30.9.15

regra número um da amizade

Uma das séries de que mais gostei ao longo dos últimos anos foi How I Met Your Mother. Não vou estar a explicar muito a série, bastando dizer que se trata das aventuras à volta da vida de um pequeno grupo de amigos. Sendo todos diferentes, achava especial piada a Barney Stinson, o mulherengo do grupo.

Que apesar da forma como tratava as mulheres tinha um conjunto de regras que marcavam a sua relação com os amigos. Regras essas que resultaram num livro – Bro Code – que me foi oferecido há alguns anos. O livro tem diversos artigos mas há um de que nunca me esqueço. Que é logo o primeiro, a que Barney deu o nome de “Bros before ho´s”. “A ligação entre dois homens é mais forte do que a ligação entre um homem e uma mulher até porque, por norma, os homens são mais fortes do que as mulheres”, explica.

Ignorando a brincadeira a puxar para o machismo referente à força não me esqueço desta regra porque é realmente a primeira regra de qualquer relação de amizade, seja ela entre dois homens ou entre duas mulheres. Uma relação de amizade que respeite esta regra tem tudo para dar certo. Uma relação que ignore esta regra tem tudo para ser curta e problemática. E a ideia que tenho é que ignorar esta regra é a norma e não a excepção.

Não posso ser específico no que diz respeito às mulheres. Defendo apenas que acredito que o modo de pensar seja o mesmo. Mas posso falar das relações de amizade masculinas que conheço. E a verdade é que se verifica uma inversão. “Ho´s before bros” é aquilo que acontece. Os homens, pelo menos uma boa parte deles, prefere perder um amigo nem que seja apenas por alguns minutos de sexo com uma mulher que não permanecerá na sua vida.

As mulheres costumam brincar com a temática defendendo que os homens pensam com a cabeça errada. E basicamente anda por aí. Só isso pode explicar que abdiquem de uma longa amizade por uma curta dose de sexo. E que depois entrem numa espiral de mentiras pensando que as outras pessoas não sabem o que se passa. E tudo isto faz com que a amizade seja algo completamente banalizado. E é por isto que as pessoas chamam amigo a alguém que adicionaram nas redes sociais há dez segundos.

consegues encontrar alguma mensagem subliminar? duvido...

Gosto de olhar para um logótipo tentando perceber a mensagem que o mesmo deseja passar. Quero acreditar que resultam de um trabalho pensado ao detalhe em que pequenos detalhes a que as pessoas piada transmitem uma mensagem que acaba por passar despercebida à maioria das pessoas. Nesse sentido reuni doze logótipos. Uns têm uma mensagem escondida. Outros representam uma história. Será que é fácil perceber isso? Duvido...

1. Fedex

2. Apple

3. Sony Vaio

4. Amazon

5. Toblerone

6. Wikipedia
7. Gillette

8. LG

9. Beat

10. BMW

11. Unilever

12. Formula 1

os gays não devem sair do armário

Os homossexuais devem ou não poder assumir-se (e talvez esta palavra seja exageradamente forte) sem qualquer receio. Pegando numa expressão que não tem maldade nenhuma e que é utilizada um pouco em todo o lado: “os gays devem sair do armário?” Ou, por outro lado, será que devem esconder aquilo que são, vivendo em muitos casos uma mentira dolorosa que se reflecte numa vida de infelicidade?

Matt Damon trouxe este tema para debate ao defender que os actores gays não se devem assumir publicamente. “Acho que deve ser muito difícil para os actores assumirem-se publicamente. Acho que quanto menos as pessoas souberem de ti, melhor actor és. E a sexualidade é uma grande parte disso. Quer sejas heterossexual ou gay, as pessoas não deviam saber nada sobre a tua sexualidade, porque esse é um dos mistérios que deves preservar”, disse.

Estas palavras causaram polémica e são mais do que suficientes para um alargado debate sobre o tema. Para começar, defendo que um homossexual não tem que dizer que o é. Tal como um heterossexual não anda por aí a dizer que o é. A questão é outra e passa pela possibilidade de um gay poder viver livremente a sua sexualidade tal como acontece com um heterossexual. Os julgamentos deveriam ser os mesmos, independentemente dos gostos sexuais de cada um.

Associado a isto está o “sair do armário”. Ou seja, o assumir publicamente e sem qualquer receio que se é gay. E aqui refiro-me às pessoas que têm um maior impacto, como é o caso de qualquer uma celebridade internacional. Devem ou não dar esse passo? Matt Damon defende que não. Concordo com Matt Damon. Ainda que a teoria aponte para o lado oposto. Ou seja, teoricamente vivemos numa época em que as pessoas já deveriam ter a possibilidade de viver a sua sexualidade livremente. Sem julgamentos que têm por base apenas esse aspecto. Sem que sejam colocados de parte apenas porque alguém entende que são “diferentes” ou que são uma “aberração da natureza”. Actualmente deveria ser tão natural alguém dizer que é gay como revelar que é hetero. A reacção das pessoas deveria ser igual.

Mas a prática está longe, muito longe, da teoria. Porque aqueles que não têm problemas em revelar a sua sexualidade ainda são olhados de lado. Todos aplaudem a liberdade sexual. Todos acham que não faz mal que este ou aquele diga que é gay. Desde que o “paneleiro não venha para perto de mim”. Até porque muitas pessoas ainda olham para a homossexualidade como uma doença contagiosa. Pensam que podem passar a ser homossexuais apenas por ter um no grupo de amigos ou no local de trabalho. E por mais liberdade que se apregoe é capaz de ser melhor não ter um homossexual por perto. Liberdade sim mas ao longe, perto dos outros.

Felizmente existem histórias de sucesso de pessoas conhecidas que tiveram a coragem (porque acredito que é necessário ter muita coragem no mundo em que vivemos) de dizer que são homossexuais, como é o caso de Manuel Luís Goucha e mais recentemente de Diogo Infante. É certo que são pessoas como estes dois nomes que ajudam a mudar mentalidades. Mas, infelizmente, o caminho a percorrer ainda é longo. Porque se me lembro destes dois casos, recordo-me também do jogador de futebol americano que assumiu a sua homossexualidade e que no ano seguinte não foi contratado por nenhuma equipa de futebol. Ou histórias de outros atletas (e de tantas pessoas) que acabaram por colocar um ponto final na sua vida.

E lembro-me também de algumas celebridades portuguesas que enaltecem a atitude de Manuel Luís Goucha e Diogo Infante mas que não dão o mesmo passo. É certo que podem - e certamente existem - existir muitos factores para não se dar esse passo. Mas acredito que todos acabam por estar ligados à forma como as pessoas ainda olham para os homossexuais. E esse olhar é quase sempre marcado pelo desprezo, diferença e uma suposta superioridade. Por isso, não consigo criticar as palavras de Matt Damon (que algumas pessoas deturparam). Porque poucos são aqueles que conseguem “sair do armário” vivendo muito melhor do que viviam dentro dele. A maioria acaba por sofrer ainda mais do que nos tempos em que viviam um dolorosa mentira.

um pouco mais sobre mim

A simpática Ariadne, autora do blogue Histórias de Ariadne, lançou-me um desafio que passa por responder a algumas perguntas, algo que acaba por revelar um pouco mais sobre mim. Como não sou capaz de recusar um bom desafio aqui vão as minhas respostas.

Sou muito:
Determinado. Quando quero algo dou tudo o que tenho de modo a conseguir alcançar um determinado objectivo. Sou muito feliz com a vida que tenho. E há quem diga, apesar de não me convencerem, que sou muito teimoso.

Não suporto:
Mentiras descaradas. Não suporto pessoas que mentem olhos nos olhos.

Já me zanguei:
Por coisas que não têm a mínima importância. Coisas e pessoas que me consumiram energia que agora percebo ter sido mal canalizada. Gosto de acreditar que a vida tem sido uma boa professora e que uma das lições que aprendi foi a de que tudo aquilo que nada me acrescenta não merece a minha energia e atenção.

Quando era criança:
Sonhava ser jogador de futebol e contava os meses para chegarem as férias de Verão de modo a ir para Lagos com os meus pais, com a minha irmã e mais tarde com o nosso cão, Óscar. Felizmente tive uma infância extraordinária, crescendo numa zona tranquila onde se brincava na rua sem qualquer problema, algo que as crianças de hoje desconhecem. Bons tempos!

Morro de medo de:
Da morte. Em especial da morte dos meus. Daqueles que me fazem falta e que são a base da minha vida. E também da minha. Tenho medo de morrer cedo demais deixando tanto para fazer. Até detesto pensar na morte.

Sempre gostei de:
Das coisas simples da vida e dos afectos. Isto basta-me para ser feliz. E também sempre gostei de praticar desporto. Algo que nem a grave lesão que tive recentemente – ruptura total do tendão de Aquiles da perna direita – não alterou.

Se eu pudesse:
Dava este mundo e o outro aos meus pais. São tudo para mim. E realizava um sonho muito importante para mim.

Adoro sentir-me:
Amado pelos meus, pelas poucas pessoas que fazem parte do meu círculo. E, mais do que isto, adoro sentir que sou especial para essas pessoas. Melhor, que tenho a capacidade de as fazer sorrir quando só querem chorar.

Não gosto:
De pessoas que se te virem a andar sobre a água dizem que é porque não sabes nadar. Pessoas que não querem ser melhores na vida preferindo que os outros sejam piores. É triste. Dá pena e pena é o pior que se pode sentir em relação a alguém.

Fico feliz:
Quando chego a casa e a minha mulher recebe-me com um sorriso e um beijo. Por pior que tenha sido o dia, tudo fica bem a partir daquele momento. E por mais triste que possa estar fico feliz quando a minha mulher sorri. Gosto de acreditar que tem um sorriso secreto que usa só para mim.

Se pudesse voltar atrás no tempo:
Podia escrever tantas coisas. Mas gosto de acreditar que tudo aconteceu por algum motivo, nem que seja ensinar-me aquilo que devo fazer no futuro e que todos os erros (por isso é que seriam mudados) fizeram de mim uma pessoa melhor e melhor orientada. E mais do que voltar a trás, preferia ter o poder de congelar alguns momentos.

Quero viajar:
Em breve. Não importa o destino. Só importa a companhia. Sabe bem “desligar” do mundo durante algum tempo. E esta viagem específica será um prémio para quem sacrificou tanto por mim ao longo dos últimos meses por causa da minha operação.

Eu preciso:
Apesar de gostar muito da minha ponderação preciso de perder alguns receios em determinados momentos, algo que tenho vindo a mudar com o tempo.

Não gosto:
De pensar que os meus estão mal. Prefiro estar eu do que eles.

o melhor classificado de sempre (tantas qualidades)


29.9.15

se não gostas de nutella não vejas isto (se gostas, não percas tempo)

Poderia perguntar se tu (sim, tu que estás a ler estas palavras) gostas de Nutella. Se gostas, e acredito que sim porque ainda estás a ler isto, nem preciso de te perguntar quantas vezes é que já enfiaste um dedo no frasco de Nutella acabando por levar o dedo à boca cheio deste doce do demo. Se o fazes não te importas que as pessoas digam que estás a ser primitivo, que isto e que aquilo. E as pessoas que gostam de levar o dedo à boca com Nutella são tão gulosas que provavelmente nunca pensaram noutra forma de levar a cabo esta missão.

Mas há quem pense nisto. Como é o caso do designer italiano Paolo Ulian que decidiu criar aquilo que pode ser apelidado de biscoitos de dedo. Nada mais do que uns pequenos cones que se encaixam no dedo. O resto é fácil de imaginar. Basta mergulhar no boião de Nutella e viver um verdadeiro foodgasm. É algo ainda melhor do que ser só com o dedo. Paolo já inventou estes cones em 2004. A ideia foi comprada pela Ferrero, a dona da Nutella mas os cones – que vão muito além da Nutella - ainda não foram comercializados.


Aposto que depois de olhares para isto pensas algo do género: “como é que nunca me lembrei disto”.

mulheres, é mesmo assim?

Num destes dias o tema da conversa era a roupa. E foi então que ouvi isto. “As mulheres vestem-se para as outras mulheres”, dizia uma mulher, acrescentado que ocasionalmente se vestem para os homens mas que praticamente se vestem sempre para as outras mulheres. Isto é mesmo assim? (Caso seja verdade, será por isto que as mulheres têm o hábito de olhar para as outras de alto a baixo?)

os(as) blá blá blá são os piores amantes

Quando um homem, ou uma mulher, conhece alguém e existe uma imediata atracção física vive-se aquela fase cor-de-rosa. Por outras palavras, aquela altura em que tudo é perfeito na outra pessoa. Os defeitos passam despercebidos entre muitas ilusões. Quase tudo passa para um segundo plano e aquela pessoa – que é sempre o(a) tal – é a perfeição em pessoa e merece todo o nosso tempo.

E tudo é pintado a cor-de-rosa. Mesmo as coisas de que não se gostam. Ou que se apreciam menos. Por exemplo, aquele perfume que é insuportável passa a não ser mau quando na pele da pessoa que é o(a) tal. Aquela roupa pirosa afinal até fica bem a algumas pessoas. Pelo menos aquela pessoa. Aquela gargalhada irritante afinal até confere uma certa piada aquela pessoa. Tudo está pintado a cor-de-rosa.

Num rápido exercício de memória consigo pensar em poucas coisas que nunca vão ser pintadas a cor-de-rosa. Aspectos que nunca vão fazer de uma pessoa a tal, por maior que seja a atracção física. Pormenores que são capazes de transformar a maior da ilusões na maior das desilusões. Algo que faz com que qualquer pessoa aceite desistir de uma pessoa que aparentemente tinha tudo para ser o(a) tal e que parecia ser a pessoa por quem esperámos toda a vida.

E o maior destaque vai para as pessoas que falam sem parar. Pessoas que parecem aquele coelho (curiosamente cor-de-rosa) que aparecia nos anúncios da Duracell e que nunca parava. São as pessoas que falam sempre e em todas as ocasiões. E que nunca têm tempo para ouvir ninguém. E que provavelmente têm sempre algo para contar, por melhor que seja a história que alguém deseja que ouvissem. E acho que este detalhe nunca será maquilhado de cor-de-rosa.

Não existe um decote que vença a miss blá blá blá, que nunca se cala e que não ouve ninguém. Não existe um six-pack que vença o mister blá blá blá que nunca se cala e que não ouve ninguém. Não existe rabo que atenue o cansativo som do blá blá blá que nunca tem fim. Não existem biceps fortes o suficiente para derrotar o aborrecido som do blá blá blá. Acredito que os(as) blá blá blá são mesmo os piores amantes que podem existir. Acredito também que ninguém os(as) suporta.

sabes escolher roupa interior? e usas a mais adequada?

Escolher roupa interior parece ser uma das tarefas mais simples do mundo. Um pouco mais complexa para elas, um pouco mais fácil para eles. Mas será que é realmente assim tão fácil? E será que as pessoas realmente sabem escolher a roupa interior? É que de acordo com o site GrandParents existem oito erros associados à escolha da roupa interior e também à maneira como a roupa interior é usada. Estes são os erros que podem mexer com a saúde das pessoas.

1) Roupa interior excessivamente justa
Para começar fica mal. Mais do que isso pode provocar irritações na pele e na vagina (principalmente depois da menopausa, altura em que as paredes vaginais tendem a ficar mais finas, defende a ginecologista Raquel Dardik).

2) Forma
Roupa interior demasiado justa e excessivamente “subida” pode provocar problemas na circulação sanguínea. Pode também provocar dormência nos membros, refere a médica Donnica Moore.

3) Sintéticos e sedas
Não há problema na escolha dos materiais, explicam os especialistas. Desde que a virilha esteja coberta por algodão. Porém, quem tem peles sensíveis deve esquecer os tecidos sintéticos e guardar as sedas apenas para ocasiões especiais. São os dois tecidos que menos deixam respirar o organismo o que leva a um crescimento mais acentuado de bactérias.

4) Fio dental
Se as infeccções e irritações na vagina são comuns é melhor esquecer as cuecas fio dental pois são um espectacular meio de transporte para as bactérias (frente para trás e o inverso). Quem nunca teve problemas e não sente desconforto com as mesmas, pode continuar a usá-las.

5) Usar à noite
Não passa de uma questão de gosto mas a médica Donnica Moore explica que o corpo consegue respirar melhor sem roupa interior.

6) Nada usar durante o dia
O que acontece de noite não se aplica ao resto do dia. As calças ficam muito perto da área vaginal o que pode originar irritações. Usar vestidos ou saias sem roupa interior faz com que nada absorva a humidade vaginal e isto pode levar a irritações.

7) Roupa interior suada
Quem transpira muito deve mudar de roupa interior pelo menos duas vezes por dia. O ambiente quente e húmido é óptimo para o desenvolvimento de bactérias.

8) Qualquer detergente serve
O principal motivo das irritações na zona vaginal está associado ao detergente da roupa. A melhor opção são produtos hipoalergénicos.

28.9.15

o monstro das bolachas de cristina ferreira

Começo por dizer que não percebo nada de moda. Não tenho formação na área nem pretendo ter. A moda, para mim, é definida por aquilo que os meus olhos observam e que é posteriormente processado e analisado pelo meu gosto pessoal. Não mudo de opinião apenas porque a peça x custa largas centenas de euros. Não mudo de opinião por entender que quem tem um look de milhares de euros tem obrigatoriamente de estar melhor vestido (e mais na moda) do que alguém que se ficou pelos cem euros. E se não mudo de opinião por causa de marcas também não altero aquilo que penso por causa de padrões e cores mais in do que outras. Posto isto, entre estas duas fotos da mesma mulher – Cristina Ferreira – irei sempre preferir a segunda.



Não pretendo falar mal do look “monstro das bolachas” que tem sido notícia. É apenas mais um look arriscado de uma mulher que não esconde que gosta de arriscar. É uma característica sua. Aquilo que pretendo dizer é que prefiro mil vezes os jeans rasgados e o blazer. Porque acho que Cristina Ferreira fica mais favorecida com o segundo look e porque sou adepto da discrição. Porque defendo que a discrição consegue brilhar tanto ou mais do que um look mais arriscado e porque também acredito que a discrição pode ser mais notada do que o espalhafato.

Depois existe outra situação. Uma coisa é olhar para a foto de Cristina Ferreira na rua. Outra completamente diferente é ver uma foto inserida no evento de moda. E se na rua parece fora de contexto, no evento já não é. Profissionalmente já marquei presença em diversos e mais ou menos importantes eventos de moda nacionais e internacionais, como a semana de moda de Paris. E este look enquadra-se no que vi em todos os eventos: pessoas que arriscam. Pessoas que defendem que é o cenário ideal para arriscar na escolha da roupa. E a verdade é que a maioria destas pessoas acaba por passar mais despercebida do que se pode julgar por uma foto isolada na rua. O que na rua parece uma loucura é na realidade "apenas" mais um look no evento.

Por fim, e na larga maioria dos casos, a segunda foto nunca é notícia. Já a primeira raramente passa ao lado de uma notícia. Por exemplo, e neste caso específico, já perdi conta ao número de notícias que li hoje e que dão conta de que Cristina Ferreira optou por um look inspirado no Monstro das Bolachas durante a semana de moda de Milão. Mas, em nenhuma das notícias, mesmo naquelas que têm imagens de outros looks que a apresentadora utilizou em Itália, aparece a segunda imagem que também foi captada em Milão.

o don juan largou o tchan

Apesar de felizmente ser um fenómeno em queda (não tão acentuada como desejava) ainda existem muitos preconceitos e rótulos associados à música portuguesa. Os nossos ouvidos ainda são muito críticos em relação ao que se faz por cá. Mais do que enaltecer qualidades procuram-se defeitos. É porque o cantor é não sei o quê. É porque a sonoridade é não sei o quê. É porque a letra é não sei o quê. É por tudo e mais alguma coisa.

Por outro lado, e mesmo sendo um fenómeno mais pequeno, existe uma rápida, fácil e inquestionável idolatração da música que chega de fora. Neste caso os nossos ouvidos já não são tão críticos. Os defeitos são disfarçados ou ignorados e enaltecem-se qualidades que em diversos casos ficam a dever a muito ao que temos por cá. Ninguém reclama da letra. Da sonoridade. Do que quer que seja. Um fenómeno que se aplica a muitas outras coisas “made in” longe daqui.

Com isto não quero dizer que sou apologista – porque não sou – da automática idolatração do que é nacional apenas e só porque existe esse requisito. No que à música nacional diz respeito gosto de ouvir para poder fazer uma análise comparativa em relação ao que me é oferecido, por exemplo nas rádios, onde ainda tocam, num número largamente superior, mais artistas estrangeiros do que nacionais. E onde o grupo nacional parece estar reduzido a um leque restrito de artistas cujas músicas tocam diversas vezes.

E quando comparo um trabalho nacional a um trabalho internacional não posso ignorar a máquina que está por detrás dos diferentes artistas e das diferentes realidades. Uma coisa é editar um álbum nos Estados Unidos da América e outra completamente é conseguir editar um álbum em Portugal. Tudo, desde os problemas e dificuldades até ao momento de editar um álbum, é diferente. Tudo tem uma dimensão diferente. E isto faz com que valorize ainda mais um bom trabalho português.

Por exemplo, hoje tinha na minha secretária, na redacção, Limbo, o novo álbum dos Virgem Suta. Devorei os doze temas com a gula de um puto numa loja de gomas e com a alegria de um homem que tem acesso aos bastidores do desfile da Victoria´s Secret onde poderá conviver com as manequins. E quanto mais gomas comia mais desejava comer. E quanto mais privava com as manequins mais desejava conhecer sobre as mesmas.

Tiro o meu chapéu ao Jorge Benvinda e ao Nuno Figueiredo pela qualidade deste trabalho. Talentos destes deviam ser proibidos de ficar três anos sem editar um trabalho. E vivo com o secreto desejo de que um dia músicas como aquelas feitas pelos Virgem Suta sejam partilhadas de forma viral nas redes sociais. Mais do que isso, que tenham uma presença ainda mais vincada nas rádios nacionais e que sejam idolatrados pelos portugueses com o mesmo carinho com que se idolatram artistas estrangeiros que são feitos à mesma velocidade com que se faz uma gelatina e que duram tanto tempo como um pedaço de manteiga esquecido ao sol num dos dias mais quentes do Verão. E isto aplica-se a tantos outros artistas nacionais, muitos deles com maior reconhecimento fora do seu País.

PS – Quanto ao título deste texto, para perceber é necessário clicar aqui (e vai valer a pena) pois aposto que vão ficar com as palavras na cabeça.

qual a melhor música portuguesa de sempre? (finalistas)

Vocês votaram. Vocês decidiram. E estas são aquelas que vocês consideraram as dez melhores músicas portuguesas de todos os tempos. Como só pode vencer uma, chegou o momento da verdade. Está na hora de eleger aquela que se destaca de todas as outras. A votação decorre até ao final da próxima segunda-feira (5 de Outubro). Defendam a vossa dama, que é como quem diz, a vossa música de eleição.

mamas grandes durante 24 horas

Há muito que os implantes mamários são populares junto das mulheres. Mas agora surge literalmente uma “grande” novidade (em tamanho e em preço) neste universo. O cirurgião plástico Norman Rowe criou aquilo a que chamou de “insta breast”, uma intervenção que demora apenas vinte minutos e cujos resultados têm apenas a duração de 24 horas. Isto a troco de qualquer coisa como mais de dois mil euros.

Olho para este processo com um grande benefício. Se uma mulher está indecisa entre aumentar ou não o tamanho das mamas pode recorrer a esta intervenção para saber como é viver com um tamanho que não é o seu. E depois dessa experiência pode tomar uma decisão final que passará por aumentar “definitivamente” ou não. Neste sentido acho que este processo tem alguma utilidade.

Por outro lado, o “insta breast” está a ser visto como uma moda. As pessoas estão a recorrer a esta intervenção para ocasiões especiais. Ou seja, para ir a um casamento, uma festa ou outro qualquer evento semelhante. E isto já acho absurdo. Qual o interesse/vantagem de ter as mamas maiores apenas num casamento ou numa qualquer festa? Parece que se está a escolher a indumentária a usar. “Levo este ou aquele vestido? E os sapatos? E já agora, vou com as mamas grandes ou não?”

Nada tenho contra as mulheres que aumentam o peito. Aliás, sou a favor de quem o faz – dentro da “realidade” - por uma questão de confiança, auto-estima ou outro motivo qualquer. Sou o primeiro a aplaudir que o faz por estes motivos. Mas acho que é um jogo perigoso quando se entra no domínio de querer ter as mamas grandes apenas numa festa ou para ser motivo de conversa e destaque nessa ocasião. E também quando escolher ter as mamas grandes é quase como escolher um vestido ou uns sapatos.

25.9.15

já conheces a dança oficial das sextas-feiras?

Basicamente, aquilo que penso das sextas-feiras, que são o dia mais complicado com que tenho de lidar a nível profissional, pode ser resumido por esta imagem roubada à RFM. É um resumo perfeito das minhas sextas-feiras e daquilo que penso sobre elas.


E à foto decido juntar uma coreografia que descobri esta semana. E que decidi designar como a dança oficial das sextas-feiras.



Para os mais curiosos (e eventualmente interessados) a música chama-se Caballito de Palo e é da autoria de Joseph Fonseca.

se te contar o meu partilhas o teu?

Diz que hoje é o dia dos One-Hit Wonders, que é como quem diz aqueles grupos ou cantores que ficam conhecidos apenas e só por um grande sucesso. Não passa daquele sucesso. E como hoje é o dia deles vou partilhar um dos meus One-Hit Wonders de eleição. Que por acaso é de uma banda portuguesa. A minha escolha é Patchouly, tema do Grupo de Baile.



Escolhi esta música porque conheço o vocalista – Sérgio Tavares – pois fui durante muitos anos colega de escola do seu filho mais velho. Recordo com saudades os tempos em que visitava a casa da família e de lá não saía sem ouvir a música num EP que estava autografado pela banda e que na altura já era uma verdadeira relíquia. Já para não dizer que é uma das melhores músicas portuguesas de sempre.

Como hoje é o dia deles, porque adoro música e porque tenho um especial encanto por One-Hit Wonders das mais diversas décadas, quero pedir-vos que partilhem aqui os vossos. Podem deixar o nome ou mesmo o link com a música. Obrigado pois vão tornar o meu dia muito mais animado.

logo agora que me ia lançar nos esteróides

Ao longo da minha vida desportiva, quer seja no futebol ou fora dele, nunca fui de tomar o que quer que fosse. Há quem tome isto ou aquilo antes do treino. E há quem o recomende e aconselhe. Há quem tome isto ou aquilo depois do treino. E há quem o recomende e aconselhe. Há quem tome coisas que substituem o treino. Há até quem leve injecções para animais com muitas centenas de quilos. Há-de tudo. E cada um é livre de fazer aquilo que bem entende e cada um sabe de si. Quanto a mim, o máximo onde chego é às bebidas energéticas, algo que já não consumo há muito.

Por mais que me incentivem a tomar o que quer que seja - porque é bom para isto, porque ajuda naquilo e porque me torna num atleta melhor – nunca fico convencido. E nunca tomo. Sou o atleta que sou e que consigo ser sem precisar de nada para potenciar o que quer que seja. Não sinto essa necessidade, mesmo que isso signifique não atingir um determinado patamar.

Ontem voltei ao hospital para falar com o médico que me operou. Pediu-me para fazer algumas coisas, viu a cicatriz, falou-me das corridas e daquela que considera ser a melhor altura para o fazer e depois falámos do meu desejo de manter uma vida desportiva activa. Disse-me para ter cuidado com o tabaco (não fumo), disse-me para ter cuidado com a alimentação (sou uma pessoa regrada) e depois entrou noutro domínio.

“Nada de esteróides, factores de crescimento ou de infiltrações”, disse-me. Expliquei-lhe que nunca fui adepto desse tipo de coisas. Depois da conversa fiquei com a sensação de que este tipo de coisas deve ser visto como algo natural e habitual em diversos ginásios. Ou então que costumam aparecer no hospital diversos pacientes com um historial que se enquadre nestas práticas. Não vou fingir que este tipo de coisas não existem mas devem ser separadas porque nem tudo é igual. E acho que qualquer pessoa consegue reconhecer alguém que toma algo das pessoas que nada tomam.

Como disse no início do texto, cada pessoa sabe de si. Cada pessoa sabe aquilo que deve ou não tomar. Quer seja para isto ou para aquilo. O conselho que deixo é que saibam aquilo que tomam, os efeitos secundários dessas coisas e os riscos que correm quando decidem seguir por um atalho de modo a chegar à “meta” mais depressa ou primeiro do que os outros.

24.9.15

(des)encontros (capítulo dezasseis)


“Foda-se! Merecia um pouco mais de sorte”, desabafava João enquanto bebia mais um pouco de cerveja. “É certo que decidi fazer a viagem por mim e desconhecendo o que poderia suceder mas depois de acontecer o que aconteceu com a Sophia não precisava de ser humilhado pela Inês. Sorte de cão”, lamentava. “Não dá para acontecer algo bom?”, questionava. “Quer dizer... a cerveja até nem é má e o preço não é dos piores. Por isso não me posso queixar de tudo”, gracejou, acabando com a cerveja que tinha à sua frente, pedindo de imediato outra ao empregado de bar.

“Estás a falar sozinho?”, ouviu João. Era uma voz feminina que chegava das suas costas. “Inês?”, pensou. “Não pode ser pois acabou de me humilhar. Nem deve ser para mim que há portugueses em todo o lado”, foi aquilo em que pensou, permanecendo imóvel. “Estás mesmo a falar sozinho”, insistiu a voz. João acabou por se virar e deparou-se com Inês. “Tu?!? Não chega de humilhação?”, perguntou. “Não”, respondeu Inês. “Então não demores muito que o teu ´date jeitoso` está à espera”, disse João, apontando para a mesa onde estava o homem sozinho.

“Olha ele a fazer piadas e com ciúmes”, disse Inês, de sorriso estampado no rosto. “Achas que estou com ele? Estava a brincar contigo”, acrescentou. “Estavas a quê? Não achas que já sofri demais?”, respondeu João. “Não sei se sofreste demais. Achei que estares aqui sozinho é porque algo correu mal mas pensei que simplesmente podias não ter conseguido o que vinhas cá fazer”, explicou Inês. “E decidi brincar contigo pela reacção que tiveste quando pedi para te entregarem o meu cartão”, acrescentou. “Podes não acreditar mas fui tão parvo que pensei que me querias vender um seguro”, disse. “ahahahahahahahahahahahahaah”, reagiu Inês com uma gargalhada que captou a atenção de diversas pessoas. “Mas estás desculpado”, referiu. “Porquê?”, questionou João. “Quando os homens têm a cabeça numa mulher perdem o raciocínio e a lógica. Pouco ou nada te falei de trabalho e dava-te um cartão para vender seguros? Dei-te o cartão porque gostei de ti”, disse, deixando João sem reacção.

“Posso pagar-te uma bebida como pedido de desculpa?”, perguntou João. “Podes. Um copo do champanhe mais caro que esta casa tiver”, respondeu Inês. “Ouch! Mas a verdade é que mereço. Espera aí que vou pedir”, disse. “Queria mais uma cerveja se faz favor”, pediu ao empregado. Quando recebeu colocou o copo em frente a Inês. “Diz que é o melhor champanhe que têm aqui”, brincou motivando um sorriso em Inês. “Brincadeiras à parte, conta-me, caso queiras, o que correu mal no teu plano”, disse Inês.

“Gostas de coisas tristes?”, perguntou João. “Não”, respondeu Inês. “E de histórias tristes daquelas que ninguém suporta ouvir?”, insistiu. “Também não”, disse Inês. “E de histórias bonitas? De momentos felizes?”, perguntou João. “Disso já gosto”, referiu Inês. “Nesse caso vou contar-te uma história que se passou num bar, pode ser?”, disse João. “Vamos a isso que tenho tempo até que o meu namorado venha aqui ter connosco”, respondeu Inês. “A sério?”, perguntou João. “Estava a brincar”, gracejou Inês. “Então vamos a isto. Era uma vez um rapaz que fez uma viagem e que conheceu uma menina simpática no avião. Depois de alguns azares acabou a beber cerveja, quer dizer champanhe com essa menina num bar. Fim. Gostaste?”, perguntou. “Parece-me bem. Mas acabou depressa. A história deles fica pelo champanhe?”, disse Inês olhando fixamente João.

“Faltam alguns episódios na história dele entre o avião e o champanhe. Como tal é capaz de ser melhor acabar assim. Não foram felizes para sempre, pelo menos um com o outro, mas o final consegue ser simpático”, explicou João. “E eu a pensar que ia haver por aí umas cenas de sexo tipo 50 Sombras de Grey”, soltou Inês, fazendo com que João se engasgasse com a cerveja. “Não me digas que é agora que me vais confidenciar que afinal estás em Dublin porque é aqui que tens o teu quarto secreto e que pretendes fazer de mim o teu escravo sexual”, disse João. “Por acaso não. Tenho um quarto desses mas em Lisboa. Nem te passa pela cabeça as coisas que lá faço. Se te contasse ainda te engasgavas mais”, referiu Inês num tom de voz que deixou João sem perceber se era brincadeira ou se Inês estaria a ser sincera.

“Ainda bem que tens o teu quarto secreto a milhares de quilómetros daqui. Até porque apetecia-me mais uma cena ao tipo de Notting Hill”, disse João. “E tu fazes de Spike? Vais à porta em cuecas?”, pergunta Inês. “Deu para ver que gostas do filme. Mas posso dizer-te que preferia fazer ser o William e tu podias ser a Anna, mesmo sendo muito mais bonita do que a Julia Roberts”, disse. “E que cena do filme vamos fazer?”, perguntou Inês. “Aquela parte em que saltamos a vedação e vamos os dois sozinhos para o jardim. Até parece que já estou a ouvir o Ronan Keating a cantar When You Say Nothing at All”, explica João. “E não há uma única cena de sexo, ao estilo de Nove Semanas e Meia?”, pergunta Inês. “Não queiras saber o guião todo...”, disse João.

a minha mãe teve o rei na barriga

Existem coisas que aprecio em José Mourinho. E nem me estou a referir aos dotes enquanto treinador. Uma das coisas de que mais gosto é da forma como encara a imprensa estrangeira que ainda olha de soslaio para os portugueses, algo que acontece em Inglaterra, onde nenhum treinador tem um currículo igual ao seu. Na sua primeira conferência de Imprensa, na sua primeira passagem por terras de Sua Majestade, teve de marcar uma posição, salientando que apenas ele e, na altura, Alex Ferguson, tinham vencido competições europeias. Como tal, era especial.

Agora, um novo momento brilhante protagonizado pelo melhor treinador português de todos os tempos (isto com base apenas no currículo e com as devidas distâncias temporais para outros nomes como Pedroto). Um jornalista inglês questionou José Mourinho sobre as suas atitudes e sobre a sua arrogância, indo ao ponto de lhe perguntar se achava que tinha o rei na barriga. Resposta pronta do português. “Eu?!? Não! Quem um dia teve o rei na barriga foi a minha mãe”, disse.

Este momento e a prontidão da resposta é simplesmente genial. Não imagino outro treinador a responder desta forma. Pode dizer-se que é a arrogância no limite máximo da taxa de bazófia. Pode também dizer-se que Mourinho considera que é o melhor do mundo. Podem ainda ser feitas diversas críticas à reacção às palavras do jornalista. Mas nenhuma crítica retira o brilhantismo deste momento protagonizado por José Mourinho.

isso? nem dado!

Ontem estava a trabalhar com um grande amigo quando passámos junto a uma casa bastante simpática de uma pessoa que conhecemos e que actualmente vive fora de Portugal. Como tal, aquela casa está desabitada há largos meses. “Que desperdício esta casa aqui assim”, disse-lhe. “Não me importava de vir para aqui viver. Nem que fosse para a casa arejar e para os canos não se estragarem. Quando ele voltasse a Portugal avisava e eu ia embora”, acrescentei. “E assim poupava a renda da minha casa”, conclui.

Esta brincadeira foi partilhada pelo meu amigo que depois saltou para outro tema a que acha piada e que se trata de algo que muitas pessoas dizem. “Esta casa? Nem dada”, gracejou. “Acho piada às pessoas que estão sempre a dizer isto. “Um Porsche branco? Nem dado! Um casa destas? Nem dada! Um Ferrari numa cor estranha? Nem dado”, disse, prosseguindo nos exemplos de coisas que as pessoas dizem não querer, mesmo que lhes fossem dadas sem qualquer custo.

“Nem dado? A mim podiam dar tudo”, dizia, questionando até que ponto é que as pessoas realmente seriam capazes de rejeitar coisas como casas caras com uma arquitectura que não apreciam, um carro de luxo cuja cor desgostam ou tantas outras coisas de valor elevado mas sem beleza que cative quem diz “nem dado”. E a verdade é que aquilo que nem dado queria certamente seria bem recebido por todas as pessoas. Pelo menos eu recebia. E depois vendia, utilizando o dinheiro para outras coisas a meu gosto.

Acredito que o “nem dado” serve apenas para marcar uma posição em relação ao gosto ou algo semelhante. Porque não acredito que a esmagadora maioria das pessoas recusasse um carro avaliado em centenas de milhares de euros ou, e apenas para dar mais um exemplo, uma casa avaliada em mais de um milhão de euros. Mas tiro o meu chapéu a quem – se é que essas pessoas existem e estou a excluir as pessoas que têm dinheiro para comprar tudo e mais alguma coisa – realmente rejeitava um carro porque é de uma cor de que não gosta ou uma casa porque a arquitectura não é a mais bela das redondezas.

23.9.15

foram só 36

Como sempre, entrei no prédio e abri a caixa de correio. Reparei que tinha publicidade, coloquei a mão lá dentro e retirei a mesma. Quando agarrei fiquei com a sensação de que estava a retirar um catálogo de uma qualquer loja ou uma qualquer marca. Engano meu. Na realidade estava a agarrar 36 publicidades iguais, ainda por cima com folhas grandes. Aquilo que parecia um catálogo era na realidade publicidade mais do que suficiente para toda a zona onde moro.

Recuso acreditar que foi sem querer. Aquilo é obra de quem quer ganhar dinheiro sem ter que distribuir a publicidade da forma correcta. Pensei se deveria ir ao espaço em questão com as 36 folhas de publicidade para que o dono soubesse como está a ser distribuída à publicidade. Mas como é um local que (ainda) não frequentei, deu-me apenas para rir.

Agora estou a ponderar forrar algumas paredes da casa com publicidade referente a salsichas, frangos, entrecosto e afins. É capaz de resultar numa decoração única, original e que até mata a fome a quem a vir.


22.9.15

será que sofres de ortorexia (ou a obsessão da alimentação saudável)

Como dei conta em tempos aqui no blogue, passei por um processo a gosto de chamar de reeducação alimentar. Há quem lhe chame dieta e já irei explicar porque é que não gosto desse nome. Mas antes disso, quando vivi a minha reeducação alimentar percebi que comia poucas vezes ao dia, o que fazia com que tivesse mais apetite fora de horas. Percebi que comia as coisas erradas nas horas erradas. E que, entre outras coisas, casava mal os alimentos com os meus dias.

Voltando à dieta, é algo que não gosto de dizer que fiz. Porque tenho a ideia de que as pessoas associam a dieta ao corte radical de determinados alimentos. E sempre recusei fazer isso, algo que nunca escondi à nutricionista (Mariana Abecasis) que me acompanhou. Sempre lhe disse que quando me apetecia algo, comia. Não me privava de comer isto ou aquilo. Preferia comer do que andar a “morder-me” todo para não comer. E a Mariana deu-me os parabéns por ser assim e nada disto alterou o sucesso do que desejei fazer (e fiz).

E quando me inteirei mais sobre o assunto da reeducação alimentar apercebi-me de que muitas pessoas, que passam ou não por um processo igual ao meu, ficam com medo de comer. São pessoas que ficam escravas dos alimentos saudáveis que são pesados detalhadamente e que ganham uma fobia a tudo aquilo que consideram ser mau para a saúde. Pessoas que ficam com peso na consciência quando comem algo que supostamente não deviam comer.

Nada tenho contra quem é assim. Acho apenas que é perigoso, até para a saúde. E descobri hoje que esta obsessão, a de comer sempre “bem”, pode ser uma doença que se chama ortorexia. E quem sofre desta doença tem medo de açúcares, foge de alimentos processados, de gorduras e de muitas outras coisas. E algo que já acontece muito nos Estados Unidos da América e que começa a acontecer também em Portugal é transmitir esta obsessão aos filhos. O que também não é bom.

É um facto que nos dias que correm muitos apelam para os cuidados de modo a que se evitem doenças cardiovasculares ou diabetes. É também inegável que se calhar dá-se muito relevo ao excesso de peso. E ao longo do tempo que tenho o blogue já alertei para esses perigos em diversas ocasiões. E será algo que irei certamente continuar a fazer. Mas uma coisa é alertar para os perigos e passar uma mensagem de que é necessário ter cuidado para que se tenha uma vida mais saudável. Outra, completamente diferente, é viver preso a uma obsessão que também acaba por ser perigosa.

podemos voltar para trás? e abrir a janela?

Acredito que todas as pessoas em determinado momento da sua vida já colocaram alguma questão que breves segundos depois perceberam não fazer qualquer sentido e ser completamente disparatada. E quem diz fazer uma pergunta diz também dizer algo que acaba por ser um tiro ao lado. A diferença é que todos nós dizemos algo disparatado mas nem todos nós ouvimos algo disparatado com frequência. Acredito que essa tarefa está reservada para algumas profissões onde o contacto com o cliente é bastante próximo. Como é o caso das hospedeiras e comissários de bordo.

O jornal Independent publicou as perguntas mais absurdas que já foram feitas às hospedeiras e comissários de bordo da Jet2, uma companhia aérea britânica. E algumas delas são verdadeiros momentos de humor. A saber:

“Esqueci-me de uma coisa, podemos voltar para trás?”

“Como é que se abre a janela?”

“O piloto disse que vamos aterrar antes da hora prevista. É a hora de Espanha ou de Inglaterra?”

“O que leva a sandes de queijo e fiambre?”

“Sabe dizer-me o resultado do jogo de críquete?”

Como referi, acredito que todos nós já fizemos uma pergunta que podia estar no mesmo grupo destas. E como disse um funcionário da companhia aérea, independentemente de tentar manter o profissionalismo, o melhor é quando percebem que podem fazer uma piada com o passageiro que se apercebeu de que disse algo sem sentido. É a velha máxima de que rir é o melhor remédio.

ironias da vida, amores e traições

Nem todas as histórias com princesas e príncipes são iguais aquelas que aparecem nos livros e que encantam pessoas em todo o mundo. Por exemplo, o príncipe Carlos casou com uma mulher (a falecida princesa Diana) que não amava. Nunca foi seu desejo casar com aquela que era conhecida como a princesa do povo. O seu grande amor é a sua actual mulher, Camila Parker Bowles. Duquesa com quem o príncipe manteve uma relação extra-conjugal durante o casamento com Diana, que também teve as suas relações fora do casamento, uma delas com um guarda-costas.

Aquilo que acabei de escrever dá mais piada ao que se segue. É que Carlos impôs à nora, Kate Middleton, apenas e só seguranças femininas. Não há cá homens a proteger a mulher do príncipe William. E o motivo é simples. Carlos quer evitar que Kate se apaixone por um segurança. Quer assim evitar que o filho seja traído como ele foi. Tendo em conta a vida de Carlos, tudo isto não deixa de ser irónico.

quando a cópia é igual ao original (ou quase...)

Por norma a cópia nunca é tão boa como o original. Por melhor que seja a imitação fica sempre a faltar algo em relação ao original. O que não invalida que não existam por aí cópias de tudo e mais alguma coisa, desde roupas a ideias, projectos e até pessoas. Mas isto não impede que existam cópias iguais ao original. Ou quase iguais, para ser simpático. Pelo menos são cópias com piada. Até porque não existe pretensão de ser igual ao original. É apenas uma piada.

E foi esta a ideia escolhida pela H&M para a mais recente colecção Modern Essentials selected by David Beckham para este Outono. Nesta campanha Kevin Hart (um comediante cujo humor aprecio sobremaneira) dá vida a um actor profissional que tem a ambição de fazer o papel de David Beckham. E o resultado está genial.

(as restantes fotos da campanha estão no facebook do blogue)



Os anos vão passando e sempre que me deparo com uma nova colecção da H&M com o toque pessoal de David Beckham não deixo de enaltecer o impacto mediático que o ex-jogador, agora com 40 anos, consegue manter e que dificilmente será igualado por qualquer outro jogador quando tiver a sua idade. Num pequeno aparte, e depois de ter visto Beckham no último filme de Guy Ritchie, acredito que o cinema será o próximo mercado onde irá entrar. Em relação a esta campanha destaco o inesperado lado humorístico escolhido por Beckham e o talento de Kevin Hart.

quando a nossa vida sentimental depende da foto de perfil

No momento em que estamos prestes a entrar numa qualquer rede social passamos por aquela etapa fundamental em que temos de escolher uma foto de perfil. Há quem escolha um boneco. Há quem escolha uma foto mais divertida. Há quem opte por uma mais séria ou por uma daquelas ao estilo de um escritor, com a mão por baixo do queixo.

Mas acredito que a maioria das pessoas quer a sua melhor foto. Uma foto daquelas onde tudo é aparentemente perfeito. Isto é elevado a um patamar ainda mais importante quando se trata de uma foto da qual depende o futuro da nossa vida sentimental. Quero com isto dizer a foto de perfil de uma rede social que serve apenas para que as pessoas encontrem a sua alma gémea. Para que encontrem aquele amor que ainda não conseguiram encontrar longe da rede social.

E se escolher uma foto de perfil já é importante numa rede social onde o romance não é obrigação, ainda mais importante é quando o objectivo é atrair alguém. Por isso, é capaz de ser melhor evitar alguns dos erros cometidos por estas pessoas que escolheram as imagens que aqui partilho como foto de perfil em redes sociais dedicadas ao romance.












21.9.15

o segredo do sucesso dos cargos de relevo

Cada vez mais me convenço que existe apenas um detalhe que separa um bom chefe, um bom líder de um chefe razoável ou de um líder que poucos desejam seguir. E o segredo é apenas a gestão de recursos humanos. Ou seja, a forma como essa pessoa lida com as pessoas com quem trabalha, com a sua equipa. A gestão que faz das mesmas nos bons e maus momentos, nos momentos mais leves e naqueles de maior aperto.

É isto que separa um líder incontestado dos outros. Este é o grande factor diferencial. E isto aplica-se a um treinador de futebol, a um chefe de equipa de uma qualquer empresa como a todos os chefes que lidam directamente com pessoas. E aqui estou a partir da ideia de que todos têm as bases teóricas necessárias para ocuparem os respectivos cargos. Por exemplo um treinador de futebol. Quase todos frequentam os mesmos cursos e quase todos funcionam com a mesma metodologia de treino. Mas nem todos são admirados e respeitados pelos jogadores que treinam. As bases são as mesmas mas uns são adorados e outros são detestados pelos jogadores.

E isto aplica-se a praticamente todas as carreiras. O sucesso da equipa e o apoio dos membros que a compõem está directamente ligado à forma como o chefe gere os recursos humanos de que dispõe. A forma como lida com todos. Em circunstâncias iguais. Se os consegue manter unidos ou se só está preocupado com dois ou três, ignorando os restantes. Ou, se por outro lado, acredita que o seu sucesso dependerá da fragmentação da equipa que lidera.

Acredito que actualmente saber gerir um grupo de personalidades diferentes, quer seja a trabalhar ou não, é o maior desafio de um chefe que ambiciona ser um líder respeitado, seguido e que conta com o apoio da sua equipa. Por outro lado tenho a ideia de que muitos chefes ainda não perceberam isto. Ou, se perceberam, desvalorizam a questão e entendem que tudo se resolve com um “porque eu mando”, por uma conversa com um tom de voz mais elevado ou por ameaças mais ou menos escondidas.

As imposições forçadas, os gritos e as ameaças conseguem os mínimos olímpicos da equipa. Fazem com que a equipa consiga estar no evento mas dificilmente chegam para que se conquiste uma das tão desejadas medalhas de ouro. Para isso é necessário um líder. Um bom líder. E para isso é necessário estar apto a lidar com pessoas de personalidades diferentes. Algo que muitos chefes ignoram.

brilhar num evento sem nudez nem produção exagerada

Há muito que defendo que Stefani Joanne Angelina Germanotta é uma mulher lindíssima. Quem? Talvez seja mais fácil dizer Lady Gaga. Há muito que defendo a opinião de que se trata de uma mulher muito bonita e bastante sensual. Acho até que já manifestei essa opinião no blogue numa altura em que partilhei uma imagem sua sem maquilhagem desafiando quem por aqui passa a tentar adivinhar a sua identidade.

Como referi, acho que Lady Gaga é muito bonita (não ignorando o facto da beleza depender sempre dos olhos de quem vê) mas quando partilho esta ocasião costumo ser “atacado” por pessoas que defendem que esta mulher é tudo menos bonita. Gostos à parte, acho que é uma mulher bonita (e uma artista extraordinária) que passa despercebida devido à excessiva maquilhagem e produção que a sua personagem enquanto cantora exige. Trata-se de uma aposta que acaba por esconder a Stefani que é esmagada pela excêntrica Lady Gaga.

Até que Lady Gaga decide ir à cerimónia deste ano dos Emmy Awards com um discreto vestido preto (criação Brandon Maxwell) e igualmente com maquilhagem discreta e um penteado simples, deixando todo o mundo boquiaberto com a sua elegância, sendo ainda o maior destaque do evento, no que à passadeira vermelha diz respeito.





Talvez algumas pessoas que me criticavam quando dizia que é uma mulher bonita mudem de opinião ao vê-la numa versão mais simples, menos artística e mais sofisticada. Coisas simples que podem ser ainda analisadas com o impacto deste look de Lady Gaga: o preto nunca desilude nem deixa ninguém ficar mal, um vestido simples pode fazer um brilharete e não é preciso exagerar na produção (roupa – ou falta dela - e maquilhagem) para ser o grande destaque de um evento.