Tenho uma ideia que já partilhei com diversas pessoas. Só não sei se já lhe dediquei algum texto no blogue, mas acredito que sim. Aquilo de que quero falar está relacionado com as redes sociais. Com a forma como as pessoas decidem participar nas mesmas. E daqui vou excluir aquelas pessoas que operam de forma anónima. Refiro-me aqueles que dão a cara. E que são nossos conhecidos. Sim, porque convém não misturar o nobre conceito da amizade com algo que não vai além de um mero conhecimento mútuo, sem grandes afectos que unam as pessoas.
Defendo que a postura que as pessoas decidem manter nas redes sociais é um espelho do que são na realidade. Ou seja, nas redes sociais as pessoas mostram aquilo de que são feitas. Sendo que, infelizmente, nem sempre mostram o melhor. Vou dar o desconto da falta de coragem (ou de outra coisa qualquer) para agir assim presencialmente. Mas mantenho a opinião de que uma pessoa que não sabe estar no perfil de uma rede social de alguém que conhece, também não saberá estar no resto da sua vida.
A ignorância não deixa de existir apenas porque não está agarrado ao telemóvel a comentar algo. A falta de educação não deixa de existir apenas porque não se expressa num comentário. A completa ausência de noção da sua liberdade em comparação com a de outras pessoas não passa a existir quando desliga o computador ou arruma o telemóvel. Quem não sabe respeitar alguém numa rede social, também não o sabe fazer na chamada vida real.
As redes sociais têm muitas virtudes. Tal como têm muitos defeitos. E um destes últimos acaba por ser o melhor dos primeiros. Digo isto porque as redes sociais permitem perceber a verdadeira essência de alguém que nos é (mais ou menos) próximo. E isso permite que seja feito um filtro para a vida longe das redes sociais. Concluindo, as redes sociais permitem excluir toda a merda que só nos atrapalha. Possibilita que certas pessoas sejam bloqueadas, mas na vida real.
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