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Para algumas pessoas, líder é a forma portuguesa de dizer Lidl. “Vou só ali ao líder comprar uns chocolates e volto já”, dizem. Para outros, líder é aquela palavra que faz parte da letra da música Follow The Líder (Leader na versão original) cantada pelos The Soca Boys e que levava as pessoas a fazerem coreografias tipo comboio numa qualquer discoteca. “Follow the líder, líder, líder (siga – me!) Follow the líder, líder, líder (siga - me, siga – me!) Follow the líder, líder, líder (siga – me!) Follow the líder, líder, líder”, era o que cantavam.

Depois existem aqueles que entendem que um líder é a pessoa que merece o crédito do trabalho bem efectuado pela equipa que comanda. Líder esse que não tem culpa quando as coisas correm mal. É o líder do lado bom da vida. É a pessoa das palmadas nas costas e abraços nos bons momentos mas que nunca tem culpa nos erros dos comandados e que assobia para o lado quando as coisas começam a apertar.

Quanto a mim, continuo a preferir os líderes que sempre conheci. Aqueles que o são porque merecem e não porque impuseram essa liderança à força. Os líderes que nunca são responsáveis pelo mérito de algo bem sucedido. “o sucesso é fruto do trabalho da equipa”, dizem. Líderes que assumem a culpa quando algo corre mal, mesmo que os erros não sejam da sua responsabilidade. “A culpa é minha pois sou eu quem manda”, referem. Líderes que sabem motivar e que não o são apenas pela função que desempenham. Infelizmente, este tipo de liderança começa a escassear.