10.9.15

o que realmente aconteceu quando (quase) joguei na luz

Como referi neste texto e neste post, fui convidado para participar num jogo de futebol que teve lugar em solo sagrado, ou seja, no Estádio da Luz e que deu protagonismo aos jornalistas. Agora, vou explicar detalhadamente aquilo que aconteceu num dia que, pelo que tenho lido nas diversas publicações, marcou os participantes neste jogo especial e único.

Como já tinha dito, recebi o convite da Adidas. Aquilo que ainda não tinha mencionado foi o motivo do mesmo. A marca que equipa o Benfica entende ser necessária uma revolução no calçado dedicado ao futebol, defendendo que existem somente dois tipos de jogadores: os que causam o caos e os que controlam tudo. Como tal, a Adidas decidiu criar dois tipos de botas, específicos para cada um destes grupos.

Para uns existem as ACE15. Estas botas são ideais para os jogadores que nasceram para controlar. São as chuteiras ideais para os atletas que transportam para o campo as ideias dos treinadores. Aqueles que conseguem colocar ordem no caos dos outros. De forma resumida e directa, é uma bota feita para controlar. Para isso existe o revolucionário Control Web que proporciona um controlo de bola definitivo, graças a um material projecto em 3D. Por sua vez, a sola é feita de três camadas de EVA o que permite uma melhor aderência da bota à superfície. E a pele grip non-stop oferece um controlo perfeito em todas as condições. Existe ainda o control fit, um novo estabilizador do calcanhar.


Do outro lado estão os jogadores que não aceitam ser controlados. Aqueles que levantam o público das cadeiras do estádio. Aqueles que aquecem o jogo com as suas fintas e que os defesas têm dificuldade em controlar. Para estes foram criadas as X15. Estas têm o techfit collar que oferece um ajuste de compressão ao redor do tornozelo. A base de x-claw apresenta uma configuração dos pitões que permite movimentos imprevisíveis e uma aceleração complicada de parar. O inovador X-Cage é construído para os jogadores mais ágeis do mundo. A x skin apresenta-se com um material super leve que permite controlar a bola a qualquer velocidade.


Os jornalistas podiam ter sido convidados, em primeira mão, apenas para experimentar os dois tipos de botas. Isso já seria motivo de alegria. Mas a Adidas teve a inteligência de transformar isto numa experiência total a nível de futebol. Como tal, e para começar, os jornalistas foram avisados de que tinham de marcar presença às 18 horas na sala de imprensa do Estádio da Luz. E assim fizeram. Alguns dos principais jornalistas desportivos do País marcaram presença no estádio do Benfica. Sabiam que era uma acção da Adidas, que envolvia um jogo e pouco mais do que isso.

Minutos depois da hora marcada Jonas e Jardel entravam na sala. Dirigiram-se à mesa, e ao estilo de um seleccionador que anuncia aos portugueses os convocados para uma importante convocatória, começaram a dizer o nome dos jornalistas (24 no total) que convocavam para as suas equipas. De um lado estava a equipa X (treinada por Jonas) e do outro a Ace (treinada por Jardel). Feita a convocatória os jogadores seguiram para os respectivos balneários decorados a rigor. Foi lá que ouviram as palestras dos respectivos treinadores. Dali seguiram para o relvado, onde teve lugar o aquecimento. Momentos mais tarde recolhiam ao túnel de acesso ao relvado onde o árbitro esperava por ambas as equipas.

Ao estilo de um jogo oficial as equipas entraram no relvado. Tal como num jogo oficial, o speaker da Luz revelou aos adeptos a constituição das equipas. A bola começou a rolar e o jogo teve duas partes de quinze minutos durante as quais aconteceram três golos, devidamente festejados pelo speaker. A vitória (2-1) sorriu à equipa de Jardel. Antes, e tal como num jogo, Jonas decidiu brincar, improvisando uma discussão com o árbitro. E tal como acontece num jogo até houve flash interview com os intervenientes. Antes disto destaco o momento em que o speaker anunciou que estavam presentes na Luz 58 espectadores, trocando o grito “carregaaaaaa Benfica” por “carregaaaaaa Adidas”.

Como referi, experimentar as botas num qualquer jogo de futebol num qualquer campo já seria um motivo de alegria para os convidados. Mas tenho de dar os parabéns à Adidas que conseguiu transformar a apresentação de dois modelos novos numa experiência digna de um jogador de futebol profissional. Desde a convocatória até ao final do jogo tudo foi semelhante a um jogo oficial no Estádio que ainda há duas épocas acolheu a final da Liga dos Campeões e que foi também o palco da final do Euro 2004. E viver isto é algo que nenhum dinheiro do mundo compra. Por isso é que tenho lido as mais diversas críticas dos participantes enaltecendo o dia em que jogaram no Estádio da Luz.

Felizmente estive presente. É com orgulho (e alguma vaidade) que posso dizer que fiz parte do restrito leque de convidados. Ainda mais restrito se for resumido a autores de blogues. Infelizmente não tive a oportunidade de jogar. Enquanto sonho com uma nova oportunidade para pisar o estádio da Luz fica a promessa de vir a experimentar as Adidas ACE15 que estão comigo. E de acordo com a Adidas, irei controlar o jogo. Mais uma vez, obrigado à Adidas pelo convite.

10 comentários:

  1. Boa estratégia. Ainda bem que os intervenientes gostaram. : )
    Mata Hari

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    1. É impossível não gostar e se procurares no google vais encontrar relatos muito bons :)

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  2. Pipocante Irrelevante Delirante12 de setembro de 2015 às 16:17

    Uma questão: esse evento foi patrocinado por uma marca de produtos desportivos, e serviu de publicidade? Ou foi o Benfica que organizou?

    É que corre por aí uma polémica em que os repórteres de campo (os fotojornalistas) se recusaram usar os coletes oficiais da liga, por terem publicidade, e isso ir contra o seu código de ética.

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    1. Como referi no texto, foi uma acção da Adidas para apresentar as duas novas botas. E decorreu no Estádio da Luz e contou com a participação de dois jogadores do Benfica. Estavam presentes pessoas do Benfica mas foi obra da Adidas.

      Não sei de que polémica falas (se quiseres enviar-me por aqui ou por email o link da polémica poderei ser mais claro na explicação). Aquilo que aconteceu é que um grupo restrito de jornalistas foi convidado para participar num jogo e testar as novas botas. Quem estava a jogar (excepto o caso de um funcionário do Benfica) não estava a trabalhar. Na linha lateral onde fiquei, estavam as pessoas que não estavam a jogar e que estavam a filmar e a fotografar a acção. Como não tive a possibilidade de jogar, fiquei na linha lateral e ninguém foi obrigado (que eu visse) a vestir nenhum colete. A única coisa que as pessoas tinham de ter, como é normal, é uma credencial para circular dentro do Estádio. No campo existiam regras que são comuns a todas as acções, como não pisar o relvado, etc. De resto, nenhuma polémica.

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  3. Pipocante Irrelevante Delirante12 de setembro de 2015 às 16:20

    Posso pedir-lhe uma opinião? Não sente saudades de umas botas PRETAS? Ao fim de ** anos a chutar pelotas, fui obrigado a comprar umas azuis... Não havia modelos em preto. Sinto-me corrompido!!

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    1. Prefiro que me trates por tu, pode ser?

      Acho que isso a que te referes é normal com o passar dos anos. Sou do tempo em que se retiravam os símbolos das marcas das botas para que ficassem todas pretas. Sou do tempo em que todos queriam ter umas Copa Mundial (Adidas) que tinham apenas as riscas brancas. Com o passar dos anos, sobretudo recentemente, surgiram as cores. E como os grandes símbolos das marcas - Ronaldo, Messi, etc - usam essas cores, os mais novos também as querem. E isso também se nota nos equipamentos.

      Mas, por acaso, as botas que me foram oferecidas (na imagem que partilhei são amarelas e pretas) são todas pretas. Por isso elas ainda existem. Podem passar despercebidas e ter menos procura mas acredito que nunca vão desaparecer. Azuis é que não (brincadeirinha)!

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