Já tinha o blogue há alguns meses quando integrei o mesmo no sitemeter, algo que me permitia comparar os dados do próprio blogger com os deste site que providencia estatísticas de modo gratuito. Que por sua vez é igualmente o fornecedor de estatísticas do blogómetro, que disponibiliza uma listagem diária dos blogues mais visitados em Portugal, sendo que apenas são contabilizados aqueles que têm sitemeter e que estão na base do blogómetro.
Na última mudança de imagem do blogue apaguei praticamente tudo o quer dizia respeito ao design do mesmo. Nesta limpeza acabei por apagar a aplicação onde tinha o sitemeter. Ainda tentei recolocar mas acabou por dar erro e desisti de ter o blogue associado ao sitemeter, o que por sua vez invalida que seja contabilizado no blogómetro, onde estava inscrito desde o momento em que passei a ter sitemeter. E foi a melhor decisão que tomei.
Para mim, listagens com “os mais” do que quer que seja servem apenas para ter dados estatísticos. Permitem-me descobrir os álbuns mais comprados, as músicas mais ouvidas, os livros mais vendidos, os programas mais vistos e por aí fora. Porém, quando o tema é a blogosfera, as listagens onde constam os mais lidos carregam consigo uma excessiva e desnecessária dose de ódio. Quanto melhor cotado, mais odiado. Quase que é visto como um alvo a abater. Existe uma necessidade de provar que não é tão bom como os números revelam.
Por outro lado, existe uma guerra. Daquelas ao estilo de a minha pilinha é maior do que a tua. O objectivo é escalar cada vez mais. Hoje ganha-se a este e mete-se a língua de fora. Amanhã ganha-se ao outro e diz-se “toma, toma” e assim sucessivamente. Quando se perde – como se aquela tabela tivesse por objectivo uma competição que dá um prémio ao primeiro – procuram-se desculpas para justificar o insucesso e, mais uma vez, ataca-se quem está nos lugares cimeiros onde não se consegue chegar.
Como referi, para mim não passam de números e estatísticas. A qualidade, que é sempre subjectiva, não passa pelos números. Passa pelo trabalho que é feito, neste caso específico em blogues. E os primeiros não têm de ser os melhores para todos. São apenas os mais visitados. Depois, existem aqueles que defendem que a escalada na tabela significa que mais facilmente se atraem marcas que querem fazer publicidade, o que pode gerar um encaixe financeiro extra.
Mais uma vez, considero que esta forma de pensar está errada. Porque não é um lugar cimeiro que vai atrair marcas ou o que quer que seja. É a qualidade do que é feito. Porque os números não bastam. Tem de existir uma identificação. E para perceber isso basta dar uma vista de olhos nas mais diferentes publicações que temos no mercado. E facilmente se percebe que aquelas que mais vendem não são necessariamente as que tem as melhores publicidades. Porque essas dependem sempre dos conteúdos e também do público que consome a publicação.
Aquilo que é bom, seja em que área for, não necessita de uma tabela para o provar. A melhor publicidade é a que passa de boca em boca. As tabelas podem fazer chegar um pouco mais longe mas nunca vão ser o principal factor de destaque do que quer que seja. E é pena que no caso dos blogues sirva sobretudo para gerar ódios sem sentido e dar início a guerras em que se comparam tamanhos de pilinhas.