e sobretudo anónimos. Aqueles que não têm uma imagem pública que é defendida por muitos. E isto é dos mais errado que pode existir. Quem pode garantir que Júlia Palha não fica de rastos quando é tratada da forma como foi? E dou este exemplo porque é o mais recente. Quem pode garantir, sem ser a própria, que existe uma autoestima suficiente para não se deixar ir abaixo ou para não prestar atenção desnecessária às críticas?

Isto não depende da fama ou popularidade de cada um. Não são apenas os anónimos que ficam de rastos quando alguém lhe chama gordos, feios, palitos e por aí fora. E este é um dos males deste e de muitos outros problemas semelhantes. É acreditar que existem pessoas com quem podemos gozar porque aquilo passa num instante. E que só devemos ter cuidados com os fraquitos que ninguém defende.

O body shaming não é aceitável em nenhum cenário. E mesmo os “duros” que dizem que podem gozar com eles que não sofrem com isso, são, em muitos dos casos, os primeiros a ficar completamente de rastos quando são alvo de uma qualquer piada relacionada com o seu corpo. Porque a verdade é que ninguém gosta de ser vítima de gozo cheio de raiva (e não aquele que existe dentro dos grupos de amigos).

26.11.18

as mulheres não são mais do que ração

Estava a fazer zapping quando passei pelo canal da TVI que está 24 horas por dia a mostrar aquilo que se passa na casa Love On Top. Apercebi-me de que estavam a falar sobre homens e mulheres fiéis. E no momento em que chego ao canal ouço aprendo que as mulheres não são mais do que ração.

"Os homens podem estar a comer a melhor ração (leia-se mulher), podem estar a comer uma ração linda que vão atras de outra ração (mulher) sem qualidade". As palavras podem não ser 100% precisas mas não estão muito longe disto.

Só falta acrescentar que foi uma mulher que se referiu às mulheres como ração que alimenta um qualquer animal. Sendo que noutro momento do programa vi uma mulher a lamber as pernas de outra, não muito longe das virilhas.

Não me vou alongar em relação às lambidelas porque ainda estou "preso" à ideia de uma mulher ser ração, de menor ou maior qualidade. E se fosse
Um homem a dizer estas palavras em relação aos homens, teria a mesma reacção. Estas ideias dizem muito das pessoas que as verbalizam e ajudam a explicar muita coisa errada nos relacionamentos.

Antes de abandonar o canal, ainda ouvi um rapaz dizer que fiel é o cão dele é uma mulher orgulhosamente assumir-se como não sendo fiel porque para isso acontecer um homem tem de provar muita coisa.

23.11.18

a estupidez da black friday

Na generalidade, a black friday pode ser resumida por um grupo de pessoas que vão comprar coisas de que não precisam, gastando dinheiro que não têm, e que nunca as vão utilizar. Em traços gerais, é isto que acontece. Porque as pessoas são aliciadas por campanhas que são sedutoras e que poucos perdem tempo a analisar.

Este dia é bem aproveitado por um pequeno grupo de pessoas. Que são aquelas que sabem muito bem o que querem e que acompanham os preços há muito, não caindo no engodo da promoção espectacular que nos leva a comprar algo mais caro do que quando não estava em promoção.

Observem os preços, analisem os produtos e saibam aquilo que vão comprar. Estudem o orçamento e estabeleçam prioridades em relação aquilo que realmente precisam em vez de ser algo que eventualmente será útil em determinado dia. Quando se consegue fazer isto, a black friday ganha muito mais encanto.

22.11.18

ninguém trata tão mal as mulheres... como as próprias mulheres

Há muito que defendo que as piores inimigas das mulheres são as próprias mulheres. Conseguem ser más umas para as outras, conseguem dizer os piores comentários em relação a outras e são muito mais críticas e ofensivas do que os homens. E um exemplo disto tudo é a forma como a jornalista Joana Latino se referiu às mamas (desculpem não escrever peito, mas o termo correcto é mesmo assim) da jovem atriz, Júlia Palha.

“Júlia Palha, tenho que falar contigo amor (…) Eu também adoraria por-me nesse vestido, mas iam chegar as minhas maminhas primeiro e depois eu. Foi exatamente o que aconteceu contigo, chegaram as maminhas e depois chegaste tu. E a gente já não viu mais nada do teu look”, começou por dizer num programa de televisão. Acrescentou ainda que via “um brilho estranho em cima da prateleira” de Júlia Palha e que tinha vontade de “posar a cerveja, o telemóvel” nas mamas da atriz.

Tudo isto é um belo desabafo da forma como as mulheres podem ser maldosas em relação às outras mulheres. Joana Latino está no seu direito em criticar a roupa de Júlia Palha. Quer seja porque a considera feia ou porque acha que não se coaduna com o corpo da atriz. Daí a recorrer a pensamentos como posar a cerveja nas mamas de alguém vai uma grande distância. É mesmo algo que muitos homens não dizem em conversas menos próprias.

Existem excepções e homens que conseguem ser bastante ordinários. Mas é muito mais fácil encontrar, ver ou ouvir conversas de mulheres em que falam assim em relação a outras. E quando não é a prateleira é porque são gordas, magras, feias e por aí fora. As pessoas não são obrigadas a gostar todas umas das outras, mas ter algum cuidado com a escolha de palavras é algo que fica sempre bem.

21.11.18

'bora lá ter relações sexuais com robots

Um especialista defende que em 2050 vão existir mais relações sexuais entre humanos e robots do que entre humanos. Quando li isto a primeira vez, fiquei um pouco admirado. Mas bem vistas as coisas, acaba por ser algo que não me surpreende. E não digo isto por achar que é uma consequência da evolução. Olho para esta afirmação como uma consequência da forma como as pessoas vivem.

Hoje as pessoas preocupam-se, acima de tudo, com a imagem virtual que têm. A imagem que passam nas redes sociais é aquilo que mais importa. Podem ser as pessoas mais infelizes e solitárias do mundo, que a única preocupação é passar uma imagem de aparente perfeição e maravilha. Nem que para isso se tenha que abrir os cordões à bolsa para comprar dezenas de milhares de seguidores que servem para simular uma gigantesca plateia. Olhando para tudo isto, olho para o isolamento real como algo normal.

Se hoje já existe um bordel que só tem bonecas (e bonecos) sexuais e que tem as marcações esgotadas até ao final do ano, daqui a praticamente 32 anos estes espaços deixam de ser necessários porque quase toda a gente terá um boneco. E as pessoas vão começar a viver cada vez mais para si, deixando as relações para o mundo virtual, evitando assim desgostos de amor e outros problemas.

Outra informação avançada pelo especialista é que me espanta mais. Pois defende que não faltará muito tempo para que as pessoas tenham a possibilidade de criar bonecos iguais a si para que possam ter relações consigo. Defende ainda que vão existir máquinas que vão permitir que homens e mulheres consigam sentir o prazer sexual de ambos os sexos. Isto já dá mais que pensar. Quanto aos robots, nem por isso.

19.11.18

o desejo de agradar a toda a gente

Muitas pessoas têm o secreto (ou assumido) desejo de agradar a toda a gente. Algo que logo à partida é praticamente impossível. Mas mais do que ser impossível, é absolutamente desnecessário. É algo que não faz qualquer sentido. E que não traz felicidade a ninguém. Mais facilmente arranja problemas do que é a solução para algo. Ainda assim, existem muitas pessoas que vivem em função da aprovação de outros.

Com isto não quero dizer que não devemos tentar dar o nosso melhor (desde que seja natural) para agradar a um certo número de pessoas. Mas isto aplica-se a um núcleo muito restrito da vida de cada um. Dando o meu exemplo, são poucas as pessoas a quem quero agradar. E falo do meu núcleo duro familiar e mais alguns, poucos, amigos. Estas são as pessoas que não quero desiludir. E que não quero que pensem algo errado sobre mim. A partir daqui é o resto... que não passa disso mesmo.

Não me preocupo com aquilo que as outras pessoas pensam sobre mim. Nem com aquilo que dizem sobre mim. Nem com eventuais mentiras que possam espalhar. Porque quem tem de viver com isso são essas pessoas. Nada isso tem influencia na minha vida nem na minha felicidade. Nem sequer é algo que chega junto daqueles que realmente me conhecem. E isto é algo que acabamos por aprender com a idade, percebendo nessa altura que realmente tentar agradar a toda a gente é um verdadeiro desperdício.

Qualquer pessoa que analise aqueles que tem ao seu redor, facilmente percebe que aqueles que não tentam agradar a todas as pessoas são muito mais felizes do que as outras. Tal como percebem que aqueles que sentem necessidade de ter a aprovação de todos são muito mais "tristes" em diversos sentidos. As pessoas são aquilo que são. Quem gosta, gosta, quem não gosta, procura outras pessoas com quem se identifique.

17.11.18

a ira ao ira (intervenção de resgate animal)

Confesso que não conhecia o IRA (Intervenção de Resgate Animal) até me deparar com a reportagem da TVI. Assumo também, que vendo a reportagem (e centrando-me apenas no que reportam e na forma como o contam) fiquei chocado com algumas coisas, especialmente com o alegado envolvimento do PAN em toda a situação.

Mas não fiquei contente apenas com a reportagem e fui ver a página de Facebook do IRA. Rapidamente percebi que a reportagem deu ainda mais "força" aquela "associação". Li também argumentos que desmontam a reportagem por completo, como é o caso de vídeos humorísticos que são passados como sendo verdadeiros e outros vídeos que são partilhados e passados como sendo da autoria do IRA, que apenas os partilhou nas redes sociais.

De resto, são argumentos de parte a parte. E isto leva-me a acreditar que a reportagem acaba por não ser tão verdadeira (ou precisa) como julguei. Além disso, sou da opinião de que é muito fácil gostar do IRA, desde que tenham uma forma de actuação correcta.

Quem gosta de animais sente empatia por aqueles que fazem aquilo que todos querem fazer ou que desejavam que as autoridades fizessem em relação a maus tratos aos animais. E isso está bem patente no crescimento de popularidade do IRA desde que a reportagem foi transmitida.


15.11.18

a amizade é como um peido

É comum ouvir-se dizer, meio em tom de brincadeira, meio a falar a sério que "o amor é como um peido, se for forçado vai dar merda". A frase tem o seu quê de piada, mas também de verdade. E posso trocar amor por amizade. Ou por outra coisa qualquer, pois aquilo que é forçado nunca dá bom resultado. Pode ser a curto prazo, a médio ou num futuro mais distante. Mas é certo que acabará por dar merda. Ou por fazer uma pessoa muito infeliz pois faz os possíveis para aguentar que não exista confusão.

Se isto já me faz confusão no amor, devo dizer que nas relações de amizade ainda mais. Não percebo o motivo pelo qual alguém quer competir com outra pessoa pelo posto de melhor amigo. E digo isto porque entendo as relações de amizade como algo que surge naturalmente. No meu caso, aqueles que considero os meus grandes amigos (e são muito poucos) ganharam esse papel de destaque na minha vida pelo que são e não pelo que forçaram. Aliás, até não gostei de conhecer um daqueles que hoje é dos meus grandes amigos. E acho que a amizade é isso mesmo.

Não compreendo como é que uma pessoa - se for adulta ainda pior - olha para os comportamentos que dois amigos têm e começa a tentar reproduzir os mesmos, e se possível tentar fazer algo mais, com uma dessas pessoas. Isto não faz qualquer sentido. E por mais que tente, não encontro uma explicação que me leve a compreender minimamente o porquê de um comportamento destes. Mas tenho que voltar à frase inicial pois não tenho dúvidas de que acabará por dar merda.

As coisas são como são. Ninguém gosta mais de alguém por se obrigar a isso. Ninguém é mais amigo de ninguém por se obrigar a isso. Ou acontece de forma natural ou não passa de algo que, mais cedo ou mais tarde, acabará por ser insuportável para uma das pessoas ou mesmo para as duas.

14.11.18

apaixonei-me pelo rui (e isso está a fazer-me muito bem)

Já tinha falado do Rui neste texto. De forma resumida, o Rui tem tudo aquilo que considero que um profissional que trabalha num ginásio deve ter. E que deveria ser regra geral, mas infelizmente é excepção. Uma boa excepção. Conheci o Rui no ginásio que frequento e onde era personal trainer. Foi simpático desde o primeiro dia e sempre achei especial piada ao facto de cumprimentar individualmente cada uma das pessoas que estavam no ginásio.

Enquanto estivemos juntos no ginásio, o Rui nunca foi meu personal trainer. O que não o impediu de me desafiar constantemente a ser melhor e a puxar por mim, desafiando-me a fazer treinos melhores. Sem que nunca me tentasse “vender” os seus serviços personalizados. É algo que faz genuinamente. Acabámos por treinar várias vezes até que recebi a notícia de que iria abandonar o ginásio.

Num momento de tristeza pessoal, lamentei a sua partida. Porque pensei que iria perder o contacto com uma pessoa que se transformou num amigo. Com maior lucidez, fiquei feliz por saber que ia para algo melhor e que esta nova etapa seria muito boa a nível pessoal, algo que nem sempre é possível para quem tem uma vida profissional igual à do Rui.

Mas curiosamente, o momento em que nos afastámos fisicamente foi aquele em que nos tornámos mais próximos. E o Rui acabou por se transformar no meu personal trainer “à distância”. Mesmo longe, quis puxar por mim criando vários treinos específicos. Pergunta constantemente como estou e através de vídeos corrige aquilo que entende ser necessário.

Sinto-me muito melhor desde que sou treinado pelo Rui e fico muito feliz por me ter cruzado com alguém que tem por objectivo mudar a vida das pessoas. É por isso que dedico este texto ao Rui. É por isso que partilho também o seu email – ruisousa_karate@hotmail.com – porque o Rui está disponível para ajudar outras pessoas, como muito me tem ajudado.

As pessoas interessadas em ter alguém que puxe por si (à distância ou através de um acompanhamento pessoal e próximo num espaço exclusivo) podem enviar um email ao Rui, explicar a situação e ficar a conhecer as condições. Além da paixão pelo desporto, o Rui é ainda um excelente osteopata, o que faz com que seja também uma boa opção para quem procura um.

Quando partilhei o primeiro texto sobre o excelente profissional que é, o Rui veio ter comigo para me agradecer o gesto. Disse que era sincero e que não o tinha feito para que me agradecesse. E é a mesma sinceridade que me leva a dar conhecimento dos serviços que o Rui presta. Porque pessoas assim merecem ser conhecidas pelo maior número de pessoas. Obrigado, Rui!

13.11.18

Nunca te poderemos agradecer o suficiente

Entre muitas outras coisas, dos tempos de escola recordo-me de um momento especial. Era aluno do ensino secundário e numa aula de português a professora quis saber quais as nossas ambições profissionais. Depois de muitas respostas populares, um colega e amigo disse à professora que queria ser profissional de matraquilhos. Algo que chocou a professora. E que o levou a dizer que o mundo não é feito apenas de médicos e engenheiros, pois se assim fosse, ninguém fazia pão ou construía prédios.

Recordei-me deste momento quando reli as populares palavras de Stan Lee, que morreu aos 95 anos. “Costumava ficar envergonhado porque era autor de livros de banda-desenhada enquanto outras pessoas estavam a construir pontes e a seguir carreiras na medicina. Depois comecei a perceber que o entretenimento é uma das coisas mais importantes nas vidas das pessoas. Sem ele podem encaminhar-se para um fundo escuro. Sentir que se entretemos pessoas é porque estamos a fazer uma coisa boa”, disse.

E se o meu amigo foi levado para a brincadeira, a carreira de Stan Lee é a prova de que o mundo não é feito apenas de médicos e engenheiros. Muitas pessoas que quase passam despercebidas acabam por ter um papel muito importante na vida de todos nós. E Stan Lee é um desses casos. Quantas pessoas não encontraram refúgio num dos filmes dos super-heróis criados por si? Quantos jovens vítimas de bullying não encontraram refúgio e força nos personagens de Stan Lee? Muitos, certamente.

Acredito que muitas pessoas reconhecem imediatamente a Marvel, mas talvez o nome de Stan Lee passe despercebido a algumas pessoas que não sabem (ou não associam o seu nome) que é o autor de super-heróis como Homem-Aranha, Hulk, Homem de Ferro, X-Men, entre tantos outros. E muitas pessoas até nem se apercebem dos breves segundos em que aparecia nos filmes dos super-heróis que criou, como acontece em Venom, o mais recente que vi.

Temos de estar eternamente a todos aqueles que são fundamentais nos avanços da medicina e em outras áreas realmente importantes para a evolução da humanidade. Mas isto não invalida a realidade que diz que nunca poderemos agradecer com justiça a Stan Lee por tudo aquilo que fez por nós. Humildemente deixo o meu obrigado ao super-herói Stan Lee.

via GIPHY

12.11.18

detenção de bruno de carvalho

Desde ontem que só se fala na detenção de Bruno de Carvalho, que surge na sequência do ataque feito à academia de Alcochete, em maio deste ano. Notícia que poderá estar a surpreender algumas pessoas. Quanto a mim, desde o momento em que foram detidos os primeiros suspeitos que disse que esta detenção seria apenas uma questão de tempo. E assim foi, acreditando que muitas pessoas pensem da mesma forma do que eu.

Infelizmente, tal como já tinha acontecido com casos com o Benfica e com o Porto, o futebol português volta a ser notícia pelas piores razões. Temos aquele que é considerado o melhor jogador do mundo e somos os campeões europeus em título, mas as coisas boas acabam por aí. De resto, são polémicas atrás de polémicas. São confusões com clubes pequenos, médios e gigantes. São trocas de acusações, agressões e relações de conveniência. E é isto que chega lá fora. O que é pena.

E aquilo que ainda é mais triste é a quantidade de adeptos que são tão cegos pelos seus clubes que não conseguem ter o discernimento necessário para analisar as situações tal como elas são. Pessoas que são capazes de entrar em disputas físicas para defender a "honra do clube", mas que não lutam pelas famílias nem peles injustiças com que se deparam diariamente e que influenciam as suas vidas. Isto sim, é preocupante.

11.11.18

ninguém é normal - atypical

Tenho vindo a devorar as séries que vou descobrindo e pelas quais me vou apaixonando. O que me leva a procurar outras para ver e foi assim que descobri "Atypical", uma série original da Netflix. Descobri a série quando recebi um email profissional a anunciar a terceira temporada de "Atypical". Depois fiquei a saber que era da mesma autora de "Foi Assim Que Aconteceu", uma das minhas séries preferidas de sempre. Percebi ainda que era no mesmo registo, ou seja, episódios curtos de pouco mais de 30 minutos.

Já estava convencido a experimentar até que fiquei a saber a história da série. E a mesma gira em torno de um adolescente que é autista. Sendo que há um grande destaque para a sua família (pais e irmã) e para tudo aquilo que acontece na escola e trabalho. Pegar neste tema para uma série ligeira e divertida é sempre um grande risco. Algumas pessoas podiam gostar, mas outras poderia entender que não passa de gozo com um problema sério. Mas a verdade é que a série é genial.

Consegue abordar diversos problemas familiares e pessoais sempre com algum humor, algo que está ao alcance de poucas pessoas. A série está tão bem feita que já devorei a primeira temporada e pouco faltará para acabar a segunda. Como não quero abordar muito a história, deixo o trailer e a dica que é uma boa opção para quem procura algo novo para ver.



Digo ainda que o protagonista - Keir Gilchrist - que faz de Sam, merecia um prémio pela forma como dá vida a um personagem nada fácil. E acabo com uma frase dita na série: "ninguém é normal."

casamento e pesadelo

Já tinha revelado ser fã da versão australiana de "Casados à Primeira Vista", programa que acabou por chegar a Portugal pelas mãos da SIC. E tal como já tinha acontecido em outros países, também por cá existiu alguma polémica com muitas vozes a defenderem que não é mais do que brincar com o casamento. Tenho acompanhado a versão portuguesa e não estou descontente com o que tenho visto.

Acho apenas que os portugueses têm o defeito de achar que todos os programas exigem um apresentador, quando não é assim. Nada tenho contra a Diana Chaves mas não acrescenta nada ao programa. Estar lá ou existir apenas uma voz, seria a mesma coisa. De resto, acho que numa fase inicial chegou a ser confuso porque existiam muitos saltos entre pessoas e casais que acabavam por baralhar as coisas. A partir daí, é um programa interessante que está ao nível daquilo que via na edição que acompanhava mais de perto.

O pior de "Casados à Primeira Vista" é mesmo o horário a que o programa é emitido. Durante a semana concorre com programas fortes e ao domingo bate-se com "Pesadelo na Cozinha", que continua a liderar as audiências. Vamos na segunda edição, os escândalos já não são tão fortes como na primeira, mas as pessoas continuam presas ao ecrã para descobrir o que irá acontecer ao restaurante visitado por Ljubomir Stanisic. E só falo das audiências porque existem lutas desiguais que matam a continuidade de bons programas, considerados um fracasso a nível de audiências.

assim nasce uma estrela

Há muito que queria ver o filme "Assim Nasce uma Estrela". Já tinha lido muitas coisas sobre o filme e nas redes sociais ia encontrando os mais rasgados elogios ao filme. Com isto tudo criei uma enorme expectativa e não saí da sala de cinema defraudado.

Começando por Bradley Cooper, olho para o actor como olho para Matthew McConaughey. São dois actores que as pessoas estavam habituadas a associar a filmes ligeiros mas que são brilhantes noutros registos mais exigentes e menos divertidos. Neste caso, Cooper esta brilhante na pele de um cantor que tem de lidar com muitos problemas e fantasmas.

Quanto a Lady Gaga, tinha lido diversas opiniões de pessoas que defendiam que merece um Óscar. Confesso que gostei imenso da sua prestação mas, neste momento, considero ser exagerado merecer tal distinção. Vamos ver o que acontece... Aproveito ainda para reforçar a opinião de que é uma mulher linda quando se despe da produção que faz dela Lady Gaga. Quanto aos dotes vocais, quem tiver dúvidas sobre a qualidade dos mesmos poderá dissipar as dúvidas com o filme.

Quanto ao filme em si, é triste, lento e um pouco longo. Isto poderia ser uma crítica mas o brilhantismo do mesmo faz com que seja um elogio. E a banda sonora é algo de genial. Concluindo, é daqueles filmes para ver e rever várias vezes.

8.11.18

dica para pessoas que vivem das borlas

O número de seguidores que alguém tem nas redes sociais tem poder suficiente para atrair as mais diversas marcas. Ou, numa perspectiva completamente diferente, faz com que muitas pessoas sintam poder para abordar marcas e espaços a solicitar algo em troco de "publicidade". Até aqui nada de novo. É uma consequência do crescimento da era social/virtual e trata-se de uma dança que terá sempre de ser dançada a dois: quem quer promover algo e quem quer receber algo.

Apenas defendo que tudo na vida deve ter uma estratégia. E muitas pessoas parecem esquecer isso no momento de "pedir" mais uma borla. Vamos pegar no exemplo dos restaurantes. Se uma pessoa aborda um determinado espaço, a solicitar uma experiência gastronómica a troco de visibilidade nas redes sociais, não deverá propor o mesmo do restaurante ao lado no dia seguinte. Ou uma semana ou mesmo um mês depois. É algo que irá cair mal a um espaço ou mesmo aos dois. E será uma atitude que provavelmente irá fechar duas portas para sempre.

E dou o exemplo dos restaurantes porque tenho um bastante próximo. Poderia falar de outras situações ou mesmo de outras realidade fora do mundo virtual. Noto que as pessoas cada vez mais pensam apenas naquele minuto. Não param para pensar no impacto que aquele minuto poderá ter no futuro. Não estão preocupadas em perceber se será um único minuto ou vários no futuro. E depois nunca percebem os motivos pelos quais as portas estão fechadas.

verdade ou mito #104

Há quem defenda que determinados alimentos são afrodisíacos. Há também quem diga que tudo não passa de algo meramente psicológico. Mas agora surge a informação de que comer chocolate aumenta o desejo sexual dos homens, tal como melhora a performance sexual deles. Isto será verdade, porque realmente está provado ser esse o efeito do consumo de chocolate. Ou será mito, porque não passa de algo psicológico? Verdade ou mito?

6.11.18

decorações de natal: yay or nay?

Se já existiam lojas com muitos artigos de Natal, agora são os centros comerciais que passam a ostentar as decorações natalícias. Algo que muitos adoram e que outros tantos odeiam. Senado algo que não me aquece nem arrefece. Sou incapaz de odiar as "precoces" decorações natalícias, até porque tudo não passa de um negócio que faz todo o sentido.

Por outro lado, sendo uma pessoa que trabalhou num centro comercial durante vários anos, não me custa nada estar a ver as decorações ocasionalmente. Aquilo que custava era passar meses a fio a ouvir umas dez (se tantas) musicas de Natal que estavam sempre a tocar, sem parar.

De resto, venha o Natal e o espírito natalicio, nem que seja para que as pessoas possam estar um pouco mais sorridentes durante alguns meses. É acho que as pessoas só estranham mais as decorações porque os dias quentes são cada vez mais prolongados e as pessoas nem dão conta dos meses em que estão.

Venha de lá esse Natal e de preferência sem ódio por aquelas pessoas que já montaram a árvore e estão deliciaras com o espírito natalício. Até porque todos nós temos algo que "irrita" os outros.

5.11.18

arrentela, bairros problemáticos e preconceito

Quem é da Margem Sul (ou frequenta a zona) sabe que existem locais que têm má fama. Um deles é a Arrentela. Basta dizer o nome a alguém e ouvem-se as mais variadas críticas. Uma fama que vem do passado, mas que nem sempre é justa.

Posso dizer que fiz o ensino preparatório na Arrentela numa altura em que a fama (e o proveito) era muito pior do que agora. Durante os dois anos lá passados, recordo-me de me terem tentado assaltar uma vez - fiquei amigo da pessoa - e de ter ficado fechado um dia na escola porque existia um tiroteio nas imediações da mesma.

Estas são as piores memórias que me ocorrem desses tempos. Mas ainda hoje muitas pessoas, pelas mais variadas razões, evitam essa zona. Falam mal de quem lá vive e criticam realidades que nem sempre são ajustadas ao que lá acontece. Cada pessoa terá os seus motivos mas vou pegar no exemplo da Telepizza para tentar falar do exagero que nem sempre é justo.

Quando vou à Telepizza buscar pizzas para comer em casa, vou a uma que se ajusta ao meu caminho mas que não pertence à minha morada. Já quando peço para entregarem em casa, tenho de pedir à Telepizza da Arrentela para o fazer.

E nos últimos tempos é o que tenho feito. O que me obriga a conviver com os funcionários da loja, que fica na tal zona da má fama e de gente má. E só posso dizer maravilhas de todos. Quer seja dos que atendem o telefone até aos que fazem as entregas.

Já frequentei várias Telepizzas e não existe uma que tenha funcionários mais educados do que aqueles. Prestáveis, simpáticos e eficientes. Algo raro em muitos jovens e em negócios em que os funcionários mudam à velocidade do vento.

Se este exemplo serve para fazer da Arrentela o melhor bairro do mundo? Não! Mas serve para que se perceba que nem todas as pessoas de lá têm obrigatoriamente de ser pessoas com poucos valores, delinquentes e maus funcionários. Acrescento ainda que vejo naqueles jovens coisas que não vejo em muitos que não têm de viver com o peso do sítio onde nasceram.

aquilo que separa um homem cool dos outros

No Dia Mundial do Cinema fica sempre bem relembrar aquele detalhe que separa os homens cool dos restantes. E é assim em praticamente em todos os filmes.