noivado de pobre

Há duas coisas que aprecio de forma especial e diferente das demais. O bom humor, que escapa a muita gente. E a capacidade, quase rara, que alguém tem em rir-se dos seus próprios problemas. Gosto daqueles que em tempos difíceis têm sempre tempo para um sorriso e para uma boa gargalhada, mesmo que por vezes a piada sejam eles. Neste domínio e perante as realidades que conheço destaco o povo brasileiro. Sorriso fácil e sempre bem-dispostos. Fazem piadas com tudo e o “pobre” consegue fazer uma boa piada sobre o vizinho do lado que é ainda mais “pobre.”

Além desta característica, o Brasil já viu nascer muitos comediantes de excelência e outros actores que têm a capacidade de me fazer rir como poucos. Destes, dou realce a Caco Antibes, o fantástico personagem interpretado por Miguel Falabella em Sai de Baixo. Recordam-se?

Tenho saudades do personagem que se apresentava como um príncipe dinamarquês, alto, louro e espadaúdo. Que tinha pavor a pobre. Que conseguia adaptar todas as situações da vida aos pobres, brincando com os mesmos. A narração de um noivado de pobre, que aqui deixo, é um dos meus favoritos. E a verdade é só uma... rir é (e sempre será) o melhor remédio.