quem se defende mais? eles ou elas?

Comparar o que quer que seja que une ou separa um homem e uma mulher é assunto para durar uma vida, correndo o risco de não se chegar a nenhuma conclusão. Desde a maior sensibilidade delas à brutalidade deles passando pelo sexto sentido feminino, tudo é discutível. Existem diversos pontos de vista, uns mais válidos do que outros, sendo certo que não se pode tomar a unidade pelo todo. Ou seja, um homem fraco e de mau carácter não faz de todos os homens canalhas tal como uma mulher fantástica não transforma todas as mulheres as mulheres em princesas dignas de contos de fadas. Aliás, esta diversidade é um dos encantos da vida. Por mais defeitos que ambos os sexos tenham, é muito melhor errar e desviar a nossa vida dessas mesmas pessoas, aprendendo o que fazer no futuro, do que viver num mundo perfeito, algo que retira emoção à vida.

E se há aspectos que geram maior discussão, outros são quase consensuais. Neste domínio incluo aquilo a que se pode chamar uma espécie de irmandade masculina, maior do que a união no sexo feminino. Até existe uma anedota que demonstra este sentimento que une grande parte dos homens. Se uma mulher não volta para casa, o marido liga a todas as amigas da mulher e nenhuma sabe dela. Por sua vez, se um homem não aparece em casa e a mulher liga aos dez melhores amigos, oito deles confirmam que o amigo passou a noite lá em casa, sendo que dois dizem que ainda lá está.

Este tipo de protecção é mais comum neles do que nelas. E não a associo necessariamente a uma maldade da mente masculina. Pois, independentemente do motivo que levou o homem a ausentar-se, existe neles a percepção de perigo e a necessidade de uma defesa automática, sem ponderação. Elas, são diferentes deles neste aspecto. Não concebem que uma atitude do género mereça uma defesa não ponderada que as pode colocar em causa, em várias frentes, ao verificar-se falsa.

A verdade é que conheço homens (em maior número) e mulheres que defendem os amigos sem pensar. Sem percebem que essa atitude pode colocar em causa uma relação e quebrar uma confiança que dificilmente será recuperada. Por sua vez, também conheço casos de ambos os sexos que não mentem para defender quem quer que seja. E esta, parece-me ser a opção mais lógica de seguir. É óbvio que pode ser mais problemática, mas apenas no imediato. Pois a verdade nunca irá destruir uma amizade verdadeira nem quebrar a confiança em relação à companheira(o) de um amigo(a). Este é o meu ponto de vista. Será que eles se defendem muito mais do que elas?