Aquele momento em que num almoço de amigos se conta uma história de alguém, próximo de uma das pessoas que está à mesa, que estava a beber Pêra Manca com Coca-Cola. Sendo a mesa composta por amantes do néctar dos deuses ouve-se um "aiiiii" generalizado e alusivo à dor sentida por aquele vinho. Nesse instante partilhas que tens duas garrafas dessas em casa - uma de vinho tinto e outra de vinho branco - só que não te recordas do ano. Quando confirmas percebes que juntas estão avaliadas em qualquer coisa como quinhentos euros. Por fim, aquele momento em que não pensas no valor das mesmas mas que está no momento de as abrir (mas sem misturar nada).
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27.7.16
14.6.16
aquele momento #35
Em que fazes uma viagem até 1974. O destino é Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. E em que voltas ao presente e em que percebes que o tempo, andando para a frente, parece ter recuado e muito.
10.5.16
aquele momento #34
Aquele momento em que me sinto um concorrente de um qualquer reality show que esteve isolado do mundo durante algum tempo. Tenho aquela sensação de que passaram meses quando na realidade foi uma semana e um dia. Tenho aquela sensação de que o espaço era demasiadamente pequeno. Tenho a sensação de que estive longe do mundo. A diferença é que os concorrentes eram apenas dois e não existia confessionário. Agora fui expulso e estou de volta ao mundo real. Aleluia!!!
29.4.16
24.11.15
aquele momento #32
Aquele momento em que, no trabalho, vais na direcção da máquina de água quente para o chá matinal. Enquanto caminhas acabas por te cruzar com uma pessoa que mais do que colega é amiga. Falas e brincas como é normal. Com um pouco de água quente na caneca vais, como sempre, ao wc para a lavar. Voltas à máquina de água quente para encher a caneca. Neste momento estás de costas para a máquina de vending. Ouves moedas a baterem no chão. Acreditas que foi a mesma colega/amiga que acabou de deixar cair dinheiro.
“Deves pensar que se semeares ele cresce”, dizes.
Estranhas a reacção à piada. Sabes que é má e mais do que batida. Mas o silêncio não é normal na outra pessoa. Ouves chegar mais alguém. Quando olhas é a tua colega/amiga que acaba de chegar. A piada foi dirigida a uma pessoa com quem pouco ou nada falas. E que ficou a olhar para ti com um ar estranho. Pedes desculpa e vais à tua vida.
22.7.15
aquele momento #31
Aquele momento em que tens na caixa do correio um aviso para ir aos correios levantar uma carta do tribunal. Por mais certezas que tenhas de que nada fizeste de errado ficas sempre a pensar que poderá ser algo negativo. Por mais certezas que tenhas de que tudo está bem, só descansas no momento em que tens a carta nas mãos.
27.5.15
aquele momento #30
Aquele momento em que começa a tocar um
iPhone. Como estás sozinho em casa e o toque é o teu, mesmo coxo, começas a
preparar-te para levantar e ir atender pois está à carga. Até que alguém o
atente e percebes que era no filme a que não estás a prestar atenção.
27.4.15
aquele momento #29
Aquele momento em que percebes que se
fosses como Julen Lopetegui – treinador do F.C. Porto que supostamente ameaçou
dar um murro a Jorge Jesus (treinador do S.L. Benfica) caso este voltasse a
trocar o seu nome – passavas a vida a dar murros, ou pelo menos a ameaçar, a
todas as pessoas que dizem e escrevem mal o teu apelido.
18.3.15
aquele momento #28
Aquele momento em que o teu trabalho é reconhecido na
televisão. Não trabalho para um reconhecimento que vá além do meu. Escrevo um
texto de cinco linhas da mesma forma que escrevo um de cinco páginas ou outro
que seja capa ou que apareça na mesma. De resto, o meu nome aparece sempre, em
todos os textos independentemente da importância, com letra muito pequena.
Acredito até que poucas pessoas se dão ao trabalho de saber quem escreveu um artigo ou fez uma qualquer entrevista. Mas aquilo que me importa é o meu
reconhecimento. Fico satisfeito se me sentir bem com aquilo que escrevi.
Mas isto não invalida que saiba muito bem ouvir um simples “obrigado”
ou “parabéns pelo trabalho”. Qualquer profissional, seja de que área for,
ficará agradado com esse tipo de reconhecimento. E não fujo à regra. Esta
semana vi o meu trabalho ser elogiado na televisão. Obrigado à pessoa que o
fez. E a todos aqueles que, ao longo dos tempos, fazem questão de enviar uma
mensagem ou entrar em contacto comigo para agradecer aquilo que não é mais do
que a minha obrigação profissional. Sabe bem, não minto. E assim se constroem relações de confiança.
10.3.15
aquele momento #27
Aquele momento em que descobres que existem estátuas de cera
que provavelmente vão mais vezes ao cabeleireiro do que tu. Ou melhor, que
recebem a visita do cabeleireiro. Cristiano Ronaldo quer que a sua estátua, que
está no Museu de Cera de Madrid, esteja sempre perfeita. Como tal, o seu
cabeleireiro pessoal vai ao museu pentear a estátua uma vez por mês.
25.2.15
aquele momento #26
Aquele momento em que entras na redacção e te deparas com mais de duas dezenas de crianças (alunos do quinto ano) que vieram visitar a redacção e perceber o funcionamento da publicação. Momento esse em que entras com um bolo de aniversário que foi deixado na recepção e que decides oferecer aos jovens. Momento em que estás vários minutos a cortar o bolo e a fazer conversa com as crianças. Momento em que ficas a saber que o único aluno que tem o mesmo nome do que tu, chumbou. Momento em que dizes a um menina que tem os olhos muito bonitos e elas responde: “eu sei”. Momento em que uma menina te diz que pinta as unhas porque a mãe é manicure. Momento em que as crianças brincam contigo. Momento em que te chamam senhor e tratam por você. E um momento especial em que uma menina faz questão de ficar para o fim, certificando-se que os colegas comem todos bolo primeiro do que ela e a quem ofereces dois livros pela atitude demonstrada. Ganhei o dia. Obrigado a todos pelo momento divertido.
9.5.14
aquele momento #25
Aquele momento em que um mosquito pousa nos testículos e descobres que nem tudo se resolve com violência.
(Não resisti a partilhar isto que acabei de ler)
(Não resisti a partilhar isto que acabei de ler)
15.1.14
aquele momento #24
Em que qualquer plano para sair de casa está
condicionado pelo pequeno detalhe do carro ter ficado sem bateria. Espero que
esse seja mesmo o único problema do carro pois amanhã é dia de viajar até ao
Porto.
11.12.13
aquele momento #23
É a primeira vez que estou em casa desde que
soube da tendinite. É a primeira vez que estou a poucos metros da Playstation
(nas minhas folgas costumo ocupar-me dela) sabendo que não a devo ligar para
não piorar a minha situação. Ao longo do dia penso por diversas vezes que se
jogar só um pouco não me irá fazer mal. Por outro lado sei que o pouco vão ser várias horas. Nesses instantes arranjo outra coisa
para fazer. Penso noutras coisas. Até aquele momento em que o telefone faz
barulho. É uma mensagem de um amigo. “Vamos a um vício?”, pergunta-me. Leia-se
que vício é o mesmo que um jogo de PES. Que nunca é um, nem dois nem três.
Apeteceu-me dizer que sim. Ligar a Playstation e começar a jogar até saciar o
meu desejo. Mas, orgulhosamente, disse que não. E continuo a morder-me por dentro.
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