Apesar de ter ficado um pouco desiludido com os últimos filmes, sou um grande fã da saga cinematográfica dedicada ao agente secreto mais famoso do mundo. Gosto de Daniel Craig, mas entendo que está na hora de ceder o lugar a outro actor. Até porque, como o próprio já disse, não tem nada de novo para oferecer ao papel. Considero também que era preciso um grande realizador para um novo filme. Fiquei contente quando soube que seria Danny Boyle, que acabou por abandonar a realização de 25 devido a divergências criativas. Post isto, vamos lá falar da “maldição” que persegue Daniel Craig.
E começando pelo fim, assim que as filmagens de 25, que chegará aos cinemas em Abril do próximo ano, tiveram início, Daniel Craig lesionou-se num tornozelo. O actor teve mesmo de ser operado, estando a recuperar para regressar às filmagens. E este poderia muito bem ser apenas um contratempo. Até porque são coisas que acontecem, mas não é bem assim...
Casino Royale, de 2006, é o filme que marca a estreia de Daniel Craig no papel de agente secreto. Numa cena de luta, filmada em Praga, na República Checa, o ator partiu os dois dentes da frente. Algo que obrigou a que um dentista viajasse até ao local. A partir daqui, passou a usar protecção nos dentes em cenas mais arriscadas.
Segue-se Quantum of Solace, em 2008. Aqui existem duas lesões que são do conhecimento público. Daniel Craig teve de ser operado a um ombro e também teve de ir ao hospital depois de ter ficado sem a ponta de um dedo. Saltamos agora para Spectre, de 2015. Desta vez, o actor torceu um joelho e as filmagens estiveram paradas durante algum tempo.
Se és fã dos filmes, já reparaste que não mencionei Skyfall, de 2012. E existe um motivo para isso. É que este é o único filme em que Daniel Craig não sofreu qualquer lesão.
Nunca considerei Madonna uma cantora de excelência. Na minha modesta opinião, não tem uma voz por aí além. Mas quando o tema é entretenimento e espectáculo, coloco-a lá no topo. Não podendo ignorar a importância que teve, especialmente numa fase inicial da carreira, para muitas outras mulheres. Se colocar tudo no prato de uma balança, irá tender para o lado da excelência. A tal que lhe falta na voz mas é compensada em muitas outras coisas que fazem com que seja a rainha da pop.
Que agora sentimos como nossa. Até porque veio viver para Portugal. E a partir desse momento é nossa. A partir daqui misturam-se conceitos e ideias. Pensamos que o facto de viver por cá obriga a que qualquer trabalho que faça seja português. Ou seja, tem também que ser nosso. Ideia com que não concordo. Madonna refere que o novo disco é uma carta de amor a Portugal. Existem ainda diversos apontamentos que fazem a ligação aquela que é a sua nova casa. Mas isto não chega. Nós queremos que Madonna canta em português da primeira à última palavra do disco. Se não for assim, não está a respeitar Portugal nem os portugueses.
Enquanto isso, há quem lhe chame velha. Existem rádios que recusam colocar os seus temas na playlist pelo simples facto de que querem baixar a média de idades dos ouvintes. E entendem que isso não vai lá com uma "velhota" de 60 anos a brincar à música dos mais novos. Madonna defende-se e afirma que se fosse homem ninguém falava da sua idade. Entre uma situação e outra, existe ainda espaço e tempo para gozar com o português de Madonna no seu novo trabalho e para fazer piadas com as actuações da artista.
O que é certo é que Madame X é o disco mais vendido - no iTunes - em 60 países.Tudo isto só acontece com artistas que não são indiferentes a ninguém. E Madonna não passa ao lado de ninguém. Mesmo daqueles que dizem que não gostam e que lhe chamam velha. E isso é que faz uma rainha. Neste caso, da pop.
Estreou em 1980 e ninguém tem dúvidas de que é um filme de culto. Para alguns é mesmo um dos melhores filmes da história do cinema. Estou a falar de Shining, adaptado ao cinema por Stanley Kubric e protagonizado por Jack Nicholson. Agora, e 39 anos depois, o filme vai ter uma sequela, igualmente baseado num livro de Stephen King, que dá pelo nome de Doutor Sono.
Ewan McGregor dá vida a Danny Terrance, filho do personagem interpretado por Jack Nicholson no filme de 1980. Traumatizado pelos acontecimentos ocorridos no Overlook Hotel, Danny Torrance luta contra os poderes paranormais que se manifestaram e continua com as visões que o atormentam desde muito novo. Danny irá conhecer Abra Stone (interpretada por Kylieg Curran), uma jovem que tem capacidades psíquicas semelhantes às suas e que está a ser perseguida por um grupo que mata aqueles que possuem poderes sobrenaturais.
Escrito e realizado por Mike Flanagan, chega às salas de cinema portuguesas a 14 de novembro.
Só agora é que vi o filme Bohemian Rhapsody, centrado em parte da história dos Queen, aquela que é uma das melhores bandas de todos os tempos. Senão mesmo a melhor. É certo que neste tipo de filmes existe sempre a tendência de dar uma cor mais bonita a certas situações. E aqui não foi excepção. Existem momentos tensos que estão com um pouco mais de luz.
Independentemente disso, é um filme muito bem conseguido. É um projecto que a banda merecia e que Freddie Mercury também merecia. E falando do vocalista, Rami Malek fez um excelente papel a dar vida a um dos grandes nomes da história da música.
De resto, fica a prova de que o cantor era um génio musical. Uma, como o próprio dizia, "prostituta musical" muito à frente do seu tempo. Também deu os seus tiros nos pés em certos momentos, mas é um talento sem igual. Não há mais ninguém assim.
E depois de ver Bohemian Rhapsody, é obrigatório recordar a actuação da banda no Live Aid, de 1985.
Há quem não veja filmes de terror por medo. Mas a partir de agora, é melhor que as pessoas que não querem engordar deixem de ver este tipo de filmes. Por mais que gostem deles. Esta é a conclusão de um estudo que refere que filmes tensos e violentos fazem com que as pessoas procurem alimentos com mais gordura. Algo que, por exemplo, não acontece quando se vê uma comédia romântica.
Neste estudo, as pessoas eram desafiadas a ver filmes de terror ou comédias românticas. Estavam sozinhas enquanto o faziam, tinham acesso a diversos tipos de alimentos e a instrução de que podiam comer o que bem lhes apetecesse. O resultado revelou que as pessoas que viram filmes de terror acabaram por ingerir muitos mais alimentos do que aqueles que viram comédias românticas. Acrescento ainda que também existiam alimentos saudáveis entre as opções.
Os investigadores explicam que os filmes de terror têm um efeito stressante bastante intenso sobre as pessoas. Mesmo salientando que ver um filme é uma actividade passiva. Não deixa de ser curioso que este estudo venha contraria outro que defendia que ver filmes de terror era bom para perder peso. Tudo porque a tensão do filme tinha um efeito de aceleração do metabolismo.
Sou um fã assumido de La Casa de Papel. E aqui agradeço à Netflix, pois se assim não fosse, mais de meio mundo nunca teria ouvido falar da série produzida para a Antena 3 de Espanha. Gosto muito da série, que devorei em pouco tempo. E é daquelas em que o final estava perfeito. Por vários aspectos que não vou aqui mencionar para não fazer spoiler a quem ainda não viu as duas primeiras partes.
Sendo apreciador da série, fico na expectativa em relação à terceira parte. Em relação ao que vai ser feito para continuar uma história brilhante que está pensada para acabar onde já tinha acabado. Por outro lado, tenho o medo de que o serviço de streaming vá estragar tudo em nome da popularidade associada à série. Compreendo que é uma tentação muito grande dar continuidade a um produto de sucesso, bastante rentável. Mas só peço uma coisa, mestria. Ok, Netflix?
Devo começar por dizer que vi apenas um ou dois episódios de A Guerra dos Tronos, não tendo ficado preso à série. Irei dar uma segunda oportunidade, até porque me dizem que fica melhor com o avançar dos episódios, mas não ter acompanhado até ao fim não significa que não possa assistir à febre que sempre existiu em torno da série. Aquela que muitos garantem ser das melhores de sempre.
Quer seja no trabalho ou no ginásio, ouço conversas sobre A Guerra dos Tronos, personagens, trama e afins. Sendo que nos últimos tempos noto uma desilusão generalizada. Parece que os fãs da série estão muito desiludidos em relação ao final da história. Existe mesmo uma petição, com mais de um milhão de assinaturas, a pedir que a última temporada seja refeita.
E é este ponto que me leva a este texto. Porque acho comum que séries de culto, principalmente aquelas que tendem a arrastar-se no tempo, nunca têm finais que agradem a todos. Nem que seja porque é impossível a agradar a uma legião de milhões de fãs. Uma das consequências do sucesso é arrastar algo bom. Porque existe a tentação de ganhar muito dinheiro com um produto. E quanto mais se estica, mais complicado é o processo. E é por isto que acredito que os finais tendem a desagradar aos fãs.
Está escolhido o novo Batman. Será Robert Pattinson, de 33 anos, a dar vida a um dos super-heróis mais marcantes do cinema. E espero estar enganado, mas esta escolha tem tudo para correr mal. Até porque Pattinson está muito colado à saga Crepúsculo, algo que irá sempre ser tido em conta. Por outro lado, tem dois aspectos a favor. Um, de menor importância, é que tem aquilo que considero ser queixo à Batman. O outro, mais importante, é que sucede a Ben Affleck, que é considerado um dos piores atores que deu vida ao homem morcego.
O 25º filme da saga James Bond já tem Bond Girl. Trata-se de Ana de Armas (long suspiro) e acho que Eva Green vai ser destronada do topo da lista das minhas preferências.
O próximo filme totalmente centrado em Batman irá estrear em 2021 e é certo que Ben Affleck não será o homem morcego. A história será centrada num Bruce Wayne mais novo, o que limita a lista de actores que possam ser escolhidos para o filme. Diz que Richard Madden, o protagonista da série "Bodyguard", é um dos fortes candidatos ao lugar.
Aprovo por dois factores. Em primeiro lugar, e mais importante, é bom actor. Além disso, tem aquilo que considero ser fundamental para dar vida ao super-herói: queixo à Batman.
Aquilo que despoletou o texto anterior foi a partilha de uma mini maratona para acabar de ver a série "Bodyguard". Já tinha ouvido falar muito da série, tinha começado a ver mas depois dediquei-me a "Narcos: México", antes de fazer uma pequena pausa. Depois disto, entreguei-me aos episódios que faltavam de "Bodyguard".
É uma boa série, uma espécie de - com as devidas comparações - "24:" mas sem relógio. Fica a porta aberta para a continuidade, o que fará com que seja ainda mais semelhante à série de Jack Bauer, sendo que caso não seja para continuar, também se aceita.
Independentemente disto tudo, é daquelas séries que recomendo. É curta (6 episódios) mas com episódios um pouco longos. Ainda assim, o movimento faz com que se veja muito bem.
Há muito que sou cliente Netflix, especialmente pela oferta que existe a nível de série, produto que consumo em grandes doses. E sempre olhei para o Netflix and Chill como uma espécie de slogan associado ao serviço de streaming. Sendo que nunca olhei para estas palavras como um simbolismo sexual.
Mas, ao que parece, estou errado. Ontem, tal como já tinha acontecido em diversas ocasiões, partilhei uma história no Instagram onde associava o domingo ao Netflix and Chill. Pouco tempo depois recebo uma mensagem de uma amiga a dizer que dispensava saber quais eram os meus planos sexuais para a tarde de domingo. Foi então que pesquisei um pouco mais, e até encontrei aquelas que dizem ser as melhores posições sexuais para os adeptos do Netflix and Chill. Entretanto, recebi mais mensagens de amigos que dizem que esta associação sexual sempre existiu. Não sei porquê mas fico com a sensação de que não sou o único inocente a pensar que a frase não tem qualquer maldade ou cariz sexual.
Existem modelos lindíssimas e com corpos esculturais que nunca são ser conhecidas mundialmente. São mulheres que nada ficam a dever aquelas que todos admiram, mas que infelizmente nunca estiveram no sítio certo à hora certa. Depois, existe Kelleth Cuthbert. Quem?, podem perguntar.
Quem viu a última cerimónia dos Globos de Ouro, ou teve a oportunidade de ver as fotos oficiais da passadeira vermelha do evento, certamente reparou numa menina com um vestido azul que segurava uma bandeja com garrafas de água. E digo que certamente repararam nela porque foi um dos fenómenos do evento, transformando-se num dos tópicos mais comentados do Twitter.
A curiosidade foi tanta que todos ficaram a conhecer Kelleth Cuthbert, que até então era apenas mais uma modelo – nascida no Canadá mas a viver nos Estados Unidos da América – que tentava a sua sorte num mercado competitivo e com espaço para poucas. Mas aos 31 anos tudo mudou!
A modelo transformou-se num fenómeno mundial e em apenas 15 dias já foi convidada para entrar numa série de televisão norte-americana. Fica assim provado que às vezes só é necessário uma garrafa de água para mudar o rumo de uma vida.
Muitas pessoas estão a criticar as actuações de ontem do primeiro programa Lip Sync Battle. Dizem que não passam de meras cópias das coreografias que já foram vistas nos Estados Unidos da América. Confesso que só conheço o original, por isso não posso comparar aquilo que aconteceu em Portugal com aquilo que é feito noutros países que importaram o formato. Tal como não sei se a licença inclui coreografias obrigatórias para determinados tempos.
Confesso que gostei do programa, especialmente do momento protagonizado por Raul Meireles, e esquecendo as críticas, partilho aqui alguns momentos que gostaria de ver na televisão portuguesa. Sendo que também gostaria de ver artistas portugueses, de outros tempos, coreografados. Por fim, e sei que este pedido é quase impossível, gostava que o orçamento nacional desse para fazer coisas tão espectaculares como se vê nos EUA. Posto isto, vamos aos vídeos.
Este é um dos vídeos do momento e foi captado durante a passagem de ano em Times Square, Nova Iorque, Estados Unidos da América. Já se tornou viral, sempre acompanhado desta questão: o casal ali à frente entrou em 2019 a ter relações sexuais em directo na televisão?
“Sozinho em Casa” é provavelmente o meu filme de Natal preferido. É daqueles filmes que sou capaz de ver e rever sempre que der na televisão sem que me canse. Já sei a história da trás para a frente e da frente para trás, mas não me canso. Aquilo que não estava à espera era de ficar desiludido com um detalhe que sempre me escapou e que agora Seth Rogen revelou.
Foi no dia de Natal que o ator decidiu falar sobre um pequeno detalhe que aparece no filme. Qualquer fã de “Sozinho em Casa” está recordado do momento em que Kevin McCallister decide ver um filme de gangsters. Esse filme dá pelo nome de “Angels With Filthy Souls” e só agora o ator descobriu que não é verdadeiro.
O filme não é mais do que uma paródia aos filmes de gangsters dos anos 30 e 40. Até o próprio Macaulay Culkin revelou ter acreditado no mesmo. E a publicação de Seth Rogen nas redes sociais deu início a diversas reacções, todas elas de “desilusão”.
Devo confessar que faço parte do grupo de desiludidos pois só com o tweet de Seth Rogen é que fiquei a saber que aquele filme não é verdadeiro, tendo a cena sido filmada um dia antes do início das filmagens de “Sozinho em Casa”. E assim se destrói uma ideia com muitos anos.
Tenho várias memórias associadas ao Natal, quase todas ligadas à família. A começar pelos tempos em que era mais novo. Nessa época escrevia a carta ao Pai Natal, pendurava a mesma na árvore e na noite de 24 de Dezembro ia deitar-me cedo, como uma criança que deseja acelerar o tempo para a manhã seguinte. Tudo para acordar de manhãzinha para desembrulhar os presentes que eram deixados junto da árvore enquanto estava a dormir.
Em relação à manhã de 25 tenho outra memória. Que passa por estar em frente à televisão a ver desenhos animados e filmes. Além disto, lembro-me ainda dos passeios em família no dia de Natal e de passar por centros comerciais, onde apenas os cinemas estavam a funcionar. Com o passar dos anos estas memórias não se foram perdendo, acabaram somente por se alterar. Em relação aos brinquedos, presentes e euforia, acabei por ir projectando tudo isso na minha sobrinha. Sendo que ainda desembrulho prendas com o mesmo encanto de uma criança, algo que me deixa feliz. Em relação à televisão e cinema, os filmes continuam a estar presentes nesta altura do ano. Em família acabamos por estar quase sempre juntos a ver um filme.
Como faço parte daquela que considero ser a geração Disney – porque fui brindado com grandes filmes da Walt Disney – fiquei extremamente agradado com a notícia do regresso de Mary Poppins, um dos filmes que tenho bem presentes nas memórias desta altura do ano. Isto sem esquecer outros clássicos que estão prestes a regressar aos cinemas. É certo que Mary Poppins não é um filme da minha geração, mas é daqueles que acabam por ser de todos porque vão sendo transmitidos de geração em geração. É um daqueles clássicos que acaba por nunca passar de moda e que devido às memórias que transmite, acaba por ser revisto vezes sem conta.
Por tudo isto, estava com enorme expectativa em relação a “O Regresso de Mary Poppins”. Até porque o elenco é de luxo – Emily Blunt, Ben Whishaw, Meryl Streep, Lin-Manuel Miranda e Colin Firth, apenas para dar alguns exemplos, sem esquecer a participação deliciosa de Angela Lansbury – e as quatro nomeações para os Globos de Ouro fizeram com que estivesse à espera de algo fenomenal. Por outro lado, quando clássicos como este regressam ao cinema fico sempre com receio de que os estraguem, algo fácil de acontecer por serem filmes tão marcantes.
Fui assistir à antestreia do filme e só posso... tirar o meu chapéu à Disney! Porque “O Regresso de Mary Poppins” está brilhante. Sem querer entrar muito pelos detalhes, realço a excelente qualidade de produção, as coreografias, músicas que todos vão cantar e os desempenhos individuais com Emily Blunt à cabeça. E em relação à atriz basta referir, como cartão de apresentação, a nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Actiz em Comédia ou Musical. A Disney conseguiu manter o encanto do original, ao mesmo tempo que acrescenta novos personagens e excelentes músicas.
Existe um detalhe no filme em geral que me agrada bastante. Isto porque sempre adorei filmes que aproveitam a fantasia da ficção para passar uma mensagem. Neste caso existe uma frase, que é o slogan do filme, que diz isto: “tudo é possível, até o impossível.” Assim que me deparei com estas palavras recordei as lições que os adultos dão aos mais novos. Dizemos que devem acreditar em tudo, que devem sonhar e lutar pelo que desejam. E depois, o que fazemos? Deixamos de acreditar nas mensagens que transmitimos. E esquecemos o que é ser criança. “O Regresso de Mary Poppins” tem uma mensagem forte ligada com esta realidade que, infelizmente, muitos adultos tendem a esquecer com o passar dos anos, acabando por perder o encanto de ser eternamente uma criança.
E esta lição conduz a outro ponto pois estamos perante o perfeito exemplo de que não existem filmes que não são para homens adultos, ideia que ocasionalmente se associa a diversas longas-metragens. Na sala de cinema vi pais com filhos, vi adolescentes sozinhos, vi homens adultos sozinhos, vi mulheres sozinhas e isto prova que não existem filmes para este ou para aquele. Neste caso, como o filme que chegou às salas de cinema a 20 de Dezembro, também está disponível na versão dobrada, faz com que o público se alargue aos mais pequenos. Depois do que vi, e não posso retirar da equação o meu encanto pelo universo Disney, recomendo “O Regresso de Mary Poppins” como um excelente plano para a quadra natalícia.E fica o aviso: preparem-se para sair da sala de cinema a cantar.
Nunca gostei de ouvir pessoas dizerem que estão a ficar velhas para o que quer que seja. Independentemente da idade, todos estamos mais ou menos aptos para tudo, excluindo daqui todos os exemplos óbvios associados a determinadas tarefas. Ainda assim, tudo tem um mas... e neste caso aplica-se a mim.
Tenho por hábito acordar às 5h35 numa semana e às 6h20 na seguinte, alternado entre estes dois horários. E não me custa nada acordar a estas horas. Aquilo que me custa é se me falham as horas de sono que me permitem estar bem a semana toda. Por exemplo, nesta semana já tive duas noites com menos horas de sono e neste momento parece que estou com jet lag.
É aqui que entra o tal mas. É que quando tinha 20 anos podia dormir pouco quase todas as noites que o corpo praticamente não se ressentia de nada. Agora, com 37, o corpo já não reage da mesma maneira a uma noite mal dormida ou a uma noite mais “regada” do que o normal.
Com isto não quero dizer que me sinto velho ou que deixo de fazer algo por causa disto. Simplesmente, tento sempre ter as horas de sono normais para que o corpo não sofra durante o resto da semana. De resto, para falar da idade, só tem piada quando recuperamos a mítica fala do personagem Roger Murtaugh, que estava sempre a dizer “I'm too old for this shit.”
Há muito que defendo que as piores inimigas das mulheres são as próprias mulheres. Conseguem ser más umas para as outras, conseguem dizer os piores comentários em relação a outras e são muito mais críticas e ofensivas do que os homens. E um exemplo disto tudo é a forma como a jornalista Joana Latino se referiu às mamas (desculpem não escrever peito, mas o termo correcto é mesmo assim) da jovem atriz, Júlia Palha.
“Júlia Palha, tenho que falar contigo amor (…) Eu também adoraria por-me nesse vestido, mas iam chegar as minhas maminhas primeiro e depois eu. Foi exatamente o que aconteceu contigo, chegaram as maminhas e depois chegaste tu. E a gente já não viu mais nada do teu look”, começou por dizer num programa de televisão. Acrescentou ainda que via “um brilho estranho em cima da prateleira” de Júlia Palha e que tinha vontade de “posar a cerveja, o telemóvel” nas mamas da atriz.
Tudo isto é um belo desabafo da forma como as mulheres podem ser maldosas em relação às outras mulheres. Joana Latino está no seu direito em criticar a roupa de Júlia Palha. Quer seja porque a considera feia ou porque acha que não se coaduna com o corpo da atriz. Daí a recorrer a pensamentos como posar a cerveja nas mamas de alguém vai uma grande distância. É mesmo algo que muitos homens não dizem em conversas menos próprias.
Existem excepções e homens que conseguem ser bastante ordinários. Mas é muito mais fácil encontrar, ver ou ouvir conversas de mulheres em que falam assim em relação a outras. E quando não é a prateleira é porque são gordas, magras, feias e por aí fora. As pessoas não são obrigadas a gostar todas umas das outras, mas ter algum cuidado com a escolha de palavras é algo que fica sempre bem.