ter (ou não) olhos na cara

Aprecio pessoas com força de vontade. Pessoas que têm a capacidade de assumir que estão mal fisicamente. Que têm o discernimento necessário para perceber que é necessário mudar algo na sua imagem e sobretudo no seu estilo de vida. E que essa mudança não se reflecte apenas em descer alguns números naquelas calças da moda nem no top da montra da loja X. É, acima de tudo, uma mudança que irá beneficiar a própria pessoa no que à saúde diz respeito.

Por outro lado, não compreendo aquelas pessoas que criticam apenas pelo prazer de criticar. Por exemplo, não percebo o que leva duas pessoas, que estão longe, para ser simpático, de ser um exemplo no que à boa forma diz respeito a criticarem alguém que lutou para emagrecer e que realmente perdeu uns bons quilos.

“Mais magra? Só se for nas orelhas”, dizem enquanto se riem. Não sei se estarei errado mas, para mim, isto é um sentimento de inveja e um reflexo do fracasso pessoal. Pessoas que não aceitam que alguém seja bem sucedido numa missão em que não se empenham a fundo. Dito de outra forma, não aceitam que alguém perca aquilo que elas acumulam por desleixo.

Criticar é fácil. Falar mal idem. Gozar ou dizer trinta por uma linha também são tarefas ao alcance de qualquer um. O complicado é dar o exemplo daquilo que realmente deve ser feito. Talvez seja por isso que é tão difícil ter a capacidade de assumir um bom exemplo sobretudo quando se trata de algo onde não somos bem sucedidos.