motivar ou não? eis a questão

Diz o dicionário que motivação é o acto de motivar ou de se motivar. Se fosse o Barney Stinson, diria: “true story!” Como não sou, digo que é algo que muitas pessoas desconhecem, sendo igualmente uma das maiores lacunas dos tempos modernos, sobretudo nas vidas profissionais.

Antes de entrar no domínio profissional, defendo que tudo na vida gira em torno da motivação. Na capacidade de auto-motivação que cada pessoa tem em todas as situações. Quer seja num jogo de cartas, numa partida de futebol, numa entrevista de emprego ou em outra situação qualquer. A ausência de motivação é uma umas maiores aliadas do fracasso e insucesso.

Profissionalmente, a situação muda um pouco. Continua a existir o acto de se motivar, algo que tem de existir nos trabalhadores, seja qual for a área. Mas, há algo muito importante, que várias pessoas esquecem. Refiro-me ao acto DE motivar. Para muitos, ser líder/chefe é simplesmente dar ordens e esperar que sejam cumpridas com eficiência. Se correr tudo bem, nada a apontar pois o trabalhador cumpriu a função para a qual foi contratado. Se fizer o trabalho de forma exemplar e em tempo recorde, melhor ainda. Tem mais tempo livre para outras tarefas. Mas, mais uma vez, não existe um obrigado nem uma palavra de apreço. Afinal, o trabalhador simplesmente foi competente, aquilo que deve ser diariamente.

Agora, se algo corre mal... aparecem as críticas. Incompetente para aqui, incompetente para ali e vê lá se para a próxima fazes melhor, é o que se ouve em diversas empresas. Em alguns casos, acresce a ameaça de despedimento. Estamos em tempo de crise e há muita gente a querer o teu lugar, é a mensagem que se esconde atrás de outras palavras. Esta é a realidade que muitas pessoas me contam e que conheço desde os meus 16 anos, altura em que comecei a trabalhar.

Defendo que um trabalhador deve ser repreendido quando executa uma tarefa de forma errada. Acho que é algo bom para o próprio trabalhador, reduzindo as hipóteses de errar no futuro. Mas, também acho que deve ser motivado nessa mesma altura, em vez de ser apenas repreendido. Além disto, defendo igualmente que um trabalhador deve ouvir, pelo menos, um obrigado quando desempenha algo de forma exemplar. É um facto que cumpriu a sua obrigação mas é igualmente verdade que esse obrigado vai criar uma onda de motivação. E, o trabalhador, estando mais motivado, terá ainda um melhor desempenho. Verificando-se também o inverso.

E, estou a falar sobre trabalho mas podia falar sobre outra qualquer situação da vida. O acto DE motivar é essencial em todos os aspectos do quotidiano e é algo que não deve ser esquecido. Infelizmente, muitas pessoas não esquecem porque simplesmente... não sabem o que é.