9.10.12

sou gorda, e então?


Vivemos numa época em que a televisão está repleta por notícias que nos fazem temer o futuro. A crise é notícia em todo o mundo e este motivo é suficiente para que evite ver telejornais para não passar grande parte do dia deprimido.

Felizmente, de tempos a tempos deparo-me com situações que me deixam a pensar e com um sorriso nos lábios. Mais, que me fazem sentir feliz por ter escolhido ser jornalista. Exemplos de jornalistas que perdem alguns minutos a falar de algo importante, aproveitando o seu espaço mediático para nos dar verdadeiras lições de vida.

Jennifer Livingston é um desses casos. Esta pivô recebeu um email de um espectador a acusa-la de ser gorda. O homem, que assume não acompanhar o seu trabalho na televisão, lamenta que Jennifer não melhore o seu aspecto físico por ser um exemplo para uma comunidade jovem. “Obesidade é uma das piores escolhas que uma pessoa pode fazer”, acusa.

Jennifer, podia ler o email e chorar. Podia igualmente ler aquelas palavras e ficar deprimida num canto ou podia ainda gozar com o conteúdo do email e seguir a sua vida. Contudo, e felizmente, a jornalista transformou o seu exemplo numa lição para uma comunidade, para um país e porque não, para o mundo.

Jennifer assume que ser criticada é comum a quem aparece na televisão e revela lidar bem com isso. São os chamados ossos do ofício. Jennifer, não tem problemas em assumir que tem peso a mais e que podem chama-la de gorda ou mesmo obesa, se preferirem a escala médica para o excesso de peso. Jennifer questiona ainda se o autor do email pensa que ela não sabe dessa realidade? Depois, explica que a pessoa em questão não sabe nada sobre si, nem que seja porque assume que não vê o programa. Revelando-se uma pessoa forte, a jornalista diz mesmo que estas cruéis palavras não lhe dizem nada. Mas, como mãe de três crianças, teme pelos mais novos que não têm a sua força e que não sabem lidar com a situação.

Aproveitando o facto de Outubro ser o mês de prevenção do bullying, Jennifer diz-se triste pelas crianças que recebem emails daqueles diariamente. Porque, defende ela, os pais devem ensinar as crianças a respeitar e aceitar em vez de criticar. Uma criança que passe o dia a ouvir falar da senhora gorda das notícias, vai chamar gorda a outras crianças na escola, causando graves danos.


Acho que este vídeo é uma grande lição de vida. Jennifer tem toda a razão. Porque existem muitas pessoas (e não apenas crianças, como refere a jornalista) que são diariamente acusadas de tudo e mais alguma coisa. E, infelizmente, poucos são aqueles que têm força para lidar com as críticas. Quantas pessoas se escondem na solidão para evitar as palavras daqueles que os acusam de ser gordos, feios, magros, altos, de pés grandes ou com borbulhas na cara? Muitos. Demais. E aquilo que a Jennifer explica no vídeo, é precisamente a mensagem que tento passar à minha sobrinha. Mais do que criticar, as pessoas devem aceitar os outros, tal como são. É que as palavras deixam marcas muito mais profundas do que um corte com vidro ou uma ferida no joelho quando se cai.

45 comentários:

  1. Pena que a maioria não tenha a força, convicção e cabeça erguida desta senhora. Sinceramente, eu dúvido sempre um pouquinho quando alguem diz que se sente 100% bem com quilos a mais. Mas o importante é que isso seja verdade, e se não for, lutar sempre para viver melhor é o caminho.

    Rita
    oneplustwoblog.blogspot.pt

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    1. Tens razão mas ela não diz que se sente bem. Diz que não é uma novidade que lhe digam que é gorda.

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  2. Pois...eu sei o que isso é...na pele....
    Cresci a ouvir gracinhas dessas...
    Eu não defendo a obesidade...defendo o respeito pelas pessoas...
    O excesso de peso tem várias causas e deverá ser levado a serio, não so pelo lado estetico mas pelo lado da saude....mas nem sempre é assim "tão simples"....
    Eu já falei na situação que se passou com o meu mini...em que miudos de 4/5 anos o chamaram de gordo e nao brincavam com ele....
    Isto é grave...e grave é também os pais que em vez de "educar" ainda ensinam os filhos a ser descriminadores....pena e triste...

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  3. É bom haver gente assim como esta jornalista.

    Na escola também passei um mau bocado, porque como vinha de uma terre mais pequena falava diferente dos meninos na cidade e eles estavam sempre a gozar-me. É como dizes, estas marcas são piores do que feridas ou cortes quando somos miúdos...

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  4. É muito complicado lidar com estas situações, sobretudo hoje em dia! As pressões são cada vez maiores e a imagem é logo o primeiro enfoque! Eu desde que ouvi a minha "sobrinha" emprestada de 11 anos, que é magríssima, a dizer que tinha uns pneus a mais e que contava as calorias do que comia juntamente com as colegas da escola, e que faziam competições de quem era mais magra...enfim...situações complicadas e dificeis de controlar pelos pais hoje em dia, mesmo por aqueles perfeitamente atentos e presentes :(

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    1. É preciso ter muito cuidado com isso pois muitas miudas acham que a beleza é ser igual às manequins excessivamente magras.

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  5. É uma lição sim da jornalista.
    Sei bem tb o que é ser gordinha pq nunca fui magra e nem pretendo ser. Sentir-me bem é o meu lema. Prefiro ter curvas do que ser uma tábua, que como vemos de frente, vemos tb de lado.:D. As curvas são necessárias. Onde é que vocês se iam agarrar dps? ;)

    Falando a sério, acho triste começaram cedo com este tipo de situações quando são crianças. Muitas vezes são os adultos os culpados. Sp fui comparada com uma prima minha, com a mesma idade (apenas 24 horas de diferença) e haviam pessoas que gostavam e gostam ainda de comparar. É que não temos nada a ver uma com a outra, nem o feitio!!

    Uma coisa é certa: estes problemas em pequenos vão ser "transportados" para o futuro da pessoa. Não apenas o ser gordo, como noutras situações da vida.

    Como diz Jorge Palma: "com todo o respeito" façam o favor de não apelidar e maltratar as pessoas.

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    1. Existe beleza nas magras e nas menos magras. Não há um único ideal de beleza.

      Simplesmente, as gordas não podem excluir as magras das suas vidas e vice-versa.

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  6. Encontrei este blog no shiuuuu e tenho de dar os parabéns ao autor pelos magníficos posts está uma página muito interessante e acolhedora.
    Em relação a este post, eu sou gorda e de facto somos muito desprezados por isso. eu não tenho de mudar pelos outros, se o fizer será por mim, mas não é fácil, apesar do que os outros pensam.
    E quanto ao que disse a Rita, tem razão eu não me acredito que as pessoas como eu se sintam 100% bem, aliás eu não me sinto nada bem com isso, mas quem gostar de mim, terá de gostar por aquilo que sou, não por aquilo que querem que eu seja.
    Mas não é fácil ser diferente, seja qual for a diferença, não é fácil!
    Admiro a jornalista, porque eu no caso dela teria deprimido mesmo, porque já me aconteceu, mesmo isso.
    Eu sou assim, estou a tentar mudar, mas o percurso não é nada fácil e acrescentando um lado emocional mais frágil dificulta ainda mais.

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    1. Olá Lagoa Azul.

      Obrigado pelas tuas palavras e espero que fiques por cá :)

      Obrigado pelo teu testemunho. Fazes muito bem em ser como és.

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  7. Só é uma pena que nos USA essa senhora esteja a ser criticada pela resposta que deu, sendo ela acusada de bullying por muitas pessoas, pois na opinião de mts ela devia ter ficado calada.

    Eu cá gostei que ela tivesse respondido, chega de pressão para sermos anorécticas em vez de normais.

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    1. Acho que fez bem em falar. É um exemplo e acho que ela não pode ser acusada de bullying.

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  8. Isto sim é ter uma postura cívica responsável.
    Adorei "As palavras cruéis de um não são nada comparadas com os gritos de muitos"

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  9. As palavras são uma arma bastante poderosa! Parabéns à senhora pela forma como lidou com a situação.

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  10. Já pesei quase 90kg, perdi mais de 35kg,cheguie aos 49/50 kg, não foi anorexia, não se assutem !!!
    Mudei os hábitos alimentares não só por questões estéticas mas também de saúde, no geral só fiquei a ganhar com a mudança, claro que a auto estima melhorou e muito, a segurança no que se faz ou diz upa upa, subiu em flexa, as pessoas olham para nós como pessoas de coragem, embora a grande maioria (feminina) faz reparos que o melhor a fazer era fechar a matraca, e o pior é que a sociedade no geral deixa-se levar pelo pacote e pouco pelo contudo, infelizmente é assim, é verdade que "as linhas" abrem caminhos quase impossiveis de transitar, eu pessoalmente já fiz vista grossa a gente que quando eu era gordinha nem me ligava, agora são todas sorrisos, mas comigo já vão tarde !!!
    Apesar de estar com um "corpinho danone" porque consegui mante-lo ao longo dos anos com a mudança para hábitos saudáveis, continue a ser defençora das gordinhas porque cada qual é como cada um, e ninguém tem nada com isso.

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  11. Parabéns à senhora por ter sabido lidar com a situação e a si por ter trazido essa questão para o seu blogue. Temos de aprender a aceitar os outros (e a nós próprios).

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    1. Prefiro ser tratado por tu, pode ser Teresa?

      Temos mesmo de aprender!

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  12. Eu não posso falar muito pois eu próprio desde que me lembro ate aos dias de hoje pratico bullying com amigos e com pessoas que não conheço...contra aqueles que escolheram ser do Sporting LOL De portugal!!

    Edit: Como é óbvio estou a brincar, condeno a 100% a violência, seja ela física ou verbal, entre crianças ou adultos.

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  13. Como não sou politicamente correcta tenho a dizer que não gosto de ver, e frizo VER, pessoas gordas. Fico com a sensação de desleixo e pouca auto estima. No entanto não tenho problemas em me relacionar com elas. Acho que figuras públicas como aquela senhora deviam ter mais cuidado com a sua aparência, basta um pouco de boa vontade.
    Alerto para outra questão.
    Não são somente as crianças gordas que são vitimas de bullying. As magras também o são. E eu falo por mim. Quando andava no liceu pesava 47 kgs. ( Aliás até bem perto dos 25 anos eu pesava 50 kgs).Não era anorética, era (e sou) simplesmente genéticamente magra e sim, ouvi muitos comentários e bocas foleiras, tipo olivia palito, espeto, tábua e outras coisas que não me lembro. Se me afectou? Sim claro que sim! Mas hoje eu passo por essas pessoas, maioritáriamente mulheres, e elas estão cachalotes, gordas ou obesas, enquanto eu estou linda e poderosa em cima dos meus 56 kgs. E quem levanta a cabeça agora sou eu e elas olham para o chão, quando nos cruzamos na rua.
    O bullying sempre existiu. E mesmo que o peso seja adquado para a idade, as crianças vão implicar com o teu cabelo, ou com o teu calçado ou com qualquer coisa porque são crianças e faz parte da vida.
    Não se dramatize.
    Se as pessoas se sentem bem gordas ou magras optimo. Senão que façam alguma coisa para inverter isso, porque é muito simples atirar a culpa para cima dos outros.

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    1. Vês a questão de um ponto de vista interessante. Concordo contigo quando dizes que os magros também são vítimas de bullying. É um facto e é tão grave para uma pessoa magra como para uma com excesso de peso.

      Quanto ao que dizes dos mais pesados. Discordo um pouco pois conheço pessoas que fazem muitas coisas para perder peso e perdem poucas gramas.

      Por outro lado, também concordo que muitas pessoas não se dão ao trabalho de perder peso. E isso é algo que deve ser mudado.

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  14. Já passei por isto. Já fui vítima de bullying.

    Durante 26 anos fui sempre gorda, obesa mórbida

    Desde sempre que fui gorda, chegando à obesidade mórbida, cheguei a pesar 133kg.
    Durante todos esses anos fui gozada pelos colegas de escola, em especial. Não havia um único dia que não ouvisse insultos da boca de meia dúzia de anormais. Detestava as aulas de educação física, não por ter de fazer desporto, mas porque tinha de correr e esse ditos cujos faziam barulhos do género "pum pum pum", como se fosse eu a fazer o chão tremer, e porque tinha natação e ter de vestir um fato de banho era agoniante.
    O bullying parou quando fui para a faculdade, aí não senti qualquer tipo de recriminação, nunca vi nenhum dedo a apontar-me, a criticar-me. Mas atenção, a sociedade cá de fora, continua a ser mazinha, mesquinha.

    Foram 26 anos meio que vazios, sem um grande sentido...

    Dois dias após ter feito 26 anos, a minha vida sofreu uma mudança gástrica, a minha vida mudou para melhor. Fiz um sleeve gástrico a 21 de Março deste ano e foi a melhor coisa que eu podia ter feito.
    Neste momento estou com 80kg e posso dizer que sou uma rapariga feliz comigo mesmo. Fiz isto por mim, não pela sociedade mesquinha em que vivemos.
    Agora tudo mudou, tenho-me como um propósito, um objetivo. Penso mais em mim do que nunca. Valorizo-me. Gosto de Mim. Acho-me bonita :)

    Gosto de mim, algo que nunca pensei ser possível, muito graças ao mundo que me rodeava, muito graças àqueles "anormais" com quem eu convivi durante 14 anos.

    Peço desculpa pelo enorme testamento que aqui deixo ficar, mas apeteceu-me comentar este post, como vítima que fui de bullying.
    Fico contentíssima por saber que esta jornalista respondeu ao leitor "mal formado", que não se acobardou perante uma sociedade que magoa, espezinha, massacra os que não são "tão belos".

    Obrigada pela partilha do post e por permitires que deixemos aqui os nossos testemunhos!!

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    1. Olá Bárbara!

      Obrigado pelo teu testemunho. E mais importante do que as tuas palavras, fico feliz com a tua atitude e por te sentires especial.

      Muito obrigado :)

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    2. Mais especial que nunca!!

      Só agora é que reparei no meu erro de português.. Escrevi "gástrica" e era para ser drástica ;)

      Obrigada eu :)

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    3. Também resultava, mas não...foi mesmo erro meu :)

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  15. Lembrei-me disto: http://curtosinstantes.blogspot.com/2012/06/o-gordo.html

    curtosinstantes.blogspot.com

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  16. Gosto de pensar que a educação que tento dar à minha filha é a melhor, e que se vai tornar uma adulta responsável e justa com toda a gente.
    Consegui vaga numa escola em Lisboa que aceita crianças com deficiência (atenção que a realidade é que a maioria das escolas diz não ter vaga para crianças "especiais"). Desde síndrome de Down a deficiências motoras e mentais, as crianças que lá andam são criadas a aceitar as diferenças dos outros, a respeitá-las e ainda ajudá-los da maneira que lhes for possível.
    Gosto de pensar que dali saem crianças mais íntegras.

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  17. este tema é um tema que me toca bastante profundamente, por várias razões. a verdade é que ninguém tem nada a ver com o aspeto físico de ninguém. e que uma pessoa mais gordinha pode até sentir-se mil vezes mais bonita e confortável do que uma pessoa magra, dependendo da confiança que tem em si, da sua autoestima. conheço pessoas gordinhas que são muito mais confiantes e seguras de si do que outras que terão as medidas perfeitas.
    é muito muito perigoso fazer juízos de valor deste tipo, seja em relação à gordura ou, como diz a jornalista, à cor da pele, à orientação sexual, etc. assisti a alguns casos de bullying e também fui vítima de alguns (curiosamente não por ser gordinha, mas por ser magra e mais frágil, na altura), e são coisas que deixam marcas muito profundas durante muito tempo. as crianças são cruéis, sim, pegam em qualquer coisa para atingir as outras, sim, mas as crianças podem e devem ser ensinadas. ensinadas a ser tolerantes, a ser justas, a não julgarem alguém pelo seu aspeto físico. mas é difícil incutir isto, de facto, quando ainda há tantos adultos que cometem estes mesmos erros. e eu contra mim falo! também faço alguns juízos de valor de vez em quando, para mim, não os transmito, mas faço-os, e tento combatê-los, porque de facto a tolerância é das características mais importantes que podemos ter. e admiro profundamente quem é alvo de ataques como este e consegue reagir assim porque gosta tanto de si e conhece-se tão bem que sabe o valor que tem. e não é uma pessoa preconceituosa, ou mil, que vai mudar isso.

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    1. Obrigado pelo teu testemunho Joana. Gostei muito de o ler e a verdade é que todos somos como tu. Todos cometemos juízos de valor, mesmo entre amigos e mesmo na brincadeira. A verdade é que isso pode deixar marcas. Eu, sobretudo com a minha sobrinha, tenho muito cuidado :)

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    2. também tenho muito cuidado com os meus, e tento sempre dizer à de 10 anos, que é cheiinha e se preocupa com o peso etc (com 10 anos!), que não faz mal ter barriguinha, que ela é muito bonita, etc. sei que faz toda a diferença as pessoas dizerem-nos que somos bonitas (e bonitos) quando somos miúdos, para ganharmos uma confiança que muitas vezes não temos. é ótimo seres cuidadoso com a tua sobrinha, de certeza que vai ajudá-la a ser uma pessoa-pequena maravilhosa e uma pessoa-grande ainda melhor :)

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    3. Ainda bem que és assim :) Fico feliz.

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  18. Bem,

    há dias escrevi que uma sociedade que presa tanto a liberdade, igualdade e solidariedade... castra os seus cidadãos de uma forma tão estereotipada e fechada que mete impressão. Nós somos todos diferentes, mas todos iguais, somos seres humanos! Acima de tudo somos seres humanos com sentimentos, pensamentos, atitudes, coração. Tudo aquilo que foge ao socialmente estipulado é criticado, olhado de lado, posto em questão. Sou mulher, Portuguesa e tenho dois metros de altura (sim dois metros). Raras não são as vezes que vou a uma loja e falam em inglês para mim, ok tenho ascendia holandesa mas isso, isso não impossibilita que uma mulher seja mais alta que a maioria. Existe no seio da população uma enorme ignorância sobre as diferentes realidades da vida e sinceramente as pessoas falam e apontam o dedo, porque poucos são aqueles que os enfrentam. Que enfrentam de uma forma educada e lhes dizem aquilo que eles merecem ouvir. Tiro o chapéu a esta jornalista!! Não devemos ter medo, devemos simplesmente mostrar a diferença e educar pessoas, jovens, crianças para respeitar as diferenças existentes... a minha avó costumava dizer algo muito importante: "No meio do diz que disse, da futilidade de comentários sem fundamento e até mesmo da coscuvilhice... tu podes e deves ser sempre a porta que fecha e acaba com o ciclo vicioso... o poder de ser diferente é teu não o delegues a terceiros"

    Penso que disse tudo a minha avó e eu também! :) 

    Nós somos o que somos e é isso que temos de respeitar a nossa essência e a essência dos outros!

    Alexandra

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    1. Obrigado pelo teu testemunho Alexandra.

      Adorei o teu texto e a frase da tua avó :)

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    2. Dei só uma pequena gafe... é preza, não presa!

      Infelizmente, a sociedade em si e não somente a Portuguesa deixa muito a desejar! Conduz os seus elementos a um verdadeiro suicídio de personalidade assustador e ninguém faz nada para contrariar!

      És sempre bem vindo ao meu blog e não necessitas agradecer a minha participação. Quanto mais participarmos melhor!

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  19. Nã me lixem!
    Não é de maneira nenhuma normal o aumento da obesidade em Portugal nem nas sociedades "desenvolvidas". Não é normal os pais criarem filhos obesos. Não é normal o peso que doenças desse tipo acarretam a toda uma sociedade.
    Normal seria ensinar as pessoas/crianças que a vida não é fácil, ensinar a saber ultrapassar dificuldades. Eu própria tb fui rechoncha enquanto miúda e hoje peso 54Kg: existe uma coisa chamada auto-controlo e, isso sim, é fundamental.

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    1. Tens razão no que dizes. As pessoas devem preocupar-se e devem passar essa mensagem para os filhos e familiares.

      Mas algo muda com a humilhação e com bocas foleiras? Julgo que não. O ideal é o que dizes e passar essa mansagem da forma mais correcta possível.

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