podia ser praia mas não é. e uma dica

Para a maior parte das pessoas que conheço, Algarve é sinónimo de calor. Praia. Descanso. Altas temperaturas. Petiscos. Jantaradas até altas horas da noite. Copos e saídas com os amigos. Assim que se fala de Algarve, surgem logo memórias associadas a férias.

Para mim, é diferente. Algarve é sinónimo de família. De nostalgia. Do regresso às origens do meu apelido. Aliás, exceptuando os telefonemas familiares, só no Algarve é que percebem o meu apelido ao telefone. É a única região onde digo o meu apelido sem que me perguntem cinquenta vezes como é que se escreve, acabando por perceber o mesmo apenas quando soletro. Depois destas memórias, Algarve é sinónimo de trabalho. De muito trabalho. De uma vida agitada. Completamente diferente do habitual. Com horários diferentes. Com confusão positiva. Com uma pressão um pouco mais acentuada do que nas rotinas diárias. E com um cansaço tremendo.

Só no final de tudo o que referi é que surgem as memórias da vida descansada e relaxada. Do gin tónico na mão. Dos calções. Chinelos e t-shirt. Das gargalhadas. Das longas horas de conversa com amigos. Da praia a dois em Lagos. Dos jantares românticos. E muitas outras memórias que são especiais e que nunca esquecerei. Para mim, o Algarve é isto. Um misto de emoções que me marcam e um local de onde fujo no mês de Agosto.

Aproveito para deixar uma dica para quem está farto do Algarve comercial e procura uma emoção que tão cedo não esquecerá. Falo das festas da lua cheia. A não perder. Para quem não sabe do que falo, é uma festa nocturna onde a praia está iluminada somente pela lua e por centenas de pequenos candeeiros de papel colocados no areal e nas rochas que estão na água.