23.1.14

a melhor prenda do mundo

Para mim, a melhor prenda que se pode dar a alguém é uma música. E digo mesmo dar. Não quero dizer dedicar. Para mim, não basta dizer que se gosta muito de uma música, que quando se ouve essa mesma música se pensa numa determinada pessoa, acabando por dedicar esse tema a alguém que é especial para nós. Algo muito comum nos apaixonados que dedicam músicas a quem gostam. E também em algumas pessoas, como é o meu caso, que gostam de associar músicas a pessoas.

Quando menciono dar uma música, quero dizer escrever uma letra (e porque não a música também) e dizer a alguém: “Esta música é tua. Escrevi esta letra a pensar em ti.” Melhor ainda será se essa canção ganhar alguma popularidade e entrar no tal domínio dos casais que as dedicam entre si e que associam aquilo que alguém escreveu a uma história de amor.

Por exemplo, gostaria de saber o que sentiu Bernie Taupin, quando escreveu Your Song para Elton John. Quem será a pessoa para quem esta maravilhosa letra foi escrita? Também gostaria de saber o que sentiu Marisol Maldonado quando Rob Thomas escreveu If You´re Gone para si. E o que será que sente o cantor ao perceber que esta canção é amada e adaptada por milhões de apaixonados em todo o mundo? Ou ainda o que terá sentido Cynthia Rodes quando Richard Marxx escreveu Right Here Waiting para si, num momento em que estavam zangados. Canção essa que só foi tornada pública pelo cantor (e ainda bem) a pedido dos amigos que defendiam ser um crime manter aquela música apenas para o casal.

Podem falar-me em milhões de euros. Em anéis de diamantes. Em férias de sonho. Em carros de luxo. Em mansões com dezenas de suites. Mas tudo isso tem uma duração curta. Tudo isso é efémero. Agora, músicas como aquelas que mencionei vão ficar para sempre. Vão ser ouvidas eternamente. Fazendo sorrir ou chorar milhões de pessoas que vão associar-se a um conjunto de palavras agrupadas de forma perfeita por alguém que pode dizer: "fui eu que escrevi isto", existindo também a pessoa que pode dizer: "é para mim". Posso estar enganado mas acredito que a maioria das pessoas preferia ser a inspiração de uma música destas do que receber um presente qualquer, por mais valioso que possa ser.

21 comentários:

  1. Mesmo que uma letra não seja escrita para mim, nem a música ser construida a pensar em mim, eu gosto (adoro) quando "alguém" pega numa música que é do conhecimento que me toca, e a canta... só para mim!

    (fica o recado :$)

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  2. Sem dúvida uma prenda sem preço! Um gesto inesquecível. O meu lado mais meloso-romântico arrepiou-se :)

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  3. É, sem dúvida, um presente muito bonito. :)
    beijinho

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    1. Para mim o melhor. E algo que espero vir a fazer, numa dimensão completamente diferente dos exemplos que dei :)

      beijos

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    2. Hum...fiquei curiosa. :) Depois conta. :)

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  4. Eis uma postagem que terei de concordar em gênero e grau. Não para te agradar ... rs

    P:

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  5. Bom dia:)

    Acredita que já pensei "n" vezes sobre este tema, principalmente quando dou por mim a chorar...como se a música estivesse a falar comigo...logo a seguir penso "Pois...agora imagina como "ela" não se há-de ter sentido". E a intemporalidade das músicas que se eternizam, as mensagens que ficam é algo de fascinante sim...e sem preço.

    jinhooooooossss e um "ssssselente" sexta:)

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    1. Penso sempre nisto quando ouço músicas que me marcam :)

      beijos e uma grande sexta

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  6. Concordo. Se eu tivesse jeito para a escrita poética e musical, faria dessas coisas. A ter que dedicar letras, dedico aquelas embebidas numa prosa.
    Mas, como tu, perco-me sempre a pensar no que está por trás de letras que sei que são dedicadas. Por exemplo, a famosa "I will always love you", ganhou para mim todo um outro sentido quando soube a sua história e em como a Dolly Parton a dedicou ao seu colega de trabalho. Passou de uma música com um romanticismo banal para algo bem mais sentido, mesmo que menos "amoroso".

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    1. Mas olha que vais muito bem. Porque oferecer prosa é igualmente muito bom.

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  7. Tenho muitas letras escritas, muitas delas com dedicatórias...
    Mas deixei de escrever e compor há algum tempo... Não perdi o amor à música, simplesmente em determinada altura da minha vida perdi a capacidade de fazer algumas coisas :/ na última vez que fui a casa, guardei-as todas e ainda são vários cadernos e folhas soltas que por lá ficaram... Talvez um dia vejam a luz do dia, embora já tenham perdido o sentido xD

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  8. Pois Bruno,tipo aquela do Adriano Gurvitz( Classical) que te enviei em tempos lembra? Tão nostálgica ! Concordo 100%, eu preferia ser a musa inspiradora! Beijinhos e Bom Domingo. Maria

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