29.11.18

coisas que se aprendem com trânsito e mosquitos

Já fui uma pessoa muito mais stressada do que sou neste momento. (In)Felizmente, existiram momentos familiares e pessoais que me fizeram ser assim. Deixei de me aborrecer e irritar com aquilo que não me acrescenta nada. Deixei de gastar energias a tentar perceber quem não merece ser percebido e por aí fora. E tudo isto fez de mim uma pessoa muito mais calma.

E só isto faz com que relativize momentos como aquele que vivi hoje, manhã cedo. Chego à A2, para atravessar a Ponte 25 de Abril e fico a saber que aconteceu um acidente que limita a circulação a apenas uma faixa. Sei que isso vai roubar-me horas e acabei por demorar mais de duas horas para fazer um percurso que faço em mais ou menos 30 minutos.

Noutras alturas tinha ficado extremamente irritado. Tinha barafustado com tudo e com todos. Tinha ficado com o dia estrago. Em vez disso, aproveitei para ouvir boa música e para me colocar a par das notícias que me interessavam. Mentalizei-me de que ia ficar ali e que não poderia fazer nada em relação a isso. E assim passaram duas horas sem qualquer irritação, apenas com o cansaço de tanto tempo parado no trânsito.

E com isto acho que trânsito como este é óptimo para que as pessoas aprendam a ser pacientes. Que percebam que não controlam tudo e que existem coisas que não se vão alterar, por mais que gritem e refilem com tudo e com todos. Esta lição junta-se aquela clássica, e divertida, que está relacionada com os mosquitos. E que defende que no momento em que um mosquito nos posa nos testículos aprendemos que nem tudo se resolve com violência.

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