depressa demais

Parece que foi ontem que montei a árvore de Natal e que decorei a casa para esta quadra festiva. Parece que foi ontem que fiz a lista dos presentes que queria oferecer às pessoas mais especiais da minha vida e que andei a correr de um lado para o outro para os comprar. Parece que foi ontem que estava à mesa na noite de Consoada. E também parece que foi ontem que passei o dia de Natal a passear em família. A verdade é que tudo isto já é passado. Tal como faz parte do passado a azáfama para preparar a festa de Ano Novo que este ano decorreu na minha casa e o Dia de Reis, o último em que as luzes de Natal se iluminam.

E esta sensação de que o tempo está a passar depressa demais é algo que sinto nesta fase da minha vida. Não é algo exclusivo desta época. Quando era criança, não tinha qualquer noção do que era o tempo. Mais tarde, na adolescência, queria que o relógio se movimentasse mais depressa. Queria chegar rapidamente aos 18 anos para tirar a carta, para ser mais independente. Enfim, para ser adulto. Agora, sinto que o tempo passa muito depressa. Chego a ter a sensação de que não é suficiente para fazer tudo o que quero e para aproveitar aquilo que quero aproveitar. E este tipo de sensação é algo que me assusta e faz desejar que o tempo avance mais pausadamente.