“Boa tarde! Tudo bem? O fulano x ainda tem
vagas para hoje?”, digo.
“Olá. Sim, ainda tem. Quer vir cortar o
cabelo a que horas?”, é o que ouço.
“Dava-me jeito às 15h30”, escolho.
“Pois. Essa hora já está marcada”,
explicam-me.
“Então pode ser meia hora mais cedo. Às 15h”,
escolho na segunda oportunidade.
“A essa hora também não pode ser”, dizem.
“Ok. Então às 18h”, é o meu terceiro palpite.
“A essa hora o fulano x já está ocupado”,
referem.
“Pois… a que horas posso ir aí?”, pergunto
sem vontade de escolher mais números.
“Na realidade ele já só tem vaga às 21h e às
21h30”, explicam.
Nesta altura, penso sempre: “Não seria mais
fácil dizerem-me que só existem duas vagas disponíveis.” É que, telefonema após
telefonema (mesmo com pessoas diferentes) continuam a dar-me a ilusão de que a
agenda está livre. Fazem-me pensar que posso escolher a hora que mais se adequa
ao meu dia quando, na realidade, resta-me aproveitar os minutos que restam livres
ao bastante cobiçado fulano x.
Há momentos em que penso que este jogo telefónico
corresponde a uma bolsa de apostas existente no cabeleireiro. Os funcionários,
entre eles, apostam no número de tentativas que o próximo cliente gasta até acertar no
horário vago para cortar o cabelo. Se isto for real, lamento mas não dou
dinheiro a ganhar a ninguém pois nunca acerto.
E se perguntares logo se há vagas e quais as horas?
ResponderEliminarMenos stress.
Menos dinheiro gasto em telefone.
;)
***
Quando faço essa pergunta, dizem: "A que horas quer vir?" :)
Eliminar***
Muitíssimo interessante. Falsos poderes de escolha!!!
ResponderEliminarPois é!
EliminarPasso por isso taaaantaaaas vezes!
ResponderEliminarAinda bem que tenho uma prima cabeleireira e ao lado de casa. Combinamos quando lhe dá jeito e a mim. ;)
ResponderEliminarPoderiam ser sinceras e dizer que não têm vaga para a hora e mencionar a hora que tinham disponível. Mas perder um cliente nos dias de hoje é complicado. Talvez esse jogo das "horas" foi para manter um cliente.
E o menino não deveria telefonar com mais antecedência? ;)
És uma sortuda!
EliminarEu penso sempre nisso mas acabo (quase sempre) por marcar no próprio dia :)
É mesmo à português. Em cima da hora. ;)
EliminarPois é :)
EliminarEssa é mais uma escolha de não se escolher...O melhor é perguntar logo a que horas há vaga.
ResponderEliminarE eles devolvem a pergunta, perguntando que hora queremos :)
EliminarPor isso é que eu pergunto logo à partida qual o horário disponível:)
ResponderEliminarMesmo assim eles tentam dar-me a volta :)
EliminarHsb no meu caso eu controlo :)
ResponderEliminarVou à segunda, como a maior parte das pessoas vão no fim de semana posso escolher a hora... e meia hora da para pouco mais que a massagem divina que me dão...
Muito bem :)
EliminarPois, por essas é que desisti de fazer, ou tentar fazer marcações. Como só vou ao cabeleireiro 1 vez por mês (sim, sou mulher!)arranjo um Sábado livre, levo um livro e "abanco" na sala de espera...não demoram muito a "arranjar-me" um espaço livre na abarrotada agenda...detestam ver pessoas à espera, não é bom para o negócio. O único senão é a "quantidade" de "conversas" (?) estúpidamente futeis a roçar insubtilmente a ordinarice que temos que ouvir das profissionais e respetivas clientes. Já pensei levar uns tampões e inventar uma otite subita. Reconheço que toda esta minha relutância tem a ver com o fato de não gostar de ir ao cabeleireiro mas também reconheço que saio de lá linda:-)
ResponderEliminarMuito bom! Gosto desse esquema.
EliminarEm relação às conversas, como te compreendo...