Os momentos de discórdia eram engraçados. Cada um vendia o seu peixe da melhor maneira possível. E, por mais que cedessem, os outros nunca se davam por vencidos. Era necessário aguardar pelo próximo encontro para ouvir alguém dizer: “Estás recordado da última conversa? Fui confirmar e afinal eu é que tinha razão.” As gargalhadas dominavam esse instante e poucos minutos depois, surgia outro ponto de discórdia. Gostava disto!
Hoje em dia, passa-se o mesmo... com uma pequena grande diferença. Quando se discorda de algo, todos os membros da conversa “sacam” do seu smartphone, tentando ser o primeiro a encontrar a resposta. É uma corrida contra o tempo para provar o seu ponto de vista. Com isto perdem-se aqueles deliciosos debates. Em vez disso, ninguém olha para ninguém. Olham todos para o visor do seu aparelho, sorrindo quando conseguem provar algo. Nesse momento, o aparelho anda de mão em mão, como uma espécie de documento que comprova a veracidade de algo.
Ganham as tecnologias e perdem os animados convívios de outros tempos.
Sabes o que podias fazer nesses convívios...antes de começar obrigatório colocar os smartphones de lado...tudo num saquinho:) Tipo como o desafio do jantar/ convivio que lançaste. E que venham os debates animados:)
ResponderEliminarUm bom início de semana para ti:)
É uma boa forma de pensar :)
Eliminaruma boa semana ;p
São sinais dos tempos, de facto. Mas contra mim falo! Acho que já aconteceu a todos nós (e quando digo "a todos nós" refiro-me a pessoas jovens e citadinas) sacar do telemóvel para provar alguma coisa. Ou para termos alguma informação de um assunto específico. E não é por aí - na minha opinião - que os debates perdem mais o interesse... só se tornam mais imediatos!
ResponderEliminarAbraço
http://seeumandassenomundo.blogspot.pt/
Mas não preferias os debates com base na memória em que nenhum aparelho salvava alguém?
EliminarAbraço
Claro que sim, até porque podia dar-se o caso de um dos intervenientes não ter nenhum smartphone ao pé de si, logo estaria sempre em desvantagem em relação ao outro!
EliminarO conhecimento que temos vindo a ter é muito na base no imediato... E por esse prisma, claro, é mau. Vamos ao Google e à Wikipedia e está lá tudo escarrapachado, já não adquirimos nenhum conhecimento que fique na nossa cabeça. É usar deitar fora. Mas existem sempre prós e contras!
No domingo da semana passada tive convívio de ex-colegas da escola primária dos anos 80 e simplesmente adorei!
ResponderEliminarRecordamos os momentos que passamos na extinta escola primária, vimos fotos e comentámos pequenas coisas que nos alegravam na altura. Para juntar, vieram três professores (reformadas) e trouxeram trabalhos de alunos. Tão giro ver o que fizemos. Infelizmente uma professora não pode vir uma por já estar num lar e ter uma idade avançada... Vimos a cana de índia que tanto apontou para o quadro de giz, as cadeiras e mesas que foram estreadas quando estava no 2º ano... Bem revivemos tudo!
Giro é o que vamos fazer: não queremos o abandono da escola, vai ser criada uma associação de antigos estudantes, vamos tentar buscar todos os processos de ex-alunos e colocá-los na escola. Vai ser complicado por estar tudo muito concentrado e muitos trabalhos já terem desaparecido. Mas há um professor reformado que nos irá ajudar e tem muitos conhecimentos em escolas.
Posso dizer que vivi uma tarde como antigamente recentemente e sem tecnologias. :)
Boas memórias!
EliminarHSB parece que estás a descrever as refeições da minha família, cinco filhos, era só pontos discordantes, ainda hoje muito menos vezes infelizmente mas quando podemos continua a ser assim, o que tenho a dizer é que não havia esse acesso rápido às tecnologias mas muitas vezes quase competíamos para acabar primeiro a refeição para poder ir buscar a enciclopédia, ou outro manual para provarmos que tínhamos razão...
ResponderEliminarIsso é maravilhoso :)
Eliminarxiii, do que mee lembras-te, sweet memories...
ResponderEliminargrandes conversas de politica, futebol, ciências, história, desporto em geral,até às 2h da matina muitas vezes e às vezes (muito poucas) até o sol nascer.
Obrigado por me trazeres essas recordações à algum tempo apagadas.
Era bons momentos não eram?
Eliminarsinto exatamente a mesma coisa do que tu, e ainda no outro dia comentava, numa conversa à hora do almoço, que era tão bom quando ninguém (por acaso) tem maneira de descobrir qual é o nome do tal ator que estava no tal filme, e fica tudo a pensar, e tenta tudo chegar lá com pouquíssima informação, e de repente há uma mente iluminada que se lembra e é uma emoção. eu continuo a ser assim, não gosto de andar com internet atrelada, mas é verdade que a maioria das conversas neste momento tem essa grande agravante. bons tempos!
ResponderEliminarAdoro esses momentos que relatas :)
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