Casar numa igreja tem um grande problema. Que afecta todas as pessoas. Umas mais do que outras. É um daqueles raros casos onde apenas os mais conhecidos têm de lidar com esse problema. E, neste caso específico, o problema é a privacidade da cerimónia. Isto no sentido em que ninguém pode proibir alguém de estar presente num casamento. Desde que o mesmo tenha lugar numa igreja.
Pode ser o meu casamento, pode ser o casamento de qualquer outro cidadão anónimo ou pode ser o casamento da pessoa mais famosa de Portugal. Se tem lugar numa igreja, todas as pessoas podem assistir e não existe nenhuma lei que impeça quem queira marcar presença. A única "lei" que acaba por imperar é a do bom senso. Ou seja, se está a acontecer um casamento as pessoas respeitam o espaço e não entram na igreja apenas porque lhes apetece. É um facto que o podem fazer mas poucas devem ser as pessoas que realmente o fazem, quer seja em casamentos de anónimos ou de conhecidos.
Por isso é que é comum que as figuras públicas casem em quintas privadas. Quando optam por casar em igrejas tentam ao máximo esconder a data do enlace, a hora e o local. Para afastar os cidadãos anónimos e sobretudo a imprensa. E até mesmo em cerimónias em locais privados acontece isso. Como por exemplo quando Cristiano Ronaldo baptizou o seu filho conseguindo fazer com que ninguém soubesse a real hora da cerimónia. Assim, quando a imprensa lá chegou já tudo tinha acontecido. De resto, quando se sabem as coisas (local, data e hora) tudo acontece de forma natural. As pessoas matam a curiosidade com respeito e distância e a imprensa faz o seu trabalho da melhor forma possível.
Existem ainda os casos que revoltam as pessoas e que elevam a nossa realidade para algo completamente absurdo e desnecessário em Portugal. Como aconteceu no casamento de Jorge Mendes, considerado o melhor empresário do mundo. Isto porque a Polícia de Segurança Pública, acatando a ordem da Câmara Municipal do Porto, proibiu a circulação de viaturas e de pessoas nas imediações daquele que foi visto como o casamento do ano. Foram cortadas ruas (até hoje) e as pessoas foram revistadas pelas autoridades. Os cidadãos eram ainda obrigados a fazer prova de residência e quem não fosse morador era obrigado a percorrer umas adicionais centenas de metros para chegar ao local pretendido.
Esta situação gerou protestos por parte de algumas pessoas que acabaram por gritar coisas como "provincianos", "parolos" e "palhaços". E tudo isto (que não faz sentido e que não acontece com os noivos "comuns") é desnecessário. É desnecessária a revolta das pessoas e o alarido que poderia ter provado problemas maiores que poderiam manchar o dia e incomodar os convidados. Esta não é a nossa realidade. Esta loucura policial é exagerada para o nosso país e para as nossas figuras públicas.
Não fazia ideia que tal tinha acontecido, mas realmente... que exagero.
ResponderEliminarÉ um grande exagero para a nossa realidade. Faz recordar um político - não interessa qual - que tem a ideia que vai ser atacado e como tal tem mais seguranças que sei lá o quê.
EliminarPois!
ResponderEliminarÉ o que temos.
Eliminar