o beijo arrebatador da menina com ar inocente

Fui ver O Grande Gatsby. E confesso que desloquei-me ao cinema com altas expectativas. Antes de comentar detalhadamente o filme e o elenco, falo da primeira coisa que me passou pela cabeça. Assim que apareceu Carey Mullingan (para quem não associa o nome a uma cara, é a menina que entra em Drive), que dá vida a Daisy Buchanan, pensei: porquê ela? Surgiu-me esta dúvida somente por achar que o papel poderia ser entregue a uma mulher mais vistosa fisicamente. Pois aprecio o seu talento enquanto actriz.

Porém, o desenrolar do filme fez-me perceber o motivo da sua escolha. Duvido que, actualmente, exista uma actriz que tenha um ar tão inocente e puro como Carey Mullingan. O que a torna perfeita para o papel que desempenha no filme e o que faz com que se destaque em relação a mulheres que são reconhecidas pela beleza e atributos físicos. Pessoalmente, acho que esta forma de ser consegue ser bastante atraente e apaixonante numa mulher.

Fiquei também a saber que esta actriz, de apenas 27 anos, competiu para este papel com actrizes como Keira Knightley, Natalie Portman e Michelle Williams. Acredito que a maneira de ser de Carey Mullingan tenha sido determinante na escolha. Mas, parece que o factor decisivo foi o beijo arrebatador que deu à personagem interpretada por Leonardo DiCaprio no casting. E, se ao início estranhei a escolha, digo agora que foi perfeita.

Quanto ao filme, acho que a nível de fotografia está excelente. O que alimenta automaticamente os olhos de quem assiste ao filme, sobretudo no cinema. No que aos actores diz respeito, Leonardo DiCaprio chegou a um ponto que já não me surpreende. Para mim, é um dos melhores actores da actualidade. Não sabe representar mal e não tem nada a ver com o rapaz que fazia aqueles filmes românticos de outros tempos. Sem querer adiantar muita coisa, parece-me é que o seu destino é a tragédia. Tobey Maguire tem aquele que, para mim, é o seu melhor desempenho de sempre. Por sua vez, Joel Edgerton é uma espécie de actor fetiche para mim. Se entra num filme, vejo. E nunca fico desiludido.

No que à trama diz respeito. É um misto de histórias de amor no seu melhor. Como elas realmente são. Como momentos plenos de alegria. Outros de profunda tristeza. Com uma pitada de tragédia e a prova de que nem tudo na vida acaba com um apaixonante foram felizes para sempre. Por fim, é impossível não falar da banda sonora. É simplesmente brilhante. A música parece que nos prende ao filme. Que nos faz querer dançar quando os personagens dançam. Que nos dá também vontade de chorar ou rir. É perfeita. Tudo isto misturado resulta num grande filme que vai dar muito que falar nos tempos futuros. E é daqueles que vale a pena ver no cinema e rever no sofá em casa.