Este texto não tem como objectivo dar a
conhecer uma opinião política. Longe disso! Simplesmente, defendo que somos uns
meros escravos. Ao longo das nossas vidas não passamos de escravos. Súbditos do
ritmo. Melhor, de vários ritmos.
A começar pelo trabalho. Esquecendo a minoria
que representa os patrões, somos escravos de um ritmo imposto por alguém que
entende que aquela deve ser a nossa velocidade de trabalho. Resta-nos cumprir
esse ritmo ou ficamos para trás e somos despedidos. No desporto, a mesma coisa.
Se for a um nível profissional, vivemos ao ritmo que o treinador considera
ideal para nós. Se frequentamos uma aula de um ginásio, obedecemos ao ritmo
imposto pelo professor.
No amor também somos meros escravos. Somos escravos do
ritmo do nosso coração. É ele quem dita a velocidade e intensidade da nossa paixão.
Pode ser algo louco e arrebatador ou um sentimento que mal mexe connosco. Vamos
a uma discoteca. Dançamos ao ritmo da música que alguém escolheu para nós.
Mais. Até à idade adulta, vivemos quase sempre ao ritmo que os nossos pais
entendem ser o mais adequado para cada um de nós. E isto aplica-se a tudo na
vida.
É verdade que nos tempos de lazer podemos ter
alguns momentos de liberdade. Podemos ser donos e senhores do nosso ritmo. Mas,
mesmo aí acabamos por não o ser. Porque escolhemos fazer planos, na sua
maioria, pautados por outros ritmos. Pelo ritmo do trânsito, dos horários,
da luz do dia e por aí fora.
Por isso, defendo que não há volta a dar.
Nascemos escravos. Vivemos escravos. E vamos morrer escravos. Haverá sempre um
ritmo a seguir. E na sua grande maioria não é dominado por nós. Todavia, esta
escravidão não é um pesadelo. Até pode ser um sonho. Basta apenas que cada um de nós seja escravo do
ritmo certo.
Muito bom este texto e muito verdade. A questão é que, se nas outras áreas é uma escolha, no trabalho e no coração, não temos claramente hipótese de escolha ;)
ResponderEliminarÁs vezes é tão bom não ter hipótese de escolha ;)
EliminarÉ verdade...
ResponderEliminarDetesto que me imponham um ritmo que não o meu!
Eu também detesto. Excepto em ocasiões especiais :)
EliminarEntão se formos mulheres estamos mesmo lixadas. A essa escravidão juntas a de ter que cuidar de uma casa e filhos enquanto os homens limitam-se a "ajudar" e acham que fazem muito.
ResponderEliminarFelizmente os homens estão muito melhores nesse aspecto. Não achas?
Eliminar"Escravos do ritmo certo"... mais uma receita com cheirinho a felicidade.
ResponderEliminarBasta seguir. E é tão fácil :)
EliminarNão gosto de ser escravo... mas quase trabalho de borla!!
ResponderEliminarE se for de borla, o ritmo pouco importa...
O Gajo das Botas
http://ogajodasbotas.blogspot.pt/
Como te compreendo Gajo das Botas...
EliminarEu sou escrava do trabalho. Infelizmente. O meu sonho é ser reformada, mas não com o presente (Des)Governo!
ResponderEliminarUm dia, alguém, quis que eu fosse escrava do seu amor, mas eu sou muito independente... :-)
Aproveita a vida ao máximo antes de chegares a esse ponto :)
EliminarFazes bem em ser independente ;p
Lá teremos então de escolher o melhor ritmo para nós!
ResponderEliminarvidademulheraos40.blogspot.com
É o caminho a seguir :)
EliminarSó nos resta adaptarmo-nos o melhor que podemos a todos os ritmos que nos escravizam...:)
ResponderEliminarPois é :)
EliminarUm belo ponto de vista :)
ResponderEliminarÉ o que acho :)
EliminarGostei e partilhei com os devidos creditos ( espero que nao te importes) ;)
ResponderEliminarAbraço
Tranquilo ;)
EliminarAbraço
É uma forma de ver as coisas ... aparentemente e em algumas situações somos uns meros escravos porque assim tem de ser e a sociedade nos impõe ... mas a nossa alma de certeza absoluta não é escrava...tem a sua vontade própria que se revela quando e somente nós quisermos :)
ResponderEliminarTens razão e até pode ser bom ser escravo de um ritmo, desde que seja o certo.
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