Mostrar mensagens com a etiqueta famosos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta famosos. Mostrar todas as mensagens

23.9.16

beleza e fodómetro

Acho especial piada ao momento em que duas celebridades - "rótulo" que parecer fazer do comum dos mortais um extraterrestre vindo de determinado planeta - como Angelina Jolie e Brad Pitt se separam e as pessoas dizem coisas como "como é que ela foi capaz de deixar um homem daqueles" ou "como é que ele deixa uma mulher daquelas". Basicamente as pessoas analisam o casal e a relação com base num fodómetro e estes estão no topo das hipotéticas noites loucas de sexo de homens e mulheres.

Pouco importa se Brad Pitt é um traste e se Angelina Jolie é insuportável e se ambos têm graves problemas de difícil resolução, tudo isto hipoteticamente falando. O que importa é que devem ser duas "fodas" do outro mundo! Um brinde aquilo que importa nas relações para a maioria das pessoas e que curiosamente consegue ser o primeiro factor de desilusões.

30.7.16

vamos com calma, sim...

Bem sei que os ataques terroristas estão na ordem do dia. Mas também é preciso calma. Pelo menos Paris Hilton precisa de alguma contenção. Digo isto porque a empresária teme vir a ser alvo dos terroristas. E os motivos são dois: é figura pública e viaja muito. Quanto ao segundo ponto é um risco cada vez maior para as pessoas que viajam. Em especial para as que viajam para os países onde têm existido mais atentados. E isto acontece com Paris Hilton e com qualquer pessoa que viaje. Quanto ao ser figura pública... posso estar enganado mas caso os terroristas decidam ir por aí são capazes de ter outras opções no topo da lista. Digo eu...

17.3.16

a grandeza de alguém vê-se nestes momentos

Pouco posso dizer sobre o talento de Nicolau Breyner. Posso referir que cresci a vê-lo na televisão. Posso dizer também que a minha profissão levou a que estivéssemos à conversa e que tivesse ficado com a certeza de que estava perante um verdadeiro Senhor. De resto, tudo aquilo que possa escrever será sempre injusto perante a carreira e grandeza de um homem cuja história de vida se mistura com a história da televisão/ficção em Portugal.

Vivemos num País em que é normal elogiar aqueles que partem. Sobretudo nas redes sociais. Todas as pessoas tecem os mais rasgados elogios e todas as pessoas partilham histórias que viveram com quem partiu. Em alguns casos histórias que mudaram a vida dessas pessoas. E hipocrisias à parte, muitas pessoas fazem isto porque fica bem. Por exemplo, recentemente um actor faleceu. No momento da sua morte perdi conta às figuras públicas que se desdobraram em elogios nas redes sociais. Muitos diziam não existir um homem assim. Mas no velório e no funeral estiveram "meia dúzia" de pessoas. E isto é recorrente e triste.

Com Nicolau Breyner tudo foi diferente. A sua grandeza fica evidente na quantidade de pessoas, dos mais diferentes quadrantes da sociedade portuguesa, que elogiaram sobretudo o homem que era. Não me refiro a homenagens que apenas ficam bem no momento da morte. Refiro-me aos elogios que vão muito além de palavras vazias de sentimentos que muitas pessoas debitam nas redes sociais. E acho que a grandeza de uma pessoa fica evidente nestes pequenos momentos. "O meu avô sempre disse que não levávamos nada para a outra vida. Os caixões não têm gavetas. Fica cá tudo. Connosco vão só os afectos", disse, em tempos, Nicolau Breyner. E o homem que era faz com que tenha tido uma homenagem digna e que tenha partido com muitos afectos.

PS – Quando mencionei a morte de outro actor não pretendi dizer que não tinha a grandeza de Nicolau Breyner até porque, não o conhecendo, sempre ouvi falar muito bem dele. A diferença é que no seu caso infelizmente as homenagens não passaram de um gesto vazio de sentimentos que fica muito bem num mural de uma qualquer página de Facebook. No caso de Nicolau Breyner, mais do que homenagens pouco sinceras existiu uma despedida que faz justiça aquilo que deu à televisão e aos portugueses e que nunca poderá ser pago.

11.2.16

o topless de angelina jolie

Gostando ou não daquilo que Angelina Jolie é enquanto pessoa (e gosto) ninguém pode ficar indiferente aquilo que a actriz tem feito ao longo dos tempos. Esquecendo a carreira centro-me nas causa humanitárias que abraça e também naquilo que tem feito dentro do universo feminino, ajudando a derrubar diversas barreiras como por exemplo no que ao cancro diz respeito.

A actriz falou sem qualquer problema sobre a dupla mastectomia a que foi submetida em 2013 por ser portadora do gene que aumenta a possibilidade de vir a ter cancro da mama, doença que matou a sua mãe. Mais tarde acabou por retirar também os ovários e as trompas de Falópio pelo mesmo motivo.

Agora, e num filme – By the Sea - seu e em que volta a trabalhar com o marido, Brad Pitt, Angelina Jolie decidiu mostrar as mamas em algumas cenas. E se costuma falar de tudo sem qualquer problema, o topless no filme não foge dessa registo. “Passou pela minha cabeça cortar certas coisas. Mas senti que se o fizesse seria errado”, disse. “Isso seria esconder algo e não acredito nisso”, acrescentou Angelina Jolie.


Como referi, acredito que Angelina Jolie derrubou muitas barreiras ao abordar as operações que decidiu fazer (e que lhe valeram algumas críticas). E se aplaudo essa atitude, aplaudo igualmente a decisão de mostrar as mamas no filme. Podia ser apenas mais uma mulher despida num filme de Hollywood mas é muito mais do que isso. Vejo nesta nudez uma mensagem para o universo feminino. Uma mensagem de confiança e o exemplo de que é possível manter a sensualidade depois de viver uma situação tão dramática. Caso tivesse optado por não mostrar acredito que muitas pessoas acabariam por ver nessa decisão a mensagem oposta, o tal esconder que a actriz não quis. Por isso, os meus parabéns a Angelina Jolie e às barreiras que vai ajudando a derrubar.

7.2.16

vai vir charters de candidatas

Diz que Victoria e David Beckham estão à beira do divórcio. A ser verdade, como diria Paulo Futre... “vai vir chaters” de candidatas a namorada/mulher do antigo jogador.

2.2.16

figuras públicas, invasão de privacidade e a maldita imprensa cor-de-rosa

Acho especial piada, não evito mesmo começar a rir, quando ouço uma figura pública criticar a invasão de privacidade, algo que é feito, na opinião destas pessoas, pela maldita imprensa cor-de-rosa. Antes de dar continuidade a este texto, e sendo jornalista, nada tenho contra as pessoas, neste caso figuras públicas, que defendem que existem jornalistas que invadem a sua vida privada. É uma opinião tão válida como outra qualquer. E também enquanto jornalista acho especial piada quando dizem que o jornalismo da área social é cor-de-rosa. Isto porque não existe cor para mais nenhum.

Regressando ao motivo deste texto, referi que me dá vontade que determinadas figuras públicas critiquem a invasão de privacidade que é feita pela maldita imprensa cor-de-rosa. E o que me dá vontade de rir é a falta de coerência e de bom senso de algumas pessoas. Porque algumas pessoas que fazem esta crítica estão dispostas a abrir as portas da sua privacidade desde que, e vou dar apenas alguns exemplos, recebam em troca uma viagem a determinado destino, gadgets de última geração ou roupas e brinquedos para os seus filhos. Em alguns casos chega mesmo a existir um “aliciamento” aos malditos jornalistas da maldita imprensa cor-de-rosa.

Ou seja, não existe invasão de privacidade. Aquilo que existe é um preço a pagar para que a invasão de privacidade seja na verdade uma cortesia de determinada figura pública que, faz de conta, num determinado dia acordou bem-disposta e com vontade de abrir as portas da sua vida íntima. Só que, infelizmente, esta realidade passa despercebida a 99% dos leitores de jornais, revistas e sites. E é pena que as pessoas não tenham conhecimento deste funcionamento. Talvez assim percebessem tantas coisas que vão passando entre as gotas da chuva.

Agora, se o maldito jornalista da maldita imprensa cor-de-rosa escreve uma notícia para dar a conhecer que determinada figura pública deve dinheiro a x pessoas, que vive com base em determinados esquemas, que agrediu este ou aquele e que fez isto ou aquilo, aqui o caso muda de figura. Aqui a imprensa cor-de-rosa é mesmo maldita e é uma vergonha porque está sempre a meter-se na vida deste e daquele. Mas se oferecer algo em troca tudo está bem e não há invasão nenhuma. Entre tantas outras coisas.

Existe uma frase que é atribuída a George Orwell e que diz qualquer coisa como: “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. O resto é publicidade”. E acrescento mais uma, esta de Gustave Le Bon. "Muitas pessoas são dotadas de razão, muito poucas de bom senso".

12.1.16

fiquei desiludida contigo

Ontem presenciei o momento em que duas adolescentes tiveram a oportunidade de conhecer uma figura pública masculina que pelo que percebi admiravam. Era notória essa admiração ou encanto por alguém que teriam a oportunidade de conhecer pessoalmente. Depois disso acontecer passaram por mim já sem a alegria anterior ao momento em que lidaram com a pessoa em questão. “Fiquei desiludida com ele”, dizia uma à outra.

Este episódio fez-me recordar aqueles momentos em que muitas pessoas dizem coisas como “não sei como é que ele foi capaz de deixar aquela mulher” ou “ela deve ser mesmo tonta para acabar a relação com aquele homem”, duas frases muito populares que muitas pessoas associam a figuras públicas que não conhecem. Ou de quem apenas conhecem a imagem pública que lhes chega a casa através da televisão, apenas para dar um exemplo.

A desilusão que aquelas duas adolescentes sentiram, e que tantas outras pessoas sentem quando lidam com uma figura pública, é da responsabilidade das próprias pessoas. Numa fase inicial existe um encanto. Que tem quase sempre como ponto inicial a imagem da pessoa. Ou porque a figura pública é gira, ou porque o famoso é bonito e tem um corpo escultural ou ainda porque tem uma presença assídua na televisão num registo que as pessoas admiram.

Isto faz com que apenas se imaginem maravilhas sobre essa pessoa. Ninguém imagina uma figura pública que admira como alguém com defeitos. É tudo perfeito. Ninguém imaginar uma figura pública com mau feitio, a gritar com outros ou com uma grande dose de teimosia. Tal como ninguém imagina que seja possível existir um dia mau em que se dá uma resposta menos simpática. Nada disto existe. É da perfeição para cima. Aquelas pessoas são os homens e as mulheres de sonho. São aquela pessoa com que muitos sonham para ter uma relação para a vida. E quando assim é só existe o que é bom.

Perante isto, e quando existe a possibilidade de conhecer o lado real de alguém, é muito fácil ficar desiludido com uma figura pública. E esta nem tem de fazer nada de extraordinário para causar essa desilusão. Basicamente, aquilo que acontece é que as pessoas ficam a perceber que é uma pessoa igual a tantas outras. Com a diferença de ter uma profissão mediática. Por isso, quando ouço coisas como “não sei como é que y foi capaz de deixar x” respondo sempre que uma coisa é a ideia que temos da pessoa, outra completamente diferente é (con)viver com essa pessoa. No final do dia, e no domínio das qualidades e defeitos, as pessoas são todas iguais.

5.1.16

criticar ou aplaudir? exibir ou esconder a barriga de grávida?

Por estes dias Anne Hathaway é algo que está entre heroína e vilã. E digo isto porque tomou uma atitude que está a ser aplaudida por pessoas um pouco por todo o mundo. Sendo que, e é quase sempre assim em tudo na vida, essa mesma atitude está a ser criticada por outras pessoas. E o motivo desta divisão é a barriga de grávida de actriz.

Para contextualizar o que se passou começo por dizer que Anne Hathaway está de férias num destino paradisíaco. Durante a estadia a actriz decidiu partilhar uma imagem (pode ser vista aqui), no Instagram, onde aparece numa praia, de biquíni e com a sua saliente barriga de grávida. Mas Anne Hathaway explicou o motivo de tal imagem. “Partilhar uma foto de biquíni é algo que não faria. Mas quando estava na praia percebi que fui fotografada. Entendi que se uma foto destas vai andar pelo mundo, mais vale que seja uma que me faça feliz (e que seja tirada com o meu consentimento)”, explicou.

Acredito que a explicação esteja a ser ignorada por muitas pessoas. Até porque a notícia acaba por ser a imagem em si. E só isso explica que possa existir uma crítica em torno do gesto da actriz. Para quem não está por dentro do assunto, Anne Hathaway percebeu que estava a ser fotografada pelos famosos paparazzi que posteriormente acabariam por vender (se é que não o fizeram) as fotos da barriga da actriz. Ao tomar a atitude que tomou, Anne antecipou-se aos fotógrafos indiscretos e essa atitude tem várias consequências, como por exemplo, baixar consideravelmente o valor das fotos pois deixam de ser uma novidade. Além disso, e como tão bem explicou, é notícia com uma fotografia de que gosta e não com uma em que não sabe como vai aparecer.

Tudo isto faz com que a atitude mereça sobretudo aplausos. E não críticas porque está a exibir a barriga de grávida. Até porque é a própria a explicar que noutras circunstâncias não partilhava uma imagem do género. Só o fez porque apercebeu-se da presença de alguém que a estava a fotografar e que acabaria por ganhar dinheiro com imagens ao estilo da que partilhou gratuitamente com quem a segue nas redes sociais. Ignorando a presença do fotógrafo, ou seja, se a foto não tivesse esse motivo continuaria a não merecer críticas porque as barrigas de grávida não têm de andar escondidas do mundo. É uma decisão de cada mulher.

A presença dos paparazzi levanta ainda outra questão. Muitas pessoas ofendem as pessoas que vivem deste negócio que rende fortunas no estrangeiro. Mas muitas críticas são feitas sem qualquer fundamento. Por exemplo, Anne Hathaway fala em consentimento, deixa claro que não deu consentimento para as fotos. Mas a lei deixa bem claro que não tem que dar consentimento. Uma figura pública (e isto levanta ainda mais uma questão porque muitas pessoas não percebem o que separa uma figura pública de quem não o é) não pode impedir que alguém a fotografe num local público. Algo que um cidadão anónimo pode fazer. Desde que esteja num local público está à mercê dos fotógrafos. E não pode impedir que as fotos sejam tiradas. A lei é assim. E neste caso Anne Hathaway está numa praia. As suas defesas não são nenhumas. E isto faz com que a sua atitude seja uma resposta de mestre.

25.11.15

um poder “especial” das mulheres

As mulheres têm diversos poderes que os homens não têm. No que à internet diz respeito existe um muito particular. Que até poderá acontecer com alguns homens. Mas poucos. Por exemplo, uma figura pública masculina vai a um qualquer evento onde acaba por se destacar pela sua roupa. Poucas são as pessoas que recorrem à internet para saber de quem é a roupa, de quem são os sapatos e de quem é o relógio. Isto até pode ser explicado pelo facto de que os fatos de homem acabam por ser muito semelhantes. E também pelo facto de que o destaque é quase sempre dado às mulheres.

Por sua vez, quando uma celebridade feminina se destaca pela sua roupa existe um vasto grupo de pessoas que recorre à internet para saber tudo e mais alguma coisa sobre a indumentária. Quem fez? Quanto custa? Onde se vende? E os sapatos? E as joias? E por aí fora. Em alguns casos este fenómeno dá lugar a outro em que as roupas e acessórios esgotam, tal a loucura que provocaram em diversos locais. Podia dar o exemplo de muitas mulheres conhecidas que motivam este tipo de fenómenos. Mas existe uma que está num patamar superior.


Esta criação Versace não é de agora. Jennifer Lopez usou este vestido em 2000, mais especificamente nos Grammy Awards desse ano. A roupa virou notícia e todas as pessoas foram a correr para a internet. Umas queriam ver o vestido. Outras queriam saber detalhes sobre o mesmo. Algo que resultou num pequeno caos. Quando disse que existe alguém que está num patamar superior refiro-me a Jennifer Lopez pois foi a loucura em torno do seu vestido que levou a Google a criar o Google Images. Tal como o fenómeno deu um impulso à popularidade de Donatella Versace, criadora do vestido.

Já passaram quinze anos. E Jennifer Lopez e as suas transparências continuam em local de destaque. A cantora e actriz continua a ter o poder de colocar um vasto grupo de pessoas a debater aquilo que veste, algo que aconteceu na última edição dos American Music Awards. E isto, bastante evidente em Jennifer Lopez, é um poder apenas das mulheres. E um poder duplo. Elas são as protagonistas destes momentos nas diferentes passadeiras vermelhas. E são sobretudo elas que querem saber tudo sobre a roupa. Quanto aos homens e aos seus fatos tudo se resolve com um “estava bem” ou "não gosto". E tudo isto ajuda também a explicar o alarido em torno da escolha do vestido que se vai vestir num evento.






17.11.15

já viste tudo? aposto que não (só para +18)










Podia escrever muita coisa sobre isto. Podia levantar diversas questões. Mas digo apenas que as fotos não enganam ninguém, são da autoria de Terry Richardson. Miley Cyrus está igual a si mesma. E quando ambos se juntam dá nisto. E aposto que quem já pensou que tinha visto tudo mudou de opinião no final deste post.

21.9.15

brilhar num evento sem nudez nem produção exagerada

Há muito que defendo que Stefani Joanne Angelina Germanotta é uma mulher lindíssima. Quem? Talvez seja mais fácil dizer Lady Gaga. Há muito que defendo a opinião de que se trata de uma mulher muito bonita e bastante sensual. Acho até que já manifestei essa opinião no blogue numa altura em que partilhei uma imagem sua sem maquilhagem desafiando quem por aqui passa a tentar adivinhar a sua identidade.

Como referi, acho que Lady Gaga é muito bonita (não ignorando o facto da beleza depender sempre dos olhos de quem vê) mas quando partilho esta ocasião costumo ser “atacado” por pessoas que defendem que esta mulher é tudo menos bonita. Gostos à parte, acho que é uma mulher bonita (e uma artista extraordinária) que passa despercebida devido à excessiva maquilhagem e produção que a sua personagem enquanto cantora exige. Trata-se de uma aposta que acaba por esconder a Stefani que é esmagada pela excêntrica Lady Gaga.

Até que Lady Gaga decide ir à cerimónia deste ano dos Emmy Awards com um discreto vestido preto (criação Brandon Maxwell) e igualmente com maquilhagem discreta e um penteado simples, deixando todo o mundo boquiaberto com a sua elegância, sendo ainda o maior destaque do evento, no que à passadeira vermelha diz respeito.





Talvez algumas pessoas que me criticavam quando dizia que é uma mulher bonita mudem de opinião ao vê-la numa versão mais simples, menos artística e mais sofisticada. Coisas simples que podem ser ainda analisadas com o impacto deste look de Lady Gaga: o preto nunca desilude nem deixa ninguém ficar mal, um vestido simples pode fazer um brilharete e não é preciso exagerar na produção (roupa – ou falta dela - e maquilhagem) para ser o grande destaque de um evento.

8.9.15

sem comentários

No Comment (sem comentários) é o nome de um programa específico do canal Euronews. Neste formato são apresentadas imagens aos telespectadores sem qualquer palavra de modo a que possam tirar as suas próprias conclusões. É capaz de ser um bom exercício fazer o mesmo com uma das últimas imagens que Heidi Klum partilhou no Instagram, “incendiando” a rede social.

13.8.15

o outro lado da má fama (ou porque nem todos têm de ser burros)

Os participantes de reality shows como A Casa dos Segredos têm aquilo a que se chama de má fama. O programa em si, apesar do sucesso de audiências, também está associado a aspectos menos positivos. Resumindo, é uma espécie de vale tudo para alcançar a fama o mais depressa possível. Este lado menos positivo está igualmente associado aos concorrentes. Porque são burros. Porque não têm qualquer cultura. Porque não dizem duas coisas acertadas de seguida. Porque estão dispostos a tudo e mais alguma coisa para alcançar cinco minutos e fama e para mais meia dúzia de presenças em diversas discotecas. E por aí fora.

E isto acaba por estar associado a todos os concorrentes. Acaba por não se fazer uma distinção. São todos, como diz o povo, farinha do mesmo saco. Se um é burro, todos são. Se um tem determinado objectivo, todos têm. Se um não sabe tirar partido da exposição mediática de um dos programas mais vistos em Portugal, nenhum sabe. Se um tem como objectivo de vida viver de presenças em discotecas e quem sabe participar numa qualquer música, todos almejam a mesma sorte. E a verdade é que são os próprios concorrentes (e a forma como são servidos ao público) que fazem com que seja complicado perceber que podem existir pessoas diferentes.

Uma dessas pessoas, que não conheço de lado nenhum, parece ser Marco Costa. Foi um dos concorrentes mais mediáticos, até porque a sua história de vida tinha todos os ingredientes que os telespectadores apreciam, das diferentes edições do polémico reality show. Do meu ponto de vista soube tirar proveito da exposição mediática. Facilmente terá percebido que as presenças não são eternas. E, e isto sou eu a dar palpites, soube canalizar a fama e os proveitos da mesma para se lançar numa área onde a sua qualidade é reconhecida.

Como referi não conheço Marco Costa pessoalmente mas conheço pessoas que o conhecem e a opinião é unânime. Dizem-me que se trata de um bom rapaz que conquista as pessoas com a sua forma de ser. Muitas vezes criam uma ideia errada dele e descobrem um homem completamente diferente. Isto é o que tenho ouvido sobre Marco Costa.

Já tinha ouvido falar muito bem da famosa torta de laranja do Marco. Ontem, através das redes sociais, percebi que estaria presente nas Festas Populares da Amora (que tiveram ontem início) e acabei por passar por lá, de modo a descobrir se a fama do doce era merecida. Neste aspecto não há muito a dizer. A torta de laranja merece todos os elogios que lhe têm feito. É de comer e chorar por mais. Não tem um sabor industrial. Parece aquela torta de laranja que alguém na família faz com muita qualidade, amor e carinho e que todos desejam ver em cima da mesa em tempos festivos.

Mas existe muito mais para dizer além da qualidade da torta. Apesar de ser um doce muito bom é impossível não perceber que este negócio vive também da imagem de Marco Costa. Se ele estiver presente certamente que as vendas aumentam. É normal que assim seja. E ontem, quando lá cheguei, lá estava ele. Cumprimentava as pessoas que se aproximavam, tinha tempo para todas, conversava, tirava mais uma foto e distribuía mais uns beijinhos. Sem o conhecer, atrevo-me a dizer que o fazia com a maior das naturalidades do mundo. Não era um frete.

Basicamente, tem a perfeita noção de que é o melhor cartão de visita do seu negócio. E também o melhor promotor possível da marca e do produto. E é isso que faz na perfeição, sendo simpático para as pessoas, deixando sempre o desejo de que a sua torta seja do agrado dos clientes. Saliento também que, tendo jeito como pasteleiro, poderia cair na tentação de querer comercializar diversos doces. Mas (e bem) centrou-se, neste registo, naquele pelo qual é famoso: a torta de laranja.

Comecei por referir que os concorrentes de reality shows costumam estar associados à falta de inteligência. Marco Costa é o exemplo do oposto. Fiquei com a ideia de que é uma pessoa extremamente inteligente e que soube retirar o melhor proveito das portas que a fama abriu. E quando assim é, resta dar os parabéns e desejar a melhor das sortes para o negócio. Por fim, quem andar pela Margem Sul até domingo visite as Festas Populares da Amora e prove a torta. Vale mesmo a pena.

3.8.15

casamento de estrela vs "ò parolo!"

Casar numa igreja tem um grande problema. Que afecta todas as pessoas. Umas mais do que outras. É um daqueles raros casos onde apenas os mais conhecidos têm de lidar com esse problema. E, neste caso específico, o problema é a privacidade da cerimónia. Isto no sentido em que ninguém pode proibir alguém de estar presente num casamento. Desde que o mesmo tenha lugar numa igreja.

Pode ser o meu casamento, pode ser o casamento de qualquer outro cidadão anónimo ou pode ser o casamento da pessoa mais famosa de Portugal. Se tem lugar numa igreja, todas as pessoas podem assistir e não existe nenhuma lei que impeça quem queira marcar presença. A única "lei" que acaba por imperar é a do bom senso. Ou seja, se está a acontecer um casamento as pessoas respeitam o espaço e não entram na igreja apenas porque lhes apetece. É um facto que o podem fazer mas poucas devem ser as pessoas que realmente o fazem, quer seja em casamentos de anónimos ou de conhecidos.

Por isso é que é comum que as figuras públicas casem em quintas privadas. Quando optam por casar em igrejas tentam ao máximo esconder a data do enlace, a hora e o local. Para afastar os cidadãos anónimos e sobretudo a imprensa. E até mesmo em cerimónias em locais privados acontece isso. Como por exemplo quando Cristiano Ronaldo baptizou o seu filho conseguindo fazer com que ninguém soubesse a real hora da cerimónia. Assim, quando a imprensa lá chegou já tudo tinha acontecido. De resto, quando se sabem as coisas (local, data e hora) tudo acontece de forma natural. As pessoas matam a curiosidade com respeito e distância e a imprensa faz o seu trabalho da melhor forma possível.

Existem ainda os casos que revoltam as pessoas e que elevam a nossa realidade para algo completamente absurdo e desnecessário em Portugal. Como aconteceu no casamento de Jorge Mendes, considerado o melhor empresário do mundo. Isto porque a Polícia de Segurança Pública, acatando a ordem da Câmara Municipal do Porto, proibiu a circulação de viaturas e de pessoas nas imediações daquele que foi visto como o casamento do ano. Foram cortadas ruas (até hoje) e as pessoas foram revistadas pelas autoridades. Os cidadãos eram ainda obrigados a fazer prova de residência e quem não fosse morador era obrigado a percorrer umas adicionais centenas de metros para chegar ao local pretendido.

Esta situação gerou protestos por parte de algumas pessoas que acabaram por gritar coisas como "provincianos", "parolos" e "palhaços". E tudo isto (que não faz sentido e que não acontece com os noivos "comuns") é desnecessário. É desnecessária a revolta das pessoas e o alarido que poderia ter provado problemas maiores que poderiam manchar o dia e incomodar os convidados. Esta não é a nossa realidade. Esta loucura policial é exagerada para o nosso país e para as nossas figuras públicas.

2.8.15

bajulação dos famosos

Cara Delevingne foi protagonista de uma entrevista no mínimo caricata (quem não viu pode ser aqui). Tudo começou mal porque fica bastante claro que a actriz não gostou que lhe tivessem perguntado se tinha lido o livro que inspirou o filme Cidade de Papel ou se não o tinha feito devido à sua agenda apertada. A actriz decidiu gozar dizendo que não tinha lido o livro nem sequer o guião. Acredito que muitas pessoas pensem que se trata de uma pergunta desnecessária. Pessoalmente não acho. Entendo que para alguns actores bastaria ler o guião. Tal como acredito que muitos dizem que leram quando não o fizeram. Independentemente disto, acho que não existe motivo para que a actriz fique amuada.

A segunda pergunta é se a quantidade e a frequência de trabalhos fazem com que seja mais fácil manter-se focada no trabalho. Mais uma pergunta que a actriz odiou. A partir daqui Cara optou sempre por dar respostas absurdas antes de responder de uma forma mais verdadeira. A entrevista nunca se endireitou e chegou ao ponto em que os jornalistas lhe perguntam se está exausta. Fala-se também de que possa estar irritada e que a culpa seja dos jornalistas. Cara concorda e diz que sim, que é culpa dos jornalistas. Posto isto, a jornalista diz então a deixa ir embora para que possa dormir uma sesta ou beber um Red Bull. E a entrevista acaba ali. A equipa do programa Good Morning Sacramento abdica do tempo que ainda tinha para conversar com a actriz.

Cara Delevingne já se defendeu, recorrendo – independentemente de ser sincera ou não - que as pessoas não percebem o sarcasmo nem o humor britânico. Nos dias que correm tudo é desculpado com humor e com a falta de encaixe dos outros. Qualquer dia ainda hei-de ver políticos a dizer que era humor e que as pessoas não perceberam. Como se as pessoas tivessem a obrigação de conhecer o humor de todas as outras. Quanto aos jornalistas, aponto o dedo apenas à mulher que começa por lhe chamar Carla em vez de Cara. Isto é uma falha facilmente evitável. De resto, as perguntas não são absurdas nem polémicas. E a actriz só tem de responder às mesmas. Pois é paga para isso. Os actores não promovem filmes porque gostam de o fazer. Promovem porque é uma obrigação profissional que faz parte do contracto. Depois existem os que gostam de dar entrevistas e os que fazem fretes mas são todos obrigados.

Por outro lado, enalteço a atitude dos jornalistas em diversos pontos. Em questionar a sua falta de entusiasmo. E em acabar com a entrevista quando Cara, a brincar ou não (e os jornalistas que não a conhecem pessoalmente não têm de saber quando brinca ou quando fala a sério) diz que o problema é mesmo deles. E enalteço esta atitude porque sou jornalista num país em que os famosos são bajulados. Se isto fosse em Portugal, ao contrário do que se verificou nos Estados Unidos, a crítica seria centrada nos jornalistas e não na celebridade. E, neste caso específico, a culpa é na sua maior parte da celebridade.

28.7.15

cinco motivos para praticar desporto

Sou da opinião de que quando uma pessoa pretende apenas perder peso deve ter cuidado com a alimentação. O segredo de perder peso passa por uma alimentação saudável. Se uma pessoa praticar desporto mas não alterar em nada os seus hábitos alimentares não irá notar grandes diferenças. Provavelmente faz apenas com que a pessoa não ganhe mais peso. Quanto o tema é trabalhar/definir o corpo tudo muda. Aqui o segredo está no exercício físico. Que convém ser adaptado à pessoa e também ao objectivo de cada um.

Num mundo ideal estes dois factores andam de mãos dadas. Ou seja, as pessoas têm algum cuidado com a alimentação e praticam desporto físico de forma regular. E o desporto não tem de ser obrigatoriamente correr. Pode ser frequentar um ginásio, jogar futebol, praticar outra modalidade qualquer ou simplesmente fazer caminhadas de cerca de meia hora. Fazendo isto é meio caminho andado para que a pessoa tenha uma vida mais saudável.

Depois disto, existem pessoas que por si mesmas têm motivação para dar e vender. Existem outras que acham que o sofá é bom demais para não ser ocupado. Existem outras que acham que aqueles que praticam desporto são malucos. Existem também pessoas que procuram motivação nos outros. Sou da opinião de que a motivação tem de ser pessoal. Só assim será duradoura. Mas, para aqueles que estão a precisar de motivação partilho aqui cinco motivos para praticar desporto.






Estas cinco imagens de Khloe Kardashian (fazem parte de uma sensual produção fotográfica para a revista Complex) são a prova de que praticar desporto faz bem à saúde e também ao corpo, deixando o mesmo mais tonificado. O exercício físico leva a muitas outras questões como tempo, gerir horários e, neste caso específico, a suposta vida facilitadas das celebridades. Tudo isto pode ser debatido. Aquilo que praticamente não tem debate são os benefícios de uma alimentação saudável e as vantagens de praticar desporto com regularidade (ambos os casos devem ser preparados individualmente e não com base no que os outros fazem).

Como acontece com fotos destas - publicadas em revistas - surgem logo vozes a defender que os aparentes benefícios são uma ilusão que ganha vida através do photoshop. E este caso não foi excepção. Surgiram acusações dessas. O que levou Khloe Kardashian a partilhar uma foto sem edição para que as pessoas percebam que o corpo não foi trabalhado.


Como acontece em qualquer produção fotográfica, a pele foi suavizada e as sombras eliminadas. Mas, neste caso, o corpo não foi alterado (na imagem porque foi alterado nos treinos físicos). Por isso, vale mesmo a pena praticar desporto e ter um estilo de vida mais saudável. E Khloe é um exemplo recente disso mesmo.

22.7.15

esta coisa de dar a mão a sara carbonero

Neste texto e também neste abordei a mudança de Iker Casillas, Sara Carbonero e Martín, o filho do casal, para a cidade do Porto. Um dos textos foi dedicado ao rumor de que a jornalista espanhola não estaria interessada em rumar a Portugal por considerar que se trata de um país inferior, em todos os sentidos, a Espanha. A verdade é que mãe e filho juntam-se ao jogador no Porto. E as únicas palavras da espanhola em relação a este assunto foram para explicar a mudança, elogiando ainda Portugal e a cidade do Porto.

Há quem olhe para esta situação como uma mulher que simplesmente vai "atrás" do seu homem. Uma mulher que abdica dos seus sonhos, da sua vida e da sua carreira para ir atrás do homem. Neste caso específico - porque existe quem o faça e porque existem muitas mulheres de jogadores que se anulam ou que escolhem o luxo como modo de vida - não vejo uma mulher que vai atrás do homem. Acredito que Casillas, apesar das últimas más épocas, pensava terminar a carreira no Real Madrid. Até que percebe que está a ser pontapeado para fora do clube onde passou a vida. E até que surge o Futebol Clube do Porto, o único (acredito nisto) clube que realmente o desejou, que o fez sentir especial e encontrou uma solução para que não perdesse dinheiro.

Perante este cenário repentino existiam duas opções para Sara Carbonero: ficar eventualmente dois anos sozinha com o filho em Madrid e estar com o jogador nas folgas ou mudar-se com o filho para o Porto. Acabou por acontecer a segunda opção, provavelmente pelo filho, que levou a que pedisse uma licença sem vencimento de dois anos, o tempo da duração do contrato do jogador. Sobre isto defendi (e continuo a defender) que Sara Carbonero só não trabalha em Portugal se não tiver desejo de o fazer. Sendo mulher de quem é (foi isso que a tornou conhecida mundialmente) irá receber propostas para diversas situações. Esta é a ideia que tenho.

A mudança do casal para Portugal tem diversos aspectos positivos. Um dos mais importantes é o facto de Iker Casillas não perder um cêntimo do dinheiro que ganharia durante o tempo de contrato que tinha com o Real Madrid. O Porto paga três milhões, livres de impostos, por ano e o Real Madrid paga (ou já pagou) o valor remanescente. Por outro lado, o BBVA já cancelou o seu patrocínio ao jogador e a Adidas parece pretender fazer o mesmo. Algo normal porque uma coisa é estar num dos maiores clubes do mundo e numa das principais ligas mundiais e outra é estar num clube grande em Portugal mas que pertence a um campeonato praticamente sem visibilidade internacional. Passa a ser um investimento exageradamente elevado para as marcas.

Mas nada disto faz de Iker Casillas e de Sara Carbonero um casal de emigrantes coitadinhos que trocam de país com uma mão à frente e outra atrás (uma realidade que é uma última solução para muitos casais). Por isso não percebo uma notícia do jornal espanhol ABC que revela que Iker Casillas pediu a Pinto da Costa que dê a mão a Sara Carbonero e que lhe arranje emprego numa televisão portuguesa. E numa notícia relacionada, Júlio Magalhães, em declarações ao Jornal de Notícias, abriu as portas do Porto Canal (a televisão do clube) a Sara Carbonero. "Se ela quiser ter no Porto Canal algum programa ou alguma participação seria uma mais valia para nós, provavelmente ganharíamos maior dimensão nacional e internacional. Vamos aguardar. Para já ainda não sabemos ao certo qual vai ser a permanência dela na cidade do Porto. Vai tudo depender da vontade dela, nós para já não vamos à procura", explicou.

Mantenho a opinião de que Sara Carbonero não terá dificuldade em trabalhar em Portugal. Só não o faz se não tiver esse desejo. Mas também não é preciso "caridade" para que trabalhe. Pois o mercado de trabalho irá olhar para si com olhos completamente diferentes daqueles com que olha para funcionários talentosos e mal remunerados no mundo da comunicação (e isto também se aplica a tantas pessoas sem talento, nem qualificações, que trabalham na televisão em Portugal). E acho que não faz sentido colocar Sara Carbonero na televisão sem que saiba (não sei se sabe) falar português. Acho que existem, ou devem existir mínimos, e falar portunhol não é um deles. As portas vão estar sempre abertas para Sara Carbonero. Resta saber se quer entrar em alguma sendo certo que não necessita de caridade para que isso aconteça.

21.7.15

quem quer o elixir da juventude?

Começo por ser o mais sincero possível. Não sei qual é o elixir da juventude. Acredito que passe por ter cuidado com a alimentação. Pela prática regular de exercício físico. Pelo correcto descanso do corpo. E por mais algumas coisas. Mas não tenho uma resposta exacta para que não se verifique um envelhecimento físico. Mas... conheço a pessoa que é capaz de ter uma palavra a dizer sobre isso. Primeiro, peço que se concentrem nestas imagens.

1992|21 anos|Publicidade Calvin Klein

1996|25 anos|Filme O Medo

2003|31 anos|Filme Um Golpe em Itália

2007|36 anos|Filme Entre Inimigos

2010|39 anos|Filme Agentes de Reserva

2012|41 anos|Filme Contrabando

2014|43 anos|Filme Transformers: Era da Extinção

2015|44 anos|Filme Ted 2

Volto a dizer que não tenho a receita do elixir da juventude. Mas sempre que vejo um filme de Mark Wahlberg (sobretudo os mais antigos) fico com a ideia de que além de ser um extraordinário actor - daqueles que sabe fazer tudo bem e ser sempre bom, por pior que seja o filme - é capaz de saber qual a receita para o elixir da juventude. Por isso, quem desejar o elixir da juventude só tem de abordar Mark Wahlberg.

6.7.15

os assessores que não ajudam, só atrapalham

Ao longo dos anos que levo como jornalista habituei-me aos mais diversos tipos de entrevistas. Desde as livres, sem tabus até às condicionadas, com temas proibidos, passando ainda pelas encomendadas (desenganem-se aqueles que pensam que estas últimas não existem). Habituei-me a entrevistar pessoas numa conversa a dois (apenas eu e o entrevistado) e a entrevistar pessoas numa conversa a três ou mais (quando a conversa é escutada pelos agentes ou assessores ou agentes e assessores).

E sempre preferi as conversas a dois. São as melhores de todas. Mesmo com temas em que o convidado diz apenas "não tenho nada a dizer sobre isso" ou "não quero falar sobre esse assunto". Algo que, enquanto jornalista, só tenho de respeitar. Até porque se estivesse do outro lado também gostaria de ser respeitado. De resto, não gosto de entrevistar pessoas que não sabem responder a nada sem olhar para o assessor ou agente à espera de autorização para responder a perguntas, em alguns casos, banais. A conversa perde a essência e a naturalidade. É algo formatado e sem piada nenhuma.

Ao longo dos tempos habituei-me também a entrevistar pessoas que têm todo o tempo do mundo para conversar e pessoas que ainda mal chegaram e já estão a dizer que estão atrasadas para ir embora. E também pessoas para quem tenho pouco mais de dez, quinze minutos. Isto normalmente acontece com artistas internacionais. As conversas não costumam ser condicionadas a temas mas o tempo costuma ser contado ao relógio. Algo que o entrevistador sabe previamente e que permite preparar uma conversa para o tempo estipulado.

Além disso, existem conversas e conversas. Não em termos de qualidade mas de disponibilidade. Existem pessoas mais acessíveis e outras com quem é mais complicado agendar uma conversa. Ou porque dão poucas entrevistas ou por outro motivo qualquer. Como é o caso de Cristiano Ronaldo, que não tem por hábito conceder entrevistas com frequência. É algo pontual. Nestes casos, e sabendo que o tempo está (acredito que deverá estar) limitado, é natural que o entrevistador tente sempre esticar um pouco mais uma conversa. Isto é algo que se aprende a fazer de modo a ter mais probabilidade de ser bem sucedido.

E foi isso que aconteceu recentemente ao jogador português que concedeu uma entrevista um pouco mais informal (apesar de ser em torno do futebol) à agência desportiva SNTV. O jornalista foi fazendo perguntas e mais perguntas quando o tempo já tinha acabado. Cristiano Ronaldo, com educação, foi respondendo. Algo do desagrado do(s) assessor(es) que o acompanhavam e que desejavam que a conversa terminasse. Isto acabou por gerar algum desconforto junto do futebolista e esse momento foi gravado (podem ver o vídeo aqui).

"Eu não mando nada. Ele está a fazer-me perguntas", explica Cristiano Ronaldo a quem o acompanha. "Queres que seja bruto com o homem?", pergunta, numa conversa em português. "Vocês é que têm de fazer essa parte. Acaba, acaba", explica em alusão ao momento em que uma conversa deve terminar. "Não vou ser eu a ser estúpido para as pessoas", conclui. Perante as palavras de Cristiano Ronaldo consegue ouvir-se (mal) alguém que lhe dá como conselho levantar-se e acabar com a conversa.

Vamos supor que Cristiano Ronaldo até seguia o conselho da pessoa e começava a levantar-se quando entendia que a conversa tinha acabado. Passava a ser o mau da fita, o arrogante que acaba entrevistas a meio. Ou vamos supor que começa a tratar mal a pessoa que lhe tenta fazer mais perguntas. Mais uma vez é o arrogante que trata mal os jornalistas e que vê a sua imagem posta em causa.

O papel do assessor não é condicionar a conversa. É fazer com que a mesma corra bem. Até porque mal de pessoas como Cristiano Ronaldo se, nesta fase da vida e carreira, não souberem o que responder a uma pergunta, por mais embaraçosa que possa ser. E o papel do assessor não é este triste espectáculo à frente do jornalista que resulta num vídeo que é notícia em todo o mundo. É alertar o jornalista, de forma mais ou menos discreta, de que o seu tempo acabou e que se trata da última pergunta. Este triste espectáculo deve ser o último recurso e em casos extremos, o que não parecia ser o caso, até pelo teor da perguntas: uma sobre o novo treinador, outra sobre Sérgio Ramos, uma sobre a ida de Gerrard para os Estados Unidos e a última sobre o seu contrato.

Existem pessoas que são muito bem remuneradas e que só atrapalham as carreiras das pessoas para quem trabalham. No caso de Cristiano Ronaldo isso não se aplica porque existe uma carreira muito forte que será sempre superior a qualquer assessor. Mas muitos artistas (actores, cantores e por aí fora) menos mediáticos conseguem arruinar carreiras graças às pessoas que os rodeiam e que só querem ganhar dinheiro. Muito mais do que ganhar dinheiro enquanto promovem uma carreira e uma boa imagem, algo que deveria ser uma prioridade.