Alexandra e Miguel permaneciam no
carro. Ela, totalmente nua, deitada no peito dele. Que por sua vez
estava com as calças de ganga puxadas para baixo, apoiadas nos
All-Star vermelhos. E com as costas, despidas e ligeiramente
transpiradas, apoiadas no banco que é de Alexandra, pois Miguel tem
por hábito ser o condutor. O silêncio era tão profundo que se
conseguiam ouvir as batidas dos corações de ambos. “Não te
queres vestir? Ainda aparece aqui alguém e vê-nos neste estado”,
disse Miguel. “Não faz mal. Deixa-me estar assim. Em paz. Gosto de
sentir o movimento do teu peito quando respiras ao mesmo tempo que me
embalas com as batidas do teu coração”, respondeu Alexandra.
Tentando mexer-se o mínimo possível,
Miguel esticou-se para agarrar a t-shirt que estava amarrotada no
banco de trás do carro. Como o banco onde estavam estava deitado ao
máximo, não foi necessário um grande esforço para agarrar na peça
de roupa que utilizou para tapar o tronco de Alexandra. “Estás com
medo que me vejam nua?”, brincou ela. “O teu peito está
encostado ao meu, por isso ninguém te vê as mamas. E, para verem o
rabo tinham de se aproximar muito do carro passando certamente aquele
limite que nos assusta e que faz com que entremos para o livro de
recordes do Guinness como o casal que se vestiu mais depressa dentro
de um carro, estando os dois no mesmo banco”, gracejou ele.
O silêncio apoderou-se novamente do
carro. Os corações voltaram a ouvir-se. E a bater numa perfeita
sintonia. Alexandra rapidamente se deixou dormir. Miguel garante que
não. Diz que estava a fazer contas de cabeça. Mas a verdade é que
ambos dormiram mais de uma hora dentro do carro. Alexandra foi a
primeira a acordar. De frio. Depois foi a vez de Miguel. Que
continuava a garantir estar acordado. Foi já a caminho de casa que
Alexandra se lembrou que tinha algo para contar ao namorado. “É
verdade. Tinha-me esquecido de te dizer que amanhã tenho consulta na
ginecologista. Aliás, deve ir dar-me na cabeça que não vou lá há
muito tempo”, referiu. “És sempre a mesma coisa. Pensei que o
tempo a idade fossem mudar essa maneira de ser. Sabes que não gosto
nada desse deixa andar”, resmungou Miguel.
Já na cama, Miguel aproximou-se da
namorada. Alexandra estava quase a dormir. Miguel começou a
insinuar-se. Acariciando o peito com a mão direita, ao mesmo tempo
que colocava a mão esquerda por dentro das calças do pijama de
Alexandra. “Estás insaciável?”, perguntou ela. “Não te
resisto”, respondeu ele, usando todos os truques possíveis para
despertar Alexandra. Algo que não exigiu muito esforço da sua parte
pois o desejo dela era ainda maior do que o dele. Segundos depois
Alexandra estava nua, tal como Miguel. Ouviram-se gemidos de prazer.
De ambos, que não se importaram com a possibilidade dos vizinhos
partilharem sonoramente aquele momento íntimo.
Quando Alexandra acordou, já Miguel
estava pronto para sair de casa. “Não consigo ir contigo ao
médico. Não me tinhas dito nada e não consigo desmarcar a reunião
com o Jorge, por causa daquele projecto de que te falei que nos pode
dar algum dinheiro”, explicou. “Eu sei”, disse Alexandra entre
bocejos. “Boa sorte. Espero que tudo corra bem na reunião”,
acrescentou. Miguel beijou Alexandra, despediu-se e saiu de casa. Já
ela, voltou a adormecer. E na cama ficou mais algum tempo.
As horas foram passando. Alexandra
chegou ao consultório. Nervosa pelo que iria ouvir da ginecologista
da família. Afinal, quase que nem se lembrava da última vez que
tinha ido a uma consulta de rotina. “Dona Alexandra, pode entrar”,
ouviu da boca da assistente da Drª Ana Sousa. Assim que fechou a
porta do consultório, ouviu logo a voz mulher que continuava a
chamar-lhe Xaninha. “Bons olhos te vejam Xaninha. Andavas
desaparecida”, disse. “Pois...”, respondeu Alexandra, dando
aquela resposta típica de alguém que não sabe o que dizer. “Que
te traz por cá? Consulta de rotina?”, perguntou. “Mais ou
menos... Estou grávida”, soltou Alexandra.
“Grávida?!?”, foi o que a médica
disse com uma cara de espanto que Alexandra nunca esquecerá. “Dá
cá dois beijinhos Xaninha. Os meus parabéns. E agora vem a parte
profissional. A gravidez foi planeada?”, inquiriu. “Não.
Aconteceu. Mas estou muito feliz com esta gravidez”, revelou
Alexandra. “Não era isso que queria insinuar. É que é aconselhável
fazer alguns exames de rotina para perceber se está tudo ok com a
mulher antes da gravidez. E tu, pelo que vejo aqui na tua ficha, não
fazes exames há muitos anos”, disse. “Pois...”, foi aquilo que
Alexandra disse novamente por não saber o que dizer de modo a
alterar o ar de reprovação que via nos olhos da sua médica.
Além da conversa e do raspanete,
Alexandra foi sujeita a alguns exames. Além disso, a médica
solicitou ainda que fossem feitas algumas análises complementares,
já que nada fazia há muito tempo. Quando tiveres os resultados das
análises, marca consulta e volta cá. Alexandra saiu assustada do
consultório. A conversa da médica tinha provocado um receio
inesperado. “Será que está tudo bem comigo?”, foi a pergunta
que fez dezenas de vezes enquanto se encaminhava para casa.
Vou esperar pelo resto, mas está a parecer-me que isto está a ficar previsivel :$
ResponderEliminarO final esteve sempre pensado. O meio é que tem variado. Vamos ver no que dá...
EliminarSabes bem que vou andar por aqui à espera ;) no fimzinho de tudo vou fazer-te uma analise sobre o que escreveste e o eu que eu esperava que escrevesses. Boa? :p
EliminarJá não falta muito para o final :)
EliminarFicamos combinado :)
Lololololooo !
ResponderEliminarPara ti também :)
EliminarApanhei isto hoje por acaso, resultado.. li todos de seguida..
ResponderEliminarVou esperar pelo próximo.. mas... não digo ainda. Vou esperar!
Obrigado Margarida :)
EliminarHum... Tenho um palpite sobre a continuação... Vou esperar para ver se acertei (ou, pelo menos, se andei perto xD)
ResponderEliminarVamos ver :)
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