Existem pessoas que criticam tudo e todos. Indivíduos
que centram a maioria dessas críticas naquilo que entendem ser – apesar da
ausência de qualquer conhecimento de causa – os objectivos dos outros. Como
tal, criticam tudo aquilo que os outros fazem. “Se a pessoa x faz a coisa y é
porque só está interessada no objectivo xpto”, defendem. Nesta frase, o y é um
sem número de coisas que abrangem tudo e mais alguma coisa.
A crítica aparece uma vez. Duas vezes. Três
vezes e por aí fora sem fim à vista. Além disso, estas críticas são feitas
junto de pessoas que aplaudem aquilo que é criticado sem pararem dois segundos
para pensar pelas suas cabeças. E isto tudo que acabo de referir é algo que
qualquer pessoa pode observar na sua vida. Sem que tenha de se esforçar para
que isso aconteça. Basta vestir o papel de um qualquer personagem de BBC Vida
Selvagem e ficar escondido atrás dos arbustos para não interferir com o
habitat.
Porém, quem decidir ficar mais algum tempo
atrás dos arbustos consegue observar aquilo a que chamo os fenómenos dos
fenómenos. O principal é que quem critica, acaba sempre a fazer aquilo que
tanto critica nos outros. Com a pequena diferença de que os outros fazem a
coisa y com o objectivo xpto, já os fenómenos dos fenómenos fazem a coisa y
porque são superiores aos comuns dos mortais e não pelo mesmo objectivo xpto.
E, se for necessário ainda se fazem de vítimas num golpe teatral de mestre que
serve para atirar areia para os olhos de algumas pessoas.
Não sei o que é feito da lógica, da
inteligência e da vergonha. Por outro lado, as palas de burros, que tapam os
olhos a muitas pessoas, estão esgotadas nas lojas. O que é pena. Pois muita
gente podia recorrer ao ebay ou ao olx para vender as palas e comprar uma
pequena dose de lógica, inteligência e vergonha. Não digo que isto fizesse do
mundo um sítio melhor mas pelo menos ficava mais organizado. Ou então não.
Para ser um pouco "chato", o que se passa é que temos todos um enviesamento ("bias"): interpretamos o que nós fazemos da forma mais positiva possível e interpretamos o que os outros fazem da forma mais negativa possível (a não ser que sejam amigos muito próximos). Assim, criticamos nos outros aquilo que, mais tarde, quando o fazemos nós próprios, nem sequer notamos como algo minimamente criticável. Há tantos exemplos...
ResponderEliminarÉ isso mesmo.
EliminarEu não sou ninguém para comentar isto, porque também critico os outros. Somente não o faço para ser o líder da "alcateia"... Mas isto deu-me que pensar...
ResponderEliminarExiste a crítica saudável e aquela que serve apenas para promoção pessoal e que é infundada, parva e sem lógica.
EliminarMagnífico,podia ter sido eu a escrever,fizeste bem em partilhar não gosto de ser a única a pensar assim.
ResponderEliminarEu sempre digo para mim mesma que os adultos são sempre piores que os mais novos...pelo menos a maior parte é assim.
Existem adultos muito maus.
EliminarDaí a máxima de" age todos os dias , como se alguém te contemplasse "
ResponderEliminarExistem pessoas que não percebem o alcance dessa frase.
Eliminar"O principal é que quem critica, acaba sempre a fazer aquilo que tanto critica nos outros" em cheio! A vida encarrega-se de colocar essas pessoas em frente a um 'espelho' mais cedo ou mais tarde, nas mesmas situações que criticou. True story. Acontece-me o tempo todo :P felizmente cada vez menos...é uma questão de ter cada vez menos 'palas' nos olhos! :)
ResponderEliminarMas existem muitas pessoas que têm as palas presas à pele.
EliminarLá isso...é verdade! :P
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