31.7.16
30.7.16
vamos com calma, sim...
Bem sei que os ataques terroristas estão na ordem do dia. Mas também é preciso calma. Pelo menos Paris Hilton precisa de alguma contenção. Digo isto porque a empresária teme vir a ser alvo dos terroristas. E os motivos são dois: é figura pública e viaja muito. Quanto ao segundo ponto é um risco cada vez maior para as pessoas que viajam. Em especial para as que viajam para os países onde têm existido mais atentados. E isto acontece com Paris Hilton e com qualquer pessoa que viaje. Quanto ao ser figura pública... posso estar enganado mas caso os terroristas decidam ir por aí são capazes de ter outras opções no topo da lista. Digo eu...
já está escolhido para estas férias
Vai ter início aquele que é o meu maior período de férias. Entre outras coisas, do menu fazem parte: praia, piscina, mergulhos, bolas de berlim, passeios, petiscos e jantares a dois. E também um livro que me irá fazer companhia durante o descanso e entre os mergulhos. E a escolha foi A Partir de Uma História Verdadeira, escrito pela bem sucedida Delphine de Vigan. Já ouvi falar muito bem do livro, gostei da entrevista da autora ao jornal i e fiquei rendido quando li a crítica da revista francesa Le Point que defende tratar-se de um "thriller diabolicamente perverso. Vertiginoso mise-en-abyme psicanalítico". Vamos a ele!
29.7.16
férias é isto
Por norma as minhas viagens diárias de carro não andam muito longe disto. Mas hoje, no regresso a casa, vai ser mesmo assim. Venham de lá essas férias.
vamos todos atirar bebés de uma altura de nove metros?
Existia uma publicidade, ao whisky J&B, que dizia "a tradição já não é o que era". Mas na Índia isto não se aplicada. Porque por lá a tradição ainda é o que era. E em que consiste esta tradição? Em algo tão espectacular como atirar bebés de uma altura de nove metros. Bebés que aterram num lençol. Faça chuva ou faça sol, os bebés voam, desde que os bebés tenham mais de dois meses de idade. E porquê? Porque diz que dá sorte.
Este ritual é ilegal. Pelo simples facto de que é perigoso para as crianças. (Quem diria?!?!?) Foi ordenado que deixasse de ser praticado desde 2009 mas esta ordem tem sido ignorada e o ritual supersticioso continua a ser praticado em diversas zonas rurais. E existem pessoas que se baseiam em argumentos tão fortes como "é a tradição".
Ainda bem que a tradição não diz que os bebés devem voar de uma altura de vinte metros para aterrar num guardanapo. Ou que devem ser atirados do topo do edifício mais alto que encontrem perto de casa (num raio de dez quilómetros) esperando que voem e aterrem em segurança, como manda a tradição. Por outro lado é pena que a tradição não diga que os adultos aprendem todos a voar a partir do momento que saltam de uma ponte.
Respeito religiões e aquilo em que as pessoas acreditam. Mas quero acreditar que existe uma linha que separa certos aspectos. E que de um dos lados dessa linha não cabem coisas como atirar bebés de dois meses de idade de uma altura de nove metros para dar sorte. Até porque se for para cumprir a tradição, ela diz respeito apenas a crianças doentes. E estas seriam salvas por uma "rede" que aparecia miraculosamente para salvar e curar os meninos doentes.
diz que o mundo acaba hoje. mas se não acabar....
Parece que existe uma teoria que diz que o mundo vai acabar hoje. Logo no dia em que dou início às férias. Não dá para atrasar um pouco? Tem de ser mesmo hoje? Caso o mundo não acabe hoje, porque nunca se sabe em quem se pode acreditar, aproveito para partilhar as próximas datas em que está previsto o mundo acabar. Assim podem deixar tudo preparado. Aqui vai:
2020 - Jaene Dixon diz que o Armageddon vai ter lugar neste ano. Também já tinha dito o mesmo mas nessa altura tudo acabava no dia 4 de Fevereiro de 1962.
2021 - F. Kenton Beshore defende que tudo acaba neste ano (ou mais cedo).
2026 - A Messiah Foundation International acredita que tudo acaba neste ano quando um asteróide colidir com o nosso planeta.
2060 - Esta é a aposta de Isaac Newton.
2120 - Adnan Oktar revela que neste ano Nemesis irá colidar com a Terra e tudo acabará.
2129 - Said Nursi acredita que o fim do mundo será neste ano.
2200 - É uma data referenciada por diversas pessoas.
2239 - Segundo o livro sagrado dos judeus é neste ano que terá lugar o final.
2280 - Rashad Khalifa refere que será durante este ano.
11120 - Daqui a 9107 anos irá nascer o último humano.
500 milhões de anos - James Kasting defende que o nível de dióxido de carbono presente na atmosfera cairá drasticamente tornando o planeta inabitável.
5 mil milhões de anos - Diversos cientistas defendem que é o tempo necessário para que o Sol queime a Terra por completo. Poderá demorar mais tempo do que o previsto.
10100 (estimativa) - É a teoria da morte térmica do universo.
Nota: Todas estas datas têm por base teorias científicas ou religiosas.
adivinhas o motivo?
Uma empregada de uma loja de conveniência. Um rapaz que espera a sua vez. E três raparigas de biquíni (num dia muito quente). Tudo isto faz desta foto uma imagem banal. Mas a verdade é que se tornou viral e por nenhum dos motivos referidos até agora. Quem adivinha a razão pela qual esta imagem está a correr o mundo?
28.7.16
alerta para quem sabe tudo sobre as presidenciais norte-americanas
Ao longo dos últimos tempos já perdi conta aos comentários que fui ouvindo e lendo, nos mais diversos espaços, sobre as eleições presidenciais norte-americanas. Por cá todas as pessoas sabem quais os melhores candidatos. Todos sabem quem seria "eliminado" durante o percurso. Neste momento todos defendem que Donald Trump é mau para o país e para o mundo por isto, por aquilo e por mais não sei o quê. Todos sabem enumerar as qualidades pelas quais Hillary Clinton merece o voto. Ou vice-versa. Entre tantas outras coisas.
Nada tenho contra isto que referi. Acho até que é sinal de que são pessoas informadas e interessadas com aquilo que acontece longe mas que até poderá ter influência perto e a curto prazo. E isso é bom. Mas aquilo que seria mesmo espectacular era que todas estas pessoas, aquelas que sabem tudo sobre as eleições presidenciais norte-americanas, se recordassem que também existem eleições em Portugal. E que nessas, mais do que simplesmente opinar, podem ir às urnas e votar no candidato que preferem por este ou por aquele motivo.
É mais ou menos como aquela ideia de querer mudar o mundo. Antes de se pensar em mudar aquilo que acontece no outro "lado" do mundo é melhor pensar em alterar aquilo que acontece no nosso "quintal". É uma mudança mais fácil de concretizar. Mas acredito que as pessoas vão continuar a saber tudo o que deveria ser feito do outro lado do mundo ao mesmo tempo que ignoram aquilo que acontece por perto e que podem mudar facilmente.
sexo e tabus
O sexo foi, é, e provavelmente continuará a ser durante muito tempo tabu para muitas pessoas. Mesmo entre amigos é complicado ter uma conversa séria sobre sexo. Acaba sempre por descambar dando lugar a piadas. Quando a conversa tende a ser séria é sempre com base naquilo que outra pessoa viveu. Ou seja, as histórias pessoais passam sempre a ser histórias de outros de modo a que ninguém nos julgue.
Tudo isto faz de mim um apreciador de todas as iniciativas que fazem com que se fale de sexo, de todos os aspectos da vida sexual, sem qualquer problema. E o site Wood Rocket teve uma ideia que considero inteligente e interessante (mas que certamente muitas pessoas detestam). Acho até que já falei disto no blogue ou na página de facebook do blogue. O que fazem é pegar num conjunto de actrizes (e actores) da indústria pornográfica para abordar certas questões que são frequentes nos filmes.
No mais recente questionam as actrizes se realmente gostam de “facials”, que provavelmente será um dos temas mais odiados por todas as pessoas. É perguntado se gostam do que fazem ou se é uma obrigação profissional. E as respostas são interessantes. Se as contas não me falham existem nove actrizes que assumem claramente, sem qualquer pudor, receio ou vergonha, que adoram. É algo que lhes dá prazer.
Depois existe uma actriz que diz que anda ali pelo meio termo. Existem outras quatro que assumem gostar mas que isso depende do parceiro e da química entre ambos. É algo que só gostam de fazer com as pessoas certas. E apenas uma diz que não gosta. Sendo que a explicação tem alguma piada pois, e centrando-se na carreira, diz que as maquilhadoras passam muito tempo com elas e que gosta de ir maquilhada para casa.
Achei especial piada a uma actriz que transporta aquela questão para a sua vida pessoal. É uma das que assume que adora. E revela mesmo que chega a pedir ao marido que o faça. Mas que ele recusa por entender que lhe está a faltar ao respeito. E este é um ponto que dava início a uma grande discussão em torno do sexo. As fantasias que se realizam e as que ficam por realizar por nem sequer serem abordadas entre o casal.
Para muitas pessoas este(s) vídeo(s) não passa de um grupo de actrizes pornográficas a falar sobre sexo. Será algo "porco" e desinteressante. Mas a verdade é que conseguem ser muito mais abertas em relação à temática do que a esmagadora maioria das pessoas que não consegue falar sobre sexo sem rir. Existem conversas que provavelmente as pessoas nem sequer têm coragem de ter com os(as) amigos(as) mais próximos(as).
o que é feito do fato?
Não sou o maior fã de fatos. Não tenho qualquer problema em assumir isso. E digo isto porque as profissões que tenho tido nunca obrigaram a que tivesse que os vestir com frequência. Mas isto não invalida que perceba quando é que um fato deve ser a primeira opção de um homem. E que use fato sempre que entendo ser a melhor opção. Mas cada vez mais acho que este tipo de roupa está banalizado.
E dou o exemplo do desporto. Fico sempre feliz quando um jogador aparece de fato no momento de assinar contrato com um clube. Seja o clube qual for. Mas especialmente quando se trata de emblemas com um peso significativo no panorama desportivo mundial. E gosto de ver um jogador de fato porque chegámos ao ponto em que existem jogadores que são apresentados de boné para trás na cabeça. E com roupas que deixam a ideia de que saíram da discoteca directamente para um momento tão marcante como a assinatura de um contrato.
Podem dizer que é "apenas" futebol. Mas é a carreira de um homem. E o momento da assinatura de um contrato será um dos mais marcantes que podem viver. E acho que isso exige a classe que um fato oferece. E pego no exemplo de André Gomes que acaba de assinar contrato com o Barcelona. Este jogador português tem apenas 22 anos mas vestiu um fato para assinar contrato com o clube catalão e para ser apresentado aos sócios (antes de vestir o equipamento do clube). Valorizo o momento em que um jogador é apresentado de fato. E valorizo ainda mais quando é um "puto" de 22 anos que o faz. Parabéns ao André Gomes.
as mulheres são feias quando praticam desporto
Só que não. Pode soar estranho mas observo mais beleza nesta imagem do que em muitas outras que são automaticamente vistas como belas e sensuais. Talvez seja por tudo aquilo que esta imagem representa. E mal de quem acha que a beleza passa apenas pela maquilhagem, roupas elegantes e saltos altos.
espancar a filha é um acto de amor
Sou a favor dos castigos. Não me choca nada que um pai castigue um filho por algo que tenha feito. Defendo apenas que existem limites. Que são claramente ultrapassados quando o castigo adoptado envolve linguagem inadequada, espancamento e divulgação, nas redes sociais, daquilo que foi feito. Mas devo estar errado pois há quem veja nisto um "acto de amor". Ou seja, este vídeo é visto como uma prova de amor.
Para contextualizar, as protagonistas do vídeo são Shanavia Miller (mãe) e Nia Green (filha). O vídeo mostra o castigo que esta mãe decidiu dar à filha depois de ter descoberto que Nia tinha partilhado, no Facebook, uma imagem do namorado enrolado numa toalha sendo que a fotografia tinha sido tirada na casa da família. Algo que a mulher não aceita.
Esta mãe achou que a melhor "táctica de disciplina" passava por partilhar o castigo escolhido, um espancamento que para ela é um "acto de amor", na mesma rede social onde a filha tinha partilhado a embaraçosa foto que é uma vergonha para aquela mãe. O vídeo tornou-se viral, Nia pediu desculpa por envergonhar a mãe e por não ter dito que tinha uma vida sexual activa. Por sua vez, Shanavia defende que aquilo que fez é puramente um acto de amor.
Não sou pai. Mas sou filho. E em criança cometi os meus erros. Felizmente tenho uns pais que nunca entenderam que a melhor forma de me castigar (e tive os meus castigos) era espancar-me. Nunca fui ensinado com base no medo de porrada. O que não significa que não tenha levado algumas palmadas em momentos em que as merecia. Acho estes castigos vergonhosos. Acho absurdo que se tenha orgulho nos mesmos. Que se olhe para isto como um acto de amor e que se defenda que a melhor forma de castigar uma filha é com recurso à humilhação pública. Talvez agora esta mãe perceba o motivo pelo qual a filha não lhe falou sobre a vida sexual. E se calhar sobre tantas outras coisas.
eles não desistem (e tem tanta piada)
Por cá as pessoas quase que começam a esquecer-se de que Portugal foi campeão europeu de futebol num passado muito recente. Mas os franceses parecem não conseguir ultrapassar esse momento. Depois da petição para se repetir o jogo surge agora a teoria de que o guarda-redes francês estava com dificuldades físicas no momento em que Éder (fazer uma vénia) marcou o golo da vitória. Parece aquele anúncio do custa a engolir.
27.7.16
abdicar dos próprios sonhos para viver a vida de alguém
Está na ordem do dia o desabafo de Margarida Neuparth, mulher de Adrien Silva, jogador do Sporting. Não sei o que terá despoletado aquela situação mas Margarida critica quem acha que ser mulher de jogador de futebol "é um mar de rosas". Explica que, do seu ponto de vista, estar ao lado de um jogador de futebol consegue ser "muito difícil". E estas palavras têm dado que falar.
Começo por dizer que já conheci diversas mulheres que tinham como sonho, ou objectivo de vida, ter uma relação (idealmente casar) com um jogador de futebol. E não sou ninguém para criticar quem o deseja. É uma ambição igual a outra qualquer e cada qual tem as suas. E muitas destas pessoas eram aliciadas pelo estilo de vida fácil que os jogadores (e estou a referir-me a casos como o de Adrien) podem proporcionar devido aos altos rendimentos.
"Será que vocês estão dispostas a abdicar das vossas famílias para acompanhar a vossa nova família para qualquer parte do mundo? Será que vocês estão dispostas a abdicar dos vossos sonhos e estudos (se é que os têm) para cuidar do sonho e trabalho dos respectivos? Será que vocês querem passar horas sozinhas em países com uma língua diferente e sem um ombro amigo por perto onde desabafar? Será que vocês são fortes mentalmente o suficiente para aguentarem um barco quando ele precisa realmente de vocês como marinheiras? Será que vocês querem sentir dor mesmo quando não são vocês que estão lesionadas?", questiona Margarida.
Acho que nenhuma mulher é obrigada a aceitar isto. Se aceita é porque o deseja. Pode ser por amor. Pode ser por interesse. Pode ser por ambos. Ou por outro motivo qualquer. Mas deixar de viver para ser a sombra de outra pessoa é uma opção. Que nunca deve ser atirada à cara de ninguém como se fosse um sacrifício do qual não conseguiu escapar. Abdicar de sonhos é uma opção. E em casos como este é uma opção com uma enorme bagagem financeira, algo que não pode ser ignorado porque torna a vida muito mais fácil em determinados aspectos.
Por um lado é verdade que existe a ideia de que as mulheres dos jogadores são umas dondocas. Umas "marias chuteiras", como dizem os brasileiros. Mas também é verdade que muitas mulheres de jogadores alimentam esta imagem. E ser uma dondoca ou maria chuteira é também uma opção. Porque conheço diversas mulheres de jogadores de futebol (e estou a referir-me a atletas com ordenados muito bons) que nunca aceitaram ser uma sombra da carreira dos maridos. São mulheres que sabem que existe um preço a pagar quando se casa com alguém que hoje está aqui e que amanhã pode estar no outro canto do mundo mas são mulheres que sempre quiseram a sua independência. São mulheres que trabalham, que têm os seus negócios e que recusam, por mais aliciante que possa ser, uma vida em que nada fazem.
Compreendo o desabafo de Margarida Neuparth. Mas recuso olhar para ela, ou para outra mulher de outro jogador, como uma "coitadinha" que sacrificou os seus sonhos para ser mulher de um jogador de futebol. São opções. E cada qual escolhe aquilo que entende ser melhor para si. E concordo quando diz que ser mulher de jogador é igual a ser mulher de um homem que tenha uma profissão qualquer. Porque todos os casais têm de tomar opções para as suas vidas. Todos têm de escolher o melhor para ambos.
já podes viver o teu momento james bond
Longe vão os tempos em que as bebidas eram consumidas sempre da mesma maneira. É certo que isto ainda se aplica (e bem) a algumas delas. Mas, por outro lado, existem outras que começam a inovar. Bebidas que se reinventam e que se adaptam ao que as pessoas procuram cada vez mais. E nesta altura do ano destacam-se os cocktails que se multiplicam por tantas festas de praia e que refrescam tantas noites de calor.
Apesar de ser consumidor de whisky tenho quase a certeza de que poucas pessoas vão estar na praia, durante o dia, a beber um copo de whisky. Até parece que uma coisa não casa com a outra. Mas tudo isto muda se o modo de consumir esta bebida for adaptado ao Verão. E é nesse sentido que surge o cocktail Jameson, Ginger & Lime, bebida que conheci recentemente e que poderá soar a um ménage à trois estranho a muitas pessoas.
Ingredientes:
50 ml de Jameson (um shot)
Ginger ale da marca que mais se aprecie
Uma generosa fatia de lima.
Preparação:
1 - Encher um copo alto com gelo.
2 - 50 ml (shot) de Jameson.
3 - Encher o resto do copo com ginger ale.
4 - Agitar para misturar suavemente.
5 - Cortar uma fatia generosa de lima, espremer e deixa-la cair para o copo.
Dominar esta preparação (ou outra qualquer) faz com que cada pessoa possa viver o seu momento James Bond. Ou seja, basta chegar a um bar e pedir a bebida de forma detalhada, passo a passo. Algo digno do agente secreto mais famoso do mundo.
a trampa do trump
Em tempos partilhei no blogue que olhava para a candidatura presidencial de Donald Trump como uma brincadeira de um menino mimado e rico. Do género, "vamos lá ver até onde me deixam ir". Mas cedo percebi que afinal era algo com pernas para andar. Que é um caso sério. E na altura acreditei também que estaria a bater-se com Hillary Clinton na corrida, a dois, para o lugar de Presidente dos Estados Unidos da América. Algo que se confirma.
E se na altura já olhava para a candidatura de Donald Trump com um olhar sério, agora ainda mais. E as últimas sondagens até colocam o candidato à frente de Hillary Clinton, salientando que se trata de uma margem mínima de diferença entre ambos. E acredito cada vez mais que Donald Trump poderá ganhar as eleições. Mesmo tendo em conta o suposto "ódio" que vai semeando e a falta de alguns apoiantes mediaticamente importantes.
É raro o dia em que não leio uma piada que envolva Trump e trampa e que seja em torno da sua candidatura. Há também quem defenda que os norte-americanos são uma cambada de gente burra que não sabe pensar mas considero que isto é olhar apenas para uma parte da questão ao mesmo tempo que se ignora outros factores que não devem ser menosprezados. O primeiro, e talvez o mais importante, é que Donald Trump verbaliza coisas que muitas pessoas defendem mas que entendem ser politicamente incorrecto assumir em público. Isto é algo que muitos preferem não ver. Ou fingir que não estão a ver.
Depois, candidatos como Donald Trump têm tudo para se destacar em momentos de pânico e medo mundiais. Existem cada vez mais atentados. É raro o dia em que não surgem notícias de mortes e os Estados Unidos da América continuam a ser o rosto maior da brutalidade de um atentado. As pessoas vivem com medo. E para onde quer que olhem só encontram políticos que passam aquelas mensagens que parecem estar preparadas para qualquer situação sendo apenas necessário alterar o nome do local onde aconteceu o atentado.
Por sua vez, Donald Trump passa uma mensagem diferente. Tem uma postura de confronto directo e assumido contra tudo aquilo que mete medo às pessoas. E isto é meio caminho andado para que as pessoas sintam alguma segurança com um líder destes. Já vi reportagens em que cidadãos norte-americanos assumem que os políticos são todos iguais e que notam diferenças em Trump. Por isso é que defendo que existe muito mais a analisar do que simplesmente apelidar os norte-americanos de burros. E se os atentados continuarem a multiplicar-se tenho a certeza de que políticos como Donald Trump vão ganhar apoiantes em todo o mundo.
aquele momento #36
Aquele momento em que num almoço de amigos se conta uma história de alguém, próximo de uma das pessoas que está à mesa, que estava a beber Pêra Manca com Coca-Cola. Sendo a mesa composta por amantes do néctar dos deuses ouve-se um "aiiiii" generalizado e alusivo à dor sentida por aquele vinho. Nesse instante partilhas que tens duas garrafas dessas em casa - uma de vinho tinto e outra de vinho branco - só que não te recordas do ano. Quando confirmas percebes que juntas estão avaliadas em qualquer coisa como quinhentos euros. Por fim, aquele momento em que não pensas no valor das mesmas mas que está no momento de as abrir (mas sem misturar nada).
26.7.16
um minuto de silêncio e um profundo e demorado suspiro
Já era público que 2017 traria de volta Prison Break, uma das séries que mais gostei de ver ao longo dos últimos anos. Vão ser apenas nove episódios mas os suficientes para matar saudades de Michael Scofield e companhia. Agora sabe-se que o próximo ano tem também a responsabilidade de dar ao mundo Trainspotting 2 (teaser trailer aqui). Que estreiem depressa. Até lá vão surgindo alguns profundos e demorados suspiros pelo regresso de Dr. Sara Tancredi (Sarah Wayne Callies), mesmo tendo a ideia de que sou das poucas pessoas que a considera bonita e sensual.
tem tudo para correr mal
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que têm início no dia 5 de Agosto, têm tudo para correr mal. Primeiro foi a polémica com o vírus Zika. A isto junta-se o problema com o atraso das obras e os escândalos que têm marcado a vida do país. Além disso surgem as constantes ameaças relativas a possíveis atentados durante a competição. Agora são as delegações que começam a trocar a aldeia olímpica pelo conforto de hotéis. Já para não esquecer a polémica com alguns atletas russos que ainda lançaram para o ar a acusação de que todos as federações de diversas modalidades recorrem ao doping. Quero muito que estes jogos sejam perfeitos pois era muito importante para Brasil que vai ter os olhos postos em si. Mas surgem cada vez mais ingredientes para que tudo corra mal. É temer o pior enquanto se deseja o melhor.
um gordo será sempre gordo (ai dele que se atreva a mudar)
Um gordo será sempre um gordo. Nunca poderá ser outra coisa. É uma espécie de bandeira que se agita no ar quando a temática é a gordura que é formosura. E se um gordo (e escolho esta palavra com a representação social da mesma) decide deixar de o ser passa a ser um traidor, uma persona non grata no planeta dos gordos. E isto é do mais absurdo que pode existir.
Ashley Graham ficou conhecida por ser uma modelo plus size (veste o 44) que teve o mérito de ser a primeira a aparecer na capa da famosa edição de biquínis da Sports Illustrated. Primeiro foram os aplausos. Uma mulher gorda a ocupar um lugar até então ocupado por manequins acusadas de vender uma imagem irreal. As tais mulheres que não o são porque são magras. São aquelas que não passam de um monte de ossos, isto de acordo com o que se vai partilhando.
Até que Ashley Graham partilha uma imagem onde parece estar mais magra. E digo parece porque a mesma já referiu que sabe escolher a melhor forma de ser fotografada. E uma imagem foi o que bastou para que fosse acusada de "traidora". Há quem diga "eu sabia. Tu perdeste muito peso. Já não sou tua fã, tu traíste muita gente" ou "gorda falsa", havendo também quem acuse todos os gordos de ambicionarem ser magros a partir do momento em que alcançam a fama.
Não sei se Ashley está mais magra ou não. Aquilo que não compreendo é esta quase obrigação de um gordo ter de ser sempre gordo apenas porque ficou conhecido por ser gordo. Qual o mal que vem ao mundo caso Ashley decida ser magra? Passa a ser falsa por isso? Deixe de ser a primeira modelo plus size a aparecer numa publicação como a Sports Illustrated? Deixa de ser um exemplo para tantas pessoas? Creio que não...
Parece que existe obrigação de ver alguém igual ou pior do que nós em local de destaque para que a nossa situação não seja tão má. "Tenho excesso de peso, o médico mandou-me fazer exercício e diz que a minha saúde está em risco mas estou a marimbar-me para isso porque existe uma pessoa que tem mais peso do que eu e é famosa por isso", parece ser a linha de raciocínio. "Aquele(a) tipo(a) ficou conhecido(a) como gordo(a) mas agora perdeu peso. Já não gosto dele(a) porque é falso(a)", é outra das ideias.
E a melhor resposta a tudo isto foi dada pela própria. "As pessoas vêm à minha página e humilham-me porque sou muito grande, porque sou muito pequena, porque não sou boa o suficiente para os padrões deles. Mas no final do dia, eu sou boa o suficiente para mim". E é só isto que realmente importa. Só que as pessoas perdem tempo a definir padrões para os outros mas esquecem que devem primeiro organizar os seus. Vivem a vida dos outros, criticam os outros mas no final do dia nada fazem por si. E isto é que é triste.
PS - São as críticas e a ofensa que acabam por ter maior destaque mas enalteço a quantidade de pessoas que, em vez da ofensa, optaram por perguntar qual a alimentação da modelo e o seu plano de exercícios.
hoje é um dia muito triste para mim
"Dia dos Avós! Para onde quer que olhe vejo uma mensagem linda sobre os avós. Sobre aquilo que são. Enaltecendo qualidades, esquecendo defeitos e reforçando a importância que têm nas vidas das pessoas. Blogues, twitter e facebook estão repletos de mensagens bonitas, que me tocam no coração e que me emocionam.
Se isto me devia fazer sorrir? Devia! Se faz? Não. Se me devia deixar alegre? Devia. Se deixa? Não. Num dia que deveria querer sorrir, só me apetece chorar e espero ansiosamente pela hora em que me vou deitar, acordando no dia seguinte ao dia dos avós.
Neste dia, recordo os momentos bons que vivi com os meus avós. Lembro-me dos sorrisos, das brincadeiras, dos momentos que não voltam mas que nunca esquecerei. Tudo isso está presente na minha memória e coração. Mas, por mais que tente, não consigo esquecer nem apagar da minha mente o facto de já não os ter comigo. De não lhes poder ligar hoje a dizer que os amo, que tenho saudades dos seus beijos e que adorava leva-los a jantar comigo.
Não consigo esquecer que certo dia, enquanto fazia o jogo da minha vida, o meu avô lutava pela dele no hospital. Não me esqueço que cheguei a casa e que tinha uma mensagem a informar que o meu avô tinha sido internado. Não me esqueço de o visitar e dele me prometer que ia sair do hospital para me ir ver jogar ao Algarve. Infelizmente, esta promessa não foi cumprida. E hoje, queria estar com o meu avô para lhe dizer que não faz mal não ter ido e que a culpa de não ter ido não foi dele.
Quis o destino que anos mais tarde voltasse a jogar nesse mesmo campo. Quis o destino que voltasse a jogar extremamente bem. Quis o destino que quando voltasse a casa ouvisse mais uma má notícia. Quis o destino que a minha avó fosse para o hospital. Quis o destino que a minha avó não voltasse a sair do mesmo. E hoje, só queria poder abraça-la para lhe dizer que a amo e que sinto a sua falta.
Por isso, por mais que queira, por mais que me esforce, por mais que lute, não vou sorrir hoje. Vou usar uma espécie de escudo que vai impedir que percebam a minha tristeza e a dor que me vai consumir até ao final do dia. E se tiver que chorar, irei chorar recordando aquilo de bom que vivi com duas pessoas maravilhosas e que muita falta fazem a este mundo cheio de inveja e maldade."
Escrevi este texto em 2012. E nada mudou desde então. A sensação deste dia continua a ser a mesma.
o poder de uma fotografia
O voleibol é uma modalidade que não tem grande expressão mediática em Portugal. E em muitos outros países. Tanto que o nome Winifer Fernández provavelmente não dirá nada a ninguém. Ou talvez diga a um número bastante reduzido de pessoas. Mesmo sendo considerada a melhor jogadora de voleibol da República Dominicana. Mas com uma imagem tudo mudou. Bastou apenas uma fotografia para que esta jovem atleta, de apenas 21 anos, passasse de desconhecida a musa internacional do desporto. E a foto é esta.
Olhando para a imagem muitos vão pensar que se trata de um momento sensual propositado por parte de Winifer. Puro engano. Nada mais normal do que uma bola perdida por uma jogadora que acaba deitada no chão. E que rapidamente se levanta para prosseguir o jogo, mesmo que aborrecida com o ponto perdido. Algures neste momento, bastante rápido, existe esta imagem. Que consegue transformar algo banal, que acontece dezenas de vezes num jogo de voleibol, num momento digno de fazer parte de uma sensual produção fotográfica, publicada numa qualquer revista masculina.
E esta imagem foi o suficiente para que Winifer Fernández deixasse de ser apenas "mais uma" jogadora de voleibol, mesmo tendo em conta que é considerada uma das atletas mais talentosas da actualidade, para ser uma nova musa do desporto. Agora, graças a este momento, todos querem saber quem é esta jovem e muitos prestam atenção à modalidade. E isto graças a uma fotografia. Existem poucas coisas com o poder de uma fotografia. Tal como existem poucas coisas que podem criar a ilusão que uma imagem consegue criar, aparentando algo que não é. É o poder de uma fotografia.
25.7.16
semelhança entre pokemon go e revistas "cor-de-rosa"
Existem diversas semelhanças entre o jogo do momento - Pokemon Go - e as revistas "cor-de-rosa" (prefiro do segmento social). No campo teórico ninguém gosta do Pokemon Go, tal como ninguém gosta das referidas revistas. E também ninguém compra revistas, tal como ninguém descarrega o jogo para o seu telemóvel. Ninguém lê uma revista dessas (só ocasionalmente no dentista enquanto se espera pela consulta) tal como ninguém joga Pokemon Go. Isto é o que acontece na teoria.
Na prática, muitas pessoas gostam do Pokemon Go, muitas pessoas têm o jogo e jogam. Basta ver os números relativos ao jogo. E na prática, muitas pessoas compram as revistas, tal como muitas pessoas gostam de ler as mesmas. Basta ter acesso aos dados das mesmas. Mas fica melhor, nem que seja de um ponto de vista relativo a uma suposta dose de intelectualidade (ou superioridade) camuflada, dizer que se odeia o jogo e que nunca se leu uma revista do segmento social.
mais uma página que se vira
Trabalho no mesmo local desde o início de 2007. Fui um dos "sortudos", porque já na altura era raro, que conseguiu emprego na área de formação. Que, não estando bem, conseguia ser muito melhor do que é hoje. Na altura bastaram-me três meses, de um estágio de seis, para passar para os quadros da empresa. Desde então já trabalhei com dezenas de pessoas.
Recordo-me como se fosse hoje do meu primeiro dia na redacção. De estar no local de trabalho na hora exacta. De estar à espera da directora de então. De aguardar pelo momento em que saberia qual a minha secretária e o que fazer. De me apresentar a todas as pessoas. Na altura vim substituir uma pessoa, hoje amigo, que tinha saído em busca de algo melhor. Naquele dia era o puto da redacção. Comigo entrava outro colega, hoje amigo, que tinha uma diferença em relação a mim. Era o seu regresso ao grupo onde ainda hoje trabalho.
Desde então já me despedi de dezenas de pessoas. Umas que nada me dizem. Outras que me dizem muito. E umas assim assim, que não aquecem nem arrefecem. Já fiquei contente por saber que uns partem porque têm algo melhor. Já lamentei o facto de outros partirem sem saber o que fazer. E já agradeci, secretamente, o facto de algumas pessoas saírem com base num empurrão que, acredito, lhes irá melhorar a vida. Mas a verdade é que o adeus nem sempre é bom. Nem sempre é fácil. Nem sempre tem a ligeireza de um adeus dado a uma pessoa que nada nos diz.
Hoje sai mais uma pessoa. Alguém que entrou na empresa pouco tempo depois de mim. O seu adeus tem vários significados. O mais importante é acreditar que irá voar como está destinada a voar. Além disso, faz com que me sinta ainda mais uma "peça de mobília" no local onde trabalho. E digo isto porque passo a ser o jornalista mais antigo na redacção. Sinto-me o móvel onde são guardadas as memórias de largos anos. Quanto gosto das pessoas, como é o caso, detesto estes dias. "Odeio" os almoços de despedida pelo simbolismo dos mesmos. Que este dia seja o primeiro do resto da tua vida. Muita sorte!
we'll always have sevilha
Para assinalar o 13º ano de namoro decidimos sair de Portugal. E a nossa opção foi Sevilha, um destino que queríamos muito visitar, mesmo sabendo que as temperaturas iam rondar os quarenta graus. O primeiro passo, e com alguma antecedência, foi escolher o hotel. Neste passo tivemos em conta escolher um que estivesse relativamente próximo do centro histórico e que tivesse piscina, de modo a que as tardes acabassem com um refrescante mergulho antes de nos entregarmos à noite sevilhana. Analisando todos os factores acabámos por escolher o Silken Al-Andalus Palace, situado mesmo ao lado do estádio do Bétis de Sevilha e localizado a cerca de dez minutos (de carro) do centro histórico e com transportes à porta.
Escrever sobre Sevilha é bastante complicado. Em primeiro lugar porque fiquei imediatamente apaixonado por esta cidade espanhola. E porque muito pode ser dito e com pontos de partida bastante diferentes. Ou seja, é uma cidade que casa na perfeição com os diferentes tipos de turistas. No nosso caso o objectivo era andar pelas centro histórico e pelos diferentes pontos de interesse. Já tínhamos algumas referências e fomos também à descoberta. E antes de falar sobre os pontos a visitar saliento que Sevilha é daqueles destinos ideias para uma viagem de três/quatro dias.
Em relação aos pontos de destaque é impossível não salientar os clássicos. E são eles: o Parque Maria Luísa, a Plaza de España, os Reales Alcázares de Sevilla, a Praça de Touros, a Catedral e a Torre Giralda, o bairro e a Ponte de Triana (Isabel II). Tudo isto merece uma visita e tudo isto encanta qualquer turista. A isto acrescento a visita obrigatória ao centro histórico, deixando que as ruas, que parecem ter tantas histórias para contar, comandem a visita, com cada rua a parecer seduzir mais do que a anterior. Uma das magias de Sevilha é sentir o encanto do centro histórico. Partilho aqui algumas das imagens.
Plaza de España
Reales Alcázares de Sevilla
Reales Alcázares de Sevilla
Torre Giralda
Ponte de Triana (Isabel II)
Rua do centro histórico
No momento de comer a oferta é também muita e para todos os gostos. Mas, para mim, estar em Sevilha é comer tapas e beber cañas. Nos espaços mais rústicos que consiga encontrar. Aliás, à excepção dos espaços que queríamos conhecer, a nossa escolha era feita com base no aspecto da casa e com a quantidade de pessoas que lá estavam. E nunca nos demos mal. Boa tapas, boa cerveja e tudo a um preço bastante acessível.
Para quem é fã de tapas destaco três espaços: Cerveceria Altozano (no final da Ponte de Triana), Bodeguita Casablanca (Perto da saída dos Reales Alcázares) e El Rinconcillo (no centro histórico), um dos mais antigos restaurantes do mundo e o mais antigo de Espanha, estando aberto desde 1670. Realço apenas que a bodeguita estava fechada na noite de sábado e que o Rinconcillo tem também restaurante. Mas neste último caso aconselho a experiência de comer tapas num espaço onde a conta é feita no balcão e com giz. Depois, e para quem procura algo mais moderno, existe o Mercado Lonja del Barranco. Aqui é possível encontrar tudo o que se encontra noutros espaços. Algumas com preço ligeiramente mais elevado. No nosso caso era ponto de passagem obrigatória para um gin quando a noite já ia longa e os termómetros assinalava mais de trinta graus.
Mercado Lonja del Barranco
Mercado Lonja del Barranco
El Rinconcillo
El Rinconcillo
El Rinconcillo
El Rinconcillo
Se o dia convida a que se conheçam as ruas de Sevilha, a noite convida a uma saída. Aliás, quando o sol se deita – sem que as temperaturas baixem muito - a cidade ganha muita vida. E isto foi uma das coisas que mais me seduziu em Sevilha. Muitas pessoas na rua a conviver, a comer tapas, a beber um copo e a trocar dois dedos de conversa. Pessoas simpáticas que metem conversa, empregados simpáticos e disponíveis e muita animação. É mesmo impossível não gostar daquele ambiente ao mesmo tempo que se torna impossível não ficar contagiado pelo mesmo. O melhor elogio que posso fazer a Sevilha é dizer que me imagino a viver lá e que quero muito voltar e em breve. Até porque a distância é curta e o dinheiro que se gasta é bastante em conta para tudo aquilo que a cidade proporciona.
Dicas úteis:
- Andámos a passear pela cidade com temperaturas perto dos quarenta graus. Sugiro, a quem o faça, o uso de um chapéu e a aplicação de protector solar. Recomendo também o uso de calçado confortável. As esplanadas têm quase todas um sistema que deita vapor de água para refrescar as pessoas. Pausas em locais destes nunca são demais.
- Os encantos da cidade são tantos que aconselho que a máquina fotográfica vá munida com um cartão de memória com capacidade de armazenamento e com duas baterias ou conjuntos de pilhas.
- Quem viajar de carro não necessita de ter receio de levar a viatura para o centro histórico. Existem diversos parques espalhados pela cidade. O único “senão” passa pela largura de algumas ruas e pelos acessos aos parques. Carros pequenos são a melhor opção em alguns casos.
está a chegar o dia
Está a chegar o dia em que ouvir dizer que um bombista suicida tentou/conseguiu matar alguém num qualquer país é tão normal como ouvir dizer que está trânsito para a Ponte 25 de Abril. Infelizmente esse dia está cada vez mais perto. E o aproximar deste dia dá uma clara vantagem à vitória do medo.
23.7.16
coincidências em forma de coração
No dia em que assinalo treze anos de namoro os meus pais assinalam 44 anos de casamento. Melhor do que ter como inspiração a mais bela (e cada vez mais rara) história de amor é festejar a minha no mesmo dia. Parabéns aos meus pais que fazem o casal mais espectacular que alguma vez existiu. Que todas as pessoas tenham direito a uma história de amor como a vossa, digna de constar no mais belo livro alguma vez escrito.
amo.te'nos mais que tudo my lucky thirteen
Recordo-me, como se fosse hoje, a primeira vez em que os meus olhos te viram. Olhei para ti como um puto olha para uma linda mulher com quem se cruza. Por mais complicado que tenha sido, tentei ser discreto. Sendo que ainda me voltei para trás para te ver mais uma vez. Recordo-me também do nosso primeiro encontro. Sei reviver cada um dos momentos. Até me lembro do filme que fomos ver que, não sendo nada de extraordinário, consegue ser o melhor da minha vida. Mas, desse dia, destaco o momento (e o local) onde provei o sabor da tua boca pela primeira vez.
Por mais mágico que tenha sido esse dia, nunca acreditei que fosses minha. Ou melhor, que o teu coração fosse meu. Não iria acreditar se me dissessem que passados treze dias estarias apaixonada por mim. Tal como me atiraria para o chão a rir se dissessem que serias minha namorada passadas treze semanas. E daria um beliscão, para acordar a pessoa, a quem me dissesse que passados treze meses seríamos namorados. Não acreditava nisto por falta de amor ou por ausência de desejo. Simplesmente achava que uma mulher como tu não se apaixona por um rapaz como eu. Nem nos melhores sonhos do rapaz, que neste caso sou seu.
Mas a verdade é que hoje assinalam-se os nossos treze anos de namoro. Treze anos!!! Parece que foi ontem que o nosso namoro começou. Parece que acabei de te deixar na casa dos teus pais, loucamente apaixonado por ti e ainda sem saber que o que iria acontecer. O melhor elogio que te posso fazer, pedindo desde já desculpa pela falta de palavras que te façam justiça, é dizer que me deste os melhores anos da minha vida. Já para não dizer que fizeste de mim homem, tal como me ensinaste o que é amar alguém. E quem pensa que isso se resume com borboletas na barriga é porque desconhece o que é um amor igual ao teu.
Tens estado comigo nos momentos bons. Nunca me abandonaste nos momentos maus. Temos tido os nosso momentos altos. Momentos ainda mais altos. Momentos em que o céu parece pequeno para nós. E também momentos ligeiramente mais baixos. É verdade que estes foram menores mas não os desvalorizo pois foi em cada um deles que percebi o quanto te amo e o quanto me amas. Nestes momentos não existem dúvidas em relação ao que és para mim. E aproveito para te dizer o quanto amo o teu abraço nestes momentos. A tua força faz com que sinta seguro.
Treze anos parecem muito. Soam a uma eternidade. Mas ao teu lado sabem a pouco. E a razão disto és tu. Fazes com que te ame sempre mais a cada dia que passa. Fazes com que me perca num sorriso que acredito teres só para mim e que não quero partilhar com ninguém. Não gosto de falar em perfeição porque ela não existe mas posso confessar-te que és a "mistura" dos sonhos românticos que tinha quando era muito mais novo. És também a prova de que os sonhos se tornam realidade. E ainda de que existem histórias de amor felizes. Obrigado por me amares. Obrigado por me fazeres viver como nunca. Obrigado por estares sempre do meu lado. Por seres a minha melhor amiga e a melhor mulher. És tudo para mim. Amo.te'nos mais que tudo na vida my lucky thirteen.
22.7.16
21.7.16
calvin, os homens odeiam-te (talvez as mulheres te adorem)
Chama-se Calvin Rickson. Para já é um nome "desconhecido" pelo mundo fora. Mas começa a ser falado aqui e ali e a sua fama já chegou a Portugal. Pois bem, está na hora de apresentar este homem. Calvin Rickson é um engenheiro da Texas A&M University que inventou algo diferente. Calvin inventou um soutien que impede que as mamas das mulheres balancem quando protegidas pelo mesmo. Ficam praticamente imóveis. Não se mexem, nem saltam. E, por exemplo, em contacto com a água fria impede que os mamilos fiquem salientes. O design é este que aparece na imagem.
A popularidade de Calvin Rickson tem vindo a crescer. Mas parece que os homens não morrem de amores pelo engenheiro. A invenção deste homem anda a ser partilhada juntamente com piadas que dão conta de que os homens não vão ficar os maiores fãs desta invenção. Só falta saber o que as mulheres acham desta criação. Será que o design é apelativo? Será que é útil? Será também que já existe algo semelhante no mercado? Não sei... aquilo que parece é que os homens odeiam Calvin e talvez as mulheres o adorem.
20.7.16
o mundo ao contrário?
Encontras uma pessoa numa estação de serviço. Que por acaso está bastante concorrida, com diversos clientes em todas as bombas. Existe uma pessoa que se destaca das restantes. Pelo simples facto de que o depósito de combustível é no lado direito da viatura. Mas esta pessoa, talvez para poupar alguns segundos na fila, escolheu uma bomba que está situada do lado esquerdo do seu carro. A pessoa sai do carro. Apercebe-se de que a mangueira em questão não chega ao depósito. O que faz? Começa a refilar em voz alta. Tudo na estação de serviço está mal feito. Pelo simples facto de que esta pessoa não foi para uma das filas mais indicadas para o seu carro. Será que o mundo está ao contrário e aquela pessoa é que estava certa?
"anti" is the new black
Não vem nas revistas de moda mas está em todas as páginas. Não aparece em nenhum post do facebook mas está em todas as publicações e comentários. Ninguém assume usar mas é vestido por muitos. Tenta passar despercebido mas é notado em todo o lado. Não apenas no mundo virtual mas também no mundo real. Falo do "anti" que está cada vez mais na moda.
"Anda tudo louco com o Pokemon Go", diz alguém. "Odeio isso", "é uma estupidez", "isso é para homens adultos que não estão com uma mulher nua há muitos anos", "isso é para mulheres adultas que não fazem sexo há muito" ou "isso é um perigo" são apenas algumas das respostas que se ouvem por aí. "Mas já jogaste ou já percebeste o que é?", perguntam. "Não. Nem preciso. Odeio o Pokemon Go", respondem.
"Anda tudo a falar na série xpto", diz alguém. "Isso é uma merda", "é do pior que existe em televisão", "prefiro ver outra merda qualquer. Tudo menos isso", "não existe nada que consiga ser pior do que isso" ou "que cambada de actores sem jeito", são apenas algumas das respostas que se ouvem por aí. "Mas já viste algum episódio?", perguntam. "Não. Nem preciso. Odeio essa série", respondem.
"Anda tudo a falar naquele restaurante xpto", diz alguém. "Comida boa para vomitar", "atendimento de merda", "prefiro comer em casa", "aí não vou de certeza", "a comida mete nojo" ou "do pior que já existiu. Que feche as portas depressa", são apenas algumas das respostas que se ouvem por aí. "Mas já lá foste?", perguntam. "Não. Nem preciso. Odeio esse restaurante", respondem.
São apenas três exemplos mas poderiam ser muitos mais. A estes exemplos acrescento que não sou a favor do oposto disto. Ou seja, não acho bem dizer que se gosta de algo apenas porque sim ou apenas porque está na moda. Mas isto não significa que seja a favor do "anti" que passa por ser anti tudo aquilo que existe e que tem alguma expressão e popularidade. Não gosto do "ódio" apenas porque os outros gostam. Nem gosto do "ódio" para tentar passar a imagem de que se é superior a alguém.
Era bom que o anti (tal como ser a favor de olhos fechados) desse lugar à experiência. Que acaba por permitir uma opinião mais válida em relação ao que quer que seja. Que vai muito além do odeio porque os outros gostam ou do gosto porque todas as pessoas gostam e fica bem gostar. Só que isto dá muito trabalho. E ter trabalho com o que quer que seja é algo que há muito deixou de estar na moda.
porque nem tudo no pokemon go é mau
Acho que neste momento o jogo Pokemon Go é de extremos. De um lado estão os que adoram. Na extremidade oposta estão aqueles que odeiam o jogo que já tem quase tantos utilizadores como a rede social Twitter. Como já aqui tinha referido, instalei o jogo e já cacei uns quantos pokemon. Já cacei em casa, em hipermercados e até na rua. Isto pode soar a muito tempo de jogo mas tudo somado nem vinte minutos devo ter tido o jogo ligado. E não tenho vergonha nenhuma em assumir que provavelmente ainda irei caçar mais uns quantos.
Do lado das críticas existem vozes que acusam adultos de estar a perder tempo com uma coisa de crianças. Como se isto tivesse algum mal. Ou como se a culpa de os adultos passarem a vida agarrados aos telemóveis fosse apenas da responsabilidade deste jogo. Por momentos fico com a ideia de que o Pokemon Go é a única aplicação que os adultos podem ter no telemóvel e aquela que faz com que muitas pessoas passem a vida a olhar para baixo. Uma crítica diferente passa pelo risco do jogo. Muitas pessoas esquecem que o jogo implica uma maior proximidade a determinados riscos nos quais se repara mais quando não existe uma distracção.
Mesmo assim, considero que este jogo tem aspectos positivos. O primeiro deles é a actividade física. Tenho a certeza de que muitas pessoas, sobretudo mais jovens, levam vidas sedentárias, agarrados aos computadores e consolas enquanto jogam diversos jogos sentados no sofá. A febre do Pokemon Go obriga a ir à rua. Obriga a andar para apanhar mais um pokemon. E mais outro que está umas centenas de metros mais à frente. E mais outro. E de pokemon em pokemon os jogadores acabam por fazer diversas caminhadas. E isto, num País onde a população está cada vez mais pesada, é de salutar.
Além disto, com tantos jogadores e com os meetings que estão a surgir, as pessoas vão recuperar um pouco algo tão simples como o convívio. E não me refiro ao convívio virtual numa qualquer sala de conversação. As pessoas vão falar umas com as outras. Vão interagir. Provavelmente vão combinar caçadas/caminhadas em busca de mais uns quantos pokemon. E, como já brinquei na minha página de facebook pessoal, até, quem sabe, vão encontrar o amor no meio dos monstros que andam a caçar.
Sempre defendi que as inovações tecnológicas tem aspectos positivos e negativos. Considero que o Pokemon Go não é excepção. Existe o perigo do vício. Existe a maior probabilidade de "fechar" os olhos a determinados perigos. Mas também existem aspectos positivos. Como as caminhadas a que obriga e o convívio entre caçadores de pokemon. Cada qual vê o que quer.
alguém tem alguma sugestão ou dica?
Amanhã é dia de rumar a Sevilha. Se estiver por aí alguém que já lá tenha estado e que queira partilhar alguma sugestão ou dica, agradeço desde já. E é tudo válido, desde sítios a visitar até espaços para comer e locais para beber um copo. Obrigado.
19.7.16
duas rapidinhas para acabar o dia
Em primeiro lugar, preferia, um milhão de vezes, ver Donald Trum plagiar, no comportamento e atitudes, um político em condições do que observar a sua mulher, Melania, plagiar diversas partes de um discurso de Michelle Obama, aquela que deve ser a primeira-dama mais cool de todos os tempos. Em segundo lugar, e se o estado islâmico andar a reivindicar actos nos quais não teve qualquer participação mas que convém que lhe sejam associados de modo a semear um pânico ainda maior?
o tio patinhas que há em nós
"Quanto custa este livro? 2,99 euros ou 3,50?", pergunta uma senhora.
"Tenho que confirmar", responde a funcionária.
"Se for 2,99 levo. Por 3,50 já não", diz.
"É mesmo 3,50. O preço de 2,99 é para Espanha", explicou a funcionária.
"Sendo assim não levo", concluiu a cliente.
Assisti a isto numa loja hoje. A diferença entre o preço apelativo, que era apenas válido em Espanha, que a cliente estava disposta a pagar e o preço real é mínima. São uns míseros 51 centimos. Um valor que compra poucas coisas. E que muitos certamente consideram curto demais para fazer um cliente desistir de algo que aparentemente deseja comprar. "É mesmo à Tio Patinhas", será um pensamento comum.
Mas acredito que todos temos os nossos momentos Tio Patinhas. Pelo menos assumo os meus. Que acontecem sobretudo quando estou indeciso em relação ao que vou comprar. Se surge a dúvida, agarro-me a tudo e mais alguma coisa que sirva de desculpa para não comprar o artigo em questão. Seja um livro, uns ténis, um álbum ou uma peça de roupa. E nesses momentos de hesitação 51 centimos conseguem ser iguais a umas largas dezenas de euros.
grávidas, mães, confiança e nudez
Qualquer pessoa que veja o seu corpo mudar radicalmente (em relação à imagem a que está habituado) acaba por ter um momento em que olha para o espelho e não gosta do que vê. Momento em que não se reconhece. Em que não vê a pessoa que sempre foi. Isto pode acontecer por diversos motivos, como é o caso de desleixo, de uma gravidez ou de um qualquer problema de saúde, apenas para dar alguns exemplos. E não gostar do que se vê não significa que a pessoa não goste de si. Pode significar que existe um grande problema em lidar com a actual imagem. E este processo pode ser complicado de ultrapassar.
Melanie Verney é uma mulher igual a tantas outras. Como a especificidade de que foi mãe três vezes num espaço muito curto de tempo. Melanie e o marido, Gabby, foram pais de um menino no dia 11 de Março de 2013. No dia 10 de Março de 2014 nasciam as gémeas do casal. Como ponto de partida, esta mulher não odiou estar grávida pois realizou um sonho. Tal como não odiou nenhuma das marcas deixadas no corpo pela gravidez. Melanie defende que os três filhos compensam tudo isto. Valem tudo isto e muito mais. Por outro lado, salienta que ser mãe não significa que deixe de ser mulher. Que deixe de ser a Melanie que era. E neste sentido, esta mãe conta que depois do nascimento das filhas gémeas perdeu a confiança que tinha (em relação ao corpo). Olhava para o espelho e via uma estranha. E sentiu a necessidade de se sentir feliz e não apenas uma mãe.
Até que deu de caras com um anúncio em que uma fotógrafa (Trina Carey) procurava um casal para uma sessão fotográfica íntima, a realizar num lago. Sessão que tinha o objectivo de ensinar homens e mulheres a recuperar a confiança e a aceitarem o corpo depois de uma mudança. Existia o desejo de ensinar às pessoas que não é necessária perfeição para que se sintam bem e bonitas. Passa tudo por aceitar a diferença. E foi isso que aconteceu com o casal.
O resultado está a tornar-se viral e os elogios têm sido largamente superiores em relação às críticas que têm chegado à fotógrafa e também ao casal. Este trabalho pode levantar diversas questões. Melanie precisa de estar nua para se sentir bem com o corpo? Porque ainda olhamos para a nudez como algo pornográfico e porco? Havia necessidade de partilhar o trabalho? Até que ponto ajuda outras pessoas? São apenas alguns exemplos de questões válidas.
Mas, por outro lado, ninguém pode negar a coragem desta mulher. A coragem e apoio do marido. E o exemplo dado por ambos, em conjunto com a fotógrafa. Considero que este é daqueles trabalhos que ajudam a mudar mentalidades. Que quanto partilhados fazem com que alguém deixe de ter "vergonha" da cicatriz que tem no corpo. Que faz com que alguém deixe de ter vergonha nos quilinhos a mais. E por aí fora. E nesse sentido este trabalho está de parabéns.
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