não acredito mas agradeço o teu gesto

Há alguns dias recebi um email a dar-me conhecimento do concurso organizado pelo Aventar. O evento tem como objectivo premiar os melhores blogues deste ano, que estão divididos por categorias. Confesso que o email captou a minha atenção. Li o regulamento atentamente e dei por mim a analisar as categorias para descobrir se me enquadrava em alguma.

Isto durou alguns minutos até que “caiu a ficha.” Nessa altura, parei para pensar. E decidi não concorrer. Pelo medo da derrota óbvia? Não. Nada disso. Simplesmente porque existem milhares de blogues melhores do que o meu. Mais interessantes. Mais divertidos. Mais sérios. Melhor escritos e com uma capacidade muito maior de prender a atenção dos leitores e amigos.

Falsa modéstia? Não. Estás a dar uma de coitadinho para que as pessoas comentem a dizer maravilhas sobre o que escreves? Muito menos. É a simples realidade. Limitei-me a ser realista. Não inventei nada. Não sou sou o rei do blogspot.pt. Não me acho superior a ninguém. Não grito ao mundo virtual que sou melhor do que A, B ou C e que essas pessoas é que me imitam. Há que ser realista. E foi isso mesmo que fui. Como tal, optei por não me inscrever, aquilo que achei ser a decisão mais sensata.

Porém, acordei hoje com o telemóvel a piscar. Tinha um email. Curiosamente, estava inscrito no concurso onde tinha optado não me inscrever. Como é que é possível, foi o que pensei. Li o email com atenção e percebi que foi outra pessoa que me inscreveu, sem me consultar. Uma pessoa que não tem qualquer ligação familiar comigo. É alguém que acompanha este pequeno blogue, de apenas oito meses, quase desde o início e com quem falo com alguma frequência.

Não divulgo o nome da pessoa em questão por desconhecer se pretende que o faça. Mas, não vou mentir. Não vou ser falso modesto. Gostei da atitude. É bom saber que alguém acredita no nosso valor para algo que nós próprios não acreditamos. E saber que uma pessoa entende que devo participar num concurso, seja ele qual for, é suficiente para mim. Para mim, o concurso já começou. E já chegou ao fim. E eu ganhei aquilo que tinha para ganhar. Um sorriso de orelha a orelha. Obrigado.