Por sua vez, os adultos aproveitam a festa e
mascaram-se. Uns em busca de doces. Outros com vontade de cometer uma
travessura havendo ainda aqueles que querem ser alvo de uma brincadeira ou que
desejam ambas as coisas. Qual o vosso desejo para esta noite: doce ou
travessura?
31.10.12
doce ou travessura?
“Doce ou travessura?”, é a pergunta que mais
se vai ouvir esta noite. Hoje é a noite de Halloween. A noite em que os
espíritos e as bruxas se encontram com os santos. A noite das abóboras e das
velas. É ainda a noite em que todas as travessuras são permitidas e em que
ninguém é castigado por cometer a maior das traquinadas. Do ponto de vista das
crianças, a noite de Halloween corresponde ainda à exorcização dos seus medos.
Aproveitam-se as brincadeiras e máscaras para se perder medo, entre outras
coisas, do escuro.
O meu mundo redondo e feito de gomos #2
Hoje é dia de futebol. Mas, para mim a bola não vai rolar. A perna,
lesionada no último jogo, ainda não deixa. Hoje, o futebol é só de língua. Que,
por sua vez, tem ligação aos meus dedos, que teimam em passar tudo o que sinto
para o computar. No último gomo, falei da surpresa com que fui convidado a
mudar de clube, para o maior do concelho. Hoje, as peripécias continuam.
No meio das feras
Tinha acabado de chegar ao Amora, o maior clube do concelho. Aquele onde todos queriam estar. Porquê? Porque permitia disputar o campeonato nacional. Cheguei. Conquistei o meu espaço sem incomodar nenhuma das feras que já lá habitavam e, para meu espanto, cheguei a ser capitão logo num dos jogos da pré-época.
Outro nível de dureza
A chegada ao Amora significou o aumento da dureza nos jogos. A intensidade era outra. Os jogos eram mais rápidos. Mais duros e sem espaço para aqueles que têm medo de meter o pé. Como sempre fui um jogador durinho, sentia-me como peixe na água.
A alegria dos pais
Disputar o campeonato nacional concedeu aos meus pais uma experiência única. Ouvir o relato dos meus jogos na rádio. O que eles vibravam com aquilo. Eu, nunca soube o que isso é porque nunca ouvi nenhum dos meus jogos. Mas ficava contente quando o meu pai me dizia, orgulhoso, que tinha sido eleito o melhor em campo. Isso e quando pessoas que o desconheciam falavam bem de mim. Eu, nunca liguei a essas coisas mas ficava contente por ver o sorriso que provocava nos meus pais.
Duelos particulares
Ao longo dos anos joguei quase sempre contra as mesmas equipas. Isso fez com que tivesse alguns duelos com avançados. Um deles hoje joga na primeira divisão e já representou a selecção nacional. É com orgulho que o vejo marcar golos actualmente mas posso dizer que nunca marcou um golo a uma equipa onde joguei. Outro dos avançados que melhor recordo jogava no Almada. Não o esqueço pelos duelos que travamos e por um episódio especial. Num certo jogo passamos os 90 minutos a dar pancada um no outro. Eu nele, quando tentava passar por mim. Ele em mim, em lances de bola parada ou quando eu tentava sair a jogar. Até que há uma altura em que ele passa a mão numa ferida e limpa o sangue no meu braço. Acho que foi a pior coisa que me fizeram e nunca esqueci. À parte disto, adorava (ainda adoro) um bom duelo no futebol.
Massagem ao ego
Um dos momentos que mais me elevaram a auto estima foi quando fui eleito o melhor em campo, pelo jornal O Jogo, num encontro contra o Sporting. Perdemos 1-0. Fomos roubados pelo árbitro e fizemos um grande jogo. Ainda tenho o recorte guardado.
A expulsão mais patética
Ao longo dos anos foi expulso algumas vezes. Felizmente, em poucas ocasiões. A mais patética ainda hoje me faz rir apesar de ninguém acreditar no que realmente se passou. Por norma, sempre fui o marcador dos livres nas equipas onde joguei. Num certo jogo, em que já tinha amarelo decidi falar com o árbitro. Deviam faltar uns cinco minutos para o intervalo. Falta a nosso favor e amarelo para o adversário. Com a bola na mão, viro-me para o árbitro e digo estas palavras: “Já que vai anotar o amarelo, pode dizer-me quantos minutos faltam para o intervalo?” Ele, raivoso, vira-se para mim e diz: “Que está aqui a fazer?” e dá-me cartão amarelo. O que ele não se lembrou é que já tinha um cartão e expulsou-me ainda na primeira parte. Até hoje ninguém acredita nisto. Toda a gente pensa que chamei nomes ao árbitro.
Colegas malucos
O futebol fez-me conhecer muitas pessoas diferentes. Fiz amigos para a vida, uns mais malucos do que outros. Recordo apenas dois casos. Um jogador da minha equipa gostava de levar alfinetes para os jogos para picar os avançados e outro, que foi meu adversário mas que foi da minha turma na escola, cortava as unhas aos bicos antes dos jogos.
Coisa que só se faz uma vez
Sendo defesa, por norma ia para a barreira quando havia um livre contra a minha equipa. Neste tipo de lances, há sempre um ou dois adversários que se colocam na barreira. E, nessa altura vale tudo. Não é como nos jogos da televisão em que ninguém faz nada. Baixam-se as meias com as chuteiras, puxam-se os calções para baixo ou para cima e dão-se palmadas na cabeça. Eu sempre soube que era assim. Mas, um dia ousei ir para a barreira de um livre a favor da minha equipa. Sofri tanto que nunca mais repeti a experiência.
Mato-te!
Amora – Sesimbra sempre foram jogos muito intensos. Recordo-me de um que acabou empatado 0-0. Houve de tudo! Lances perigosos, golos perdidos, luta a meio campo e muita pancada. Recordo-me de um jogador deles que passou o jogo a dar pancada como se não houvesse amanhã. No final do jogo veio ter comigo, sorridente, como se fosse o meu melhor amigo. Recusei-me a cumprimenta-lo dizendo-lhe que tinha passado o jogo todo a dar pancada. Furioso, virou-se para mim, passou a mão pelo pescoço e disse-me: “vou-te matar!”
Nessa noite fui sair à noite. Fui para uma discoteca. Por acaso fui para Sesimbra. Por acaso, encontrei o rapaz que horas antes revelou a vontade de me matar. Ele viu-me. Veio ter comigo. E… o que aconteceu fica para a semana…
No meio das feras
Tinha acabado de chegar ao Amora, o maior clube do concelho. Aquele onde todos queriam estar. Porquê? Porque permitia disputar o campeonato nacional. Cheguei. Conquistei o meu espaço sem incomodar nenhuma das feras que já lá habitavam e, para meu espanto, cheguei a ser capitão logo num dos jogos da pré-época.
Outro nível de dureza
A chegada ao Amora significou o aumento da dureza nos jogos. A intensidade era outra. Os jogos eram mais rápidos. Mais duros e sem espaço para aqueles que têm medo de meter o pé. Como sempre fui um jogador durinho, sentia-me como peixe na água.
A alegria dos pais
Disputar o campeonato nacional concedeu aos meus pais uma experiência única. Ouvir o relato dos meus jogos na rádio. O que eles vibravam com aquilo. Eu, nunca soube o que isso é porque nunca ouvi nenhum dos meus jogos. Mas ficava contente quando o meu pai me dizia, orgulhoso, que tinha sido eleito o melhor em campo. Isso e quando pessoas que o desconheciam falavam bem de mim. Eu, nunca liguei a essas coisas mas ficava contente por ver o sorriso que provocava nos meus pais.
Duelos particulares
Ao longo dos anos joguei quase sempre contra as mesmas equipas. Isso fez com que tivesse alguns duelos com avançados. Um deles hoje joga na primeira divisão e já representou a selecção nacional. É com orgulho que o vejo marcar golos actualmente mas posso dizer que nunca marcou um golo a uma equipa onde joguei. Outro dos avançados que melhor recordo jogava no Almada. Não o esqueço pelos duelos que travamos e por um episódio especial. Num certo jogo passamos os 90 minutos a dar pancada um no outro. Eu nele, quando tentava passar por mim. Ele em mim, em lances de bola parada ou quando eu tentava sair a jogar. Até que há uma altura em que ele passa a mão numa ferida e limpa o sangue no meu braço. Acho que foi a pior coisa que me fizeram e nunca esqueci. À parte disto, adorava (ainda adoro) um bom duelo no futebol.
Massagem ao ego
Um dos momentos que mais me elevaram a auto estima foi quando fui eleito o melhor em campo, pelo jornal O Jogo, num encontro contra o Sporting. Perdemos 1-0. Fomos roubados pelo árbitro e fizemos um grande jogo. Ainda tenho o recorte guardado.
Batalha campal
O pior jogo que tive foi contra o Vitória de Setúbal, na Amora.
Faltava pouco para acabar o jogo quando sofremos o golo da derrota. Nessa
altura, um jogador deles começou a insultar mulheres que assistiam ao jogo. Os
insultos por parte do adversário, muitas vezes com origem no treinador foram
uma constante ao longo do jogo. Para azar dele, insultou a mãe do jogador mais
indisciplinado da nossa equipa. Ainda o jogo não tinha acabado e esse jogador
já tinha levado um pontapé nas costas, dado pelo jogador ofendido. O árbitro
viu mas optou por fingir que não tinha visto. Como medo, acabou logo o jogo. E,
assim que apitou, o campo foi invadido pelas centenas de pessoas que estavam a assistir. Recordo-me que poucos foram os jogadores do Vitória de Setúbal que
conseguiram chegar ao balneário. Os outros, levaram muita porrada. Eu, limitava-me a olhar para as minhas costas para não me acontecer nada.
Até que vi a minha mãe chorar. A partir daí só descansei quando a retirei do
local.A expulsão mais patética
Ao longo dos anos foi expulso algumas vezes. Felizmente, em poucas ocasiões. A mais patética ainda hoje me faz rir apesar de ninguém acreditar no que realmente se passou. Por norma, sempre fui o marcador dos livres nas equipas onde joguei. Num certo jogo, em que já tinha amarelo decidi falar com o árbitro. Deviam faltar uns cinco minutos para o intervalo. Falta a nosso favor e amarelo para o adversário. Com a bola na mão, viro-me para o árbitro e digo estas palavras: “Já que vai anotar o amarelo, pode dizer-me quantos minutos faltam para o intervalo?” Ele, raivoso, vira-se para mim e diz: “Que está aqui a fazer?” e dá-me cartão amarelo. O que ele não se lembrou é que já tinha um cartão e expulsou-me ainda na primeira parte. Até hoje ninguém acredita nisto. Toda a gente pensa que chamei nomes ao árbitro.
Burrice
Não me arrependo do que fiz, mas é daquelas coisas que aconselho
toda a gente a não fazer. Durante mais de meia época joguei com uma rotura
muscular na coxa direita. Treinava limitado durante a semana e jogava com dores
ao fim-de-semana. E ainda tinha um acordo com o treinador. Aos 2 ou 3-0 para nós, era
substituído para descansar. O pior é que esse momento demorava a chegar e eu
acabava por fazer o jogo todo. Quando digo que aconselho a que ninguém faça
isto é porque as mazelas ficam no corpo e muitas vezes não se ouve um obrigado.
Aliás, leva-se um pontapé no rabo.Colegas malucos
O futebol fez-me conhecer muitas pessoas diferentes. Fiz amigos para a vida, uns mais malucos do que outros. Recordo apenas dois casos. Um jogador da minha equipa gostava de levar alfinetes para os jogos para picar os avançados e outro, que foi meu adversário mas que foi da minha turma na escola, cortava as unhas aos bicos antes dos jogos.
Coisa que só se faz uma vez
Sendo defesa, por norma ia para a barreira quando havia um livre contra a minha equipa. Neste tipo de lances, há sempre um ou dois adversários que se colocam na barreira. E, nessa altura vale tudo. Não é como nos jogos da televisão em que ninguém faz nada. Baixam-se as meias com as chuteiras, puxam-se os calções para baixo ou para cima e dão-se palmadas na cabeça. Eu sempre soube que era assim. Mas, um dia ousei ir para a barreira de um livre a favor da minha equipa. Sofri tanto que nunca mais repeti a experiência.
Mato-te!
Amora – Sesimbra sempre foram jogos muito intensos. Recordo-me de um que acabou empatado 0-0. Houve de tudo! Lances perigosos, golos perdidos, luta a meio campo e muita pancada. Recordo-me de um jogador deles que passou o jogo a dar pancada como se não houvesse amanhã. No final do jogo veio ter comigo, sorridente, como se fosse o meu melhor amigo. Recusei-me a cumprimenta-lo dizendo-lhe que tinha passado o jogo todo a dar pancada. Furioso, virou-se para mim, passou a mão pelo pescoço e disse-me: “vou-te matar!”
Nessa noite fui sair à noite. Fui para uma discoteca. Por acaso fui para Sesimbra. Por acaso, encontrei o rapaz que horas antes revelou a vontade de me matar. Ele viu-me. Veio ter comigo. E… o que aconteceu fica para a semana…
uma missão. 23 etapas. contra o tempo.
Sou daquelas pessoas que ainda vão ao clube
de vídeo. Agora que leram esta frase, uma grande parte de vocês sorri e goza
comigo. Outra percentagem chama-me antiquado. Há aqueles que ficam indiferentes
ao tema. E, uma reduzida parte exclama: “és cá dos meus!”
Sei que ir ao clube de vídeo soa a coisa do início
dos anos 90 quando se assistiam aos filmes mais recentes em cassetes vhs. Tanto
que sei o que isso é que sou sócio desde essa época. Mas, a verdade é que ainda
hoje me satisfaz ir ao clube de vídeo. Pelos filmes e pelas conversas com o
simpático dono do clube. Discutem-se os novos projectos e quando entrego o
filme sou convidado a falar sobre o mesmo. Às vezes, esta tertúlia alarga-se a
outros sócios do clube de vídeo.
E esta coisa do Skyfall ser ou não o melhor
filme de sempre da saga James Bond (para mim não é) levou-me a ir buscar Casino
Royale, para rever aquele que, para mim, é o melhor da saga. Assim que entrei
no clube de vídeo, o dono aliciou-me com as longas-metragens mais recentes.
Agradeci e recusei. “Quero o Casino Royale, de 2006. O primeiro filme do James
Bond com Daniel Craig. Tem?”, perguntei. O homem sorriu e acompanhou-me a uma
zona “sagrada” de prateleiras onde constam os 23 filmes da saga James Bond.
Os meus olhos brilharam. Peguei no Casino
Royale e ainda no primeiro filme da saga. E assim dou início a uma missão constituída
por 23 etapas. Ao longo dos próximos dias vou ver/rever os 23 filmes da saga
cinematográfica mais longa de Hollywood. Tenho o objectivo de o fazer no menor
tempo possível e com a vantagem do aluguer dos filmes ser mais barato e com
direito a cinco noites, por serem antigos. Let the James Bond saga begin!
sem saber o que dizer/fazer
As últimas duas vezes em que me cruzei com um
dos meus melhores amigos de infância foram marcadas por picos de alegria e
tristeza. A primeira correspondeu aquele que deve ter sido um dos momentos mais
felizes da sua vida. Recordo-me que nos cruzamos num hipermercado. Além da
habitual festa que fazemos sempre que nos cruzamos, aproveitamos para falar de
coisas das nossas vidas pois já não passamos tanto tempo juntos como acontecia
antigamente. Reparei que havia algo de diferente no olhar dele. Notava-se uma
magia e brilho que habitualmente não se destacam naquele rosto. Até que ele me
diz. “Vou ser pai!” Fiquei contente. Celebramos dentro das celebrações
possíveis na zona da charcutaria do Continente. Depois, explicou-me que a gravidez
era recente e que ainda não sabia o sexo do seu primeiro filho. A emoção era tanta que o meu amigo não conseguiu esconder a notícia.
Após alguns minutos de conversa, afastei-me
dele com alegria. Se há pessoa que merece tudo de bom é aquele rapaz, que já
passou por muito. Partilhei a alegria dele e cresceu em mim a satisfação de ser “tio”
novamente.
Ontem, voltei a cruzar-me com este mesmo
amigo. Meteu-se comigo quando eu atravessava a estrada e fui ter com ele ao
carro. Assim que reparei que era ele só me apetecia fazer uma pergunta. Após os
segundos iniciais de brincadeira, perguntei o que mais queria: “Vais ter um
menino ou menina?” Apesar de me ter respondido em centésimas de segundo,
posso jurar que na minha cabeça a resposta dele demorou cerca de três
horas. Ainda não tinha dito qualquer palavra e já sabia que a resposta ia ser a
que menos queria ouvir. “Ela abortou”, disse-me.
Nesta altura, gelei. Fiquei sem saber o que
fazer. Sem saber o que dizer. Sem saber como demonstrar o meu apoio, se é que
posso fazer algo mais. Numa demonstração de força e esperança de mudar de
assunto, ele agarrou-se às estatísticas com um ligeiro sorriso. “Acontece a uma
em cada três mulheres abortar antes dos três meses de gestação”, disse-me. E
antes que pudesse dizer alguma coisa, ele acrescentou: “Agora, continuamos a
tentar” e sorriu.
Depois, aconteceu aquilo que normalmente
acontece quando dois amigos se cruzam e o tema a debater é complicado. Muda-se
de assunto. Fala-se de futebol e dos outros amigos. Não sei porque isto acontece. Talvez por estar tudo dito. Talvez por não querer pisar um assunto
que causa dor a alguém de quem gosto. Talvez por não querer deixar de ver
aquele sorriso, por mais tímido e forçado que possa ter sido naquele momento.
Pela primeira vez, dois encontros com o mesmo
amigo significaram os momentos mais felizes e mais tristes da vida dessa pessoa.
Espero que o próximo seja marcado por mais sorrisos e que ele me diga novamente
“vou ser pai.”
30.10.12
a ilusão do poder de escolha
Não há uma única vez em que ligue para o
cabeleireiro que não tenha que lidar com aquilo a que chamo a “ilusão do poder
de escolha.” Passo a explicar. É aquela altura em que a pessoa que atende o
telefone me ilude com a possibilidade de poder cortar o cabelo à hora que mais
me convém.
“Boa tarde! Tudo bem? O fulano x ainda tem
vagas para hoje?”, digo.
“Olá. Sim, ainda tem. Quer vir cortar o
cabelo a que horas?”, é o que ouço.
“Dava-me jeito às 15h30”, escolho.
“Pois. Essa hora já está marcada”,
explicam-me.
“Então pode ser meia hora mais cedo. Às 15h”,
escolho na segunda oportunidade.
“A essa hora também não pode ser”, dizem.
“Ok. Então às 18h”, é o meu terceiro palpite.
“A essa hora o fulano x já está ocupado”,
referem.
“Pois… a que horas posso ir aí?”, pergunto
sem vontade de escolher mais números.
“Na realidade ele já só tem vaga às 21h e às
21h30”, explicam.
Nesta altura, penso sempre: “Não seria mais
fácil dizerem-me que só existem duas vagas disponíveis.” É que, telefonema após
telefonema (mesmo com pessoas diferentes) continuam a dar-me a ilusão de que a
agenda está livre. Fazem-me pensar que posso escolher a hora que mais se adequa
ao meu dia quando, na realidade, resta-me aproveitar os minutos que restam livres
ao bastante cobiçado fulano x.
Há momentos em que penso que este jogo telefónico
corresponde a uma bolsa de apostas existente no cabeleireiro. Os funcionários,
entre eles, apostam no número de tentativas que o próximo cliente gasta até acertar no
horário vago para cortar o cabelo. Se isto for real, lamento mas não dou
dinheiro a ganhar a ninguém pois nunca acerto.
quem te manda ser feia (e tentar ser bela)
Homem conhece mulher. Homem acha a mulher interessante. Mulher partilha os
sentimentos do homem. Homem e mulher conhecem-se melhor. Apaixonam-se. Namoram.
Casam-se. São felizes. No auge da felicidade, decidem ser pais. Tentam. São bem-sucedidos
e a mulher engravida. Os nove meses da gravidez correm na perfeição. Chega o
dia do parto. Corre tudo bem. É uma menina. E a felicidade aumenta. Não! É tudo
verdade menos a parte que dá conta da felicidade depois do nascimento da
primeira filha.
Jiang Feng, assim que viu a filha pela primeira vez ficou desiludido. Achou a menina feia. Pior do que isso, não encontrou parecenças consigo e muito menos com a linda esposa. Furioso, Jiang Feng acusou a mulher de traição.
O caos instalou-se! Discussões e mais discussões até que ele ameaça a mulher com o pedido de divórcio. Sem outra hipótese, a mulher contou a verdade ao marido. Uma verdade que sempre escondeu. A mulher revelou que se sentia feia quando era mais nova. Como tal submeteu-se a diversas cirurgias plásticas para se tornar mais bela, quando ainda não tinha conhecido o actual marido.
Divórcio esquecido e a felicidade de volta ao seio do casal. Certo? Errado! Jiang Feng não ficou contente com o esforço da mulher em tornar-se mais bela. Sentiu-se novamente traído e enganado. Cego de raiva, Feng decidiu processar a mulher, levando o caso a tribunal. A Justiça deu-lhe razão e a mulher foi obrigada a pagar 93 mil euros de indemnização.
Esta história deliciosa só podia vir de um país como a China. E se existe uma certa piada no conteúdo, também existem factos que dão que pensar. O primeiro prende-se com a cultura local. Só isso pode fazer com que uma mulher praticamente sinta a obrigação de esconder que se submeteu a intervenções cirúrgicas para corrigir aquilo que entendeu não ser do seu agrado. Tanto que, só cedeu perante a ameaça de divórcio. Por outro lado, só num país como a China é que este caso chega a tribunal, que condena a mulher a uma indemnização elevada.
Mulheres, o que vos leva a esconder algo que tenham feito no corpo? O medo da rejeição por parte deles?
Homens, como reagiam no lugar de Jiang Feng? Sentiam-se traídos?
Jiang Feng, assim que viu a filha pela primeira vez ficou desiludido. Achou a menina feia. Pior do que isso, não encontrou parecenças consigo e muito menos com a linda esposa. Furioso, Jiang Feng acusou a mulher de traição.
O caos instalou-se! Discussões e mais discussões até que ele ameaça a mulher com o pedido de divórcio. Sem outra hipótese, a mulher contou a verdade ao marido. Uma verdade que sempre escondeu. A mulher revelou que se sentia feia quando era mais nova. Como tal submeteu-se a diversas cirurgias plásticas para se tornar mais bela, quando ainda não tinha conhecido o actual marido.
Divórcio esquecido e a felicidade de volta ao seio do casal. Certo? Errado! Jiang Feng não ficou contente com o esforço da mulher em tornar-se mais bela. Sentiu-se novamente traído e enganado. Cego de raiva, Feng decidiu processar a mulher, levando o caso a tribunal. A Justiça deu-lhe razão e a mulher foi obrigada a pagar 93 mil euros de indemnização.
Esta história deliciosa só podia vir de um país como a China. E se existe uma certa piada no conteúdo, também existem factos que dão que pensar. O primeiro prende-se com a cultura local. Só isso pode fazer com que uma mulher praticamente sinta a obrigação de esconder que se submeteu a intervenções cirúrgicas para corrigir aquilo que entendeu não ser do seu agrado. Tanto que, só cedeu perante a ameaça de divórcio. Por outro lado, só num país como a China é que este caso chega a tribunal, que condena a mulher a uma indemnização elevada.
Mulheres, o que vos leva a esconder algo que tenham feito no corpo? O medo da rejeição por parte deles?
Homens, como reagiam no lugar de Jiang Feng? Sentiam-se traídos?
o que é feito de ti?
Uma das tradições domingueiras que marcou boa parte da minha vida
já deixou de existir. Trata-se de uma moda que se perdeu com o tempo. Está
praticamente extinta. Restam apenas alguns sobreviventes que, quando recuperam
essa tradição são automaticamente gozados.
Falo do que em tempos foi o traje oficial dos Domingos: o fato de treino. Mas não se trata de um modelo qualquer. Eram aqueles, acetinados e com forro. Aqueles que detestava usar, mas que mesmo assim a minha mãe continuava a comprar. Não sei porquê mas nunca achei piada aquele forro que me tirava do sério. Para adornar o look, usavam-se as não menos tradicionais meias brancas da raquete e uns ténis que bem podiam ser os Nike Air More Uptempo.
Este, com algumas nuances nas diferentes famílias, era o traje oficial dos Domingos, considerado o dia da família. Os pais vestiam-se assim. As mães trajavam-se assim. E os filhos não tinham outra hipótese. Tinham que seguir o estilo dos pais.
E, o que hoje é alvo de chacota, na altura – refiro-me ao final da década de 80 e sobretudo a década de 90 – era uma das principais modas. Quem nunca teve um fato de treino destes? Que nunca usou uma meias brancas da raquete? Eu tive e usei. Aliás, na casa dos meus pais ainda devo ter alguns exemplares das meias que marcaram a minha geração.
Contudo, os anos foram passando e com eles a moda deixou de o ser. O cool passou a démodé e raramente se vê uma família de fato de treino a passear ao Domingo. Talvez seja por isso que não evito um saudoso sorriso sempre que me cruzo com uma família que ainda mantém esta tradição. E o motivo do riso não é chacota. É porque me lembro da minha infância e adolescência. E isso, é bom. Muito bom.
Falo do que em tempos foi o traje oficial dos Domingos: o fato de treino. Mas não se trata de um modelo qualquer. Eram aqueles, acetinados e com forro. Aqueles que detestava usar, mas que mesmo assim a minha mãe continuava a comprar. Não sei porquê mas nunca achei piada aquele forro que me tirava do sério. Para adornar o look, usavam-se as não menos tradicionais meias brancas da raquete e uns ténis que bem podiam ser os Nike Air More Uptempo.
Este, com algumas nuances nas diferentes famílias, era o traje oficial dos Domingos, considerado o dia da família. Os pais vestiam-se assim. As mães trajavam-se assim. E os filhos não tinham outra hipótese. Tinham que seguir o estilo dos pais.
E, o que hoje é alvo de chacota, na altura – refiro-me ao final da década de 80 e sobretudo a década de 90 – era uma das principais modas. Quem nunca teve um fato de treino destes? Que nunca usou uma meias brancas da raquete? Eu tive e usei. Aliás, na casa dos meus pais ainda devo ter alguns exemplares das meias que marcaram a minha geração.
Contudo, os anos foram passando e com eles a moda deixou de o ser. O cool passou a démodé e raramente se vê uma família de fato de treino a passear ao Domingo. Talvez seja por isso que não evito um saudoso sorriso sempre que me cruzo com uma família que ainda mantém esta tradição. E o motivo do riso não é chacota. É porque me lembro da minha infância e adolescência. E isso, é bom. Muito bom.
isto é preocupante
Numa das minhas diversas deambulações pelo blogue Uma Vespa a Abrandar dei conta de uma situação preocupante. Não! Não tem nada a ver com o
blogue em si. Aliás, aconselho a leitura do mesmo por ser muito bem escrito. O
que se passou é que ousei abrir um post dedicado a Justin Bieber.
No mesmo, a Vespinha dá conta de uma falsa notícia que andou a
circular. Dizia-se que o jovem cantor tinha cancro e pedia-se aos seus fãs para
raparem os cabelos em homenagem ao imberbe ídolo. O texto vinha acompanhado de
um vídeo que, mais uma vez, ousei ver.
Este foi o primeiro sinal de que algo preocupante se passava
comigo. Vi o vídeo até ao fim. Segundo sintoma. No final do mesmo, fiquei a observar
os vídeos relacionados com aquele que acabava de ver. A situação começava a
ficar descontrolada. Acabei por clicar num. Naquele que me levou à nova música
de Justin Bieber.
Dei por mim a ver e ouvir Beauty and a Beat. Mais grave ainda,
gostei do que os meus olhos observaram e os meus ouvidos ouviram. Pior ainda,
ouvi mais do que uma vez e gostei sobremaneira do vídeo ter sido totalmente da
autoria do jovem artista. E, quando pensava que já não podia ser surpreendido,
cantarolei a música e coloquei-a na lista dos próximos temas a constar no iPod.
Bem no topo da lista! Acho que isto é preocupante…
passatempo zombie circus show
O vencedor do passatempo zombie circus show é o João Laranjeira.
“Lisboa estava deserta. Sim, Lisboa, outrora o centro da Europa, outrora o local de onde partiram os sonhadores, descobrindo o Mundo Novo, estava deserta. Não se ouviam passos, conversas, músicas, barulhos. Nada. E eu encontrava-me ali, sozinho, perdido, em busca de algo que de certo saberia que não ia encontrar. Abandonado pela essência da vida em si, eu oiço um barulho. Não eram humanos... Não. Esses já há muito tinham ido. Sim... Lisboa continuava lotada, mas de Zombies. Eu oiço um barulho, e ali estava um, à minha frente, sedento do meu sangue e era óbvio... Eu tinha que acabar com ele. E só eu sabia como.
Começo-me a rir: "AHAHAAAAHAHAHHH AAHAHAHAHAH"... Quem diria?! A melhor forma para acabar com estas criaturas há muito esquecidas por Deus, era a simples gargalhada!
O meu riso era tão esmagador que cedo o Zombie sucumbiu... Mas ele não estava sozinho!
Mais vinham, muitos mais! E eu? Bem... Eu estava ali, ria ria ria e ria-me um bocado mais. A minha barriga começava a vacilar, não conseguia parar. "HAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAH", só rindo descontroladamente me mantinha vivo. Mas sobrevivia, e era feliz! Quem diria que, num apocalipse destes, a única maneira de matar estes seres era rir, e rir muito. Oh, ironia do destino que, quando todos temos razões para chorar, nos fazes rir. "AHAHAHAHAHAH" a última gargalhada foi dada, o último Zombie morreu. Eu continuava, imóvel, algo tenso. Mas estava feliz. E tu? Já te transformaste? MUA MUA MAUHAA AAHAHAHAH”
A selecção foi feita através do random.org. A cada participação foi atribuído um número e o sorteado correspondeu à participação do João Laranjeira.
O vencedor tem que me enviar um email para homemsemblogue@gmail.com com o nome completo e o número do BI, para ficar a saber onde deve levantar o bilhete duplo.
“Lisboa estava deserta. Sim, Lisboa, outrora o centro da Europa, outrora o local de onde partiram os sonhadores, descobrindo o Mundo Novo, estava deserta. Não se ouviam passos, conversas, músicas, barulhos. Nada. E eu encontrava-me ali, sozinho, perdido, em busca de algo que de certo saberia que não ia encontrar. Abandonado pela essência da vida em si, eu oiço um barulho. Não eram humanos... Não. Esses já há muito tinham ido. Sim... Lisboa continuava lotada, mas de Zombies. Eu oiço um barulho, e ali estava um, à minha frente, sedento do meu sangue e era óbvio... Eu tinha que acabar com ele. E só eu sabia como.
Começo-me a rir: "AHAHAAAAHAHAHHH AAHAHAHAHAH"... Quem diria?! A melhor forma para acabar com estas criaturas há muito esquecidas por Deus, era a simples gargalhada!
O meu riso era tão esmagador que cedo o Zombie sucumbiu... Mas ele não estava sozinho!
Mais vinham, muitos mais! E eu? Bem... Eu estava ali, ria ria ria e ria-me um bocado mais. A minha barriga começava a vacilar, não conseguia parar. "HAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAH", só rindo descontroladamente me mantinha vivo. Mas sobrevivia, e era feliz! Quem diria que, num apocalipse destes, a única maneira de matar estes seres era rir, e rir muito. Oh, ironia do destino que, quando todos temos razões para chorar, nos fazes rir. "AHAHAHAHAHAH" a última gargalhada foi dada, o último Zombie morreu. Eu continuava, imóvel, algo tenso. Mas estava feliz. E tu? Já te transformaste? MUA MUA MAUHAA AAHAHAHAH”
A selecção foi feita através do random.org. A cada participação foi atribuído um número e o sorteado correspondeu à participação do João Laranjeira.
O vencedor tem que me enviar um email para homemsemblogue@gmail.com com o nome completo e o número do BI, para ficar a saber onde deve levantar o bilhete duplo.
29.10.12
tu és o melhor!
As expectativas em torno de Skyfall levaram-me a debater, com as pessoas que me são mais próximas, qual o melhor James Bond de sempre. Há quem defenda que Skyfall é aquele de que mais gostaram. Há quem opte por não responder, revelando a necessidade de ver/rever os mais antigos e há ainda o grupo defensor de Casino Royale, de 2006, sem qualquer hesitação.
Tal como acontece em Skyfall, Casino Royale começa com uma cena de acção de elevada qualidade. Aqui, considero os filmes empatados. Mas só aqui.
Esta é uma das melhores cenas dos 23 filmes. Simplesmente brilhante. Isto dá pontos a Casino Royale.
Eu faço parte do último grupo. Em Casino Royale, Daniel Craig tem um desempenho brilhante. Valorizo ainda mais a sua performance porque foi o culminar de meses de críticas. Os puritanos chegaram a pedir que o actor fosse afastado do papel de agente secreto por ser loiro e ter olhos azuis. Ao brilhante desempenho de Daniel Craig (que faz com que ainda se mantenha nos filmes), junto um grupo de exemplos que me levam a acreditar que Casino Royale é do melhor dos 23 filmes que compõem a saga 007.
Tal como acontece em Skyfall, Casino Royale começa com uma cena de acção de elevada qualidade. Aqui, considero os filmes empatados. Mas só aqui.
Esta é uma das melhores cenas dos 23 filmes. Simplesmente brilhante. Isto dá pontos a Casino Royale.
Em Skyfall, existem apenas duas breves cenas de amor, uma das imagens de marca de James Bond. Algo que faz falta ao último filme.
Em Skyfall, as cenas íntimas são tão desvalorizadas que não existe qualquer intensidade ente James Bond e uma mulher. James Bond não revela o seu lado mais frágil.
Em Casino Royale, James Bond apaixona-se, acabando por sofrer com a paixão num misto de amor, traição e morte. Estes ingredientes são inexistente no último filme.
No filme de 2006 mantém-se a referência ao Martini, mas com humor. Em Skyfall, a famosa bebida aparece despercebida e quase por obrigação, não sendo o seu nome mencionado.
"The name is Bond, James Bond". Este clássico tem que aparecer sempre nos filmes. Sendo da responsabilidade do argumentista a forma (mais ou menos brilhante) de reinventar a frase. Em Skyfall, a famosa frase não é explorada.
Podia ainda mencionar a perseguição ao volante do Aston Martin que acaba num vistoso acidente, na cena de envenenamento ou mesmo nos momentos passados na mesa de Poker. A verdade é que acho que Casino Royale consegue superar Skyfall, que apesar de tudo, é um filme muito bom mas que, aos meus olhos, não merece o título de melhor de sempre. Mesmo com Skyfall a ter o melhor vilão da saga (neste domínio gostava de ver um Jaws moderno e reinventado) e com um final que nos leva a pensar num novo começo para os filmes de Bond, James Bond.
Estes são os meus argumentos. Mas como as opiniões podem ser bastante abrangentes, digam de vossa justiça. Qual o melhor dos 23 filmes da saga do agente secreto mais famoso do mundo?
Podia ainda mencionar a perseguição ao volante do Aston Martin que acaba num vistoso acidente, na cena de envenenamento ou mesmo nos momentos passados na mesa de Poker. A verdade é que acho que Casino Royale consegue superar Skyfall, que apesar de tudo, é um filme muito bom mas que, aos meus olhos, não merece o título de melhor de sempre. Mesmo com Skyfall a ter o melhor vilão da saga (neste domínio gostava de ver um Jaws moderno e reinventado) e com um final que nos leva a pensar num novo começo para os filmes de Bond, James Bond.
Estes são os meus argumentos. Mas como as opiniões podem ser bastante abrangentes, digam de vossa justiça. Qual o melhor dos 23 filmes da saga do agente secreto mais famoso do mundo?
fazer sorrir quem não sabe o que é um sorriso
Já imaginaram um Natal sem um único presente?
Já pensaram que existem meninos que não têm o prazer de desembrulhar um carrinho de brincar
ou meninas que não recebem uma simples boneca que será a sua companheira
inseparável? Felizmente, esta não é a realidade da maior parte das famílias.
Mas, é preciso ter consciência de que, cada vez mais, existem crianças que não
recebem um único presente na noite de Natal. Crianças que não sabem o que é
sorrir e que vivem no meio de problemas dos quais não têm culpa.
Foi a pensar nestas crianças que foram
criados os Anjinhos de Natal, uma iniciativa do Exército de Salvação que tem
por objectivo fazer sorrir os mais pequenos numa data tão especial. Os anjinhos
são crianças que fazem parte de famílias que atravessam momentos bastante
complicados.
Estas crianças são escolhidas após um
trabalho de pesquisa no terreno, por parte do Exército de Salvação. Depois de seleccionadas,
escrevem os seus pedidos de Natal num cartão, que tem a forma de um anjo, onde
consta o seu nome, a idade, o presente desejado e o tamanho para um fato de
treino.
Quem quiser ajudar, basta enviar um email
para o endereço ana.almeida@anjinhosdenatal.pt.
Depois, a Ana Almeida irá dizer-vos quem será o vosso anjinho e como se processa a entrega. Ajudar não custa
e não há melhor sensação do que fazer sorrir uma criança que não sabe o que é
um sorriso.
45 gramas que resolvem muitos problemas
“Se o que tens a dizer não é mais belo do que
o silêncio, então cala-te” é uma frase da autoria de Pitágoras. Uma frase
simples. Inteligente. E que consegue resolver boa parte dos problemas de muitas
pessoas. Para isso, basta saber assimilar este conjunto de palavras. Perceber o
seu significado e, mais importante ainda, aprender a altura certa para manter a
boca fechada. Diria até que esta frase é a origem daquele ditado popular que
diz que “mais vale estar calado e passar por burro do que abrir a boca e
confirma-lo.”
A pensar nas pessoas que não sabem adequar
estas sábias palavras à sua realidade, foi criado um produto que promete
revolucionar a existência de quem sofre desse problema. Chama-se silêncio, vem
em embalagens de 45 gramas, custa 17.30 dólares e pode ser comprado na
FLOWmarket.
Certamente que qualquer um de vocês conhece
alguém que precisa de consumir este produto com urgência. Agora, já podem
aconselhar a sua compra. Porque às vezes, só é preciso um pouco de silêncio e
saber manter a boca fechada. Algo simples mas que muitas pessoas não
compreendem.acaba hoje
O passatempo zombie circus show chega hoje ao
fim. Quem quiser marcar presença na festa de Halloween da Fox só tem que deixar
um comentário no post do passatempo a explicar o que faria para exterminar os
zombies. Amanhã anuncio o vencedor.
é bom mas não é o melhor
Esperava mais de Skyfall. Não posso dizer que
tenha saído desiludido da sala de cinema mas acreditava que a 23ª aventura da
saga James Bond fosse a melhor de sempre. E o início do filme promete isso
mesmo. Uma cena de acção muito bem elaborada com motas em cima de telhados e
lutas em cima de comboios com túneis à mistura que resultam em momentos de cortar a respiração.
Infelizmente, no que à acção diz respeito, este é, para mim, o momento alto do
filme.
O enredo não é mau mas também não é o melhor de sempre. Todavia, Daniel Craig está muito bem num papel que soube conquistar. Os primeiros tempos no corpo do agente secreto mais famoso do mundo não foram fáceis. Os fãs da saga mais longa da história do cinema nunca aceitaram o facto de um actor loiro e de olhos azuis assumir o papel de um eterno moreno. Contudo, Daniel Craig tem cumprido a missão na perfeição. Em Skyfall, assiste-se à degradação de um agente e posteriormente à sua ressurreição. E nesse domínio, Daniel Craig está muito bem. Tanto que, está certo que Daniel Craig será James Bond nos próximos dois filmes. O 24º chega aos cinemas em 2014. O seguinte, ainda não tem data mas, pela lógica será em 2016.
Bérenice Marlohe, escolhida para Bond Girl tem uma participação curta e discreta no filme, apesar da sua imensa beleza e sensualidade. Por sua vez, Javier Bardem está brilhante no papel de Raoul Silva, claramente um dos melhores vilões dos 23 filmes da saga. Este filme destaca-se ainda pelas quase inexistentes cenas de sexo e pelo facto de James Bond ser visto a beber cerveja apesar de ainda beber o seu martini numa cena passada num casino. Estes dados são opções claras de Sam Mendes, um realizador bastante talentoso mas de quem esperava mais neste caso específico. Também destaco o facto de o papel de Q ter sido atribuído a Ben Whishaw em detrimento de um actor mais velho. A sua introdução no filme está muito bem conseguida com um momento de humor. Skyfall marca ainda o adeus a Judy Dench que se despede do papel de M que desempenhou ao longo de muitos anos.
Um dos aspectos que mais se destaca neste filme é a música, da autoria de Adele. O tema Skyfall é um dos melhores (ou mesmo o melhor) dos 23 feitos até à data. Só tenho dúvidas entre este e You Know My Name, de Chris Cornell.
Quanto ao futuro, já se sabe que será John Logan o argumentista dos próximos dois filmes. Por sua vez, Sam Mendes revelou que não pensa realizar o próximo James Bond. Quanto a mim, espero melhor do que Skyfall, que aos meus olhos não é o melhor de sempre. Talvez a minha opinião seja influenciada por ter esperado o mundo deste filme. Mas, é o que sinto.
O enredo não é mau mas também não é o melhor de sempre. Todavia, Daniel Craig está muito bem num papel que soube conquistar. Os primeiros tempos no corpo do agente secreto mais famoso do mundo não foram fáceis. Os fãs da saga mais longa da história do cinema nunca aceitaram o facto de um actor loiro e de olhos azuis assumir o papel de um eterno moreno. Contudo, Daniel Craig tem cumprido a missão na perfeição. Em Skyfall, assiste-se à degradação de um agente e posteriormente à sua ressurreição. E nesse domínio, Daniel Craig está muito bem. Tanto que, está certo que Daniel Craig será James Bond nos próximos dois filmes. O 24º chega aos cinemas em 2014. O seguinte, ainda não tem data mas, pela lógica será em 2016.
Bérenice Marlohe, escolhida para Bond Girl tem uma participação curta e discreta no filme, apesar da sua imensa beleza e sensualidade. Por sua vez, Javier Bardem está brilhante no papel de Raoul Silva, claramente um dos melhores vilões dos 23 filmes da saga. Este filme destaca-se ainda pelas quase inexistentes cenas de sexo e pelo facto de James Bond ser visto a beber cerveja apesar de ainda beber o seu martini numa cena passada num casino. Estes dados são opções claras de Sam Mendes, um realizador bastante talentoso mas de quem esperava mais neste caso específico. Também destaco o facto de o papel de Q ter sido atribuído a Ben Whishaw em detrimento de um actor mais velho. A sua introdução no filme está muito bem conseguida com um momento de humor. Skyfall marca ainda o adeus a Judy Dench que se despede do papel de M que desempenhou ao longo de muitos anos.
Um dos aspectos que mais se destaca neste filme é a música, da autoria de Adele. O tema Skyfall é um dos melhores (ou mesmo o melhor) dos 23 feitos até à data. Só tenho dúvidas entre este e You Know My Name, de Chris Cornell.
Quanto ao futuro, já se sabe que será John Logan o argumentista dos próximos dois filmes. Por sua vez, Sam Mendes revelou que não pensa realizar o próximo James Bond. Quanto a mim, espero melhor do que Skyfall, que aos meus olhos não é o melhor de sempre. Talvez a minha opinião seja influenciada por ter esperado o mundo deste filme. Mas, é o que sinto.
28.10.12
dos açores, com amor
Portugal ocupa o lugar 109 na lista dos maiores países do mundo. A nossa área, contando com a Madeira e com os Açores, é de 92 391 km2. Para o Vaticano, o país mais pequeno do mundo, Portugal é gigantesco. Para a Rússia, o maior país do mundo, somos uma amostra de nação. Do meu ponto de vista, temos tamanho suficiente para concorrer com as maiores potências, no que ao talento diz respeito. Seja em que área for, Portugal consegue ter profissionais, anónimos ou mediáticos, que se destacam dos demais.
Este talento lusitano ganha ainda mais força quando se tem por exemplo os Açores, um arquipélago que tem uma área de apenas 2333 km2 mas que tem a sua marca espalhada pelo mundo. Notáveis dos Açores é o nome de uma iniciativa do Governo Nacional do arquipélago que pretende divulgar o papel de pessoas importantes em diversas áreas, que têm como ponto comum a ligação a uma das regiões mais belas de Portugal.
Que Nelly Furtado tem ligações aos Açores, já toda a gente sabe. Mas, por exemplo, desconhecia que Tom Hanks tem avós maternos descendentes de açorianos. E será que alguém sabia que a mãe de Katy Perry é oriunda de uma família do Faial? Também David Lee Roth, fundador dos Van Halen, tem avós paternos e maternos nascidos em São Miguel.
Mas há mais! Danieele Steele descende de uma família de São Miguel e Justin Louis, que tem como nome de nascimento Luís Ferreira, o actor que participa em diversas séries de culto, nasceu em Angra do Heroísmo. Noutras áreas, destacam-se o Nobel da Medicina de 1996, Craig Mello e Pete Sousa, o fotógrafo oficial de Barack Obama.
Estas pessoas são somente uma pequena amostra do talento com origem lusitana. Neste caso, tendo em comum um dos locais mais belos do mundo, pelo menos aos meus olhos. O arquipélago dos Açores é um local marcante. Enquanto a maior parte dos finalistas do ensino secundário preferiu divertir-se em Lloret de Mar, a minha turma optou por conhecer o arquipélago, numa viagem que nunca esquecerei.
Desde a beleza natural ao Peter´s, o bar mais famoso dos Açores, tudo é encantador. Subir à cratera de um vulcão, ouvir a lenda da Lagoa das Sete Cidades enquanto se olha para ela, assistir à preparação do cozido das Furnas e visitar a fábrica de chás Gorreana (provar os aromas disponíveis é obrigatório) são experiências que aconselho a todos. Quem não ficar convencido, acrescente a esta lista tomar banho, quando está um frio de rachar, numa nascente natural de água quente.
Se era capaz de lá viver? Provavelmente não. Mas refugiar-me em tudo isto, e muito mais, durante dois meses por ano era muito bom. Nos Açores parece que os ponteiros do relógio se movem a uma velocidade muito mais lenta do que o normal. Os problemas são diferentes e até o coração mais fechado do mundo se apaixona facilmente.
27.10.12
já tens planos para hoje?
Adoro planos/iniciativas que fogem do
convencional. Do normal. Daquilo que é hábito ser feito. E o Seixal Jazz
enquadra-se no que acabei de referir. Não só por ser um dos mais conceituados
festivais de jazz que se realizam em Portugal mas também por ter a capacidade
de reunir estrelas mundiais e nacionais em espectáculos com preços acessíveis.
Hoje é o último dia do evento. Às 22h, no
Auditório Municipal do Seixal actua o grupo sueco Angles, que conta com o
contributo dos melhores músicos do jazz escandinavo. Quem não tem planos para
esta noite, pode deliciar-se com uma sonoridade que tem a capacidade de nos
abstrair dos problemas mundanos durante largos minutos.
Os bilhetes custam 10 euros e existe um
desconto de 25% para jovens até aos 25 anos, reformados e funcionários das
autarquias do Seixal.
Angles
campanha eleitoral ao rubro
A campanha eleitoral nos EUA está perto do fim e ao rubro. Barack Obama, que deverá vencer as eleições, e Mitt Romney tentam seduzir os eleitores indecisos, desdobrando-se em entrevistas e comícios para alcançar esse objectivo. Tenho acompanhado a campanha e destaco dois vídeos bastante divertidos. Um mais sério, a apelar ao voto e uma paródia feita a Mitt Romney.
ainda o desafio
O facto de ter colocado os cartazes a votos
não significa que não queira receber mais. Recebi alguns emails com essa
questão e a verdade é que as vossas criações são sempre bem recebidas, apesar
de não serem incluídas nesta votação. Até porque podem surgir algumas novidades
no futuro…
26.10.12
eu aos vossos olhos (decisão final)
Desafio lançado! Missão aceite! Cartazes elaborados! E um sorriso rasgado, de orelha a orelha, no meu rosto. A vossa criatividade deixou-me bem disposto e vejo nas vossas criações uma espécie de remédio contra a má disposição, dias cinzentos e fases menos boas. Após um reforço do desafio, partilho todas as participações que recebi.
Obrigado a todos, pelo tempo de despenderam neste desafio. Agora, o desafio é outro. Escolher o cartaz mais divertido de todos, que irá ter lugar de destaque na página do Facebook e do blogue. Como os cartazes foram feitos por vocês, é justo que a decisão final também seja da vossa responsabilidade. Qual o vosso preferido?
passatempo zombie circus show
Um circo de zombies é o mote para o regresso das festas de Halloween da Fox. Zombie Circus Show é o nome da maior e mais sanguinária festa de Halloween inspirada na série The Walking Dead, que vai decorrer no Palacete Leitão, em Lisboa (ao lado do El Corte Inglés).
Na noite em que as bruxas saem à rua, a Fox organiza um verdadeiro freak show transformando o palacete num circo que será o palco para os mais assustadores zombies. Os mortos vivos vão ser as estrelas da noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro. A animação da festa vai estar a cargo do DJ Kamala e de figurinos e artistas circenses do Chapitô que vão proporcionar momentos únicos, inesquecíveis e aterradores. No entanto fica o suspense no ar e não se revelam mais pormenores.
Tenho um convite duplo para oferecer. Quem quiser marcar presença na festa só tem de vestir a pele de Rick Grimes e deixar um comentário com a forma mais original de acabar com os zombies. O passatempo termina no final do dia 29.
O palacete onde vai decorrer a festa
o blogue, as palavras, as pessoas e o ms
Há um ano não sonhava ter blogue. Já escrevia. Já gostava de escrever mas muitos textos semelhantes aos que aqui tenho partilhado eram escritos na minha mente, publicados somente no meu cérebro e eliminados dentro do mesmo registo, salvo raras excepções que tinham como destino o facebook. Ao longo dos últimos meses, tudo mudou. De uma forma bastante surpreendente para mim, confesso. Passei a guardar as minha memórias num blogue que julgava ser lido por poucas pessoas. Foi (é) com grande espanto que constatei (constato) o crescimento do blogue porque poucas pessoas próximas de mim conhecem a sua existência ou quem conhece desconhece o autor.
Durante o tempo de vida do blogue, tive oportunidade de participar em diversas iniciativas, ser alvo de convites que não esperava e muitas outras coisas que me têm deixado feliz. Contudo, aquilo que mais me tem marcado são as pessoas. As suas histórias, o que são e tudo o que as envolve. Nunca pensei “conhecer” tantas pessoas num curto espaço de tempo. Pessoas que falam comigo sobre tudo o que lhes apetece, quer seja através de um comentário ou email.
E isto é o melhor que me podia ter acontecido. No seguimento desta maneira de pensar e ser, encontrei-me ontem com o Macho Sensível, o autor de um dos muitos blogues que faço questão de ler diariamente. Entre dois trabalho consegui tempo para um jantar rápido onde o tempo passou sem se dar conta. Onde se falou sobre tudo um pouco, sobretudo sobre aquilo que está por detrás das letras publicadas. Gostei bastante de conhecer o MS, uma pessoa impecável, e ficou pré-agendado outro jantar pois há muito mais para contar e para conhecer.
E esta troca de vivências é bastante positiva. É algo que sempre apreciei ao longo da vida. E aquilo que aconteceu ontem com o MS é o que gostava que acontecesse com cada um de vocês. Ou em momentos de oportunidade, como foi o caso de ontem, ou num jantar com o maior número de pessoas possível. Porque, do meu ponto de vista, conhecer (boas) pessoas nunca é demais. E boas não significa necessariamente pessoas iguais a nós. Muitas vezes, o encanto passa pelo oposto, pelas diferentes ideias e por tudo aquilo que aparentemente poderia afastar alguém mas que na realidade acaba por unir.
cinco anos e tudo mudou
Faz hoje cinco anos que te vi pela primeira vez. Não vou dizer que foi amor à primeira vista porque já te amava antes de nasceres. Já sentia uma enorme atracção por ti quando nem sequer sabia se serias uma menina ou um menino. Recordo-me dos curtos (aparentemente longos) minutos passados no hospital à espera que me dissessem que tinhas nascido.
A notícia chegou. Tinha corrido tudo bem. Sorri e corri para perto de ti como se fosses minha filha. Assim que os meus olhos se cruzaram com os teus, tremi. Emocionei-me. Arrepiei-me. Senti-te como parte de mim. Como uma pequena extensão da minha vida, da minha existência e das minhas vivências.
Contudo, não te consegui pegar. Parecias-me frágil demais. Melhor, as minhas mãos pareciam brutas demais para agarrar algo tão belo. Algo mágico, puro e lindo. Mas, não te agarrar não implicou não te sentir. Toquei-te. Cheirei-te. Beijei-te. E, não fosse a médica nem sequer tinhas voltado para junto da tua mãe, a minha irmã.
Desde então, cresci contigo. Amadureci a teu lado. Ensinaste-me mais do que alguma vez julguei ser possível aprender com uma criança que só hoje celebra cinco anos de vida. Sorri muito a teu lado, evitei chorar à tua frente num dia muito complicado, e senti a tua força quando assistias aos meus jogos. É claro que também me enervei com algumas das tuas birras. É óbvio que já tive de te castigar e dar umas palmadas no rabo. Todavia, nada disto invalida o de bom que me fazes sentir. Ajudaste-me a ser um homem diferente do que era há cinco anos.
Agora, vou contar as horas, minutos e segundos que faltam para estar contigo. Para vires a correr para os meus braços e me encheres de beijos. Depois, sou eu que te vou lambuzar e encher a tua cara de beijos, até me pedires para parar. Nessa altura, vou continuar a encher-te de beijos e desejar que a noite não acabe. Amo-te!
25.10.12
homem de fato e mulheres de cuecas
Já tinha a minha noite planeada. Às 0h07 ia estar numa sala de cinema a assistir a Skyfall, o mais recente filme da saga 007. Ia estar colado ao ecrã a desfrutar das aventuras do agente secreto mais famoso do mundo, que se destaca pelos fatos que usa, pela bebida que consome e pelas mulheres que seduz. Esta seria a minha noite. Planeada há muito.
Mas, trocaram-me as voltas. Em vez disso, vou estar no Lust, no Terreiro do Paço, na festa da Men´s Health, onde vai ser revelado o casal que vai constar na capa da revista. Perde-se o homem de fato e ganham-se mulheres em lingerie (e homens em roupa interior, para agrado do público feminino). Já tinha estado na edição do ano passado e este ano volto a marcar presença na festa. Alguém vai lá estar? Começa as 23 horas. Já agora, que acham desta troca?
o atum da polémica
Nunca um atum causou tanta polémica. Não é o maior do mundo. Não foi pescado em Portugal. Não foi apanhado numa zona de pesca proibida. Não atacou ninguém nem nada do género. O peixe é somente o parceiro fotográfico de Lizzie Jagger, filha de Mick Jagger, o vocalista dos Rolling Stones.
Lizzie aceitou posar nua para uma campanha da Fishlove contra a pesca insustentável. Numa das imagens, a filha do cantor, de 28 anos, pode ser vista nua montada num atum. Assim que a campanha se tornou pública foi logo catalogada de polémica. Polémica porquê? É a minha dúvida.
Polémica por causa da nudez? Não acredito. Até porque não se vê nada de extraordinário na fotografia. Vê-se um corpo sem roupa mas totalmente defendido na imagem. Polémica por ser a filha de quem é? Também não me parece. Aliás, enalteço o contributo de personalidades neste tipo de iniciativas. Será que uma campanha do género teria força e alcance mediático se fosse feita por anónimas? Julgo que não. Polémica porque se vê um atum? Claramente não. É o tema da campanha e até me parece que se trata de uma montagem fotográfica.
Será que alguém consegue explicar o motivo que leva a que iniciativas deste tipo, que tentam alertar (de forma ousada, é certo) para problemas globais sejam consideradas polémicas? Existem dezenas de exemplos de campanhas de luxo que nunca são associadas à polémica ou ao que quer que seja. Não compreendo. Tento, mas não chego lá. Acham que existe polémica nesta imagem?
elas são inferiores a eles
Ao contrário do que seria de esperar, o avançar do tempo não tornou Portugal num país mais equilibrado no que as homens e mulheres diz respeito. Portugal é hoje um país mais desigual na relação entre eles e elas. De acordo com um relatório do Fórum Económico Mundial, caímos 12 lugares na classificação, ocupando agora a 47º posição numa lista de 135.
Analisando o documento, percebe-se que o motivo da queda deve-se à “quebra no rácio da educação primária e terciária bem como a percentagem de mulheres em posições ministeriais (31% em 2011 contra os 18% de 2012).” Aliás, desde que este relatório é efectuado (2006), Portugal ocupa a pior posição de sempre. No topo da tabela estão os países nórdicos onde a igualdade consegue atingir os 80%. Em primeiro lugar está a Islândia, seguindo-se a Finlândia, Noruega e Suécia. Um dado curioso: a maior igualdade está patente no países com melhores situações económicas.
Se há coisa que não percebo são os motivos que levam um homem a julgar-se superior a uma mulher. Isso e o medo que têm de ver uma mulher numa posição de poder. Conheço homens que não aceitam ter uma relação com uma mulher que tenha um emprego melhor e um salário superior ao seu. Parece que estou a escrever um texto à máquina há cerca de 50 anos mas esta é a realidade em 2012.
É um triste facto que as mulheres têm de trabalhar muito mais do que um homem para atingir um cargo de relevo numa empresa. Existe uma necessidade de provar que são mais do que um rosto e corpo bonitos. E, mesmo assim, as que são bem sucedidas nesta missão não se livram dos boatos de que ascenderam na horizontal, através de favores sexuais. Não me sinto superior a qualquer mulher, não me sinto inferior às que ganham mais do que eu nem me incomoda que "mandem" em mim, algo que tem acontecido em diversos empregos que tive.
tea for two
O início e o final dos meus dias coincidem. Uma das primeiras coisas que faço ao acordar e que faço antes de me ir deitar é beber chá. Adoro chá! Principalmente em dias como estes. Em que a chuva cai, batendo suavemente na janela. Gosto de começar o dia com uma chávena de chá, que coloco a arrefecer na janela. Quando as temperaturas descem, agrada-me a sensação de aquecer as mãos na chávena. Habituei-me desde pequeno a beber chá (era a bebida que me aquecia no intervalo dos jogos de futebol) e fiquei com esse gosto, que tenho apurado ao longo dos anos.
Este amor faz com que, em dias como o de hoje, em que a chuva teima em não parar de cair, em que os carros se amontoam nas estradas e em que existem acidentes em cada curva, só me apeteça fugir com destino à Costa de Caparica. É lá que se encontra o salão de chá Tea For Two, um dos mais encantadores que conheço. É daqueles locais, com uma decoração acolhedora, onde desejo ficar horas sem fim. A deliciar-me com os saborosos chás, acompanhados por uma fatia dos seus, não menos saborosos, bolos caseiros. Ou então simplesmente a beber chá enquanto os ponteiros do relógio avançam lentamente.
Conheci o Tea For Two há muitos anos. Desde essa época, a gerência mudou mas a qualidade não se perdeu. Tanto que, em 2010, a revista Time Out considerou o espaço uma das melhores salas de chá de Portugal. É daqueles locais que servem de refúgio, onde o stress do dia-a-dia não entra. Fica à porta, cheio de inveja do que se passa lá dentro.
O meu encanto pelo chá faz também com que goste de experimentar os diferentes aromas. Gosto de provar tudo. E tenho ainda um encanto especial por todo o tipo de acessórios. É quase impossível resistir às mais recentes novidades. A minha última paixão é esta chaleira da Philips que descobri recentemente. Além do design apelativo, encanta-me a sua funcionalidade e o facto de ser possível controlar a temperatura e o modo de preparação, características que distinguem um bom chá.
24.10.12
quando um mau pressentimento passa a realidade
O meu maior receio em jogar futebol a meio da semana é que me possa aleijar. Este medo faz com que tenha, ocasionalmente, maus pressentimentos. E hoje foi um desses dias. Passei grande parte do tempo a pensar que algo ia correr mal.
Chegou a hora do jogo e o mau pressentimento passou a realidade. Volto para casa com um músculo rasgado e com dores numa mão causadas por um pontapé.
Há dias assim. Amanhã há-de ser melhor!
Enviado do meu BlackBerry® da tmn
Chegou a hora do jogo e o mau pressentimento passou a realidade. Volto para casa com um músculo rasgado e com dores numa mão causadas por um pontapé.
Há dias assim. Amanhã há-de ser melhor!
Enviado do meu BlackBerry® da tmn
o meu mundo redondo e feito de gomos
As quase duas décadas enquanto jogador de futebol federado deixaram-me muitas memórias. Uma extraordinárias, outras boas, algumas de que me recordo ocasionalmente e outras que prefiro não esquecer porque me fizeram aprender a ser melhor jogador e, mais importante do que isso, melhor pessoa. Talvez por jogar futebol às quartas-feiras, este é o dia em que recordo mais coisas. Estas pequenas memórias são como gomos que cosidos uns aos outros constroem o meu mundo redondo, a minha bola de futebol. Talvez por hoje sentir mais saudades do futebol do que o normal, decidi partilhar aquilo que me enche o coração, aquilo de que me lembro. Não só as coisas boas mas também os meus erros.
Primeira experiência
Devia ter uns dez anos. Fui treinar ao Corroios pela primeira vez. Não fui na altura certa e as inscrições já tinham terminado. O clube tinha o plantel formado e não queriam gastar mais dinheiro em jogadores. O treinador disse-me que podia ficar e que seria inscrito na época seguinte. Como ir aos treinos era um sacrifício para a minha mãe, que ia de autocarro comigo, acabei por desistir. Não do sonho, mas do clube.
Primeiro clube
Na companhia de dois amigos, decidi tentar a minha sorte no Paio Pires Futebol Clube. Chegamos à sede. Olharam para nós com olhos que diziam: estão contratados. O treino é amanhã. "Apareçam", foi o que nos disseram. Assim foi. E tinha razão. Ficamos no clube.
As primeiras praxes
Com apenas 12 anos partilhava um balneário igual ao de qualquer equipa de seniores. As praxes eram muito divertidas. Que saudades desses tempos. Das brincadeiras! Das coisas escondidas. Dos atacadores presos um ao outro. De tudo!
O primeiro jogo
Barreirense – Paio Pires. Domingo de manhã. Recordo o jogo como se fosse agora. O “túnel” de acesso ao campo. As palavras do treinador. O jogo. E o resultado 0-0. E ainda atiramos uma bola à barra. No primeiro jogo defrontei uma das equipas mais fortes e estive perto de vencer.
O primeiro golo
Galitos – Paio Pires. Era o marcador de livres da equipa. Recordo-me de pegar na bola como se ela estivesse agora nas minhas mãos. Livre no meio campo ofensivo do lado esquerdo. Já perto da área. Tomo a opção de fazer um cruzamento a pensar colocar a bola no segundo poste. Pensei: “Se ninguém tocar, vai à baliza.” Assim foi. Ninguém tocou. E marquei o meu primeiro golo.
O primeiro hat-trick
Samouquense – Paio Pires. A jogar a defesa-central marquei os meus primeiros três golos num jogo. O jogo estava fácil e ganhamos por 7-0. Estava a gostar tanto daquilo que já nem defendia. O treinador bem gritava mas eu queria era jogar e marcar golos.
A primeira expulsão
Nunca fui adepto de injustiças. Só que não sabia lidar com elas no início. Um colega meu foi agredido. O árbitro não viu e não expulsou o outro jogador. Aquilo irritou-me e fui logo colar-me a ele. Parecia a sua sombra. Numa altura em que pensava que ninguém estava a olhar, fiz-lhe uma rasteira. O fiscal de linha viu e mostrou-me o cartão vermelho. Três jogos sem jogar ensinaram-me muito.
O sr. Pichas
Um dos funcionários mais simpáticos que conheci. Era dirigente do Paio Pires. Era aquele senhor que nos dizia sempre: “menino, meta a camisolinha para dentro.” Com ele não havia volta a dar. Camisola para dentro, meias para cima e mais nada. Este senhor, segundo sei, já faleceu para grande tristeza minha.
O melhor balneário
O do Paio Pires, quando era puto. Perdia quase sempre mas toda a gente se dava bem. “Quando chego a casa, a minha mãe já não pergunta se ganhei. Pergunta logo por quantos é que perdi”, dizia um colega meu. Os resultados eram os piores mas a amizade reinava.
O momento belisca-me
Num dia de chuva, ainda no Paio Pires, defrontei a melhor equipa do Amora (eles tinham duas para cada escalão. Uma jogava no Nacional, outra no Regional). Fiz um dos jogos da minha vida e empatamos 0-0. No final do jogo sou abordado por um senhor que me cobre com um chapéu de chuva ainda na lama. “Queres jogar no campeonato nacional no próximo ano? Então vem para o Amora.” Disse logo que sim. Foi a minha primeira transferência. Sem qualquer entrave do clube. Algo que não se repetiu ao longo dos anos.
Para não ser muito maçador, fico-me (agora) por aqui. Estes são apenas alguns gomos de uma bola gigantesca. Há muito para contar. Muitos sorrisos para partilhar, muitas lágrimas para limpar e muitos memórias para libertar. Se quiserem, a minha bola será também vossa. Todos os gomos, um a um.
levar nas nalgas
Destruir ou danificar de forma severa a imagem de uma pessoa, empresa, produto ou o que quer que seja é das missões mais fáceis que existem. Basta lançar uma mentira. Depois desta ser repetida diversas vezes, passa a ganhar contornos de verdade. É um facto que continua a ser uma mentira. Sempre será uma mentira. Mas o seu prolongamento no tempo faz com que muitas pessoas a vejam como verdade. Pessoas que não se dão ao trabalho de verificar a veracidade de algo. Indivíduos que acreditam no que ouvem, sobretudo se a mensagem partir de alguém em quem confiam.
Recebi o recorte. No artigo lê-se que a intolerância ao glúten resolve-se a... “levar nas nalgas quando é preciso.” Disseram-me que isto constava na página 393 da revista do El Corte Inglés. O meu primeiro pensamento foi ser impossível escrever isto. Quer seja na revista do El Corte Inglés ou noutra publicação qualquer. Seria grave demais que um erro destes passasse despercebido aos olhos das pessoas que têm como missão ver e rever um artigo antes da sua publicação.
Por não acreditar nisto, fiz uma pesquisa na Internet para descobrir o que tinha acontecido. Percebi que circula a mensagem de que esta frase foi realmente escrita na publicação referida. Encontrei vários sítios onde se fala disto como um dado adquirido. Mesmo assim continuei a não acreditar naquilo que seria um erro inadmissível. Finalmente, encontrei a revista onde se lê que o tratamento para a intolerância ao glúten passa por uma dieta rigorosa. A inovação “levar nas nalgas” terá sido acrescentada posteriormente.
Aposto que esta situação alterou a forma como algumas pessoas vêem o El Corte Inglés ou pelo menos dos funcionários que elaboram os catálogos. Esta é a força da mentira. Quanto mais vezes é repetida maior é a sua força. Isto, até que chega a um ponto em que as pessoas para para ela como uma verdade inquestionável. Quem não acredita nisto, experimente lançar uma mentira num grupo de amigos e descubra o resultado...
eu aos vossos olhos
No final da semana passada, após um dia exaustivo de trabalho, deu-me para fazer isto.
Nessa altura, lanceio este desafio. Quis perceber como sou aos vossos olhos. Melhor, como é este cantinho (que é vosso) segundo o vosso olhar. Quis descobrir, através de um cartaz, aquilo com que se identificam neste blogue. Aquilo que vos faz estar por cá, voltar e partilhar a vossa opinião. Isso permite-me descobrir mais sobre vocês. Dá-me a oportunidade de descobrir o vosso talento e sentido de humor. E isso é muito bom! Aproveito para partilhar as participações que recebi até ao momento. Obrigado pelo tempo que disponibilizaram e pelos sorrisos que me provocaram. Nos dias que correm, um sorriso vale ouro.
Nessa altura, lanceio este desafio. Quis perceber como sou aos vossos olhos. Melhor, como é este cantinho (que é vosso) segundo o vosso olhar. Quis descobrir, através de um cartaz, aquilo com que se identificam neste blogue. Aquilo que vos faz estar por cá, voltar e partilhar a vossa opinião. Isso permite-me descobrir mais sobre vocês. Dá-me a oportunidade de descobrir o vosso talento e sentido de humor. E isso é muito bom! Aproveito para partilhar as participações que recebi até ao momento. Obrigado pelo tempo que disponibilizaram e pelos sorrisos que me provocaram. Nos dias que correm, um sorriso vale ouro.
Não divulguei os nomes dos autores dos cartazes por desconhecer se é essa a intenção dos mesmos. Caso queiram, digam-me que terei todo o gosto em partilhar a vossa identidade.
Quem quiser contribuir, pode fazer o cartaz aqui e enviar para homemsemblogue@gmail.com. Eu fico eternamente agradecido.
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