“I´ve
learned to keep the truth undercover. I´ve taught my heart how to stop its
beating. I´ve learned to hide some kinds of feelings but I´m so tired and I
just can´t repeat this”
Neste excerto da música Queen of the Golden
Sounds, de David Fonseca, está aquela que seria, para mim, a melhor invenção do
mundo. Qual? Simples. O poder de ensinar ao coração como parar de bater. Por
outras palavras, mandar no coração. Quem conseguir fazer isto – não acredito
que alguém tenha essa capacidade – controla tudo o que há para controlar na
vida.
É verdade que estas palavras fazem pensar no
amor. No controlo da direcção do amor que sentimos ou queremos sentir. No
disparar da seta do Cupido em direcção ao coração de quem queremos. É também
afirmativo que manter a verdade escondida, é mais ou menos fácil, tal como
esconder certos sentimentos que nos controlam. Mas, é isso e apenas isso.
Porque, escolher quem se ama, ninguém consegue. Por isso é que muitas pessoas
amam quem deviam odiar e desprezam quem deviam amar. Por isso é que há pessoas
que tentam conquistar o coração de quem as pisa como existem pessoas que nem
reparam nas mais belas declarações de amor de alguém que vive a pensar em si. E
quem é o culpado disto? O coração e a sua vontade própria.
Mas no ódio, ou noutros sentimentos
negativos, é igualmente o coração que manda. É ele quem mede o grau de dor que
fica dentro de nós perante os gestos de outras pessoas. O coração é o dono da
razão, pelo menos daquela que nos faz viver. E, em cada coração existe um
tribunal com a sua própria razão. Por isso é que há pessoas que se zangam para
sempre por um determinado assunto que outras consideram uma banalidade que não
merece mais do que uma zanga de cinco minutos que acaba com sorrisos, beijos e
abraços. E quem manda nisto? O coração e a sua vontade própria.
E, tal como no amor e no ódio, tudo na vida
gira em torno do coração. É através do coração que uma pessoa chora quando vê
um filme. As lágrimas nascem porque o coração passa ao cérebro a mensagem que
aquele momento específico da ficção faz lembrar aquele outro, bem real que nos
marcou. Ou então, porque o coração sente que era mesmo aquele momento que
queria viver na realidade. É também o coração que nos faz arrepiar quando
ouvimos uma música que “faz chorar as pedras da calçada.” É ele. Sempre ele.
Ele é que manda. E nós… obedecemos. Até aqueles, que têm fama de não ter
coração são movidos pelos seus corações, mais ou menos, preenchidos de
sentimentos bons ou maus. Até aqueles que dizem não ter sentimentos são movidos
pelo poder e controlo do seu coração.
Por isso, é que digo que a melhor invenção do
mundo seria saber controlar o coração. Mas se digo isto, desejo com todas as
minhas forças que nunca inventem este poder. E, se o inventarem, espero nunca o
descobrir. No que ao coração diz respeito, prefiro a incógnita e a impotência.
Prefiro ser controlado por ele do que fazer com que bata ao ritmo que eu
ordene. Sempre fui assim. Sempre fui controlado por ele. E não quero mudar.
Choro quando tenho que chorar. Rio quando tenho que rir. Salto de alegria
quando ele quer e escondo-me do mundo quando ele me tira as forças. Mas, obedeço-lhe
e sou feliz. E isso, para mim, é o que importa.
Concordo um coração contolado nunca poderá amar pos o amor é confusão, é caos.
ResponderEliminarDESBOCADO!
http://comentadordesbocado.blogspot.pt/
E tão belo!
Eliminarcontrolar o coração era deprimente!
ResponderEliminardeixa-o bater à vontade dele! (desde que faça os batimentos correctos e praí 60 batimentos/min!)
imagina-te apaixonado e agora mandares o coração bater certinho quando olhas a pessoa amada... lá se iam as borboletas no estômago!!!
Concordo :)
EliminarDesculpe mas discordo pois um coração, acima de tudo, deve ser controlado pela mente e pode amar, mas deve ser a mente a escolher (e se assim não fosse certamente já teria tido dissabores nesta vida), porque é preciso ter a cabeça fria em situações onde não pode prevalecer a emoção senão tornamo-nos irracionais.Não pense que sou fria, apenas realista porque o que sou devo-o a nunca ter tomado uma decisão apenas com o coração.É como estar numa encruzilhada de caminhos, o coração identifica-os mas a mente é que deve escolher qual o correcto logo não é preciso inventar nada, basta usar a mente.
ResponderEliminarCompreendo o que dizes mas prefiro ser controlado pelo coração, o que não implica que seja incapaz de tomar as melhores decisões. Eu posso tomar as decisões que quiser mas isso não faz com que mande no coração.
EliminarGostei muito do teu texto:) Também não gostaria que inventassem como controlar o coração, quero sentir tudo...I
ResponderEliminarÉ isso mesmo, sentir tudo.
EliminarEntendo-te perfeitamente! Era tão bom que as peças relativamente ao coração encaixem-se daquela forma perfeita! Mas não....e retirar o inesperado e a expontaneidade das situações , não quero! Prefiro viver, sofrer, chorar, sorrir....prefiro sentir!
ResponderEliminarBelo texto mais uma vez!
É isso tudo :)
Eliminarteoricamente a ideia era boa, controlar o que sentimos, mas acho que o sentir deixava de ser especial e como acredito que todos nós gostamos ser arrebatados de vez em quando por sentimentos intensos, prefiro a emoção e conhecer-me através dela. No fundo, é como dizes, importa ser Feliz!
ResponderEliminarSe tudo fosse controlado, a vida perdia piada.
EliminarÉ o coração que nos torna humanos, senão seriamos meras máquinas!
ResponderEliminarOra aqui está uma boa definição e conclusão brilhante Sapa..Nem mais! Sem coração,sem emoções, seriamos como uma pedra, embora até pudéssemos pertencer ao reino dos seres vivos.
EliminarNão havia piada.
EliminarNa verdade as emoções são todas produzidas no cérebro. Mas para metáfora serve :P
ResponderEliminarEu acho que é bom que não consigamos controlar o coração. Correríamos o risco de nos fechar ao mundo para não sofrer - ao passo que assim vivemos, amamos, odiamos, sofremos (passamos por tudo o que é suposto)
Isso é a vida :)
EliminarFiquei arrepiada, agora!! Era tão bom que em certas alturas pudéssemos dizer ao nosso coração: "Pára, escuta, sossega!! Isso não vai ser bom para ti". A mente manda, mas ele não obedece, e aí é o derrapanço total.. Mas por outro lado, acabávamos por perder mil e uma sensações, mil batimentos por minuto, e muito provavelmente sem sentir algumas das melhores sensações deste mundo e não há melhor emoção que amar, sentir, querer muito uma coisa e algo...msm que a nossa mente nos incite à realidade e o coração nos pregue a mais maquiavélica das partidas:))
ResponderEliminarE eu não quero perder essas mil e uma sensações :)
EliminarViver intensamente, um dia de cada vez:)) É cada vez mais o meu lema:)) E foi essa bomba chamada coração que me ensinou a viver assim:))
EliminarLindo!
Eliminar:)
EliminarEssa invenção dava-te muito jeito. podes dizer que depois a vida não tinha piada, até pode ser, mas às vezes ela também não tem muita piada com as coisas que nos faz:(
ResponderEliminarAssim a vida perdia piada e encanto!
EliminarNeste momento eu gostava de ter essa opção!
EliminarVives melhor sem ela :)
EliminarNão querendo soar a candidata a miss universo (ugh!) gostava que inventassem o fim de todas as doenças. Seriamos todos sempre saudáveis e na hora de partir, simplesmente o coração parava, sem sofrimento.
ResponderEliminarEra isto que pediria ao génio da lâmpada se o encontrasse.
vidademulheraos40.blogspot.com
Tens razão. Também é algo que desejava mas que nunca irá acontecer.
EliminarPrimeiro, se tudo tiver cura, o mundo fica caótico. Os comportamentos deixavam de ser adequados pois tudo seria curado.
Por outro lado, os laboratórios não querem isso pois perdiam milhões de euros. Acabavam-se os pacientes que tomam dez comprimidos por dia.
É a minha opinião apesar de defender o mesmo que tu.
Isso Paula, como desejaria que isso acontecesse agora com alguém que mais amo ,o meu pai (controverso sentimento), porque tem horas que o sofrimento de quem vê sofrer é mau demais!:(
Eliminar:( Força!
EliminarIa começar por dizer o que começou por dizer a Té. Mas já que está dito... nada a acrescentar :)
ResponderEliminarMuito inspirado que anda o hsb, essa é que é essa!
Aquilo a que chamas inspiração é simplesmente o meu coração a escrever :)
EliminarXiiii... como ele anda...
EliminarQue nunca inventem essa invenção que falas! Gosto tanto de seguir o que me vai no coração!
ResponderEliminarClaro que já tive dissabores e até já partilhei contigo nos primeiros comentários que fiz no teu blogue, mas só assim crescemos, só assim nos enriquecemos nesta vida ;)
Só assim vivemos, se me permites acrescentar :)
EliminarLamechas mode ON xD
ResponderEliminar:)
EliminarSeria a tragédia, o horror, a loucura :p se pudéssemos controlar o coração. A nossa vida seria uma flat line, mas sem nada daquilo que aumenta o coração, como diz a Mafalda Veiga.
ResponderEliminarMas também é preciso que haja um equilíbrio ou concordância entre a mente e o coração, senão instala-se o desassossego.
Gostei muito do texto e das questões que colocaste :)
Dizes tudo :)
EliminarCoração, esse "malandro"!
ResponderEliminarEu não quero parar o meu.
Quero acreditar que sigo o meu coraçaão... Com razão.
***
Segue que ele nunca te engana :)
Eliminar***
O meu coração fez-me chorar ao ler este texto, está muito bonito. Parabéns, escreve muito bem.
ResponderEliminarTal como diz também não quero controlar o meu, porque se não perco a minha essência. Sou uma pessoa muito emocional e prefiro ser assim. No nosso coração estão sempre as respostas que precisamos, basta saber encontrá-las.
Obrigado :)
EliminarTens razão :)
Quando li o post veio logo à ideia o excerto da música da Nneka:
ResponderEliminar"Can you feel my heart is beating?
Can you see the pain you're causing?"
Tenho a certeza de que se tivéssemos o poder de parar o coração, não sofreríamos tanto por amor, não seriamos tantas vezes magoados.
Acho que era bom ter esse poder assim um mês por ano, para nos afastarmos de tudo. Eu gostava.
Essa música é linda :)
EliminarEu até esse mês dispenso :)
Adorei o que escreveste :)
ResponderEliminarObrigado Sofia :)
EliminarTão bonito...
ResponderEliminarOnde anda a musa? ;)