O Euro'2016 tem servido para ficar a conhecer que Portugal tem ajudado ao consumo de Kompensan além fronteiras. Estava longe de imaginar que a nossa selecção provocasse tanta azia. Começo a acreditar que os outros olham para nós como a maior potência futebolística mundial. Qualquer dia até mudam o ditado para "no futebol são onze contra onze e no fim ganham os cabrões nojentos dos portugueses".
Os franceses já disseram que somos nojentos. Que nada jogamos. Quanto ao segundo ponto, podemos discutir isso. Sendo que Portugal tem vindo a crescer com a competição, sabendo retirar proveito do facto de o calendário ter sido favorável depois da fase de grupos. Mas nojentos não somos. Até porque a fama de trocar o banho por borrifadelas de perfume não é nossa. Nós ficamos com os fartos bigodes masculinos e femininos como cartão de apresentação além fronteiras.
Os franceses, em especial um senhor que atingiu aquela idade em que pode dizer nada sem que ninguém o questione, também questionam a idade de Renato Sanches. Quase que dá vontade de dizer que não está nada mal para quem já tem qualquer coisa como 83 anos. E agora são os britânicos. Já li coisas como os portugueses não passarem de "um bando de finalistas imprevistos". Tenho que lhes dar razão. Sempre acreditei que Gales seria a selecção mais forte deste Euro (só que não). E sempre acreditei que a Inglaterra ia conquistar o caneco (só que não). Maldita a hora em que não apostei dez euros na Islândia pois estive perto de o fazer (se não estou enganado ganhava mais de 70).
Como se isto não bastasse, um senhor, que deve perceber tanto de futebol como eu de ponto cruz, que tem um cargo jornalístico importante disse que o momento mais alto de Portugal foi quando Cristiano Ronaldo atirou um microfone para um lago. Este senhor não podia ter escolhido pior as palavras. É que o momento mais alto de Portugal foi quando Cristiano Ronaldo teve uma elevação de 80 centímetros para cabecear a bola a uma altura de 2,65 metros e marcar o primeiro golo do jogo de ontem. Este é que foi o momento alto de Portugal.
Por mais que pense no assunto, não consigo perceber o motivo de tamanha raiva e ódio contra um País tão pequeno que nem arranha os outros. Nós não fazemos mal a ninguém. Nem mesmo no futebol. O nosso fado levou-nos apenas a uma final e toda a gente o que aconteceu. Aposto que alguns portugueses ainda têm pesadelos com o "maldito" do Caristheas. Escrevo este texto sem saber quem será o adversário de Portugal na final. Acredito que será a Alemanha mas não escondo que seria uma certa justiça poética defrontar (e derrotar) a França.
Aqueles que nos odeiam deviam apreciar o excelente (e divertido) trabalho que é feito em As minhas insónias em carvão enquanto nós, os desgraçados dos portugueses nojentos, vamos conquistado França aos poucos e poucos.
Parece que o sucesso dos pequenos provoca mesmo muita azia (e pânico) nos pseudo-grandes. E não poderia estar mais de acordo, seria poético vencer a França nesta final e dar-lhes a provar o sabor da derrota aos pés dos nojentos portugueses.
ResponderEliminarE não foi que aconteceu isso mesmo ;)
EliminarTambém já me questionei sobre isso e não entendo, mas gostava de perceber porque há essa necessidade de desmoralizar os portugueses, qual a razão?
ResponderEliminarSe calhar já sabiam o que ia acontecer ;)
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