2018 foi o ano em que decidi voltar ao ginásio. e numa época de balanços, tenho de confessar a minha satisfação em relação à decisão. Mais do que algo estético, sinto-me melhor fisicamente, com mais força e resistência.
Sendo que estaria a mentir se dissesse que não gosto mais do meu corpo assim. nesta mudança tenho de destacar (e agradecer) o importante papel do Rui (@pessanhadesousa_pt no Instagram). Desde o primeiro dia que houve empatia entre nós e esteve sempre a desafiar-me para ser uma melhor versão de mim. Mil obrigados Rui.
Se hoje estou melhor, muito se deve a ti e para o ano vamos puxar AINDA mais um pelo outro, ok?
Deixo ainda uma mensagem para aquelas pessoas que querem mudar de vida: o primeiro passo tem de ser vosso e acreditem que é muito mais simples do que pensam. E se puderem, procurem a ajuda do Rui que, mesmo à distância, poderá fazer maravilhas por vocês.
“Sozinho em Casa” é provavelmente o meu filme de Natal preferido. É daqueles filmes que sou capaz de ver e rever sempre que der na televisão sem que me canse. Já sei a história da trás para a frente e da frente para trás, mas não me canso. Aquilo que não estava à espera era de ficar desiludido com um detalhe que sempre me escapou e que agora Seth Rogen revelou.
Foi no dia de Natal que o ator decidiu falar sobre um pequeno detalhe que aparece no filme. Qualquer fã de “Sozinho em Casa” está recordado do momento em que Kevin McCallister decide ver um filme de gangsters. Esse filme dá pelo nome de “Angels With Filthy Souls” e só agora o ator descobriu que não é verdadeiro.
O filme não é mais do que uma paródia aos filmes de gangsters dos anos 30 e 40. Até o próprio Macaulay Culkin revelou ter acreditado no mesmo. E a publicação de Seth Rogen nas redes sociais deu início a diversas reacções, todas elas de “desilusão”.
Devo confessar que faço parte do grupo de desiludidos pois só com o tweet de Seth Rogen é que fiquei a saber que aquele filme não é verdadeiro, tendo a cena sido filmada um dia antes do início das filmagens de “Sozinho em Casa”. E assim se destrói uma ideia com muitos anos.
Quero desejar a todos um Santo e Feliz Natal. Mais do que presentes, simbólicos ou de sonho, que nada falta na mesa durante o jantar desta noite. Que todos tenham muita saúde e que nenhum lugar fique por ocupar esta noite. Se tudo isto existir, será o melhor Natal de sempre e o resto será acessório.
Não podia deixar de desejar um Feliz Natal ao ritmo da melhor música natalícia de sempre. O espírito de Natal, e tudo aquilo que ele representa, cabe na perfeição nesta música de Chris Rea. Que ano após ano ainda me arrepia como se fosse a primeira vez que a ouço. E quando uma música me arrepia, é porque é mesmo muito boa.
Tenho várias memórias associadas ao Natal, quase todas ligadas à família. A começar pelos tempos em que era mais novo. Nessa época escrevia a carta ao Pai Natal, pendurava a mesma na árvore e na noite de 24 de Dezembro ia deitar-me cedo, como uma criança que deseja acelerar o tempo para a manhã seguinte. Tudo para acordar de manhãzinha para desembrulhar os presentes que eram deixados junto da árvore enquanto estava a dormir.
Em relação à manhã de 25 tenho outra memória. Que passa por estar em frente à televisão a ver desenhos animados e filmes. Além disto, lembro-me ainda dos passeios em família no dia de Natal e de passar por centros comerciais, onde apenas os cinemas estavam a funcionar. Com o passar dos anos estas memórias não se foram perdendo, acabaram somente por se alterar. Em relação aos brinquedos, presentes e euforia, acabei por ir projectando tudo isso na minha sobrinha. Sendo que ainda desembrulho prendas com o mesmo encanto de uma criança, algo que me deixa feliz. Em relação à televisão e cinema, os filmes continuam a estar presentes nesta altura do ano. Em família acabamos por estar quase sempre juntos a ver um filme.
Como faço parte daquela que considero ser a geração Disney – porque fui brindado com grandes filmes da Walt Disney – fiquei extremamente agradado com a notícia do regresso de Mary Poppins, um dos filmes que tenho bem presentes nas memórias desta altura do ano. Isto sem esquecer outros clássicos que estão prestes a regressar aos cinemas. É certo que Mary Poppins não é um filme da minha geração, mas é daqueles que acabam por ser de todos porque vão sendo transmitidos de geração em geração. É um daqueles clássicos que acaba por nunca passar de moda e que devido às memórias que transmite, acaba por ser revisto vezes sem conta.
Por tudo isto, estava com enorme expectativa em relação a “O Regresso de Mary Poppins”. Até porque o elenco é de luxo – Emily Blunt, Ben Whishaw, Meryl Streep, Lin-Manuel Miranda e Colin Firth, apenas para dar alguns exemplos, sem esquecer a participação deliciosa de Angela Lansbury – e as quatro nomeações para os Globos de Ouro fizeram com que estivesse à espera de algo fenomenal. Por outro lado, quando clássicos como este regressam ao cinema fico sempre com receio de que os estraguem, algo fácil de acontecer por serem filmes tão marcantes.
Fui assistir à antestreia do filme e só posso... tirar o meu chapéu à Disney! Porque “O Regresso de Mary Poppins” está brilhante. Sem querer entrar muito pelos detalhes, realço a excelente qualidade de produção, as coreografias, músicas que todos vão cantar e os desempenhos individuais com Emily Blunt à cabeça. E em relação à atriz basta referir, como cartão de apresentação, a nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Actiz em Comédia ou Musical. A Disney conseguiu manter o encanto do original, ao mesmo tempo que acrescenta novos personagens e excelentes músicas.
Existe um detalhe no filme em geral que me agrada bastante. Isto porque sempre adorei filmes que aproveitam a fantasia da ficção para passar uma mensagem. Neste caso existe uma frase, que é o slogan do filme, que diz isto: “tudo é possível, até o impossível.” Assim que me deparei com estas palavras recordei as lições que os adultos dão aos mais novos. Dizemos que devem acreditar em tudo, que devem sonhar e lutar pelo que desejam. E depois, o que fazemos? Deixamos de acreditar nas mensagens que transmitimos. E esquecemos o que é ser criança. “O Regresso de Mary Poppins” tem uma mensagem forte ligada com esta realidade que, infelizmente, muitos adultos tendem a esquecer com o passar dos anos, acabando por perder o encanto de ser eternamente uma criança.
E esta lição conduz a outro ponto pois estamos perante o perfeito exemplo de que não existem filmes que não são para homens adultos, ideia que ocasionalmente se associa a diversas longas-metragens. Na sala de cinema vi pais com filhos, vi adolescentes sozinhos, vi homens adultos sozinhos, vi mulheres sozinhas e isto prova que não existem filmes para este ou para aquele. Neste caso, como o filme que chegou às salas de cinema a 20 de Dezembro, também está disponível na versão dobrada, faz com que o público se alargue aos mais pequenos. Depois do que vi, e não posso retirar da equação o meu encanto pelo universo Disney, recomendo “O Regresso de Mary Poppins” como um excelente plano para a quadra natalícia.E fica o aviso: preparem-se para sair da sala de cinema a cantar.
Existem fenómenos que me espantam na época do Natal, bem como no resto do ano. A começar pelas pessoas que travam nos avisos de radar mas que passam em excesso de velocidade pelos mesmos. A isto junto as pessoas que vão aos centros comerciais em grupos de cinco e decidem ocupar o corredor de ponta a ponta, formando uma barreira e não se desviando de ninguém. Isto sem esquecer aquelas pessoas que saem das escadas rolantes e param para enviar uma mensagem no telemóvel.
Nunca gostei de ouvir pessoas dizerem que estão a ficar velhas para o que quer que seja. Independentemente da idade, todos estamos mais ou menos aptos para tudo, excluindo daqui todos os exemplos óbvios associados a determinadas tarefas. Ainda assim, tudo tem um mas... e neste caso aplica-se a mim.
Tenho por hábito acordar às 5h35 numa semana e às 6h20 na seguinte, alternado entre estes dois horários. E não me custa nada acordar a estas horas. Aquilo que me custa é se me falham as horas de sono que me permitem estar bem a semana toda. Por exemplo, nesta semana já tive duas noites com menos horas de sono e neste momento parece que estou com jet lag.
É aqui que entra o tal mas. É que quando tinha 20 anos podia dormir pouco quase todas as noites que o corpo praticamente não se ressentia de nada. Agora, com 37, o corpo já não reage da mesma maneira a uma noite mal dormida ou a uma noite mais “regada” do que o normal.
Com isto não quero dizer que me sinto velho ou que deixo de fazer algo por causa disto. Simplesmente, tento sempre ter as horas de sono normais para que o corpo não sofra durante o resto da semana. De resto, para falar da idade, só tem piada quando recuperamos a mítica fala do personagem Roger Murtaugh, que estava sempre a dizer “I'm too old for this shit.”
Numa espécie de presente de Natal antecipado, os Ornatos Violeta anunciaram o regresso aos palcos. 20 anos depois, a banda liderada por Manel Cruz irá actuar em três festivais de verão. Quando ouvi esta notícia recordei-me do dia em que decidi desafiar quem passa pelo blogue a eleger a melhor música portuguesa de todos os tempos.
A escolha recaiu em “Ouvi Dizer”, dos Ornatos Violeta e depois da eleição acabei por estar à conversa com o Manel Cruz. O ponto de partida foi mesmo a eleição, mas acabámos por falar de muitas outras coisas. Tendo em conta o regresso, é sempre bom recordar aquilo que foi dito por um dos melhores músicos portugueses de sempre.
Qual a sensação de ver uma música tua eleita como o melhor tema português de sempre?
Manel Cruz - (Risos) É fixe! É bom! Embora as coisas sejam relativas é bom que alguém ache isso (risos).
Esta eleição aconteceu no blogue mas “Ouvi Dizer” consta sempre nas listas das melhores músicas portuguesas de sempre. Quando a música foi feita deu para perceber que teria este impacto?
Não, de maneira nenhuma. É uma coisa muito difícil de prever e nunca pensei nas coisas dessa maneira. Aliás, as músicas de que mais gosto nunca foram eleitas (risos). Normalmente são músicas que têm determinadas características mas normalmente não são as de que mais gosto.
“Para-me Agora” é uma das tuas músicas preferidas dos Ornatos Violeta. Mesmo não sendo aquela de que mais gostas é justo referir que “Ouvi Dizer “é o tema mais marcante da tua carreira?
Sim. Talvez seja a mais marcante, tal como “Capitão Romance”. Mas esta talvez tenha sido a mais mediática.
"Como é visível na música é uma dor de corno (risos)"
Recuando no tempo. Ainda te recordas o que originou este tema?
Sim. Como é visível na música é uma dor de corno (risos). Um amor espatifado. Não me lembro exactamente do dia em que a fiz mas recordo-me de estar a fazê-la e de mostra-la, ainda sem letra, só com música e melodia ao Kinörm [membro dos Ornatos Violeta]. Era tocada à guitarra, com outra onda mas recordo esse momento.
Há algum motivo especial por detrás da participação de Victor Espadinha?
Foi quase uma questão de humor. Por causa de fazer parte daquele universo Joe Dassin e aquela maneira de declamar com muito ênfase e algo kitsch a que nós achávamos graça. Num ensaio surgiu a ideia de ter alguém a dizer o poema. O Kinörm sugeriu o Victor Espadinha e achámos todos muita graça ao confronto entre o universo da música e a forma da poesia mais enfatizada.
Nesta altura do ano existem dois tipos de pessoas: aquelas que escolhem os presentes sem qualquer problema e as que entendem que é muito complicado agradar a algumas pessoas. Neste segundo grupo costumam incluir os homens. Algo que considero um dos maiores mitos desta altura do ano. Isto porque defendo que não há nada mais simples do que agradar a um homem.
Basta conhecê-lo (e não ter de ser um conhecimento profundo) para escolher algo de que irá gostar. A começar pela roupa. Das T-shirts às camisolas de manga comprida e camisas, tudo serve de pretexto para uma excelente escolha. E estamos a falar de presentes que se conseguem comprar sem necessitar de gastar muito dinheiro.
Dependendo da relação que se tem com o homem em questão, a roupa interior também é uma excelente escolha. É algo que faz falta a praticamente todos os homens e existem opções muito boas e preços convidativos. Poderá existir quem ache que é um presente menos apelativo, mas o homem irá gostar, até porque mostra que a outra pessoa o conhece bem.
Quando estamos a falar de homens mais velhos, destacam-se as bebidas, desde os clássicos whiskies até às opções mais modernas, no que à moda diz respeito, como o gin. Depois, independentemente da idade, existem livros, álbuns e jogos para os gamers. Isto sem contar com as séries e filmes. Aqui existem opções para agradar a todos os homens. E é muito mais fácil de agradar do que as mulheres temem.
João e Inês continuavam a percorrer as ruas de Dublin e quem os visse iria garantir que eram um normal casal de turistas que visita a cidade. Porém, nem um nem outro iriam lembrar-se dos locais por onde passavam. Na cabeça de ambos estava apenas tudo aquilo que tinham acabado de viver. Ainda que não falassem sobre isso, João e Inês relembravam cada detalhe do intenso momento de paixão carnal que tinham acabado de protagonizar num beco irlandês. E nenhum deles tinha ainda a noção de que ambos desejavam não esquecer aquilo que tinha acabado de acontecer.
Quando trocavam palavras, João e Inês tentavam verbalizar o impacto que aquele momento teria no futuro de ambos. E aí destacava-se aquilo que tinham dito. Principalmente as ideias de Inês que deixavam João num mar de dúvidas. "Não teria gostado do que tinha acontecido ou estaria arrependida de o ter feito", eram as palavras que ecoavam na sua cabeça. Por outro lado, e era nisso que mais queria acreditar, agarrava-se à ideia de que Inês estava a escolher um caminho fácil que levaria a que se afastasse dela.
Inês tentava passar a ideia de uma mulher que não estava minimamente preocupada com aquilo que ia acontecer dentro de pouco tempo. E aquilo que mais temia era que estivesse a transmitir sinais físicos daquilo que estava realmente a pensar. E que não era muito diferente dos pensamentos de João. Acrescentando ainda o receio de estar a passar a ideia de que era uma cabra sem sentimentos. E foi por isso que ficou assustada quando João voltou a quebrar o silêncio que estava a imperar naquele momento.
"Sei que disse que queria aproveitar o momento sem me preocupar com o futuro, mas tenho de te perguntar isto", começou por dizer João. Inês engoliu em seco com medo do que poderia ouvir. "Peço-te que sejas sincera apenas nisto. Estás só a querer fazer com que me afaste de ti? Ou melhor, a tentar fazer com que não me aproxime em demasia de ti? E poderia alongar-me mais nos motivos em que estou a pensar, mas faço a pergunta apenas assim", disse.
Inês ficou calada. Muito mais tempo do que queria e do que imaginava ter passado. "Nem sei o que te responder. Nem sei o que estou a fazer", é aquilo mais sincero que posso dizer-te neste momento. "Não sei o que isto pode significar para ambos e não quero que nenhum de nós fique com uma péssima imagem um do outro", explicou. "Acho que é evidente que estou a adorar este momento e aquilo que tem acontecido, mas não posso pensar muito além deste momento. Nem o quero fazer", acrescentou. "E desculpa se não era isto que querias ouvir", disse Inês. "É justo", reagiu João.
Se depender de mim, treino de segunda a sexta feira. Numa semana manhã cedo, noutra a meio da tarde e assim vou fazendo. Tenho o cuidado de utilizar roupa adequada para o treino e especialmente calçado adequado. Já era assim antes de ser operado e ainda mais depois da operação. Ainda assim, parece que não cumpro o dress code dos ginásios. Shame on me!
Diz que nos ginásios devemos utilizar roupa de uma só marca. E isto arruína-me por completo. Porque se há pessoa que mistura marcas, sou eu. No que ao calçado diz respeito, não há nada que enganar. Sou fiel aos meus Nike Vomero 9, até porque são os únicos ténis que tenho. Quanto às meias e roupa interior, também não facilito. É sempre Decathlon, ainda que isto ninguém veja, como tal não conta. A partir daqui começa a confusão.
Os calções costumam alternar entre os da Decathlon, do tempo do futebol, e os modelos da Adidas. Já as camisolas são da Adidas, Decathlon e do Lidl (adoro estas e são as mais baratas que tenho). Já as luvas, são da Decathlon. Ou seja, existem dias (quase todos) que sou um mix de marcas. E parece que as pessoas que são como eu não cumprem o dress code dos ginásios. E agora? Pergunto eu que tenho a ideia que ninguém cumpre este requisito.
Hoje cruzei-me com Ashley James, uma modelo britânica de 31 anos que, devo confessar, não conhecia de lado nenhum. Fiquei a saber que ficou conhecida por causa de um reality show, mas não é isso que me leva a escrever sobre si. Mas já lá vamos porque este texto merece uma introdução que me leva a explicar os motivos pelos quais fiquei a gostar de Ashley.
Vivemos tempos estranhos. Defendemos as mulheres “reais” (conceito que sempre me soou mal porque todas as mulheres são reais) mas não aceitamos que as “gordas” partilhem fotos nas redes sociais a mostrar aquilo que as pessoas gostam de chamar de “defeitos femininos”. E aqui incluo coisas como celulite, estrias e indesejáveis gordurinhas.
Queremos mulheres reais, mas a generalidade das pessoas enaltece mulheres mais magras que ainda assim recorrem à edição de imagem para criar a ilusão de uma perfeição ainda mais perfeita (passe a redundância). E associamos a beleza feminina a um corpo que não tem nada daquilo que alguém decidiu chamar de “defeitos femininos” (e o mal que soa quando é uma mulher que diz isto). O que não é justo nem correcto. Quer seja para as mulheres como para os homens.
E pode ser aqui que entra Ashley James. Pelo simples facto de que esta mulher não tem problemas em partilhar, no Instagram, imagens onde mostra as gordurinhas e as estrias, apenas para dar dois exemplos. É também uma defensora da diversidade de mulheres nos diversos formatos do entretenimento. E isto é de enaltecer. Porque é raro de encontrar.
Por fim, partilho a minha opinião masculina sobre Ashley James. Que considero ser a prova de que a sensualidade não se mede em celulite, estrias e gordurinhas. Esta modelo é a prova de que a confiança faz toda a diferença na sensualidade de uma mulher. Não é preciso ofender outras, criticar algo para proveito próprio e por aí fora.
Por estes dias muito se tem falado da manifestação que está a decorrer em Paris. Sendo que nas últimas horas o destaque vai para uma imagem captada durantes os protestos dos coletes amarelos. Na foto em questão é possível ver uma jovem sorridente dentro de um Burger King que está a fotografar a confusão que acontece na rua, onde o realce vai para o gás lacrimogéneo.
Olhando para a imagem rapidamente se começou a dizer que era o espelho da atualidade. Uma jovem confortável a fotografar o caos enquanto se ri daquilo que vê. Esta é a mensagem que tem sido passada e que tem levantado uma grande polémica. Quando na realidade... nada disto faz sentido. E teve de ser o próprio fotógrafo a revelar aquilo que aconteceu.
A imagem foi captada no dia 1 de Dezembro e o fotógrafo tem a opinião de que deverá ser uma funcionária do Burger King, que tinha sido encerrado naquele dia. Conta ainda que a jovem estava a fotografar aquilo que estava a acontecer na rua (quem não o faz ou fazia naquela situação?) até que se apercebeu de que era o foco dos fotógrafos. Que começaram a fotografá-la e o resultado é uma imagem forte, disso não há dúvidas. Só que os sorrisos só surgem quando nota que está a ser fotografada, sendo que existem imagens em que está a dizer adeus aos mesmos.
Só que a imagem isolada, e sem contexto, parece a de uma jovem que aparentemente encontra gozo no caos em que Paris mergulhou nos últimos dias. Quando na realidade está a fazer aquilo que todas as pessoas fazem. Quantas notícias, mesmo de atentados, já tiveram uma imagem porque foi uma pessoa anónima que recorreu ao smartphone para registar o momento? E nada disto está errado.
Fica é provado que é muito fácil manipular uma imagem. E aquilo que é verdadeiramente assustador é a facilidade com que se manipulam pessoas, alimentando as mesmas com informações falsas que são consumidas como verdades absolutas.
Quando voltei ao ginásio reparei numa menina, adolescente, que tinha peso a mais. E reparei nela porque via que tinha uma determinação enorme nos treinos. É daquelas pessoas que dá gozo ver treinar e que serve de inspiração para qualquer pessoa.
Ontem voltei a ver esta menina, que já não vi há algum tempo. E notei que estava com, sem exagero, metade do volume que tinha. A adolescente com peso "a mais" deu lugar a uma jovem magra e cheia de energia. E mesmo não a conhecendo de lado nenhum, senti orgulho em si.
E tenho orgulho sem qualquer ligação ao lado estético da mudança. Senti orgulho porque ficou evidente que se trata de um jovem que entendeu que tinha de mudar. E que lutou (e continua a lutar) pela sua mudança. E pessoas assim são sempre uma inspiração.
Por cada pessoa que diz que os outros nunca irão mudar (e que gozam com essas pessoas) existem 10 pessoas como esta jovem, que são a prova de que só não muda quem não quer. Parabéns!
Quando alguém muda de visual, no que ao penteado diz respeito, e se cruza com uma mulher, nada passa despercebido. Pode ser uma mudança quase imperceptível ao olho humano que elas notam logo. Em segundos salientam o que está diferente.
Parece até que as mulheres nasceram já com uma capacidade para se aperceber de todas as mudanças de visual de homems e mulheres. Quanto a eles, não é bem assim.
Um homem pode passar de uma farta cabeleira para uma cabeça rapada que a maioria dos amigos nada diz. Eles não reparam em nada. Acreditam que o visual dos amigos está sempre igual. E se perguntarem se notam algo de diferente, são capazes de falar do calçado ou da roupa antes de falarem do cabelo.
É por causa de situações como esta que boa parte dos homens começa a tremer quando elas fazem esta simples pergunta: "notas algo de diferente em mim?"
Tive um cão durante 14 anos. E por mais estranho que isto possa soar a outras pessoas, olhava para o Óscar como um irmão. Foram momentos muito bons ao longo de vários anos que, com o passar do tempo, acabaram por se sobrepor à dor da sua morte, momento que presenciei de perto ao transporta-lo para o veterinário.
Quem nunca teve um cão poderá não perceber a minha forma de sentir. E a verdade é que existem muitas pessoas que perguntam "como é ter um cão". Melhor do que tentar explicar, partilho um vídeo que vi hoje na página de Facebook de um amigo. Provavelmente, vão chorar a ver o vídeo até ao fim. Mas é impossível colocar em palavras tudo aquilo que aparece neste vídeo. Porque ter um cão é mesmo assim.
Jorge Jesus é alvo das mais diversas piadas devido ao seu português, ou falta dele. Mas em muitos casos, é mais a fama do que o proveito. Nas últimas horas andam muitas pessoas a gozar com a entrevista que o treinador concedeu à CMTV. Além do momento do Bentley, exista uma pergunta que está a motivar os mais diversos momentos de gozo.
À pergunta “como vê o futebol português?”, Jorge Jesus responde: “com uma parabólica”. E isto bastou para que se instalasse a piada. Mas será que o treinador é burro neste caso específico? A resposta é não. Porque a pergunta é mal feita. Se o jornalista quer saber como é que o treinador consegue ver os jogos do campeonato português, teve a resposta correcta. Se pretende uma análise ao futebol nacional, fez mal a pergunta.
Faz lembrar a resposta de Manuel Machado a um jornalista da Sporttv, que lhe perguntou como tinha visto o jogo. Ao que o treinador respondeu: “de pé, encostado ao banco.” Algo que levou o jornalista a pedir uma análise à partida. “Essa já é uma pergunta diferente”, acrescentou o treinador.
Muitas vezes gozamos com pessoas que não têm um português muito correcto e nem sequer acreditamos que tenham capacidade de dar uma resposta que é uma “piada” a uma pergunta mal feita. Este até poderá nem ser o caso de Jorge Jesus, mas a pergunta foi muito mal feita. E se fosse Mourinho a responder assim, todos estariam a “bater” no jornalista.
No que ao uso de perfume diz respeito, existem dois grandes grupos de pessoas. De um lado estão aqueles que aplicam o perfume no corpo, do outro aqueles que preferem borrifar a roupa. E no meio disto tudo, quem é que está bem? Confesso que faço parte do grupo de pessoas que prefere perfumar o corpo e não a roupa. Mas acabo de me deparar com um artigo que diz que uma das formas de fazer o efeito do perfume durar mais passa por borrifar a roupa.
Independentemente do que li, irei continuar a borrifar o corpo. Perfumar a roupa não é para mim. Diz que existe um erro que passa por colocar perfume imediatamente depois do banho. Parece que se deve esperar mais tempo para a temperatura corporal baixar. Curiosamente, ainda que não por este motivo, é aquilo que faço. Existe ainda outro erro (que também não cometo) que passa por perfumar os pulsos para depois esfregar noutras zonas. À parte de tudo isto, podem surgir dezenas de estudos e de opiniões, mas é certo que não irei borrifar a roupa com perfume.
Este ano fico com a sensação de que já estamos no Natal há muito tempo pois fico com a sensação de que as pessoas estão a montar as árvores de Natal cada vez mais cedo. E até eu já fiz batota porque já dei início à minha tradição pessoal que passa por comprar diferentes pais natais de chocolate para oferecer à minha mulher. Mas para mim continua a ser amanhã (1) o dia que assinala a abertura oficial da quadra natalícia. É, por norma, o dia em que a casa fica decorada e em que damos início às festividades.
Confesso ser um adepto desta altura do ano, por tudo aquilo que representa para mim e para os meus. Mas também pelo ambiente que se encontra praticamente em todo o lado. As ruas ficam ainda mais bonitas e as pessoas, mesmo aquelas que por norma são pouco simpáticas, acabam por mostrar um lado mais carinhoso. E se for preciso o Natal para isso, já vale a pena. Esta é também uma altura de boas e más memórias para mim.
Lembro-me das cartas que escrevia ao Pai Natal e que deixava penduradas na árvore. Recordo-me de me ir deitar cedo e de acordar cheio de vontade de desembrulhar os presentes que estavam na árvore. É também uma altura em que me recordo de um momento mau, pois, há muitos anos, a casa dos meus pais foi assaltada na véspera de Natal, naquele que foi o mais triste que já vivi.
E orgulhosamente não faço parte do grupo de adultos que perde encanto em relação ao Natal. É certo que é muito diferente da altura em que era criança, mas isso não belisca minimamente o encanto desta altura do ano. Por isso, estou desejoso de montar a árvore, que conta sempre com algo novo em relação ao ano anterior. Venha de lá esse Natal.
Já fui uma pessoa muito mais stressada do que sou neste momento. (In)Felizmente, existiram momentos familiares e pessoais que me fizeram ser assim. Deixei de me aborrecer e irritar com aquilo que não me acrescenta nada. Deixei de gastar energias a tentar perceber quem não merece ser percebido e por aí fora. E tudo isto fez de mim uma pessoa muito mais calma.
E só isto faz com que relativize momentos como aquele que vivi hoje, manhã cedo. Chego à A2, para atravessar a Ponte 25 de Abril e fico a saber que aconteceu um acidente que limita a circulação a apenas uma faixa. Sei que isso vai roubar-me horas e acabei por demorar mais de duas horas para fazer um percurso que faço em mais ou menos 30 minutos.
Noutras alturas tinha ficado extremamente irritado. Tinha barafustado com tudo e com todos. Tinha ficado com o dia estrago. Em vez disso, aproveitei para ouvir boa música e para me colocar a par das notícias que me interessavam. Mentalizei-me de que ia ficar ali e que não poderia fazer nada em relação a isso. E assim passaram duas horas sem qualquer irritação, apenas com o cansaço de tanto tempo parado no trânsito.
E com isto acho que trânsito como este é óptimo para que as pessoas aprendam a ser pacientes. Que percebam que não controlam tudo e que existem coisas que não se vão alterar, por mais que gritem e refilem com tudo e com todos. Esta lição junta-se aquela clássica, e divertida, que está relacionada com os mosquitos. E que defende que no momento em que um mosquito nos posa nos testículos aprendemos que nem tudo se resolve com violência.
Volta e meia surgem estudos que pretendem dar a conhecer as principais fantasias sexuais de homens e mulheres. Até aqui, nada de novo. Tal como não é uma novidade que no caso deles apareça quase sempre o ménage à trois no topo das preferências. Já nos que dizem respeito às mulheres, serem dominadas sexualmente costuma andar nos lugares da frente.
Algo que acontece num estudo mais recente. O Daily Mail foi à procura das principais fantasias sexuais das mulheres. Em terceiro lugar está o ménage à trois com um homem e uma mulher. 56% das mulheres revelam ser esta a principal fantasia. O segundo lugar é ocupado pelo desejo de serem dominadas sexualmente. É uma preferência de 65% das mulheres. Nada de novo tendo em conta outros estudos.
Já o primeiro lugar consegue ser surpreendente. Isto porque 82% das mulheres têm como principal fantasia “ter relações sexuais num local inusitado”, como o escritório ou mesmo uma casa-de-banho pública. Isto é surpreendente para mim porque não me recordo de ter visto algum estudo/questionário em que este desejo fosse o primeiro da lista. Por outro lado, compreendo a preferência por acreditar que tanto homens como mulheres acabam por ficar “excitados” com a possibilidade de serem apanhados durante o sexo. Pelo menos é esta a explicação que costuma ser associada a esta preferência.
A polémica em torno de Júlia Palha reacendeu a conversa em torno do body shaming. Um mal que atinge muitos anónimos, mas que acaba por ser notícia quando os alvos são famosos, sejam eles nacionais ou internacionais. E nesta altura multiplicam-se as opiniões em torno do tema. E uma muito comum é a de que mulheres tão bonitas e bem feitas como Júlia Palha não sofrem com body shaming.
Cria-se a ideia de que o bosdy shaming só atinge gordos, magros, feios e sobretudo anónimos. Aqueles que não têm uma imagem pública que é defendida por muitos. E isto é dos mais errado que pode existir. Quem pode garantir que Júlia Palha não fica de rastos quando é tratada da forma como foi? E dou este exemplo porque é o mais recente. Quem pode garantir, sem ser a própria, que existe uma autoestima suficiente para não se deixar ir abaixo ou para não prestar atenção desnecessária às críticas?
Isto não depende da fama ou popularidade de cada um. Não são apenas os anónimos que ficam de rastos quando alguém lhe chama gordos, feios, palitos e por aí fora. E este é um dos males deste e de muitos outros problemas semelhantes. É acreditar que existem pessoas com quem podemos gozar porque aquilo passa num instante. E que só devemos ter cuidados com os fraquitos que ninguém defende.
O body shaming não é aceitável em nenhum cenário. E mesmo os “duros” que dizem que podem gozar com eles que não sofrem com isso, são, em muitos dos casos, os primeiros a ficar completamente de rastos quando são alvo de uma qualquer piada relacionada com o seu corpo. Porque a verdade é que ninguém gosta de ser vítima de gozo cheio de raiva (e não aquele que existe dentro dos grupos de amigos).
Estava a fazer zapping quando passei pelo canal da TVI que está 24 horas por dia a mostrar aquilo que se passa na casa Love On Top. Apercebi-me de que estavam a falar sobre homens e mulheres fiéis. E no momento em que chego ao canal ouço aprendo que as mulheres não são mais do que ração.
"Os homens podem estar a comer a melhor ração (leia-se mulher), podem estar a comer uma ração linda que vão atras de outra ração (mulher) sem qualidade". As palavras podem não ser 100% precisas mas não estão muito longe disto.
Só falta acrescentar que foi uma mulher que se referiu às mulheres como ração que alimenta um qualquer animal. Sendo que noutro momento do programa vi uma mulher a lamber as pernas de outra, não muito longe das virilhas.
Não me vou alongar em relação às lambidelas porque ainda estou "preso" à ideia de uma mulher ser ração, de menor ou maior qualidade. E se fosse
Um homem a dizer estas palavras em relação aos homens, teria a mesma reacção. Estas ideias dizem muito das pessoas que as verbalizam e ajudam a explicar muita coisa errada nos relacionamentos.
Antes de abandonar o canal, ainda ouvi um rapaz dizer que fiel é o cão dele é uma mulher orgulhosamente assumir-se como não sendo fiel porque para isso acontecer um homem tem de provar muita coisa.
Na generalidade, a black friday pode ser resumida por um grupo de pessoas que vão comprar coisas de que não precisam, gastando dinheiro que não têm, e que nunca as vão utilizar. Em traços gerais, é isto que acontece. Porque as pessoas são aliciadas por campanhas que são sedutoras e que poucos perdem tempo a analisar.
Este dia é bem aproveitado por um pequeno grupo de pessoas. Que são aquelas que sabem muito bem o que querem e que acompanham os preços há muito, não caindo no engodo da promoção espectacular que nos leva a comprar algo mais caro do que quando não estava em promoção.
Observem os preços, analisem os produtos e saibam aquilo que vão comprar. Estudem o orçamento e estabeleçam prioridades em relação aquilo que realmente precisam em vez de ser algo que eventualmente será útil em determinado dia. Quando se consegue fazer isto, a black friday ganha muito mais encanto.
Há muito que defendo que as piores inimigas das mulheres são as próprias mulheres. Conseguem ser más umas para as outras, conseguem dizer os piores comentários em relação a outras e são muito mais críticas e ofensivas do que os homens. E um exemplo disto tudo é a forma como a jornalista Joana Latino se referiu às mamas (desculpem não escrever peito, mas o termo correcto é mesmo assim) da jovem atriz, Júlia Palha.
“Júlia Palha, tenho que falar contigo amor (…) Eu também adoraria por-me nesse vestido, mas iam chegar as minhas maminhas primeiro e depois eu. Foi exatamente o que aconteceu contigo, chegaram as maminhas e depois chegaste tu. E a gente já não viu mais nada do teu look”, começou por dizer num programa de televisão. Acrescentou ainda que via “um brilho estranho em cima da prateleira” de Júlia Palha e que tinha vontade de “posar a cerveja, o telemóvel” nas mamas da atriz.
Tudo isto é um belo desabafo da forma como as mulheres podem ser maldosas em relação às outras mulheres. Joana Latino está no seu direito em criticar a roupa de Júlia Palha. Quer seja porque a considera feia ou porque acha que não se coaduna com o corpo da atriz. Daí a recorrer a pensamentos como posar a cerveja nas mamas de alguém vai uma grande distância. É mesmo algo que muitos homens não dizem em conversas menos próprias.
Existem excepções e homens que conseguem ser bastante ordinários. Mas é muito mais fácil encontrar, ver ou ouvir conversas de mulheres em que falam assim em relação a outras. E quando não é a prateleira é porque são gordas, magras, feias e por aí fora. As pessoas não são obrigadas a gostar todas umas das outras, mas ter algum cuidado com a escolha de palavras é algo que fica sempre bem.
Um especialista defende que em 2050 vão existir mais relações sexuais entre humanos e robots do que entre humanos. Quando li isto a primeira vez, fiquei um pouco admirado. Mas bem vistas as coisas, acaba por ser algo que não me surpreende. E não digo isto por achar que é uma consequência da evolução. Olho para esta afirmação como uma consequência da forma como as pessoas vivem.
Hoje as pessoas preocupam-se, acima de tudo, com a imagem virtual que têm. A imagem que passam nas redes sociais é aquilo que mais importa. Podem ser as pessoas mais infelizes e solitárias do mundo, que a única preocupação é passar uma imagem de aparente perfeição e maravilha. Nem que para isso se tenha que abrir os cordões à bolsa para comprar dezenas de milhares de seguidores que servem para simular uma gigantesca plateia. Olhando para tudo isto, olho para o isolamento real como algo normal.
Se hoje já existe um bordel que só tem bonecas (e bonecos) sexuais e que tem as marcações esgotadas até ao final do ano, daqui a praticamente 32 anos estes espaços deixam de ser necessários porque quase toda a gente terá um boneco. E as pessoas vão começar a viver cada vez mais para si, deixando as relações para o mundo virtual, evitando assim desgostos de amor e outros problemas.
Outra informação avançada pelo especialista é que me espanta mais. Pois defende que não faltará muito tempo para que as pessoas tenham a possibilidade de criar bonecos iguais a si para que possam ter relações consigo. Defende ainda que vão existir máquinas que vão permitir que homens e mulheres consigam sentir o prazer sexual de ambos os sexos. Isto já dá mais que pensar. Quanto aos robots, nem por isso.
Muitas pessoas têm o secreto (ou assumido) desejo de agradar a toda a gente. Algo que logo à partida é praticamente impossível. Mas mais do que ser impossível, é absolutamente desnecessário. É algo que não faz qualquer sentido. E que não traz felicidade a ninguém. Mais facilmente arranja problemas do que é a solução para algo. Ainda assim, existem muitas pessoas que vivem em função da aprovação de outros.
Com isto não quero dizer que não devemos tentar dar o nosso melhor (desde que seja natural) para agradar a um certo número de pessoas. Mas isto aplica-se a um núcleo muito restrito da vida de cada um. Dando o meu exemplo, são poucas as pessoas a quem quero agradar. E falo do meu núcleo duro familiar e mais alguns, poucos, amigos. Estas são as pessoas que não quero desiludir. E que não quero que pensem algo errado sobre mim. A partir daqui é o resto... que não passa disso mesmo.
Não me preocupo com aquilo que as outras pessoas pensam sobre mim. Nem com aquilo que dizem sobre mim. Nem com eventuais mentiras que possam espalhar. Porque quem tem de viver com isso são essas pessoas. Nada isso tem influencia na minha vida nem na minha felicidade. Nem sequer é algo que chega junto daqueles que realmente me conhecem. E isto é algo que acabamos por aprender com a idade, percebendo nessa altura que realmente tentar agradar a toda a gente é um verdadeiro desperdício.
Qualquer pessoa que analise aqueles que tem ao seu redor, facilmente percebe que aqueles que não tentam agradar a todas as pessoas são muito mais felizes do que as outras. Tal como percebem que aqueles que sentem necessidade de ter a aprovação de todos são muito mais "tristes" em diversos sentidos. As pessoas são aquilo que são. Quem gosta, gosta, quem não gosta, procura outras pessoas com quem se identifique.
Confesso que não conhecia o IRA (Intervenção de Resgate Animal) até me deparar com a reportagem da TVI. Assumo também, que vendo a reportagem (e centrando-me apenas no que reportam e na forma como o contam) fiquei chocado com algumas coisas, especialmente com o alegado envolvimento do PAN em toda a situação.
Mas não fiquei contente apenas com a reportagem e fui ver a página de Facebook do IRA. Rapidamente percebi que a reportagem deu ainda mais "força" aquela "associação". Li também argumentos que desmontam a reportagem por completo, como é o caso de vídeos humorísticos que são passados como sendo verdadeiros e outros vídeos que são partilhados e passados como sendo da autoria do IRA, que apenas os partilhou nas redes sociais.
De resto, são argumentos de parte a parte. E isto leva-me a acreditar que a reportagem acaba por não ser tão verdadeira (ou precisa) como julguei. Além disso, sou da opinião de que é muito fácil gostar do IRA, desde que tenham uma forma de actuação correcta.
Quem gosta de animais sente empatia por aqueles que fazem aquilo que todos querem fazer ou que desejavam que as autoridades fizessem em relação a maus tratos aos animais. E isso está bem patente no crescimento de popularidade do IRA desde que a reportagem foi transmitida.
É comum ouvir-se dizer, meio em tom de brincadeira, meio a falar a sério que "o amor é como um peido, se for forçado vai dar merda". A frase tem o seu quê de piada, mas também de verdade. E posso trocar amor por amizade. Ou por outra coisa qualquer, pois aquilo que é forçado nunca dá bom resultado. Pode ser a curto prazo, a médio ou num futuro mais distante. Mas é certo que acabará por dar merda. Ou por fazer uma pessoa muito infeliz pois faz os possíveis para aguentar que não exista confusão.
Se isto já me faz confusão no amor, devo dizer que nas relações de amizade ainda mais. Não percebo o motivo pelo qual alguém quer competir com outra pessoa pelo posto de melhor amigo. E digo isto porque entendo as relações de amizade como algo que surge naturalmente. No meu caso, aqueles que considero os meus grandes amigos (e são muito poucos) ganharam esse papel de destaque na minha vida pelo que são e não pelo que forçaram. Aliás, até não gostei de conhecer um daqueles que hoje é dos meus grandes amigos. E acho que a amizade é isso mesmo.
Não compreendo como é que uma pessoa - se for adulta ainda pior - olha para os comportamentos que dois amigos têm e começa a tentar reproduzir os mesmos, e se possível tentar fazer algo mais, com uma dessas pessoas. Isto não faz qualquer sentido. E por mais que tente, não encontro uma explicação que me leve a compreender minimamente o porquê de um comportamento destes. Mas tenho que voltar à frase inicial pois não tenho dúvidas de que acabará por dar merda.
As coisas são como são. Ninguém gosta mais de alguém por se obrigar a isso. Ninguém é mais amigo de ninguém por se obrigar a isso. Ou acontece de forma natural ou não passa de algo que, mais cedo ou mais tarde, acabará por ser insuportável para uma das pessoas ou mesmo para as duas.
Já tinha falado do Rui neste texto. De forma resumida, o Rui tem tudo aquilo que considero que um profissional que trabalha num ginásio deve ter. E que deveria ser regra geral, mas infelizmente é excepção. Uma boa excepção. Conheci o Rui no ginásio que frequento e onde era personal trainer. Foi simpático desde o primeiro dia e sempre achei especial piada ao facto de cumprimentar individualmente cada uma das pessoas que estavam no ginásio.
Enquanto estivemos juntos no ginásio, o Rui nunca foi meu personal trainer. O que não o impediu de me desafiar constantemente a ser melhor e a puxar por mim, desafiando-me a fazer treinos melhores. Sem que nunca me tentasse “vender” os seus serviços personalizados. É algo que faz genuinamente. Acabámos por treinar várias vezes até que recebi a notícia de que iria abandonar o ginásio.
Num momento de tristeza pessoal, lamentei a sua partida. Porque pensei que iria perder o contacto com uma pessoa que se transformou num amigo. Com maior lucidez, fiquei feliz por saber que ia para algo melhor e que esta nova etapa seria muito boa a nível pessoal, algo que nem sempre é possível para quem tem uma vida profissional igual à do Rui.
Mas curiosamente, o momento em que nos afastámos fisicamente foi aquele em que nos tornámos mais próximos. E o Rui acabou por se transformar no meu personal trainer “à distância”. Mesmo longe, quis puxar por mim criando vários treinos específicos. Pergunta constantemente como estou e através de vídeos corrige aquilo que entende ser necessário.
Sinto-me muito melhor desde que sou treinado pelo Rui e fico muito feliz por me ter cruzado com alguém que tem por objectivo mudar a vida das pessoas. É por isso que dedico este texto ao Rui. É por isso que partilho também o seu email – ruisousa_karate@hotmail.com – porque o Rui está disponível para ajudar outras pessoas, como muito me tem ajudado.
As pessoas interessadas em ter alguém que puxe por si (à distância ou através de um acompanhamento pessoal e próximo num espaço exclusivo) podem enviar um email ao Rui, explicar a situação e ficar a conhecer as condições. Além da paixão pelo desporto, o Rui é ainda um excelente osteopata, o que faz com que seja também uma boa opção para quem procura um.
Quando partilhei o primeiro texto sobre o excelente profissional que é, o Rui veio ter comigo para me agradecer o gesto. Disse que era sincero e que não o tinha feito para que me agradecesse. E é a mesma sinceridade que me leva a dar conhecimento dos serviços que o Rui presta. Porque pessoas assim merecem ser conhecidas pelo maior número de pessoas. Obrigado, Rui!
Entre muitas outras coisas, dos tempos de escola recordo-me de um momento especial. Era aluno do ensino secundário e numa aula de português a professora quis saber quais as nossas ambições profissionais. Depois de muitas respostas populares, um colega e amigo disse à professora que queria ser profissional de matraquilhos. Algo que chocou a professora. E que o levou a dizer que o mundo não é feito apenas de médicos e engenheiros, pois se assim fosse, ninguém fazia pão ou construía prédios.
Recordei-me deste momento quando reli as populares palavras de Stan Lee, que morreu aos 95 anos. “Costumava ficar envergonhado porque era autor de livros de banda-desenhada enquanto outras pessoas estavam a construir pontes e a seguir carreiras na medicina. Depois comecei a perceber que o entretenimento é uma das coisas mais importantes nas vidas das pessoas. Sem ele podem encaminhar-se para um fundo escuro. Sentir que se entretemos pessoas é porque estamos a fazer uma coisa boa”, disse.
E se o meu amigo foi levado para a brincadeira, a carreira de Stan Lee é a prova de que o mundo não é feito apenas de médicos e engenheiros. Muitas pessoas que quase passam despercebidas acabam por ter um papel muito importante na vida de todos nós. E Stan Lee é um desses casos. Quantas pessoas não encontraram refúgio num dos filmes dos super-heróis criados por si? Quantos jovens vítimas de bullying não encontraram refúgio e força nos personagens de Stan Lee? Muitos, certamente.
Acredito que muitas pessoas reconhecem imediatamente a Marvel, mas talvez o nome de Stan Lee passe despercebido a algumas pessoas que não sabem (ou não associam o seu nome) que é o autor de super-heróis como Homem-Aranha, Hulk, Homem de Ferro, X-Men, entre tantos outros. E muitas pessoas até nem se apercebem dos breves segundos em que aparecia nos filmes dos super-heróis que criou, como acontece em Venom, o mais recente que vi.
Temos de estar eternamente a todos aqueles que são fundamentais nos avanços da medicina e em outras áreas realmente importantes para a evolução da humanidade. Mas isto não invalida a realidade que diz que nunca poderemos agradecer com justiça a Stan Lee por tudo aquilo que fez por nós. Humildemente deixo o meu obrigado ao super-herói Stan Lee.
Desde ontem que só se fala na detenção de Bruno de Carvalho, que surge na sequência do ataque feito à academia de Alcochete, em maio deste ano. Notícia que poderá estar a surpreender algumas pessoas. Quanto a mim, desde o momento em que foram detidos os primeiros suspeitos que disse que esta detenção seria apenas uma questão de tempo. E assim foi, acreditando que muitas pessoas pensem da mesma forma do que eu.
Infelizmente, tal como já tinha acontecido com casos com o Benfica e com o Porto, o futebol português volta a ser notícia pelas piores razões. Temos aquele que é considerado o melhor jogador do mundo e somos os campeões europeus em título, mas as coisas boas acabam por aí. De resto, são polémicas atrás de polémicas. São confusões com clubes pequenos, médios e gigantes. São trocas de acusações, agressões e relações de conveniência. E é isto que chega lá fora. O que é pena.
E aquilo que ainda é mais triste é a quantidade de adeptos que são tão cegos pelos seus clubes que não conseguem ter o discernimento necessário para analisar as situações tal como elas são. Pessoas que são capazes de entrar em disputas físicas para defender a "honra do clube", mas que não lutam pelas famílias nem peles injustiças com que se deparam diariamente e que influenciam as suas vidas. Isto sim, é preocupante.
Tenho vindo a devorar as séries que vou descobrindo e pelas quais me vou apaixonando. O que me leva a procurar outras para ver e foi assim que descobri "Atypical", uma série original da Netflix. Descobri a série quando recebi um email profissional a anunciar a terceira temporada de "Atypical". Depois fiquei a saber que era da mesma autora de "Foi Assim Que Aconteceu", uma das minhas séries preferidas de sempre. Percebi ainda que era no mesmo registo, ou seja, episódios curtos de pouco mais de 30 minutos.
Já estava convencido a experimentar até que fiquei a saber a história da série. E a mesma gira em torno de um adolescente que é autista. Sendo que há um grande destaque para a sua família (pais e irmã) e para tudo aquilo que acontece na escola e trabalho. Pegar neste tema para uma série ligeira e divertida é sempre um grande risco. Algumas pessoas podiam gostar, mas outras poderia entender que não passa de gozo com um problema sério. Mas a verdade é que a série é genial.
Consegue abordar diversos problemas familiares e pessoais sempre com algum humor, algo que está ao alcance de poucas pessoas. A série está tão bem feita que já devorei a primeira temporada e pouco faltará para acabar a segunda. Como não quero abordar muito a história, deixo o trailer e a dica que é uma boa opção para quem procura algo novo para ver.
Digo ainda que o protagonista - Keir Gilchrist - que faz de Sam, merecia um prémio pela forma como dá vida a um personagem nada fácil. E acabo com uma frase dita na série: "ninguém é normal."
Já tinha revelado ser fã da versão australiana de "Casados à Primeira Vista", programa que acabou por chegar a Portugal pelas mãos da SIC. E tal como já tinha acontecido em outros países, também por cá existiu alguma polémica com muitas vozes a defenderem que não é mais do que brincar com o casamento. Tenho acompanhado a versão portuguesa e não estou descontente com o que tenho visto.
Acho apenas que os portugueses têm o defeito de achar que todos os programas exigem um apresentador, quando não é assim. Nada tenho contra a Diana Chaves mas não acrescenta nada ao programa. Estar lá ou existir apenas uma voz, seria a mesma coisa. De resto, acho que numa fase inicial chegou a ser confuso porque existiam muitos saltos entre pessoas e casais que acabavam por baralhar as coisas. A partir daí, é um programa interessante que está ao nível daquilo que via na edição que acompanhava mais de perto.
O pior de "Casados à Primeira Vista" é mesmo o horário a que o programa é emitido. Durante a semana concorre com programas fortes e ao domingo bate-se com "Pesadelo na Cozinha", que continua a liderar as audiências. Vamos na segunda edição, os escândalos já não são tão fortes como na primeira, mas as pessoas continuam presas ao ecrã para descobrir o que irá acontecer ao restaurante visitado por Ljubomir Stanisic. E só falo das audiências porque existem lutas desiguais que matam a continuidade de bons programas, considerados um fracasso a nível de audiências.
Há muito que queria ver o filme "Assim Nasce uma Estrela". Já tinha lido muitas coisas sobre o filme e nas redes sociais ia encontrando os mais rasgados elogios ao filme. Com isto tudo criei uma enorme expectativa e não saí da sala de cinema defraudado.
Começando por Bradley Cooper, olho para o actor como olho para Matthew McConaughey. São dois actores que as pessoas estavam habituadas a associar a filmes ligeiros mas que são brilhantes noutros registos mais exigentes e menos divertidos. Neste caso, Cooper esta brilhante na pele de um cantor que tem de lidar com muitos problemas e fantasmas.
Quanto a Lady Gaga, tinha lido diversas opiniões de pessoas que defendiam que merece um Óscar. Confesso que gostei imenso da sua prestação mas, neste momento, considero ser exagerado merecer tal distinção. Vamos ver o que acontece... Aproveito ainda para reforçar a opinião de que é uma mulher linda quando se despe da produção que faz dela Lady Gaga. Quanto aos dotes vocais, quem tiver dúvidas sobre a qualidade dos mesmos poderá dissipar as dúvidas com o filme.
Quanto ao filme em si, é triste, lento e um pouco longo. Isto poderia ser uma crítica mas o brilhantismo do mesmo faz com que seja um elogio. E a banda sonora é algo de genial. Concluindo, é daqueles filmes para ver e rever várias vezes.
O número de seguidores que alguém tem nas redes sociais tem poder suficiente para atrair as mais diversas marcas. Ou, numa perspectiva completamente diferente, faz com que muitas pessoas sintam poder para abordar marcas e espaços a solicitar algo em troco de "publicidade". Até aqui nada de novo. É uma consequência do crescimento da era social/virtual e trata-se de uma dança que terá sempre de ser dançada a dois: quem quer promover algo e quem quer receber algo.
Apenas defendo que tudo na vida deve ter uma estratégia. E muitas pessoas parecem esquecer isso no momento de "pedir" mais uma borla. Vamos pegar no exemplo dos restaurantes. Se uma pessoa aborda um determinado espaço, a solicitar uma experiência gastronómica a troco de visibilidade nas redes sociais, não deverá propor o mesmo do restaurante ao lado no dia seguinte. Ou uma semana ou mesmo um mês depois. É algo que irá cair mal a um espaço ou mesmo aos dois. E será uma atitude que provavelmente irá fechar duas portas para sempre.
E dou o exemplo dos restaurantes porque tenho um bastante próximo. Poderia falar de outras situações ou mesmo de outras realidade fora do mundo virtual. Noto que as pessoas cada vez mais pensam apenas naquele minuto. Não param para pensar no impacto que aquele minuto poderá ter no futuro. Não estão preocupadas em perceber se será um único minuto ou vários no futuro. E depois nunca percebem os motivos pelos quais as portas estão fechadas.
Há quem defenda que determinados alimentos são afrodisíacos. Há também quem diga que tudo não passa de algo meramente psicológico. Mas agora surge a informação de que comer chocolate aumenta o desejo sexual dos homens, tal como melhora a performance sexual deles. Isto será verdade, porque realmente está provado ser esse o efeito do consumo de chocolate. Ou será mito, porque não passa de algo psicológico? Verdade ou mito?
Se já existiam lojas com muitos artigos de Natal, agora são os centros comerciais que passam a ostentar as decorações natalícias. Algo que muitos adoram e que outros tantos odeiam. Senado algo que não me aquece nem arrefece. Sou incapaz de odiar as "precoces" decorações natalícias, até porque tudo não passa de um negócio que faz todo o sentido.
Por outro lado, sendo uma pessoa que trabalhou num centro comercial durante vários anos, não me custa nada estar a ver as decorações ocasionalmente. Aquilo que custava era passar meses a fio a ouvir umas dez (se tantas) musicas de Natal que estavam sempre a tocar, sem parar.
De resto, venha o Natal e o espírito natalicio, nem que seja para que as pessoas possam estar um pouco mais sorridentes durante alguns meses. É acho que as pessoas só estranham mais as decorações porque os dias quentes são cada vez mais prolongados e as pessoas nem dão conta dos meses em que estão.
Venha de lá esse Natal e de preferência sem ódio por aquelas pessoas que já montaram a árvore e estão deliciaras com o espírito natalício. Até porque todos nós temos algo que "irrita" os outros.
Quem é da Margem Sul (ou frequenta a zona) sabe que existem locais que têm má fama. Um deles é a Arrentela. Basta dizer o nome a alguém e ouvem-se as mais variadas críticas. Uma fama que vem do passado, mas que nem sempre é justa.
Posso dizer que fiz o ensino preparatório na Arrentela numa altura em que a fama (e o proveito) era muito pior do que agora. Durante os dois anos lá passados, recordo-me de me terem tentado assaltar uma vez - fiquei amigo da pessoa - e de ter ficado fechado um dia na escola porque existia um tiroteio nas imediações da mesma.
Estas são as piores memórias que me ocorrem desses tempos. Mas ainda hoje muitas pessoas, pelas mais variadas razões, evitam essa zona. Falam mal de quem lá vive e criticam realidades que nem sempre são ajustadas ao que lá acontece. Cada pessoa terá os seus motivos mas vou pegar no exemplo da Telepizza para tentar falar do exagero que nem sempre é justo.
Quando vou à Telepizza buscar pizzas para comer em casa, vou a uma que se ajusta ao meu caminho mas que não pertence à minha morada. Já quando peço para entregarem em casa, tenho de pedir à Telepizza da Arrentela para o fazer.
E nos últimos tempos é o que tenho feito. O que me obriga a conviver com os funcionários da loja, que fica na tal zona da má fama e de gente má. E só posso dizer maravilhas de todos. Quer seja dos que atendem o telefone até aos que fazem as entregas.
Já frequentei várias Telepizzas e não existe uma que tenha funcionários mais educados do que aqueles. Prestáveis, simpáticos e eficientes. Algo raro em muitos jovens e em negócios em que os funcionários mudam à velocidade do vento.
Se este exemplo serve para fazer da Arrentela o melhor bairro do mundo? Não! Mas serve para que se perceba que nem todas as pessoas de lá têm obrigatoriamente de ser pessoas com poucos valores, delinquentes e maus funcionários. Acrescento ainda que vejo naqueles jovens coisas que não vejo em muitos que não têm de viver com o peso do sítio onde nasceram.
No Dia Mundial do Cinema fica sempre bem relembrar aquele detalhe que separa os homens cool dos restantes. E é assim em praticamente em todos os filmes.
Hoje assinala-se o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama. Enquanto filho de uma mulher que teve de passar por essa terrível doença, apelo a que todas as mulheres estejam atentas aos sinais. Que não desprezem os exames de rotina pois a prevenção pode ser crucial. Aproveito ainda para partilhar uma carta que escrevi à minha mãe a desafio do site Crescer.
"Mãe,
Tenho a certeza de que nunca te disse o quanto te amo e a importância que tens na minha vida. Não por falta de oportunidade, mas porque aquilo que sinto por ti é impossível de colocar em palavras. E é por gostar tanto de ti que me senti de rastos no dia em que disseste que ias lutar contra um maldito cancro da mama. Nesse dia não quis chorar à tua frente porque precisavas da minha força e não das minhas lágrimas.
Nesta ‘carta’ revelo-te que não quis chorar à tua frente, mas digo-te também que passei muitas noites mal dormidas. A pensar no futuro e em todos os ses que dominavam os meus pensamentos. Fiz questão de estar contigo no hospital quando foste saber a gravidade do cancro. E se é verdade que respirei de alívio quando me disseste, assim que saíste do consultório, «é maligno, mas está numa zona que não se alastra», nem as tuas palavras me fizeram perder o medo que sentia e senti durante largos meses.
Sim, porque senti muito medo de te perder. De perder a minha mãe, o meu pilar, o meu porto seguro. E sobre isto não me quero alongar porque é tema que ainda hoje mexe muito comigo. Prefiro dizer-te que passei a admirar-te ainda mais depois de todas as lutas que tiveste de travar. E que me ensinaram aquilo que realmente importa na vida.
Sinto que existe um Bruno antes daquilo por que passaste e outro, muito melhor e mais focado no que importa, que nasceu com a tua vitória, numa das batalhas mais importantes que travaste.
Não me esquecerei de detalhes como ver-te sem cabelo, apesar de ficares linda mesmo assim. Não me vou esquecer dos momentos complicados por que passaste depois dos tratamentos, de largas horas passadas no hospital e do momento em que disseste que não querias fazer mais nada. Queria estar presente e junto de ti a toda a hora, mas ao mesmo tempo sentia-me impotente para te aliviar do sofrimento por que nunca deverias ter passado. E que nenhum filho deveria ter de ver.
Hoje, consigo olhar para aqueles tempos e respirar de alívio. Porque tudo correu bem, porque tudo continua a correr bem e porque te amo ainda mais. Não tenho palavras que possam fazer justiça aquilo que és para mim, quero que saibas que és um exemplo para mim. É um orgulho chamar-te Mãe. Amo-te muito!
Não posso acabar estar ‘carta’ sem destacar dois detalhes muito importantes e que servem de exemplo para todas as pessoas que têm de percorrer o caminho que percorreste. Por isso, quero agradecer ao meu pai por tudo aquilo que fez por ti durante cada segundo da doença. E que sei ter sido muito importante no teu processo de cura. Não houve tempo para penas nem lamentos, apenas amor, muito amor e um apoio incondicional.
Por fim, é esse o conselho que deixo a todos os maridos, filhos, familiares e amigos de mulheres que estão a lutar para vencer um cancro da mama. Não percam tempo com sentimentos de pena e outras coisas negativas. Em vez disso, ganhem tempo, e todos os segundos contam, com amor. Muito amor e apoio.
Estejam presentes com um sorriso. Façam o possível (e impossível) para fazer a mulher sorrir. Porque as doentes são aquelas que mais sofrem com a dor e tudo aquilo de negativo que isso acarreta. E nessas alturas, uma boa sensação e um sorriso valem ouro. E conseguem ter um efeito mais positivo do que muitos medicamentos.
Obrigado, Mãe.
Do teu filho que te ama muito mais do que consegue explicar,
Tal como tinha acontecido com as presidenciais norte-americanas, também as presidenciais brasileiras ficam marcadas por um fenómeno português que ainda me vai espantando. Ao passar os olhos pelas redes sociais percebi que todos os portugueses têm a melhor solução para o Brasil. Tal como tinham para os Estados Unidos da América.
Qualquer português sabe em quem os brasileiros deveriam ter votado. E isto tem especial piada porque a maioria dos portugueses não vota nas eleições nacionais. Quer seja porque está calor ou até porque o seu voto não mudará nada, coisas que se ouvem com frequência.
Acho piada que os portugueses tenha a solução para resolver os problemas que acontecem a milhares de quilómetros de distância, sendo que se revelam incapazes de resolver os próprios problemas, isto sem esquecer que não votam no seu País. E entre estas coisas, poucos são aqueles que discutem coisas realmente importantes.
Muitos defenderam que os norte-americanos eram burros e que isso fez com que votassem em Trump. Agora, são os brasileiros que são burros ao votar em Bolsonaro, sem que ninguém tente perceber os motivos das duas vitórias. Poucos reparam que Bolsonaro é eleito com poucos segundos de presença televisiva. Passou a mensagem que quis passar, da forma que quis passar e sem intermediários. O que dá que pensar.
As pessoas começam a ficar fartas do que sempre tiveram. As pessoas não toleram mais do mesmo. E fica provado de que a campanha do ser contra este em vez de ser a favor do outro, não resulta. Algo que aconteceu nos EUA e no Brasil.
Existem muitos motivos que podem e devem ser debatidos. Mas isso dá muito trabalho. É mais fácil meter uma foto nas redes sociais e acrescentar #elenao, nem que seja porque é o que os famosos fazem. E continuamos a saber o que é melhor para o mundo ao mesmo tempo que escolhemos não fazer parte da nossa vida política. Queremos mudar o que não podemos e ignoramos a mudança daquilo que depende de nós. Não é só #elenao, é com tristeza que noto que generalizou-se o #nosnao.
Nas redes sociais muitos são aqueles que optam pelo anonimato. Algo que não tem nada de errado. Há quem não queria ser reconhecido no local de trabalho, outros não querem que os amigos e familiares descubram aquilo que escrevem e haverá quem simplesmente queira escrever sobre tudo e sobre nada sem dar cavaco a ninguém. As opções são todas válidas, mas convém nunca esquecer que as redes sociais não são o antigo faroeste, onde não existem leis.
E isto aplica-se a quem recorre ao anonimato para infringir leis, pensando que as redes sociais estão lá para ajudar a manter o anonimato. E falo sobre isto porque muitas coisas têm sido ditas em relação ao facto de a Google ter fornecido os dados de alguns bloggers que partilharam informação roubada ao Benfica. Esta situação poderá causar estranheza a muitas pessoas, mas convém perceber que aquelas pessoas cometeram um crime.
Muitos pensam que o crime é apenas cometido por quem rouba algo, quando não é bem assim. Vamos supor que existe uma pessoa que tem acesso, de forma ilegal, a informação confidencial de um político. E que partilha essa informação roubada comigo, que recorro ao meu blogue para partilhar a mesma. Na verdade não fui o autor do roubo, mas estou a dar continuidade ao crime, ao partilhar algo que foi roubado.
E se estou a falar deste caso é porque provavelmente é a primeira vez, pelo menos em Portugal, que o anonimato das redes sociais dá que falar. Recorro-me deste exemplo porque é bom que as pessoas percebam que as redes sociais também têm regras e leis. Que não são camufladas ou protegidas pelo blogger, wordpress, google e afins. E optar pelo caminho mais perigoso pode resultar em grandes (e graves) problemas para que opta percorrer essa estrada.
Vivemos na era social, onde todas as pessoas pensam que vale tudo. E está mais do que provado que não é bem assim. O mundo virtual, com anonimato ou não, também tem leis. É tudo uma questão de alguém querer chatear-se e ter paciência (e dinheiro) para o fazer. E se formos ver bem as coisas, no mundo real, e não virtual, é a mesma coisa.