8.7.16

não temos carro nem temos nada a ver com isso

Aconteceu com o meu pai mas poderia ter acontecido com outra pessoa qualquer. Bastava apenas que essa pessoa fizesse uma coisa: andar a pé no passeio. Foi isso que o meu pai estava a fazer quando o passeio abateu, tendo o meu pai ficado enterrado até aos joelhos. Felizmente, para a história ficam apenas alguns arranhões e o calçado danificado. E digo felizmente porque facilmente poderia ter ficado muito mais magoado. Não era preciso muito para ficar com uma perna partida dado o estado em que ficou o passeio.

Como qualquer pessoa faria, o meu pai participou a ocorrência. À Polícia e também à Câmara Municipal. Mas, vamos por partes. Primeiro passo. Chamar a Polícia. Algo bastante simples mas que se transformou numa missão digna de um filme do Tom Cruise. Este incidente aconteceu a coisa de 200/300 metros da esquadra mais próxima. Mas nenhum agente desta esquadra foi ter com o meu pai. Pelo simples motivo de que não tinham uma viatura disponível. Realço que a distância demorava cerca de cinco minutos a ser feita a pé. Curiosamente, passou pelo menos um carro de Polícia pelo meu pai mas não se deu ao trabalho de parar. Acabou por vir um agente de uma esquadra que fica a cerca de uma dezena de quilómetros do local.

O meu pai também informou a Câmara Municipal do ocorrido. A resposta da pessoa com quem o meu pai falou foi: "o que temos a ver com isso?". Ao que o meu pai respondeu: "tenho eu?". Felizmente, pouco tempo depois já aquela parte da rua estava vedada aos peões e com funcionários da Câmara Municipal a resolver a situação. Assim, e se tudo correr bem, mais ninguém passará pelo susto que o meu pai passou. Por um lado agrada-me que tudo não tenha passado de um susto. Por outro, ainda me espanto com coisas como "não temos carro" quando estão a metros do local e com coisas como "o que temos a ver com isso".

2 comentários:

  1. Ui....funcionários que não são profissionais....são aos montes....é uma tristeza. As meelhoras para o seu pai : )

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