Neste texto e também neste abordei a mudança de Iker Casillas, Sara Carbonero e Martín, o filho do casal, para a cidade do Porto. Um dos textos foi dedicado ao rumor de que a jornalista espanhola não estaria interessada em rumar a Portugal por considerar que se trata de um país inferior, em todos os sentidos, a Espanha. A verdade é que mãe e filho juntam-se ao jogador no Porto. E as únicas palavras da espanhola em relação a este assunto foram para explicar a mudança, elogiando ainda Portugal e a cidade do Porto.
Há quem olhe para esta situação como uma mulher que simplesmente vai "atrás" do seu homem. Uma mulher que abdica dos seus sonhos, da sua vida e da sua carreira para ir atrás do homem. Neste caso específico - porque existe quem o faça e porque existem muitas mulheres de jogadores que se anulam ou que escolhem o luxo como modo de vida - não vejo uma mulher que vai atrás do homem. Acredito que Casillas, apesar das últimas más épocas, pensava terminar a carreira no Real Madrid. Até que percebe que está a ser pontapeado para fora do clube onde passou a vida. E até que surge o Futebol Clube do Porto, o único (acredito nisto) clube que realmente o desejou, que o fez sentir especial e encontrou uma solução para que não perdesse dinheiro.
Perante este cenário repentino existiam duas opções para Sara Carbonero: ficar eventualmente dois anos sozinha com o filho em Madrid e estar com o jogador nas folgas ou mudar-se com o filho para o Porto. Acabou por acontecer a segunda opção, provavelmente pelo filho, que levou a que pedisse uma licença sem vencimento de dois anos, o tempo da duração do contrato do jogador. Sobre isto defendi (e continuo a defender) que Sara Carbonero só não trabalha em Portugal se não tiver desejo de o fazer. Sendo mulher de quem é (foi isso que a tornou conhecida mundialmente) irá receber propostas para diversas situações. Esta é a ideia que tenho.
A mudança do casal para Portugal tem diversos aspectos positivos. Um dos mais importantes é o facto de Iker Casillas não perder um cêntimo do dinheiro que ganharia durante o tempo de contrato que tinha com o Real Madrid. O Porto paga três milhões, livres de impostos, por ano e o Real Madrid paga (ou já pagou) o valor remanescente. Por outro lado, o BBVA já cancelou o seu patrocínio ao jogador e a Adidas parece pretender fazer o mesmo. Algo normal porque uma coisa é estar num dos maiores clubes do mundo e numa das principais ligas mundiais e outra é estar num clube grande em Portugal mas que pertence a um campeonato praticamente sem visibilidade internacional. Passa a ser um investimento exageradamente elevado para as marcas.
Mas nada disto faz de Iker Casillas e de Sara Carbonero um casal de emigrantes coitadinhos que trocam de país com uma mão à frente e outra atrás (uma realidade que é uma última solução para muitos casais). Por isso não percebo uma notícia do jornal espanhol ABC que revela que Iker Casillas pediu a Pinto da Costa que dê a mão a Sara Carbonero e que lhe arranje emprego numa televisão portuguesa. E numa notícia relacionada, Júlio Magalhães, em declarações ao Jornal de Notícias, abriu as portas do Porto Canal (a televisão do clube) a Sara Carbonero. "Se ela quiser ter no Porto Canal algum programa ou alguma participação seria uma mais valia para nós, provavelmente ganharíamos maior dimensão nacional e internacional. Vamos aguardar. Para já ainda não sabemos ao certo qual vai ser a permanência dela na cidade do Porto. Vai tudo depender da vontade dela, nós para já não vamos à procura", explicou.
Mantenho a opinião de que Sara Carbonero não terá dificuldade em trabalhar em Portugal. Só não o faz se não tiver esse desejo. Mas também não é preciso "caridade" para que trabalhe. Pois o mercado de trabalho irá olhar para si com olhos completamente diferentes daqueles com que olha para funcionários talentosos e mal remunerados no mundo da comunicação (e isto também se aplica a tantas pessoas sem talento, nem qualificações, que trabalham na televisão em Portugal). E acho que não faz sentido colocar Sara Carbonero na televisão sem que saiba (não sei se sabe) falar português. Acho que existem, ou devem existir mínimos, e falar portunhol não é um deles. As portas vão estar sempre abertas para Sara Carbonero. Resta saber se quer entrar em alguma sendo certo que não necessita de caridade para que isso aconteça.
Subescrevo inteiramente. Não acrescento uma vírgula que seja. Esta mania de prestarmos vassalagem a tudo o que é estrangeiro irrita-me solenemente. Sara
ResponderEliminarParece que é uma "coitada" que vive no desespero de não ter um emprego.
EliminarEste é de facto o tipo de notícias com o qual não perco tempo, no entanto, com tanto jornalista a apresentador sem trabalho, acho mal que ela "roube" esse trabalho, pois se fosse um anónimo qualquer com um currículo xpto, ninguém queria saber.
ResponderEliminarAcho que não faz sentido que tenha um programa em televisão sem falar português.
EliminarHá tantas mulheres que seguem os maridos, deixam os seus empregos, dedicam-se aos filhos e fazem outras coisas, como por exemplo, tirar outro curso fora do país (uma sobrinha minha fez isso e já lá vão 5 anos).
ResponderEliminarBeijinho