Mostrar mensagens com a etiqueta trabalho. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta trabalho. Mostrar todas as mensagens

13.6.22

5 dicas para perderes peso durante o horário de trabalho

O dia de trabalho, para a maioria das pessoas, é de oito horas. E muitos dos empregos levam os trabalhadores a passar a maioria desse tempo sentados, em frente a um computador. Se juntarmos isto à falta de exercício físico, está instalado o sedentarismo que pode levar ao aumento de peso. Por isso, aponta estas cinco dicas que vão fazer com que percas peso durante o horário de trabalho.

1 – Estacionar o carro afastado do local de trabalho

Se vais para o trabalho de transportes públicos podes saltar este ponto. Se a deslocação é feita de carro, podes deixar a viatura a alguma distância do local de trabalho. Assim, irás fazer, pelo menos, duas caminhadas por dia.

2 – Evita os elevadores

Sempre que tiveres que te deslocar no edifício em que trabalhas, evita os elevadores. Utiliza as escadas e assim já estás a fazer exercício físico durante o trabalho.

3 – Aproveita a hora de almoço para caminhar

Sais da secretária para te sentares no refeitório a comer, e daqui voltas logo para o posto de trabalho? Aproveita a pausa do almoço para caminhar. Nem que seja dentro do edifício em que trabalhas.

4 – Escolhe alimentos saudáveis

Se levas comida para o trabalho, opta por ter contigo alimentos saudáveis. Peças de fruta, palitos de cenoura, ovos cozidos e frutos secos são apenas algumas das sugestões. Se não levas comida e preferes ir à máquina de vending comprar algo, dá primazia às opções saudáveis.

5 – Não passes o dia com fome

Restringir as refeições ao pequeno-almoço, almoço e jantar não é uma boa opção. Isto fará com que fiques com mais apetite. O ideal é que comas algo de duas em duas (ou três em três) horas. Opta por pequenos lanches e, mais uma vez, dá preferência a alimentos saudáveis.

18.5.22

sexo leva a uma maior produtividade no trabalho

Não é novidade que o sexo faz bem à saúde. Mas desenganem-se aqueles que acreditam que o lado bom do sexo se fica por aqui. É que as relações sexuais até fazem das pessoas melhores trabalhadores, aumentando a produtividade no local de trabalho. E este tipo de benefícios não se ficam por aqui.

Um estudo realizado pela Universidade de Washington em parceria com a Universidade de Oregon, ambas dos Estados Unidos da América, acompanhou 159 trabalhadores casados, ao longo de duas semanas. A conclusão foi a de que os casais com maior actividade sexual são aqueles que têm mais vantagens a nível laboral.

As relações sexuais aumentam a capacidade de concentração dos trabalhadores

Os investigadores realçam que o sexo deixa as pessoas mais felizes, algo que tem impacto no estado de humor durante o horário de trabalho. Os níveis de stress são mais baixos, o que faz com que seja muito menos complicado lidar com problemas laborais. A capacidade de concentração aumenta, o que leva a uma maior produção. Todos estes aspetos resultam num sentimento de orgulho em relação ao trabalho efetuado e numa maior predisposição para a vida depois do horário de trabalho.

O estudo explica que tudo isto acontece porque as relações sexuais fazem com que o corpo liberte dopamina, endorfinas, ocitocina e serotonina, algo que deixa as pessoas mais felizes, descontraídas, equilibradas e satisfeitas. Sendo que os efeitos positivos do sexo acabam por se prolongar até ao dia seguinte. É só benefícios! Mas cuidado, pois os investigadores alertam para o perigo do impacto de levar para casa os problemas do trabalho. Esse stress terá um impacto negativo na vida sexual do casal.

21.8.21

estudo revela por que as pessoas se sentem sonolentas depois das 18 horas

Dás por ti a ficar sonolento depois de um dia de trabalho? Se respondeste que sim, fica a saber que não estás sozinho. Um novo estudo vem revelar que as pessoas estão a lutar para se manterem acordadas depois das 18 horas. O trabalho, que contou com pessoas britânicas, aponta ainda os motivos para que este cenário seja uma realidade. E tudo está relacionado com o tempo passado a olhar para o computador. 

O primeiro destaque vai para a quantidade de horas diárias que as pessoas passam, em média, a olhar para um ecrã de computador, televisão ou gadget. E estou a falar de seis horas por dia. 73% dos 2.000 adultos inquiridos assumem que não se imaginam a passar um dia sem olhar para um ecrã. O estudo mostra ainda que o teletrabalho faz com que as pessoas não tenham tantas interrupções (como nos locais de trabalho), o que significa que não existem tantas pausas. 

 

Recomendadas mais pausas 

 

O trabalho, realizado pela Artelac, mostra também que 41% dos adultos tiveram olhos secos de forma mais frequente ao longo dos últimos 15 meses. 34% referem que criaram um horário para que deixem de olhar para ecrãs. E a hora escolhida é, em média, as 20h54. Tudo isto leva a que os profissionais estejam a ser aconselhados a fazerem mais pausas quando estão em frente ao computador.

1.6.21

empresa aposta nas pausas para masturbação

Uma das cenas marcantes de O Lobo de Wall Street acontece quando os personagens de Matthew McConaughey e Leonardo Dicaprio estão à conversa e o primeiro diz que se masturba no trabalho com frequência. Que é algo que ajuda a que se concentre. Pois bem, esta é uma realidade que está a ser seguida por algumas empresas que estão a apostar em pausas para masturbação.  

O caso mais recente chega através de Erika Lust. A cineasta independente está a oferecer aos 36 trabalhadores uma pausa diária para que se masturbem durante o horário de trabalho. Foi criada uma estação de masturbação que poderá ser reservada pelos funcionários para um horário à sua escolha. A equipa revelar detalhes sobre esta iniciativa nas redes sociais e serão gravados sons do prazer. Que também serão partilhados no Dia Internacional da Masturbação, a 28 de maio.  

 

Estudo revela que 39% das pessoas já se masturbou no local de trabalho 

 

Esta iniciativa irá prolongar-se até ao final do ano. Além de querer destruir os estigmas associados à masturbação, Erika Lust desafia que outros empresários sigam o seu exemplo. E a verdade é que esta é uma realidade mais comum do que muitos julgam. Um inquérito realizado pela Time Out New York em 2016 mostrou que 39% das pessoas já se masturbou no local de trabalho. 

1.4.19

este estranho ritual laboral que quase parece ser obrigatório

Não sei se é por passarem muito tempo nos locais de trabalho, mas fico com a ideia de que as pessoas confundem cada vez mais os conceitos de amizade. E estou a juntar a amizade às relações profissionais porque parece que existe um ritual laboral que quase parece ser obrigatório. E que passa pela amizade virtual.

Hoje em dia, uma pessoa chega a um emprego novo e uma das primeiras “tarefas” passa por estabelecer amizade virtual com todos os colegas. Como se o novo emprego fosse sinónimo de amizade com pessoas que se conhecem há cinco minutos e com quem se trocou duas ou três palavras. É disparar pedidos de amizade em tudo e mais alguma coisa. É no Facebook, é seguir no Instagram e Twitter, se existir. E em todas as redes sociais possíveis e imaginárias.

Parece que é obrigatório ser amigo das pessoas com quem se trabalha. Mesmo que não exista uma relação que vá além do profissional e cordial. E mal daqueles que não entram nesta onda. “Aquele(a) não aceita o meu pedido de amizade porquê?”, perguntam. E depois criam teorias em torno disto. Quando são amigos, surgem novos problemas.

“Já viste o que aquele(a) escreveu? De certeza que é uma boca para fulano ou sicrano!” E está assim montada uma telenovela venezuelana dobrada em brasileiro, que passa na televisão à hora de almoço. Comecei por dizer, no título, que é um estranho ritual laboral. E mantenho esta opinião. Porque não sou obrigado a ser amigo de todas as pessoas com quem trabalho. Tal como não tenho que saber detalhes pessoais das suas vidas nem eles das minhas. E, por mais que algumas pessoas confundam as coisas, as redes sociais pessoais não são ferramentas de trabalho. Para ninguém e em lado nenhum.

5.4.18

afinal, não faz mal acordar todos os dias antes de 6 da manhã

05h45. Esta é a hora a que o despertador toca. Até porque começo a trabalhar às 8 da manhã. Quando digo às pessoas que acordo a esta hora, ficam "malucas". Dizem que não eram capazes, entre muitas outras coisas. Mas parece que sou eu que estou bem. E quem o diz é a ciência, que estudou um grupo de CEOs, chegando à conclusão de que 90% deles acordam antes das seis da manhã. E pelos mais variados motivos.

1# Sentem que têm controlo da vida
A tentação de ficar na cama é enorme. Tomar a decisão de sair do quentinho faz com que a pessoa sinta que está a controlar a vida.

2# Mais tempo para praticar exercício físico
Muitas pessoas pensam, de forma errada, que praticar desporto logo pela manhã é cansativo. Quando é algo que dá energia para o resto do dia. Acordar cedo permite treinar antes de iniciar a o trabalho.

3# Adeus stress matinal
Quando saímos da cama com o tempo contado, cada minuto que perdemos é uma dor de cabeça. É o trânsito, é a fila nos transportes, é tudo e mais alguma coisa. Acordar mais cedo acaba com este desnecessário stress matinal.

4# Comes melhor
Mais uma vez, se não estás com pressa, tiras maior prazer de tudo. Até de um melhor pequeno-almoço, que é a refeição mais importante do dia.

5# Momentos de silêncio
Acordar antes da maioria das pessoas permite algo muito bom: apreciar momentos de silêncio. E que os vive sabe a importância que isso tem antes da loucura de mais um dia de trabalho.

6# A produtividade é maior
A ciência explica o último ponto. Quando acordamos mais cedo somos mais pro-activos e lidamos melhor com os problemas de trabalho. Ou seja, somos mais produtivos.

Depois de descobrir isto, olho de maneira diferente para a hora marcada no despertador.

17.7.17

agradar a um homem não é fácil

Fiquei muito contente quando me fizeram o convite para fazer parte da equipa que ia ficar responsável por um site masculino. À alegria juntou-se o entusiasmo e motivação que vinha perdendo com o passar dos anos. Acompanhar um projecto desde o seu nascimento tem muito mais sabor do que entrar quando o comboio já vai a meio. É bom estar em reuniões para escolher nomes e "vender" ideias. É bom fazer parte do dia em que algo passa a ser real. É mesmo muito bom.

Mas em nenhum momento achei que este projecto seria fácil. Porque não é fácil triunfar num universo em que cada vez existem mais apostas. As pessoas dedicam cada vez mais tempo aos sites e blogues, sendo que o papel caminha para uma classe que poderá ser considerada "artigo de luxo". Ser um site masculino também não facilita a missão. Porque longe vão os tempos em que os homens ficavam contentes com mulheres, sensualidade, carros e relógios.

Muitos homens continuam a gostar disto. Mas não só. Existem homens que procuram tudo menos mulheres em fotos ousadas. Existem outros que não ligam nada a carros. Nem a relógios. Existem aqueles que querem as últimas tendências de moda. Que querem aprender truques e dicas para fazer a manutenção do barba. E por aí fora numa imensidão de temas. O que faz com que não seja fácil agradar a um homem. E pensar que todos são iguais é um erro. Porque os homens, que sempre foram vistos como simples e básicos, conseguem ser muito mais exigentes que as mulheres, que sempre foram vistas como complexas e exigentes.

E nos dias que correm, um site masculino é também feminino. Porque as mulheres também vão ver os conteúdos. Também se vão informar sobre temas que não encontram em sites femininos. E tudo isto torna o desafio ainda mais aliciante. Pensar na forma de agradar ao maior número possível de pessoas a cada notícia que se faz é algo que torna o dia muito melhor. Há muitos anos que não tinha meses de trabalho sem estar a olhar para o relógio e a contar o tempo para algo. Agora passa a voar e parece sempre curto. E esta é a melhor sensação que se pode ter num emprego.

14.7.17

chegou o grande dia

Acabou a espera! E os nervos estão ao rubro. Ao longo das últimas semanas, especialmente desta, foram longas horas de trabalho. Todos os detalhes foram vistos, revistos, e novamente analisados. Tudo a pensar neste dia. Sou da opinião de que a perfeição não existe. Seja no que for! Mas acredito que este projecto, que será apresentado hoje, está próximo daquilo que desejamos que venha a ser no futuro.

É um orgulho acompanhar o nascimento de um projecto desde o momento em que é uma ideia. É giro ver crescer cada detalhe. Fazer parte de cada ideia que é lançada por todos. É uma honra fazer parte de uma equipa que faz das tripas coração para que tudo esteja bem feito. Há muito tempo que não me sentia assim profissionalmente.

A imagem diz que ainda falta um dia, mas essa espera acabou. O lançamento deste projecto será hoje! E estão reunidos os ingredientes para que seja uma das melhores festas dos últimos tempos. Com tudo aquilo de que os homens gostam. E que, assim acredito, as mulheres também gostam de ver, conhecer e opinar. O relógio está em contagem decrescente. Os nervos são cada vez maiores. Ultimam-se os detalhes e prepara-se tudo ao pormenor. Que chegue a festa rapidamente. Vamos a isso!



E aproveito para pedir desculpa pela maior ausência - e inédita - do blogue nestes últimos dias. É que o tempo tem sido curto para tudo aquilo que vai além do nascimento deste "bebé". Agora tudo voltará à normalidade.

10.7.17

expectativa e nervos

Há muito que não tinha uma semana destas. Que não tinhas semanas destas. Quer seja a nível de trabalho ou mesmo a nível de expectativa. O tempo livre tem sido pouco. A loucura tem sido muita. E agora é a semana da contagem decrescente. Será nesta semana que um novo projecto profissional irá ver a luz do dia. Vamos a isso!

23.6.17

com este calor nem dá vontade de comer

Nos últimos dias tem estado muito calor. São temperaturas daquelas que fazem com que desapareça a vontade de fazer o que quer que seja. Na hora das refeições parece que nem há vontade de comer. Principalmente se forem refeições muito quentes. Dou por mim a refugiar-me em refeições frescas. Em todas as refeições do dia.

Como sou daquelas pessoas que leva comida para o trabalho, isto exige alguma ginástica criativa. De modo a que não esteja a comer sempre as mesmas coisas. Nesse sentido, e a pensar em pessoas como eu, a Origem - Cozinha Saudável partilhou comigo três sugestões de pratos. Que são óptimos para dias mais quentes. E que permitem variar nas refeições.

Salada de quinoa e feilão preto (1 pessoa)
Ingredientes:
1/2 caneca de quinoa
1 caneca de feijão preto
1/2 abacate grande ou 1 pequeno
1/2 caneca de tomates cherry
1/2 iogurte grego
1/2 punhado de coentros frescos
Sal
Pimenta preta

Ingredientes para o molho:
2 colheres de sopa de tahine
1 dente de alho
2 colheres de sopa de molho de soja
1 colher de sopa óleo de sésamo
4 colheres de sopa de água
Sumo de 1/2 limão

Confecção:
1. Lavar a quinoa e cozê-la com o dobro da água (uma caneca), 1/2 colher de chá de pasta de sésamo tahine, sal e sumo de 1/3 lima.
2. Cozer o feijão preto por 30/40 minutos, demolhado previamente por 24 horas, ou utilizar feijão de frasco de vidro bem escorrido e passado por água corrente;
3. Monte o prato com a quinoa, o feijão, o abacate e os tomates cortados e 1/2 colher de iogurte grego temperado com sal e pimenta preta moída na hora;
4. Faça o molho com os ingredientes descritos em cima e passe com a varinha mágica;
5. Verta o molho sobre a salada e polvilhe no final com coentros picados.


Salada de bulgur e hummus (1 pessoa)
Ingredientes:
1/2 caneca de bulgur
1 ovo
1 caneca de rúcula
Açafrão
Sal

Ingredientes para húmus:
1 canecas de grão pré-cozido
1/2 colher sopa de pasta de sésamo tahine
Sumo de 1/3 limão
1 dentes de alho
Sal
Cominhos q.b.

Ingredientes para o molho vinagrete:
Vinagre balsâmico
Mostarda
Azeite
Sal
Pimenta

Confecção:
1. Cozer o bulgur com o dobro da água, juntamente com o sal e o açafrão (poderá colocar mais ervas aromáticas se assim o desejar);
2. Cozer os ovos e enquanto eles cozem, coloque num processador de alimentos os ingredientes para o húmus e deixe passar até ficar um creme homogéneo (ponha mais sal, caso esteja com falta);
3. Montar a salada num dos lados do prato com o bulgur, o ovo picadinho, a rúcula e o molho vinagrete. Do outro lado deverá colocar o húmus e não juntá-lo diretamente com o molho;
(Se desejar um húmus mais exótico, aos ingredientes do mesmo, poderá juntar 1/2 beterraba pequena previamente cozida ou 1/2 pimento encarnado previamente assado e misturar no preparado do húmus).


Salada de frango low calories (1 pessoa)
Ingredientes:
1 peito de frango
1/2 courgette grande ou 1 pequena
Sumo de 1/3 limão
Sumo de 1/3 laranja
Sal
Pimenta q.b

Ingredientes para o pesto:
1 punhado de manjericão
1/3 caneca de pinhões tostados numa frigideira (não necessitam de gordura)
1/3 caneca de queijo parmesão
1/3 caneca de azeite
Sal q.b.

Confecção:
1. Temperar os lombos de frango com sal, pimenta preta moída na hora, sumo de limão e laranja e grelhá-los. Depois de grelhados, cortá-los verticalmente em fatias;
2. Espiralizar a courgette e temperá-la com um fio de azeite, sumo de limão e uma pitada de sal;
3. Colocar os ingredientes do molho pesto num processador de alimentos e deixar passar até ficar um molho cremoso;
4. Montar a salada com o "esparguete de courgette", colocar o frango por cima e verter o molho pesto.
(para um empratamento mais bonito, reserve algum miolo de pinhão tostado do pesto, e coloque-o como topping e mais umas folhas de manjericão frescas).

30.5.17

trabalhar por turnos

Trabalhei durante muito tempo por turnos. Foi assim no aeroporto, num trabalho de Verão, e mais tarde em diversas lojas. Na altura tinha uma vida diferente. No primeiro emprego era um adolescente. E nos outros, apesar de já namorar com a minha mulher, ainda não vivíamos juntos e esses empregos foram numa altura em que coincidiam com a vida estudantil.

Mais de dez anos depois volto a trabalhar por turnos. Se bem que ao longo deste tempo nem sempre tive horários fixos pois a vida de jornalista é assim mesmo. Agora tenho dois horários. Um deles dá-me a manhã. E outro a tarde. E os pontos positivos destacam-se em relação aos negativos. A começar pelo trânsito. Os dois turnos fazem com que circule quase sempre sem trânsito.

Outro aspecto bastante positivo é a liberdade. Ter a manhã para tratar de diversos assuntos, para ir correr, para fazer o que quiser é muito bom. Tal como é poder fazer essas mesmas coisas durante a tarde. Talvez a minha opinião seja influenciada pela altura do ano em que dou início a estes horários. Mas no Inverno a opinião não será muito diferente. Outro aspecto que faz toda a diferença, e que ajuda a ter esta opinião, é sentir-me muito bem nas minhas novas funções.

11.4.17

bons são os que saem tarde do trabalho. será mesmo assim?

Está a ser partilhada nas redes sociais uma crónica do Expresso, da autoria de Henrique Raposo. Foi graças a essas partilhas que me deparei com a opinião de Henrique que é também a minha há muito tempo. Em traços gerais, o texto anda à volta do horário de trabalho de boa parte dos portugueses. E daquelas ideia vincada de que os bons trabalhadores são aqueles que saem tarde do local de trabalho.

Já trabalhei em empresas, antes de ser jornalista, onde o horário não era algo flexível. Ou seja, tinha uma hora de entrada que tinha de ser cumprida. E uma hora de saída que normalmente, salvo casos pontuais, era respeitada. E esta é a forma como encaro um horário. É para isso que eles existem. E considero que, enquanto trabalhador, tenho de cumprir as minhas tarefas no horário estabelecido. Se preciso de trabalhar mais do que o normal é porque não fiz bem as coisas (falando de forma geral).

Desde que sou jornalista que percebi que muitas pessoas encaram o horário de trabalho como um acessório que não é preciso respeitar. Há até quem ache que isto de ser jornalista é começar a trabalhar duas horas (ou mais) mais tarde do que aquilo que era suposto. A isto juntam mais largos minutos sem que nada façam. Resumindo, o trabalho tem início muito tempo depois. E tudo isto, até porque existem horas a cumprir, obriga que o trabalhador saia do local de trabalho mais tarde do que era suposto.

Na realidade a pessoa podia chegar mais cedo. Mas optam por não chegar. Mas este atraso fica bem aos olhos de muitas pessoas. Pessoas que analisam apenas a hora de saída, ignorando a hora de entrada. E não percebem que existem pessoas que gostam de chegar cedo (leia-se a horas) para poder sair a horas, algo que é muito mal visto por algumas pessoas. E poucos são aqueles que conseguem perceber que as pessoas que cumprem horários é que estão bem.

Em tempos falaram-me de uma empresa, estrangeira mas com um espaço em Portugal, que dá as tardes de sexta-feira aos trabalhadores. Para isso têm apenas de cumprir as suas tarefas durante a semana. Aqueles que têm necessidade de trabalhar na tarde de sexta não são os bons exemplos. São os maus exemplos. São aqueles que não foram capazes de cumprir as tarefas no horário laboral. E a empresa olha para estas situações como casos que não devem acontecer. Na maioria das empresas, e de forma errada, defende-se o oposto.

Fica aqui o link para a crónica do Henrique Raposo. Vale muito a pena ler. E destaco uma frase. “O chefe português gosta do solteirão que fica até tarde, eh pá, sim senhor, ganda gajo, ganda entrega”.

23.2.17

ninguém gosta do patrão (nem dos colegas)

Por melhor que seja a empresa será sempre impossível agradar a todas as pessoas. E por melhor que seja a empresa vão sempre existir ovelhas negras no rebanho. Infelizmente é verdade. Infelizmente existem sempre pessoas que são movidas por valores pouco dignos. Pessoas que até estão dispostas a vender a mãe e o pai para alcançar determinado objectivo.

E estas pessoas acabam por fazer parte das conversas de outras pessoas. É raro o momento em que não estou num qualquer espaço como um restaurante e em que não ouço alguém dizer – isto quando é praticamente impossível não ouvir as conversas – algo relacionado com o tema. Como por exemplo ouvi ontem. “Vão saindo os melhores e só ficam os piores”, lamentava uma pessoa. Entre outras frases mais ou menos comuns quando este é o tema.

Aquela frase soa a cliché. É mais ou menos a mesma coisa do que ouvir um pai dizer que ser pai é a melhor coisa do mundo e que tudo muda. É igualmente um cliché mas que é uma verdade comprovada por todos os pais. E a vida profissional é muitas vezes marcada pelo cliché que ouvi ontem. E que, na maioria dos casos, faz muito sentido.

E digo que faz muito sentido porque outro cliché diz que mais vale cair em graça do que ser engraçado. E isto é algo que se aplica cada vez mais. E quanto mais saturado ficar o mercado de trabalho, maior será o destaque dado aqueles que pouco ou nada fazem no trabalho mas que são excelentes na arte de cair em graça.

26.1.17

os patrões querem escravos

Ontem tornou-se viral o testemunho de um patrão em relação ao mercado de trabalho. O tema de conversa entre jornalista e empresário era a descida da TSU. Mas acabou por descambar naquilo que considero o maior tiro nos pés que um empresário pode dar. O que é mais triste é que a verbalização daquelas ideias corresponde ao modo de pensar de boa parte dos patrões portugueses.

De forma resumida, aquele patrão considera que o mercado de trabalho seria melhor se existisse uma maior facilidade em despedir pessoas. E se pagar horas extra fosse uma coisa que não se levasse tão a sério. Isto sem problemas em revelar que parte dos seus funcionários auferem o ordenado mínimo. Estas ideias foram defendidas por uma pessoa. Mas são o espelho daquilo que muitos pensam e tentam fazer.

E é o espelho do mercado de trabalho. Os patrões querem “colaboradores” que sejam versáteis. Que façam tudo e mais alguma coisa. Que não tenham vida pessoal. E que estejam dispostos a trabalhar as horas necessárias sem que lhes sejam pagas horas extra. A recompensa é uma esmola a que chama ordenado. E para que tudo corra bem os funcionários devem comer e calar. Ou seja, fazem tudo e não se queixam de nada. Caso contrário, que exista facilidade em despedir um “colaborador” que simplesmente luta pelos seus direitos.

Acho especial piada ao argumento de que se quer trabalhadores que possam crescer financeiramente com o crescimento económico da empresa. É uma das minhas piadas preferidas no mundo laboral. Quando as empresas ganham muito dinheiro os patrões nada dizem. Muitas vezes nem um obrigado é dito aos “colaboradores”. E o lucro nunca chega perto dos “colaboradores”. Mas quando as coisas apertam, quando há menos dinheiro, os “colaboradores” têm de perceber a posição da empresa e têm que estar dispostos a abdicar do pouco que têm.

Momentos como aquele que se tornou viral ontem dão vontade de rir. As pessoas partilham e acabam por achar piada aquilo que é dito. Mas é a realidade do mercado de trabalho. Aquela pessoa simplesmente disse o que muitos pensam mas não dizem.

9.1.17

trabalho para mulheres dos 20 aos 35 anos

Um restaurante procura uma pessoa para trabalhar. Mas não quer uma pessoa qualquer. Quer uma mulher. Idealmente com experiência. E com uma idade entre os 20 e os 35 anos. O factor da idade foi o suficiente para se criar algum alarido em torno do anúncio. Com muitas pessoas a defenderem que é algo incorrecto.

Em tempos defendi que uma entrevista de emprego é das coisas mais discriminatórias que existe. Por diversos factores. E assumo que nem todos me fazem confusão. Porque estão dependentes do conceito que alguém idealizou para determinado espaço. Por exemplo, existem lojas que obrigam as mulheres a trabalhar maquilhadas. Noutros locais não podem existir tatuagens visíveis. Nem piercings. Entre muitas outras coisas.

A idade talvez seja dos detalhes que levanta mais polémica. Mas nem sempre faz sentido que exista essa confusão. Porque existem projectos destinados a pessoas mais maduras como existem outros pensados num público mais jovem. E em ambos os casos faz sentido que as pessoas estejam enquadradas com determinado objectivo. É algo que não me choca. E que aceito com naturalidade.

Fico mais chocado quando, por exemplo, se dá prioridade à imagem física em detrimento da valência profissional. Quando se prefere alguém mais elegante – mas sem jeito – do que alguém com muito mais valor. Isto é bem pior do que ser sincero na faixa etária que se procura para um emprego.

29.12.16

vou abrir uma empresa conchinha. quem se junta a mim?

É um negócio como outro qualquer. Até nem tem maldade. Posso avançar já que o nome será cuddling'r'us. E o faz esta empresa, a minha empresa? Nada mais simples do que dar abraços, dormir em conchinha ou mesmo outro tipo de mimos. Esclareço desde já que a ideia não é minha. Estou a importar um negócio que está em crescimento nos Estados Unidos da América.

Até agora parece que estou a brincar. Mas a única "piada" é que não estou a pensar avançar com esta ideia. Mas é um negócio cada vez mais popular além-fronteiras. Nos Estados Unidos da América há quem ganhe qualquer coisa como cerca de 230 euros por sessão. Haverá quem pense que se trata de um negócio de sexo camuflado com outros mimos. Mas isso é falso.

Trata-se de uma troca de mimos e carinhos e às vezes jantares. Os clientes são sobretudo homens na casa dos 40/60 anos. Que têm em comum o facto de ter problemas nas suas relações devido à falta de afectos. Ou são mesmo pessoas com problemas que não conseguem ter companhia de ninguém. Este negócio surge para colmatar esse vazio na vida das pessoas. É um negócio com alguns riscos para os profissionais da área mas que, segundo os próprios, têm corrido muito bem, com uma procura cada vez maior.

22.12.16

o pior de estar muitos anos na mesma empresa

Passei a contar, na redacção onde trabalho, com a companhia de uma pessoa que está na empresa há muito tempo mas que trabalhava noutra redacção. Pessoa com quem me cruzava nos corredores e que cumprimentava sem espaço para grandes conversas por não existir essa confiança de parte a parte. Agora somos uma espécie de almas gémeas. O tipo de piadas, as coisas que fazemos, os emails que trocamos e muito mais.

Já tive a oportunidade de lhe agradecer o bem que me faz. Na altura disse-me que aquilo que mais lhe custa na empresa é ficar próximo de pessoas que depois vão saindo, algo cada vez mais frequente nesta área e nesta altura. Disse-me que lhe custava ver as pessoas partir. Ele tem quase o dobro de tempo que tenho de empresa mas quando faço contas percebo que já levo dez anos “disto”.

Por um lado é bom. Não nego que um jornalista da minha geração conseguir emprego durante tanto tempo é algo de destaque. Não é fácil. Não tem sido fácil. Mas quando olho para a realidade geral percebo que tenho sorte. A sorte de fazer aquilo de que gosto. Por outro lado, já me fartei de dizer adeus a tantas pessoas. De perder a companhia de pessoas que me eram muito próximas. De assistir a uma dança de cadeiras que faz com que eu, com apenas 35 anos, seja o jornalista com mais tempo nesta redacção.

Parece que ainda ontem era o puto novo numa redacção lotada. Agora sou a peça de mobília mais antiga num espaço muito mais “amplo” do que aquilo que foi. É a lei da vida. Mas é chato. Existem dias em que custa dizer adeus a determinadas pessoas. De olhar para a expressão facial de quem se vai embora. Mas esta é cada vez mais a realidade dos mercados de trabalho. A dança das cadeiras é cada vez mais frequente.

9.12.16

as mulheres são melhores gestoras do que os homens?

Sempre gostei de Kevin O'Leary que, para quem não sabe, é um dos tubarões da versão norte-americana de Shark Tank. Kevin consegue ser duro em alguns comentários mas consegue ter uma visão centrada no negócio sem que a emoção lhe altere o raciocínio. E olho para isto como uma qualidade. É algo que aprecio e que muito dificilmente conseguiria fazer.

Este milionário tem sido o centro de algumas polémicas devido a opiniões partilhadas em público. Agora Kevin veio a público referir que as empresas, do seu portefólio, que têm melhor retorno são todas geridas por mulheres. “Não tenho nenhuma empresa dirigida por um homem que supere as dirigidas por mulheres”, disse.

“Se quer algo bem feito, peça a uma mãe ocupada”, defende. Kevin O'Leary acrescenta ainda que o sucesso das empresas geridas por mulheres pode ser justificado pelo facto de as mulheres serem consideradas melhores na realização de tarefas em simultâneo. O investidor conta ainda que descobriu este facto quando pediu que a sua equipa percebesse quais os factores em comum das empresas com melhor retorno.

“O que é interessante é que são empresas de vários sectores. Nunca olhei para o género, não tenho preconceito, quero ganhar dinheiro, estou só a tentar encontrar o caminho com menor resistência e com as melhores pessoas que posso encontrar. Uma coisa é certa: devemos elevar as mulheres para a posição de CEO, porque estamos a obter melhores retornos”, defende.

Estas declarações ganham maior destaque numa altura em que ainda se debatem as diferenças entre homens e mulher em cargos de relevo e em salários. Será que o investidor está certo? Será que a diferença está mesmo nas mulheres? Ou será que tem a sorte de ter as mulheres certas nas suas empresas? É um tema que dá origem a grandes debates.

22.11.16

(pre)conceitos no trabalho

Existem diversas ideias associadas ao mercado de trabalho que não tem qualquer razão de ser. Não têm lógica nem são uma verdade absoluta, tipo uma conta de matemática que só tem um resultado. São apenas preconceitos que vão passando de pessoa para pessoa e que acabam por dar jeito a algumas pessoas em determinadas situações.

Um desses preconceitos diz respeito à idade. Para muitas pessoas alguém mais velho tem sempre razão. E porquê? Porque é mais velho. Parece que os anos de vida são um certificado de sabedoria que não se pode questionar. E isto é falso. Em determinadas áreas existem pessoas que são mais velhas mas que estão longe de ser aquelas que melhores conhecimentos têm sobre determinado assunto. O saber não tem idade. Nem se ganha com os anos.

Outra ideia é a de que a juventude é sinónimo de inovação. É o tal “sangue novo” que vai dar nova vida a uma empresa ou a determinado conceito. E isto não tem lógica nenhuma. Até porque existem pessoas que sendo novas estão presas/agarradas a ideias que estão ultrapassadas. Ao invés existem pessoas mais velhas que estão constantemente a par das novidades que surgem nas suas áreas. Mesmo que não sejam levadas a sério.

Outro preconceito sem lógica diz respeito ao ordenado. Ou ao valor do mesmo. Se ganha mais é porque é o melhor funcionário. Isto é do mais errado que pode existir. E aplica-se à maioria das empresas. É certo que existem funcionários muito bons, bastante úteis e que merecem cada um dos muitos euros que levam para casa. Mas também existem pessoas que apenas são boas no marketing pessoal ou que conseguiram chegar a determinado ponto com um apreciável jogo de cintura. Porém o dinheiro não é sinónimo de qualidade profissional.

Também de pode falar da aparência. Para muitas pessoas a roupa e o estilo de alguém é sinal de seriedade e competência. Anda bem vestido (calças, camisa e sapatos), não tem tatuagens e tem um penteado clássico é porque é boa pessoa. E um excelente profissional. Se gosta de roupa rasgada, não anda sempre de barba feita, tem tatuagens nos braços e usa brincos... não é de confiança. E certamente que a qualidade do trabalho deixa a desejar.

Podia passar horas a escrever sobre ideias que muitos vendem como verdades absolutas mas que na realidade não passam de meros preconceitos. De ideias sem qualquer lógica associada e que têm base num exemplo de alguém que conhece alguém que trabalhou com alguém que já tinha sido colega de uma pessoa assim. E aposto que qualquer pessoa que passe pelo blogue conhece casos de pessoas que destroem por completo estes e outros preconceitos.

23.8.16

o medo dos estagiários

Tem passado entre as gotas da chuva. Poucas pessoas falam do assunto. Mas foi desmascarada uma realidade que envolve estagiários que aceitam devolver parte do valor, que supostamente teriam de receber, à empresa que os contrata. Uma ilegalidade que os estagiários aceitam. Pelo medo de não ter trabalho. Existem estagiários que assumem preferir receber um valor baixo do que não ter trabalho. E isto é o reflexo do mercado de trabalho nacional.

Podemos culpar as empresas que o fazem. Mas não podemos aceitar de ânimo leve que os candidatos aceitem esta realidade. Porque é esta conivência que ajuda a transformar o mercado de trabalho numa merda ainda maior do que já é. E isto é um efeito bola de neve. São empresas que fazem. São estagiários que aceitam. E isto permite que toda a gente o faça. Passa a ser a regra do jogo. E aplica-se a todos e não apenas aos estagiários.

E neste jogo aqueles que ficam mal são os correctos. Porque se um estagiário diz que não aceita irá ouvir algo como "há muitos que querem este lugar e aceitam as condições". E mesmo que as condições baixem vão sempre existir estagiários dispostos a ficar com o lugar. Pelo medo (que não pode ser censurado) de não arranjar algo mais. Aquilo que muitos deles não percebem é que este medo será uma constante na vida profissional. É assim no estágio. Tal como será quando aceitarem ordenados bastante baixos fora do estágio. E vão estar sempre a receber uma ninharia.

E este medo é uma vantagem para empresas que têm as contas bancárias cheias de dinheiro. Porque alimentam-se deste medo para poupar dinheiro e ter mais trabalhadores com um orçamento mais baixo. É um efeito bola de neve. Não sei como se conseguirá resolver isto, se é que algum dia será resolvido. Mas tiro o meu chapéu a todos os estagiários que denunciam esta realidade ilegal. E a todos aqueles que têm a coragem de recusar condições que são absurdas. Podem ser vistos como os que "têm a mania que são mais do que os outros" mas na realidade são as pessoas que estão bem. E aquelas que ainda conseguem fazer frente a algo que será cada vez pior para as pessoas que chegam ao marcado de trabalho. É mais ou menos como a cenoura que por mais que se corra nunca se apanha.