Nunca percebi aquelas pessoas que adoram
gabar-se disto ou daquilo, numa gabarolice sem qualquer sentido. Refiro-me aquelas pessoas que chegam a
falar com outras apenas no momento em que têm algo para se gabar, achando que isso faz deles superiores e que vão deixar os outros tristes perante uma eventual inferioridade que pretendem demonstrar. No
prédio dos meus pais existe uma pessoa assim.
A pessoa de quem falo consegue andar na rua,
daquelas onde toda a gente se conhece há largos anos, sem falar a ninguém.
Acha-se a maior, ignora as pessoas e segue caminho numa passadeira vermelha
imaginária que surge a seus pés a cada passo que dá. Porém, quando esta pessoa
tem algo para se gabar, tudo muda. Conhece toda a gente. Cumprimenta todas as
pessoas. E conta a mesma história a todos com um sorriso nos lábios.
Tenta fazer isso com a minha irmã e sobrinha.
Tem azar que a miúda foge dela a sete pés. Não o tenta fazer comigo porque
quando nos cruzamos não lhe dou espaço para nada mais do que bom dia ou boa
tarde, isto nos dias em que não me ignora. E também o tenta com a minha mãe, com
quem se cruza mais vezes. Num dos últimos episódios, aproximou-se da minha mãe
cheia de sorrisos. A minha mãe desconfiou que vinha lá mais uma pérola. E com
razão! “Olááááááááá! Tudo bem? Blá blá blá, o meu filho está no México”, disse num monólogo.
“Tem piada, o meu filho e a mulher estiveram no Dubai na semana passada”,
respondeu centésimos de segundo depois.
A aura que habitualmente tem quando se gaba, logo
desapareceu. O sorriso fechou-se. Meteu a viola no saco e foi tocar para outro
lado. Como é óbvio, eu não tinha ido a lado nenhum. A minha mãe só respondeu
daquela forma porque sabia que era tudo aquilo que não queria ouvir e porque
isso ia acabar com aquele momento em que a pessoa tentou revelar-se superior.
Do estilo, o meu filho é muito bom e o teu não.
Se entendem ser superiores, ignorando as outras
pessoas, pelo menos que sejam coerentes e que se mantenham nesse pedestal
eternamente. Caso contrário, quando descem do mesmo correm o risco de levar com
respostas que não esperam e que fazem com que pareçam inferiores, e não
superiores, aos outros. Quando soube disto, só me apetecia dizer: high five
mom!
Mãe 20 - pessoa parva 0
ResponderEliminarHigh five to your mom! :)
Adoro estas respostas da minha mãe :)
Eliminarque máximo, adorei! grande mãe
ResponderEliminarObrigado!
EliminarAhahahahahah:)
ResponderEliminarGrande resposta sim senhora:)
jinhoooossssss
A minha mãe não perdoa :)
Eliminarbeijos
Gabarolas desse género já é um tipo de pessoa que, por norma, não suporto. Mas repudio especialmente pessoas que começam conversas com "aquilo que aconteceu naquelas férias num destino exótico qualquer".
ResponderEliminarDas duas uma, ou ignoro (99%) das vezes, ou respondo com algo do tipo "isso [que se passou nesse destino fantástico XPTO caríssimo] faz-me mesmo lembrar daquela vez em que vi as ovelhas chegarem a casa, em Montalegre".
Funciono como tu. Ainda bem que és assim.
EliminarOlha a mim também me saem umas respostas dessas ...é o que merece essa gentinha que se espavoneia ..e a seguir ignoro-as...:)
ResponderEliminarbjsss
Boa!!!
EliminarBeijos
Parece que há sempre uma vizinha dessas em todo o lado.
ResponderEliminarNum dia passam 30 vezes por nós e nem falam, quando precisam de algo ou querem mostrar alguma parolice, é só sorrisos.
A esta hora já a vizinha está a pesquisar no mapa qual vai ser
o local mais fashion para inventar uma próxima pérola.
Estas pessoas nunca podem ficar atrás, é sempre lá no alto.
Não sabem é que ficam no alto do R-I-DÍ-C-U-L-O.
Abençoada mãe :)
Acho que é o tipo de vizinho que existe em todo o lado. Ridículo é bem escolhido :)
EliminarBoa!
ResponderEliminarAdorei quando a minha mãe me contou :)
EliminarGrande resposta da tua mãe ahahah :)
ResponderEliminarParece um matador na área :)
EliminarHeadshot!! ;)
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