28.4.15

os putos nos dias que correm (não aconselhado a quem não gosta de futebol)

Sempre gostei de jogar futebol. Desde pequeno que me recordo das futeboladas com o pessoal da rua, que jogava contra outra rua. Dos jogos com amigos da escola. E daqui excluo os jogos federados. Nos jogos entre amigos havia um detalhe que se destacava. Todos gostavam de jogar com a camisola do seu clube. Ou, idealmente, o equipamento completo: meias, calções e camisola. Benfica, Sporting e Porto eram as mais populares.

Depois, existiam aqueles que optavam por camisolas internacionais. Barcelona, Real Madrid, Juventus. Existiam ainda os mais excêntricos. E estes eram aqueles que usavam camisolas de futebol de clubes estrangeiros mas clubes modestos. Em muitos casos estes eram os mais admirados pois tinham camisolas pouco comuns. Mas, de forma geral, todos tinham camisolas de futebol para usar nos mais diversos jogos.

Agora, tudo mudou. Antes dos treinos de futsal costumo ver um pouco do treino dos putos (de outro clube) que treinam no mesmo pavilhão. Até agora vi uma ou duas camisolas de futebol. De resto, treinam com mangas cava, com t-shirts da Bershka com decote em v e com meias curtinhas. Parece que tão prontos para sair à noite mas antes da saída foram fazer um jogo de futebol. Por outro lado, e ao contrário do que acontecia na minha altura, os penteados são todos ao estilo de um qualquer jogador de futebol famoso.

O que é feito da loucura pelas camisolas de futebol? Dá para recuperar esta “tradição” do meu tempo. É certo que a qualidade do jogador não está na roupa. Mas camisolas com decote em v deviam ser proibidas em jogos de futebol. Deviam equivaler a um cartão vermelho.

27.4.15

eu, ela, óculos e beleza

Ela: “Vou buscar os óculos para ver o filme”

Ela: “Realmente faz uma grande diferença”, diz enquanto coloca e tira os óculos e olha para a televisão.

Ela: “Deixa-me olhar para ti”, refere, voltando a colocar e retirar os óculos.

Ela: “Realmente, faz diferença. És mesmo feio”, diz-me.

Eu: “Já percebeste porque não olho para ti com óculos?”

Eu: “Quanto muito com os óculos escuros”, concluo.

Acabamos os dois às gargalhadas. Só há uma pequena diferença. Ela disse a verdade. Eu menti pois ela é linda.

aquele momento #29

Aquele momento em que percebes que se fosses como Julen Lopetegui – treinador do F.C. Porto que supostamente ameaçou dar um murro a Jorge Jesus (treinador do S.L. Benfica) caso este voltasse a trocar o seu nome – passavas a vida a dar murros, ou pelo menos a ameaçar, a todas as pessoas que dizem e escrevem mal o teu apelido.

sacos de plástico levados ao extremo

Num passado recente os sacos de plástico começaram a ser pagos. Até aqui tudo bem. Acaba por resultar numa mudança de hábitos com as pessoas a começarem a levar os seus próprios sacos para as compras. De resto, acho de muito mau tom que, num dia em que a Cruz Vermelha está a levar a cabo uma campanha solidária de angariação de alimentos, algumas pessoas aproveitem os sacos cedidos pela Cruz Vermelha para arrumar as suas compras. Pessoas essas que não fazem doação nenhuma e que ainda se riem por ficar com o saco para as suas compras. Se existem coisas de extremo mau gosto e falta de classe, esta é seguramente uma delas.

24.4.15

vai um brunhol?

Vivi sempre na Margem Sul do Tejo. Primeiro, com os meus pais. Mais tarde, em duas casas diferentes, com a minha mulher. Há quem odeie o sítio onde moro. Há quem invente coisas a seu respeito. Há até quem pense que fica a mais de mil quilómetros de Lisboa (não deixa de ser curioso que muitas pessoas que pensam isto moram a mais quilómetros de Lisboa do que eu – já agora, e para acabar com dúvidas – a Ponte 25 de Abril tem apenas 2228 metros de comprimento). Mas o objectivo deste texto não é defender a “minha” zona que nem precisa de ser defendida.

O objectivo deste texto é dizer que hoje vive-se uma das noites de que mais gosto na Margem Sul. A noite em que se celebra o 25 de Abril, a liberdade, esse bem tão precioso e que muitas pessoas lutaram para que fosse de todos. Desde pequeno que gosto de assistir ao fogo-de-artifício. Do barco a arder onde se lê “25 de Abril Sempre”. E apesar de agora a minha casa permitir ver este espectáculo da varanda, continuo a gostar de ir a pé até à margem do rio. Gosto de lá estar sentado na companhia da minha mulher e família. É daquelas sensações que o dinheiro não compra.

E pensar nisto sabe-me a brunhol (aquilo que devido à minha mulher chamo às farturas). Esta noite só fica completa com a visita à roulotte do costume. Hoje não será diferente. Lá estarei para fazer tudo isto. Sem nunca esquecer ou ignorar a importância deste festejo. Uma importância que com o passar dos anos começa a perder-se com alguns jovens a desconhecerem o que é isto da revolução dos cravos. Fica o convite para quem não conhece o fogo-de-artifício do Seixal. Apareçam. Desfrutem do espectáculo. Comam um brunhol e fiquem para o concerto dos Buraka Som Sistema.

imigrantes ilegais (fotos que não vais querer ver)

Num trabalho brilhante, o Observador, compilou um conjunto de imagens (algumas premiadas) que ilustram um problema ao qual não se pode fechar os olhos. Abril ainda não chegou ao fim e já morreram 1600 imigrantes ilegais, que partem do Norte de África, nas águas do Mediterrâneo. Este não é um problema de agora e estas imagens (fica desde já o aviso para a violência de algumas) deveriam ser vistas pelos políticos europeus diariamente e pelo maior número de pessoas. Nada mais vou escrever porque a notícia do Observador pode ser lida aqui. Como o artigo não está assinado, agradeço ao Observador, a compilação de imagens que colocam o dedo na feria.

Foto de Juan Medina/Reuters
Imigrante morto na praia, em Fuerteventura. (Janeiro 2003)

Foto de Juan Medina/Reuters
Corpos de emigrantes mortos, em Fuerteventura. (Agosto 2004)

Foto de Juan Medina/Reuters
Dois homens resgatados de um barco que afundou. (Novembro 2004)

Foto Juan Medina/Reuters
Homem arrasta-se numa praia em Fuerteventura. (Maio 2006)

Foto de Borja Suarez
Homem reza depois de chegar à Gran Canária. (Julho 2008)

Foto de Desiree Martin/AFP
Sessenta e três pessoas resgatadas numa praia em Tenerife. (Março de 2009)

Foto de Cuerpo Nazionale Vigili del Fuoco
Barco que afundou em Lampedusa. 155 pessoas foram salvas. 260 morreram. (Outubro 3013)

Foto de John Stanmeyer (World Press Photo 2013)
Djibouti é um ponto de passagem para os imigrantes. Homens à procura de sinal de telemóvel para avisarem as famílias. (2013)

Foto Reuters
Homem morto é retirado do mar em Tripoli depois do barco ter afundado. (Agosto 2014)

Foto de Borja Suarez
Dois homens viajaram até à Gran Canária depois de fugirem de África num barco de pesca. (Novembro 2014)

Foto de Assimo Sestini (World Press Photo 2014)
Barco com imigrantes ilegais na costa líbia. (2014)

A primeira e a quarta foto são as que mexem mais comigo pois ilustram muito bem a forma como se encara este assunto. Só para finalizar, morre um emigrante ilegal (nas águas do Mediterrâneo) a cada 100 minutos. Mais uma vez, os parabéns ao Observador pela compilação de imagens que aqui partilhei.

é gira! é?!?!?!? ou a desvalorização do elogio “fácil”

Ontem, assisti a um vídeo de uma entrevista a Liliana Costa, a professora, de 32 anos, acusada de manter relações sexuais com um aluno de 15 anos. O assunto acabou por ser tema de conversa na redacção e referi que achava a professora gira (publiquei uma fotografia no facebook do blogue). Quando disse isto, algumas mulheres da minha redacção – trabalho sobretudo com mulheres – olharam para mim com algum espanto. “É?!?!?!”, diziam com espanto. “Gira?!?!?! Achas mesmo?”, perguntaram. “Sim, acho que é gira. Não estou a dizer que é a mulher mais bonita do mundo. Simplesmente é gira”, referi.

“Tem cara de girl next door”, diz uma colega. “E a nossa vizinha não pode ser gira?”, perguntei. Horas mais tarde, e na presença de outras pessoas e ainda na redacção, o tema voltou a ser falado. Isto após ter visto outras imagens da professora. “Mantenho a opinião de que é gira”, disse. Nesta altura fui apoiado por um colega que tem a mesma opinião do que eu pois também considera que Liliana Costa tem uma beleza normal. Este meu colega depois explicou algo bastante interessante. “As pessoas estão à espera que todos elogiem um “avião”. A professora tem uma beleza que normalmente não é elogiada”, disse.

“É isso mesmo”, disse em concordância. E dei um exemplo de uma mulher que muitas pessoas elogiam e que não me diz nada. “As pessoas fartam-se de elogiar a Irina Shayk. Apesar de a considerar bonita, é uma mulher que não me diz nada. Já estive a centímetros dela e mantenho a opinião de que a Rússia é feita de Irinas ou de mulheres ainda mais bonitas do que a Irina”, referi. O meu colega deu outro exemplo: Gisele Bündchen, explicando não não acha que seja uma mulher do outro mundo mas que todas as pessoas esperam que seja elogiada assim que se fala no seu nome. Concordei e acrescentei que conheço pessoas que estiveram pessoalmente com ela e que ficaram desiludidos porque tinham uma imagem que não correspondeu à realidade.

A beleza está nos olhos de quem vê. E gostos não se discutem. E nem é isso que pretendo debater. Acho é que os elogios fáceis estão totalmente e injustamente desvalorizados. Fala-se numa mulher conhecida e chovem elogios atrás de elogios. Elogia-se alguém com uma beleza simples e existe uma estranheza quase generalizada. Quase como se fosse impossível dizer que uma pessoa simples é bonita. A simplicidade não elimina a beleza. Em muitos casos até a valoriza. Mais do que a excessiva produção. E o elogio fácil não perde valor pela facilidade com que é feito.

acho que nunca me vou habituar a isto

O jornalismo é a minha profissão há quase nove anos. E acho que nunca me irei habituar ao momento em que uma pessoa que entrevisto começa a chorar. É certo que  o tempo ensinou-me a perceber os momentos em que isso poderá acontecer mas existe sempre a dúvida e nunca será um objectivo enquanto entrevistador. Por um lado, não deixarei de fazer uma pergunta que considero importante com receio de provocar lágrimas. Irei continuar a percorrer o caminho que me permite saber se a pergunta em questão pode ou não ser feita. Mas, por outro, nunca me irei habituar às lágrimas. Talvez por também ser uma pessoa que se emociona com facilidade.

23.4.15

vais ter sexo hoje? então não comas isto

Vamos supor que hoje é uma daquelas noites especiais. Uma noite romântica. Uma noite perfeita que vai acabar com sexo ou amor para quem preferir. Quando se acredita neste desfecho existem coisas a evitar. Coisas essas que vão muito além da cebola ou do alho e do hálito que resulta da ingestão de ambos. Se o objectivo é uma noite de sexo, é melhor ter cuidado com aquilo que se come. E quem avisa é o jornal Daily Mail, com uma lista de 15 coisas que devem ser evitadas e que têm tudo para estragar uma noite que se deseja perfeita. A saber:

#1 Alcaçuz preto
A ingestão de alcaçuz está associada a níveis baixos de testosterona. E quanto mais forte a testosterona, mais forte o desejo sexual, tanto para homens como mulheres. É melhor ignorar a vontade de comer algumas gomas.

#2 Queijo
Comer queijo diariamente é assassinar a libido. Congestiona a produção de muco e isto não é a melhor forma da pessoa se sentir antes do sexo.

#3 Feijões
De acordo com especialistas, depende da digestão de cada pessoa. Algumas pessoas podem ficar cheios de energia. Outros sentem-se fracos, inchados e até com aumento na flatulência. Se for este o caso, é melhor esquecer.

#4 Chocolate
É preciso saber escolher o chocolate. E a melhor opção deste alimento sensual é o chocolate escuro com um mínimo de 70% de cacau. Trata-se de um percursos de serotonina e quando os níveis são bons as pessoas sentem-se mais felizes e com menos stress.

#5 Cachorro-quente
É um alimento que pode entupir as artérias vaginais e penianas. Comidas processadas não são boas para a libido. Depois da ingestão a pessoa pode sentir-se fraca e sem energia.

#6 Mentol
O mentol reduz os níveis de testosterona fazendo com que o desejo sexual caia a pique. É certo que o mau hálito é um turn off mas mastigar pastilha faz com que a pessoa fique propensa a arrotar. É óptimo para o sistema digestivo mas tem uma acção negativa sobre a libido.

#7 Água tónica
Muitas vezes contém quinino, que já foi ligada a uma diminuição da função sexual. A evitar.

#8 Batatas fritas
Outro alimento excessivamente processado com um índice glicémico muito alto, o que significa que  liberta energia muito rapidamente no sistema. Inicialmente a pessoa sente-se bem mas os níveis de energia vão baixar rapidamente.

#9 Carne vermelha
Algumas pessoas ficam com energia devido ao ferro que ajuda na oxigenação do corpo. Se não fazem uma boa digestão podem sentir-se letárgicos. Depende de cada pessoa.

#10 Tofu
É um alimento rico em fitoestrogénios, o que pode diminuir os níveis de testosterona, ou seja, o desejo sexual.

#11 Comida enlatada
São alimentos com pouco valor nutritivo e energicamente “mortos”. Não aumentam a vitalidade nem o desejo sexual.

#12 Vinho tinto
Bebido com moderação aumenta o fluxo sanguíneo, relaxa e reduz as inibições. Beber apenas em quantidade moderada.

#13 Farinha de aveia
Pode ajudar as reduzir os níveis de stress, o que é uma forma indirecta de eventualmente aumentar a libido. Mas, além de manter a pessoa cheia de energia não vai aumentar directamente a libido. E o alto teor de fibras pode conduzir até ao campo... gasoso.

#14 Bebidas energéticas
Costumam ter açúcar e cores e sabores artificiais. Podem ajudar na energia instantânea mas pode ser algo de curta duração.

#15 Brócolos
É um vegetal maravilhoso que ajuda o corpo a desintoxicar naturalmente. Pode ter um efeito positivo na saúde da próstata e pode ajudar a prevenir doenças cardíacas. Mas pode também ajudar a produzir gás.

(des)encontros (capítulo nove)


Chegara o dia da viagem para Dublin. João estava pronto para viajar. Tinha pedido a Jorge para lhe dar boleia até ao Aeroporto da Portela. Como já esperava que fosse acontecer, tinha dúvida sobre a opção de viajar até à Irlanda. “O que vais fazer?”, perguntava a si mesmo. “Andas a dizer ás pessoas que precisas desta viagem e do descanso quando na verdade tens a secreta esperança de encontrar a Sophia”, respondia a si mesmo em voz alta, tal e qual como se fosse um diálogo com outra pessoa.

“Estás preparado para a desilusão de não encontrar ninguém? E se regressas de lá ainda mais triste e descrente do que partiste?”, insistia. “Que se lixe tudo isso. Pelo menos tentei algo”, respondia às vozes que ouvia na sua cabeça enquanto acabava de arrumar a mala. “Seja como for, o Jorge fez questão de pagar as viagens. Por isso, tenho de ir. Não existe espaço nem tempo para arrependimentos”, dizia. Até que o seu raciocínio foi interrompido pelo barulho do seu telemóvel. Era uma mensagem. “Estou á porta do teu prédio. Desce”, era o conteúdo da mensagem enviada pelo seu melhor amigo.

“Anda Bauer”, disse para chamar o buldogue francês, que reagiu como se fosse dar um passeio à rua. “Não vais à rua. Vais uns dias para casa do tio Jorge. Vais poder brincar com a Inês”, explicou ao cão como quem fala com uma criança. Sendo que nesse momento, Bauer mudou a sua postura, como se estivesse a perceber o que lhe ia acontecer. “Boas! Obrigado pela boleia até ao aeroporto”, disse a Jorge enquanto entrava no seu carro. “Não tens de agradecer”, respondeu.

“Só quero que me digas uma coisa. Tens a certeza disto?”, perguntou Jorge. “Mesmo que não tivesse já pagaste as viagens. Por isso, resta-me viajar”, gracejou João. “Não é pelo dinheiro. Até porque só se perde o de uma viagem. A outra ainda devolvem”, referiu Jorge com um ar mais sério. “Mas eu quero viajar. Vai fazer-me bem, mesmo sem saber o que vou encontrar. Preciso desta viagem e destes momentos a sós”, explicou João. “Estou convencido”, disse Jorge.

“Sobe o volume do rádio que adoro esta malha”, pediu João ao perceber que estava a começar a música Hold my Hand, de Jess Glynne. “Standing in a crowded room, and I can't see your face
Put your arms around me, tell me everything's ok. In my mind, I'm running round a cold and empty space. Just put your arms around me, tell me everything's ok”, cantarolava João. “Break my bones but you won't see me fall, oh. The rising tide will rise against them all, oh”, acrescentou num tom de voz diferente enquanto Jorge se ria com o espectáculo protagonizado pelo amigo.

“Estamos a chegar. Queres que pare o carro no parque e que vá contigo lá dentro?”, perguntou Jorge. “Esquece lá isso. Encostas e saio. Não quero uma despedida muito sentimental”, respondeu João. “Tu mandas”, disse Jorge, dirigindo-se para a zona de partidas. “Estás entregue”, acrescentou. “Obrigado por tudo. És o meu melhor amigo e nunca esquecerei o que tens feito por mim”, referiu João, dando um apertado e sentido abraço ao amigo. “Já não se fazem pessoas como tu”, disse. “Bauer, toma conta deste gajo”, afirmou, fazendo uma festa ao seu cão antes de sair do carro.

Ao entrar no aeroporto deparou-se com o monitor onde apareciam as partidas. O check-in para o seu voo estava aberto e começava no balcão 23. “Tanto número e tinha logo de começar num que é especial para mim. Gosto destas coincidências”, pensou. Chegado ao respectivo balcão deparou-se com uma pequena fila. “Porreiro. O avião não deve ter muitas pessoas”, foi a ideia que lhe veio à cabeça. Chegada a sua vez, tratou de tudo até que lhe foi feita uma pergunta. “Tem preferência por janela ou coxia?”, perguntou a hospedeira de terra. “Aquilo de que gosto mesmo são daqueles lugares onde dá para esticar as pernas. Depois disso, aprecio um lugar à janela”, respondeu, entre risos. “Vou ver o que consigo fazer”, respondeu a funcionária sem evitar um sorriso às palavras de João.

Quando recebeu o bilhete, olhou para o mesmo e notou que ia ficar na fila 23, lugar A. “Outro 23? Já começa a ser coincidência a mais”, pensou. João encaminhou-se para a zona das partidas. Mostrou o bilhete de avião e seguiu para a porte de embarque número 12, não sem antes parar numa das lojas para comprar dois pacotes de Skittles, algo que não dispensa nas viagens de avião. Isso e música. Enquanto se encaminhava para a porta pensava em duas coisas. Primeiro, que a porta de embarque fosse com manga de acesso ao avião pois detesta esperar pelos autocarros. A segunda, que não ficasse sentado perto de nenhuma mulher que o pudesse distrair.

Enquanto se encaminhava para a porta de embarque percebeu que o seu primeiro desejo estava concedido. Como tinha demorado algum tempo, quando lá chegou já o embarque tinha começado. Restava saber se o seu segundo desejo seria satisfeito. Mostrou novamente os documentos e encaminhou-se para o avião. “Olá!”, disse às hospedeiras que recebiam os passageiros, a quem mostrou o bilhete. “Fila 23, do seu lado direito”, disse-lhe. “Espero que não esteja lá ninguém ou que seja um homem a ficar perto de mim. Não quero distracções”, pensava e desejava com todas as suas forças. Até que chegou à sua fila. Onde, estava uma linda morena, sentada no lugar B da fila 23.

quem nunca teve uma paixão por um(a) professor(a)?

Liliana Costa, uma jovem professora de Póvoa do Lanhoso, de 34 anos, está a ser acusada de manter relações sexuais com um aluno, adolescente, de 14 anos. Numa atitude que demonstra coragem, Liliana Costa aceitou dar a cara para desmentir o polémico caso. Assumiu que partilha o email e o contacto telefónico com alguns alunos, que lhes dá boleia, que os ajuda nos estudos fora das aulas. Resumindo, não esconde que é próxima dos alunos e também dos pais dos mesmos. De acordo com o seu advogado, gerou-se um zumzum e isto levou à suspensão da professora sem que fosse efectuado um processo de averiguações. Foram os rumores, que Liliana Costa garante serem falsos, que supostamente levaram à suspensão da professora.

Tudo isto levou-me a viajar até à altura em que tinha 14 anos, em que era adolescente e recordei também as professoras bonitas que tive. E a primeira pergunta é: quem nunca teve uma paixão por um(a) professor(a)? Recordo-me das minhas colegas que eram apaixonadas por professores. Recordo-me dos meus colegas que eram apaixonados por professoras. Recordo-me de uma professora, de matemática caso a memória não me esteja a falhar, a quem achava especial piada. Acho que são coisas normais da idade. Acredito que é algo comum para todas as pessoas daquela idade. Coisas com que se brincava mas que se percebia que não passava de uma paixoneta normal da idade que não é mais do que isso e que não eram alimentadas por ninguém. Aliás, os professores nem sabiam disso. Era motivo de brincadeira apenas junto dos alunos.

Ficando ainda naquela altura, e com as devidas comparações de época onde estão incluídos telemóveis e redes sociais, não me recordo de ter contactos dos professores. Mesmo daqueles com quem me dava melhor. E que estavam disponíveis para ajudar os alunos, sempre que fosse possível. Depois, recordo-me de ter professores mais próximos de mim e dos meus colegas do que outros. Professores que acabavam por ser amigos. E isto nunca foi bem visto por algumas pessoas que muitas vezes os criticavam. Por fim, recordo-me também de saídas à noite com alguns professores. Mas isto praticamente no final do 12º ano. Ou seja, na noite do Baile de Finalistas.

Recuar até à adolescência significa também falar de rumores. Quantos adolescentes inventam histórias e espalham as mesmas pela escola? Quantas pessoas inventam histórias sobre outros e espalham as mesmas? Recordo-me de ter sido feita uma experiência na minha escola. A ideia era perceber até onde consegue ir um rumor. E foi dito a dois miúdos, apenas dois, que o aluno x, tinha sido apanhado com uma professora. Nada mais do que isto. Passadas algumas horas vieram perguntar-me se sabia que o aluno x tinha sido apanhado com a professora y, na casa-de-banho do pavilhão xpto aos beijos. E que tinham sido apanhados pela directora da escola. Ou seja, o rumor tinha apenas um nome e um cargo. Horas depois tinha dois nomes, um local, o que estava a ser feito nesse local e quem tinha apanhado as duas pessoas. Tudo mentira!

E esta experiência pode resumir bem este acontecimento. É um facto que todos (a sua maior parte) os adolescentes acabam por ter um carinho especial (que não passa disso mesmo pois nem sabem o que é) por um(a) professor(a). Ainda por cima, nos dias que correm, em que os(as) professores(as) têm uma imagem cada vez mais jovem e cuidada. Têm também uma maior proximidade aos alunos, o que faz com que o fascínio seja complicado de controlar. Depois, basta que um aluno tenha um desabafo ou invente uma história junto de amigos para que minutos depois toda a escola saiba que se passa isto ou aquilo, que na realidade não se passa. Ou que alguém invente uma história sobre terceiros.

PS – Quase tudo o que escrevi muda de figura a partir do momento em que um(a) professor(a) tem conhecimento do fascínio da(o) aluna(o) e decide alimentar esse mesmo fascínio. Nessa eventualidade, o caso muda de figura.

fetiche? mensagem subliminar? excesso de cuecas?

Existe um homem que, com alguma frequência, deixa a sua roupa interior – boxers – pendurada num dos cabides que estão na zona dos chuveiros. Como sou uma das pessoas que treina assim que o ginásio abre, sou também dos primeiros a tomar banho. E volta e meia lá me deparo com os boxers pendurados no cabide. Neste momento já perdi número às peças que ali encontrei e que, segundo sei, são todas da mesma pessoa.

O meu primeiro pensamento é em forma de dúvida. Como é que alguém que vai tomar banho e pendura os boxers no cabide em frente ao duche se esquece dos mesmos naquele local. Já para não falar do motivo pelo qual despe os boxers ali e não na local dos cacifos onde por norma as pessoas se despem. Depois, acredito que a pessoa em questão deve ter boxers que nunca mais acaba. E digo isto porque os que ali deixa acabam sempre no lixo.

De resto, talvez seja um fetiche com boxers. Ou talvez uma mensagem subliminar que queira passar para alguém. Ou poderá ser mesmo excesso de roupa interior. Ou talvez trabalhe para uma marca de roupa interior e afinal tudo isto não passe de um golpe publicitário para promover o seu produto. Aceitam-se apostas no misterioso caso dos boxers que são esquecidos no balneário.

o corpo perfeito


Este vídeo surge como um alerta para a necessidade de combater os constantes “estás gordo(a)” que se costumam ouvir e que levam tantas pessoas a querer mudar o seu corpo apenas tendo em base os comentários que ouvem. Comentários esses que são muito frequentes nas redes sociais, o que faz com que o alerta seja direccionado para o combate ao cyber bullying que provoca muitos danos em muitos jovens. Tal como outros vídeos que aqui tenho partilhado, a leitura do mesmo depende de cada um.

22.4.15

o que mudavas no teu corpo?

Tenho apenas uma curta e simples pergunta: o que mudavas no teu corpo? Já agora, acrescento outra: porquê?

a sociedade pressiona as mulheres ou as mulheres é que se pressionam?

Não sou de me “fascinar” facilmente com pessoas. Muito menos com celebridades. Tenho algumas excepções e Charlize Theron é uma delas. Sou fã da sua beleza desde o dia em que a vi pela primeira vez. E com o passar dos anos fui admirando a mulher que existe para além da talentosa actriz. Gosto da sua postura perante a vida, gosto das causas que defende. Resumindo, gosto do “pacote” completo. Como tal, gostei das fotos que fez recentemente para a revista W e também das suas palavras.

Na entrevista à referida publicação, Charlize Theron, que tem 39 anos, aborda um tema quase sempre polémico e que diz respeito ao envelhecimento das mulheres e da pressão que existe em torno do sexo feminino. Melhor, a forma como elas são vistas. “As mulheres, na nossa sociedade, são compartimentadas de modo a que se sintam como flores cortadas que vão murchar”, diz. Nesta parte faço uma leitura de crítica em relação à imagem das mulheres. Que têm de ter sempre uma imagem perfeita e idealmente jovem. E esta pressão da sociedade acaba por fazer com que as mulheres acabem por se sentir velhas quando ainda são bastante jovens.

Mas este tema tem uma outra perspectiva. Que é igualmente abordada por Charlize Theron, que até assume a sua culpa na mesma. “Acho que, como muitas mulheres, era crítica para com as mulheres à medida que iam envelhecendo”, assume. E isto levanta outra questão. A pressão é apenas da sociedade ou são as mulheres que acabam por ser um grande – talvez o principal – foco de pressão no sexo feminino, criticando as outras, o que faz com que a pressão seja ainda maior? Se concordo que a sociedade pressiona e compartimenta as mulheres, concordo também que muitas mulheres ajudam a que isto aconteça, tal como Charlize Theron defende.

Por fim, a actriz assume que ser mãe ajudou a mudar a forma como encara o passar dos anos. “Podemos celebrar cada idade. Este é o meu conselho para as mulheres de 20 anos que têm medo de envelhecer. Não tenham um colapso nervoso nem se atirem ao Chardonnay. Envelhecer não é tão mau”, explica entre risos. Charlize Theron aborda ainda outro tema muito actual que é a necessidade de agradar aos outros. “Quando fiz 30 anos percebi que não tenho que agradar a todos. Posso aproveitar a vida”, confessa.

É por coisas como estas que sou um fã incondicional de Charlize Theron. Não tem problemas em apontar o dedo à sociedade. E com razão pois é um facto que existe uma grande pressão em relação ao sexo feminino. Mas também não tem problemas em assumir a sua culpa nessa pressão. E isto já é algo que muitas mulheres fingem não ver, culpando apenas os outros. E congratulo-me por existirem mulheres com esta importância mediática a abordar estes temas. E nestas breves palavras há muito a aprender. Não fazer aquilo que se critica na sociedade, não ter medo de envelhecer e esquecer essa coisa de agradar aos outros de modo a realmente aproveitar a vida.

o que se passa com a amizade?


Tantas verdades em tão pouco tempo num anúncio brilhante que define na perfeição a amizade nos dias que correm. “Se os amigos são tão importantes na nossa vida, como é que temos tão pouca vida para os amigos?”

serei o único a achar isto?

Serei o único a achar que a greve é algo cada vez mais banalizado? Mais do que uma forma de protesto, parece que a greve é uma espécie de acessório de moda que fica bem usar em todos os looks. Mais do que um instrumento de força é a melhor maneira de não trabalhar. É pena que assim seja. E também começo a olhar para a greve como um desodorizante: quem mais precisa dele não o usa. Mas se calhar sou só eu que penso desta forma.

big girls, em que é que ficamos?


“We've got some straightenin' out to do
And I'm gonna miss you like a child misses their blanket
But I've got to get a move on with my life
It's time to be a big girl now
And big girls don't cry”


“I may cry, ruining my makeup
Wash away all the things you've taken
I don't care if I don't look pretty
Big girls cry when their hearts are breaking”

Big girls, em que é que ficamos: choram ou não?

21.4.15

se gostas de bolas de berlim não vejas este post

Nota prévia para os amantes de bolas de berlim: avisei que era melhor não abrir este texto. Por isso não me culpem do que possa acontecer.

Agora que está feito o aviso, vamos à dura, quer dizer, doce realidade. Acabei de descobrir que um amigo tem um negócio que dá pelo nome de Olha a Bola. E o que é isto? É algo relacionado com futebol? Vamos ver a bola? Nada disso! Este meu amigo entrega bolas de berlim ao domicílio. Vai a casa, vai às empresas, vai onde for preciso (dentro do raio de acção estipulado).

“Um gostinho de Verão o ano inteiro”, garante. Existem as tradicionais bolas de berlim com creme, sem creme e ainda com (longa pausa para salivar) Nutella. Cada bola custa um euro. A encomenda mínima são dez. Existe uma taxa de entrega de dois euros e as encomendas devem ser feitas até às 19 horas do dia anterior. O facebook está aqui, o email de encomenda é olhabolaencomendas@gmail.com e o contacto (também serve para encomendas) é 966 678 734. As entregas são feitas na Margem Sul e na Grande Lisboa. Ainda estou a salivar.

plágio: importa ou é irrelevante


Esta capa do jornal i de hoje dominou as redes sociais. Quase todas as pessoas reagiram com agrado ao impacto de uma capa onde se destaca a imagem de um homem que luta pela vida. “Esta vida vale o mesmo que a nossa” é o título que se destaca e que dá ainda mais força à capa. Esta capa trouxe para lugar de destaque a morte de largas centenas de migrantes que pagaram um preço muito alto pelo sonho de uma vida melhor. Tudo isto foi enaltecido por quem viu a capa em questão e que a partilhou nas redes sociais.

Sabe-se agora que a foto não é actual. E a mesma fotografia já tinha feito capa da revista Refugiados, em 2007. Onde a referida imagem é acompanhada da questão: “Refugiado ou imigrante? Por que importa a diferença”, pode ler-se na referida publicação. Quanto à imagem não existem dúvidas. É a mesma. Quanto ao texto, depende da interpretação de cada um. Mas as semelhanças são muitas. Com a diferença, no meu ponto de vista, de que o título do i consegue ser mais forte.


A descoberta da capa original – tendo em conta a fotografia – levou muitas pessoas a revelar a sua tristeza por não ser algo original. Muitas perderam o entusiasmo com que se depararam com uma brilhante capa de uma publicação portuguesa. O aparecimento desta capa antiga levanta várias questões. O plágio é a principal. Existem publicações que fazem capas com fotos iguais ou idênticas, algo muito comum nos desportivos por exemplo. Mas são fotos actuais, do dia anterior. Aqui existe uma diferença de oito anos e acredito que todas as pessoas acreditaram tratar-se de uma imagem actual. E acredito que exista uma sensação de desilusão nas pessoas que ficam a par da capa antiga, que está igualmente a ser partilhada nas redes sociais. E fica no ar a questão: quiseram copiar?

Tenho ouvido/lido alguns comentários de pessoas que acham irrelevante que exista uma capa, feita com a mesma imagem e com texto semelhante, em 2007. E acham irrelevante porque consideram que o tema continua actual. Acham também irrelevante porque consideram que a capa do i teve a força necessária para fazer com que o tema fosse bastante debatido. Resumindo: importa ou é irrelevante a capa original de 2007?

ídolos e acusações a maria joão bastos

Não é um caso isolado mas é o mais badalado do momento. Maria João Bastos está a ser criticada nas redes sociais. A esmagadora maioria das pessoas defende que a actriz não tem qualificações para ser jurada de Ídolos, o programa caça talentos dedicado à música. Em traços gerais, Maria João Bastos é acusada de se focar somente na imagem dos aspirantes a novo ídolo da música em Portugal. Além disso, poucos percebem o motivo pelo qual foi convidada para fazer parte do júri de um programa dedicado à música. Basicamente, existem acusações e dúvidas.

Infelizmente, este não é o primeiro caso. Já aconteceu com outras figuras públicas, que estão fora da sua área de trabalho ou formação, que têm como missão avaliar aspectos que fogem do seu domínio. Ou outras caras conhecidas que aceitam assumir funções (nem sempre no papel de quem avalia) que estão longe daquilo que dominam. Aliás, é algo bastante comum nos programas portugueses. E até acontece sem ser no entretenimento.

Em alguns casos, onde acredito estar a ver uma pessoa deslocada, sem jeito e até contrariada, dou por mim a pensar no motivo pelo qual está a desempenhar determinado papel que não é nem será o seu. E sempre acreditei que existem pessoas que têm ordenados para justificar. Pessoas com ordenados principescos que nem sempre estão a desempenhar as funções para as quais foram contratadas a peso de ouro. Como tal, arranja-se algo que justifique o rendimento. Mesmo que essa pessoa esteja completamente fora da sua zona de conforto. É uma maneira simples de justificar o investimento.

Neste caso específico, do programa Ídolos, entristece-me que a imagem seja sempre mais valorizada do que a voz. Nem que seja pelo simples facto de que uma imagem trabalha-se praticamente do zero até à imagem que se quer passar. Enquanto não se inventa uma voz de excelência para quem a não tem. Trabalha-se uma boa voz. De resto, só entendo a valorização da imagem em relação à menor importância da voz porque nos dias que correm os dotes vocais são falseados com recurso aos melhores programas que o mercado musical disponibiliza. Depois existe o playback e assistem-se a concertos em que falta a electricidade que, quando volta, tem o cantor no mesmo sítio da falha.

É por causa de detalhes como a sobrevalorização da imagem e ainda comentários que considero inapropriados (roçando a extrema falta de gosto e má educação) que não consigo ver programas como Ídolos (com todo o respeito pelos profissionais que o fazem). Destaca-se o ridículo a troco de audiências. E ouvem-se coisas que podiam ser ditas de uma forma mais simpática. Além disso considero que não temos mercado para absorver tantos concorrentes. Aliás, agradeço se alguém me souber dizer o que é feito dos vencedores das edições anteriores (sem ser o Diogo Piçarra).

é tão fácil fazer com que acreditem no que queremos

Conheço pessoas que ficam escandalizadas com o facto dos homens bomba acreditarem que tal feito garante acesso directo ao paraíso onde vão ser recebidos por sete dezenas de virgens. Conheço várias pessoas que ficam escandalizadas com o ódio que existe em relação ao Ocidente e com várias ideias que são defendidas e que fazem dos ocidentais os maus da fita e os mentirosos, entre tantas outras coisas.

Nada disto me espanta. Porque acredito que manipular a mente das pessoas é do mais fácil que existe (naqueles casos específicos). Aquelas pessoas são bombardeadas com ideias que lhes são incutidas desde tenra idade. Ideias essas que são repetidas até à exaustão. E nas quais acreditam sem qualquer hesitação. Até porque foram ensinados a não hesitar. Qualquer criança que passe por isto irá acreditar em tudo aquilo que lhe é dito. Sobretudo em locais “fechados” onde o acesso à informação é controlado e manipulado.

Por exemplo, Actividades Revolucionárias de Kim Jong-un é o nome de uma disciplina recentemente introduzida nas escolas da Coreia do Norte. Aquilo que será alvo de estudo é a vida do líder supremo norte-coreano – que recentemente escalou a montanha mais alta do país (2744 metros) de sobretudo e botas e sem qualquer cansaço – com o objectivo que se aprenda que é um menino prodígio. O manual ensina que aprendeu a conduzir quando tinha apenas três anos. Aos nove era um exímio marinheiro que ganhava corridas a adultos. E já compôs um sem número de obras musicais. Isto tudo com apenas 32 anos. São coisas destas que vão ser ensinadas.

Tal como já foi ensinado que o seu pai Kim Jong-il aprendeu a andar aos três meses e a falar aos oito. Durante o tempo em que esteve na faculdade escreveu 1500 livros. Escreveu ainda seis óperas em dois anos (as melhores do mundo). Também foi realizador. Na primeira vez em que pegou num taco de golfe realizou 11 holes-in-one (colocar a bola no buraco com apenas uma tacada) e logo aí retirou-se do golfe. Além disso, inventou o hambúrguer e era capaz de mudar o estado do tempo com a mente.

Para as crianças norte-coreanas estes homens são deuses. Para os homens bomba, aqueles que os incentivaram a tal feito são também deuses. Sendo deuses, são donos da verdade absoluta. E que ninguém ouse defender que existem outros caminhos além daqueles. Porque dificilmente vão acreditar numa realidade que não conhecem, que nunca conheceram e que lhes foi negada. Facilmente vão achar que se trata de ruído ocidental que pretende destruir a verdade em que vivem. E é por coisas como estas que acredito que manipular a mente de alguém é uma tarefa muito mais fácil do que aparenta ser.

o que é nacional é bom (até na motivação)

Por norma tendemos a valorizar o que vem de fora. Valorizamos cantores, actores e olhamos de soslaio para o que é feito por cá. Se for música, ouvimos diversas vezes até existir a certeza de que é mesmo boa e que nada deve ao que é feito lá fora. Se é um actor, tem de ter sucesso nos Estados Unidos ou noutro país qualquer para que lhe seja reconhecido talento. No sentido oposto, temos como bom tudo o que vem de fora. Tudo o que é estrangeiro, acabando por não defender o que é nosso e tem qualidade. Tenho a ideia de que não devemos defender o que é nosso só porque é nosso. Simplesmente devemos olhar com outros olhos para o que é nosso sempre que exista qualidade.

E isto também se aplica à motivação. Neste caso, motivação para levar uma vida mais saudável. Costumo ver referências a muitas pessoas estrangeiras que são vistas como exemplos de motivação nesta área. Nada tenho contra esses exemplos, porque realmente são bons exemplos. Mas também nos podemos focar em exemplos nacionais. E temos um belo exemplo que dá pelo nome de MissFit.

Não sei quem é a mulher por detrás deste nome. Sei apenas que tem 31 anos, que pratica desporto e que é adepta de um estilo de vida saudável. Além disso, já trocámos alguns comentários no instagram, onde a “conheci”. Isto não invalida que não veja na MissFit um belo exemplo de determinação e empenho para uma vida mais saudável. Quem está a precisar de um “empurrão” para mudar de vida pode espreitar o seu blogue e acompanhar o instagram. Só de ver dá vontade de treinar. Fica a dica.

20.4.15

concurso: achas que sabes tomar banho? aposto que não!

Vamos supor que algo tão simples e banal (pelo menos para algumas pessoas) como tomar banho era transformado num concurso. O título até podia ser: Achas que Sabes Tomar Banho? Provavelmente este programa teria audiências bastante baixas mas tenho a certeza que seria bastante complicado encontrar um vencedor que realmente soubesse tomar banho sem cometer erros. Pois, ao que parece, todos nós (pelo menos os que tomam banho pois existem muitas pessoas que parecem precisar muito de um) cometemos erros básicos quando tomamos banho.

Faço parte das pessoas que tomam, pelo menos, um duche por dia. Em alguns dias chegam a ser dois. Sou das pessoas que gostam da água morna e que toleram (se assim tiver de ser) a água fria no Verão. Sou das pessoas que costumam ser rápidas no banho mas que gostam, quando é possível, de relaxar numa banheira cheia de água. Sou também daquelas que esfregam o corpo todo com gel de banho. E das que hidratam o corpo com creme depois do banho. Como tal, e de acordo com o site grandparents, faço algumas coisas mal e não podia ganhar o suposto concurso. Aposto que não sou o único a cometer erros e por isso vou partilhar os erros mais comuns que são cometidos e que podem causar danos na pele.

#1 Exagerar na água quente
Um belo banho de água muito quente é bom, terapêutico e ajuda a relaxar os músculos. Isto é o que muitas pessoas pensam e defendem. Mas parece que não é bem assim. A água quente é má por dois motivos: Remove do corpo diversos óleos naturais e traz a circulação sanguínea para a pele (por isso é que ficamos vermelhos) o que provoca comichão e até erupção cutânea. O ideal é uma temperatura morna (temperatura da pele ou um pouco mais quente).

#2 Demorar muito tempo
Há que ache tentador (ou simplesmente não resista) passar 15, 20 ou mesmo 30 minutos no duche. Mas mais de dez minutos já é demais. Um duche rápido é a melhor opção.

#3 Usar sabonete desodorante ou antibacteriano
Este tipo de produtos acabam com a hidratação da pele. “Podem levar a uma secura extrema”, explica uma especialista. Os melhores produtos para o envelhecimento da pele são os “soap-free”. Por isso, cautela no momento de escolher um sabonete.

#4 Ensaboar o corpo inteiro
O objectivo do sabão é dissolver a sujidade e o óleo de modo a que a água os leve. A pele dos braços e das pernas não costuma ter muito óleo como tal, quando se esfregam os braços e pernas é como estar a atirar água para uma pedra. Só devemos ensaboar as partes que causam mais odores como a cara, axilas, nádegas, virilhas e pés.

#5 Tempo a mais até hidratar a pele
Três é o número perfeito. Deixar passar mais de três minutos, depois do duche, para hidratar a pele permite que a pele perca humidade. O ideal é deixar algumas gotas no corpo e aplicar uma boa quantidade de creme hidratante que contenha ceramidas.

#6 Não trocar esponjas
Usar a mesma esponja durante muito tempo é prejudicial pois nelas crescem bactérias e fungos. O ideal é trocar de quatro em quatro semanas.

#7 Gastar dinheiro em produtos naturais
Quem se preocupa com a forma como o sabão é feito deve optar por produtos orgânicos. Os especialistas defendem que quando está em causa apenas os benefícios para a pele e organismo não exista a necessidade de comprar produtos naturais. Porque mesmo esses destroem as barreiras protectoras da pele. Os melhores produtos podem ser os de grandes marcas. As pessoas devem afastar-se de sabões com cores e fragâncias artificiais.

#8 Lavar o cabelo todos os dias
Lavar o cabelo diariamente é um erro. Os tricologistas defendem que as pessoas que têm o cabelo fino e delicado devem lavar a cabeça não mais do que duas vezes por semana. Quem tem muito cabelo pode experimentar lavá-lo apenas uma vez a cada sete dias.

#9 Usar sempre o mesmo shampoo
Tal como a pele, o cabelo torna-se mais delicado e seco com a idade. Para quem tem mais de 50 anos, deve utilizar-se um shampoo com mais TLC. Devem usar-se shampoos livres de sulfatos pois são muito mais suaves. Quem tem cabelos dados à ruptura aconselha-se um tratamento de proteína uma vez por mês de modo a aumentar a força dos mesmo.

Como referi, esta lista é disponibilizada pelo site (o link está no início do texto) onde estão mencionados os especialistas e aquilo que defendem. Posto isto, fica a questão: achas que sabes tomar banho?

senhoras, vamos tirar leitinho aqui à minha frente?

O jornal Público trouxe a público (passe a redundância) a história de duas enfermeiras de dois hospitais do Porto que foram obrigadas a fazer prova de amamentação. Transformando a frase anterior em algo simples e visual, as referidas mulheres são chamadas a consultas onde lhes é solicitado que esguichem leite de modo a que tenham a possibilidade de permanecer com o horário reduzido a que têm direito as mulheres que amamentam.

As duas enfermeiras revelam que tiveram de espremer leite das mamas em frente a médicos de saúde ocupacional. Por norma, esta situação – a da amamentação após os doze meses de idade do bebé – é resolvida com uma declaração médica mensal que atesta a situação e que permite que o horário reduzido seja mantido enquanto esta situação se mantiver. As duas enfermeiras dizem sentir-se vítimas de “bullying” e “completamente violadas”.

Por outro lado, o Centro Hospitalar de São João explicou ao Público que realmente existe um processo que comprova a veracidade da amamentação. Explica ainda que é facultativo, com toda a privacidade com a mãe a ter a companhia de uma enfermeira e com o leite a ser extraído com recurso a uma bomba usada para o efeito. Parece ainda que esta situação entrou em vigor no ano passado e que desde então já se chegou à conclusão de que aproximadamente metade das licenças de dispensa de trabalho por amamentação superior a dois anos eram fraudulentas. Por sua vez, o Centro Hospitalar do Porto não admitiu a existência desta “prova”.

Como seria de esperar, este tema levantou várias questões. Algumas pessoas preferiram olhar para esta situação como se fosse uma prova de português correcto. Ou seja, a discussão gira em torno de mamas e seios. Deverá dizer-se mamas? Ou isso é falta de respeito e o correcto é dizer seios? Como se isso fosse o mais importante nesta história quando na verdade isto não importa para nada. Outras pessoas questionam a humilhação que esta prova representa. E acho que realmente é humilhante para uma mulher. Porque acaba por sentir-se obrigada a fazer algo íntimo contra a sua vontade.

Existe ainda a questão que pode ser resumida pelo provérbio português “pagar o justo pelo pecador”. É que não podem ser ignoradas as cerca de metade licenças fraudulentas que foram detectadas. E este cenário – dos fraudes – é o espelho da forma de agir bastante comum em Portugal. Engana-se o maior número de pessoas durante o maior tempo possível. E aqui estou a falar de forma geral e não apenas neste cenário específico. Este triste episódio que leva à desnecessária humilhação de algumas mulheres é o reflexo do modo de pensar e agir que ainda está muito vincado na nossa sociedade. E ter documentos fraudulentos por acreditar quem ninguém irá comprovar a veracidade dos mesmos é um belo exemplo daquilo que o português faz.

E o caminho disto acaba por ser a desconfiança. Que por sua vez resulta em provas desnecessárias e humilhantes como esta. Estas provas existem porque se começa a desconfiar de tudo e de todos. Porque já ninguém acredita em ninguém. O que é triste. Mas um reflexo natural do modo de agir que mais se vê por aí. E acredito que não irá ficar por aqui pois os resultados levam a que se queira mais. É certo que algumas empresas vão continuar a acreditar piamente no seus funcionários em qualquer cenário. Outras vão estar sempre de pé atrás em relação às mais variadas situações. Tudo isto é triste.

Isto podia ficar por aqui mas entra-se num efeito bola de neve. Porque quem comete o fraude pode argumentar que os patrões são péssimos, que o ordenado é uma miséria e por aí fora. Como tal, recorre-se ao que se pode para combater todas essas injustiças. Por sua vez, os patrões podem argumentar que não são os melhores porque sabem como são os empregados, que recorrem a todas as artimanhas para não trabalhar. E isto nunca mais acaba.

Quero acreditar que estamos num processo evolutivo em que o mercado de trabalho será cada vez melhor e com o menor número possível de desconfianças. Que as mentalidades vão mudar. Que tudo será melhor. Porém, mentia se dissesse que não torço o nariz quando penso nisto em que quero acreditar. Até chegar esta evolução sem desconfianças irei lamentar aquilo a que estas mulheres foram sujeitas e aquilo a que tantos outros trabalhadores são sujeitos diariamente.

o que se destaca nesta imagem?


Esta fotografia de Radamel Falcao (jogador de futebol que representa actualmente o Manchester United) tinha um objectivo. Questionar o gosto do jogador. Parece que há quem defenda que ténis cor-de-rosa é coisa de mau gosto e que não combinam com roupa preta. Contudo, esta imagem tornou-se viral por outro detalhe. A minha pergunta é: qual?

há sempre uma primeira vez (mesmo que não seja a primeira)

Devia ter os meus dez/onze anos quando fui atleta federado de atletismo. E essa foi a única altura da minha vida em que corri, normalmente os 3000 metros, em competição. De resto, corridas só no futebol ou em lazer e, mais tarde, no ginásio. Até que aceitei correr 12,5 quilómetros do Oikos Desafio 100, uma corrida solidária – pretendeu alertar para desperdício alimentar – com uma centena de quilómetros. Apesar de estar em boa forma física pois treino cinco dias por semana (em alguns deles duas vezes por dia) não costumo correr esta distância mas, assim que me foi endereçado o convite disse logo que sim.

No passado Sábado o despertador tocou às 5h45. E, poucos minutos depois das oito, chegava à Lourinhã para participar na corrida e ter o privilégio de correr “ao lado” de Rosa Mota, umas das figuras do desporto que marca a minha infância. Não sabia como é que a corrida ia ser nem sequer sabia que aguentaria até ao fim. Mesmo assim, estava hesitante entre testar-me e tentar um bom tempo ou aproveitar a paisagem e conversar um pouco durante o percurso. Optei pela segunda opção. Mas apenas durante o primeiro quilómetro da corrida. Depois percebi que isto ia cansar-me mais do que correr mais depressa e abri o passo, acabando por correr os 12,5 quilómetros em 1h09, naquele que foi um tempo melhor do que pensava fazer.

Não sendo a minha primeira corrida, foi a primeira em que contei com coisas como carros de apoio que me fizeram companhia em alguns momentos. Foi a primeira corrida em que tive pessoas na rua (fiz questão de cumprimentar todas por quem passei) a incentivar, a puxar por mim, a buzinar e até a explicar-me o caminho num determinado momento. Gostei da paisagem do percurso e das pessoas com quem corri. Optei por correr sem relógio – apenas com o iPhone no braço – o que foi uma vantagem. Como não mexi no telemóvel, não tinha a noção do tempo de corrida nem do percurso que faltava. Não saber isso é algo que não mexe com a cabeça e torna a experiência muito melhor. No final da corrida, o pensamento era apenas um: tenho de fazer isto mais vezes!

É impensável para mim não agradecer à Sara e ao David (os autores dos blogue Definitivamente são dois), os meus amigos da Margem Sul com quem fui até à Lourinhã e com quem comecei a correr. A nós três juntou-se a Lénia (autora do blogue not so fast) e os momentos partilhados a quatro foram bastante divertidos. Uma bela equipa que se juntou. Obrigado por tornarem o dia ainda melhor. Também tive a oportunidade de conhecer José Guimarães (De Sedentário a Maratonista) que ia correr 50 quilómetros num dia e outros tantos no dia seguinte. O melhor elogio que lhe posso fazer é que olhar para ele e para a sua atitude fazem com que se pense que correr a maior distância do mundo é a coisa mais simples da vida. Disposição essa que é contagiante e partilhada pela sua mulher com quem ainda corri um pouco.

Quero ainda agradecer à Andreia Vale e à Sara Antunes de Oliveira com quem corri pouco tempo mas o suficiente para protagonizar um dos momentos mais divertidos do percurso que foi saltar uma vedação (acho que nos enganámos algures) e voltar a enganar no percurso poucos metros depois. Quero também deixar o meu agradecimento ao João Moleira, o meu “colega” da maior parte do percurso. Obrigado pelo ritmo e por saberes o caminho. Um grande obrigado às figuras públicas que deram a cara a esta causa, aos corredores anónimos como eu que se juntaram a esta corrida e também à SIC, pela cobertura mediática que eventos desportivos como este merecem. Por fim, mas não menos importante, um agradecimento à organização que providenciou as condições necessárias para uma prova de excelência.

PS – Quem não participa numa prova destas (onde o convívio é muito superior à competição) não sabe o que está a perder.

cada qual faz a leitura que quiser

17.4.15

só para homens que vão ao ginásio (mas elas podem ver e ajudar)

Ao longo dos meus 33 anos devo ter frequentado meia dúzia de ginásios. Em diferentes fases da minha vida mas com alguns detalhes que nunca mudam. E que sempre me fizeram confusão. Confusão no sentido de não perceber o motivo de tais comportamentos/posturas. Uma das coisas que me faz confusão são aquelas pessoas que treinam aos gritos. Não são gritos de esforço. São gritos que traduzidos de “gritês” para português significam algo como “olha para mim enquanto treino”.

Outra das coisas que não percebo são aqueles homens que treinam o tronco como se estivessem a preparar-se para a mais dura das batalhas que alguma vez existiu. Homens esses que ignoram o treino de pernas, como se nunca fossem precisar delas para o que quer que fosse. O que resulta num corpo bastante musculado da cintura para cima e numas pernas extremamente magrinhas sem qualquer “músculo”. O que, por sua vez, resulta num corpo desproporcional.

Esta ideia, de saltar o treino de pernas, foi adaptada à publicidade da ebike, da smart, criando a ideia de que só se pode ignorar o treino de pernas quando se recorre a esta bicicleta. Posto isto, agradeço que alguém que explico o motivo pelo qual alguns homens ignoram o treino de pernas. Já agora, e porque a maior parte das pessoas que por aqui passam são mulheres, elas acham piada a corpos assim?

tenho a pior profissão do mundo. e tu?

Como vem sendo hábito ao longo dos últimos anos, o site CareerCast – dedicado a anúncios de emprego – voltou a fazer uma lista onde constam as piores profissões deste ano. Não deve existir uma única pessoa que não tenha um dia mau no trabalho. Ou que se depare com um problema específico, que pode ir do chato do colega até à lentidão do computador, num determinado momento de um determinado dia. Porém, existem profissões nas quais os problemas são constantes. Para já, digo apenas que estão enganados aqueles que pensam que as piores profissões do mundo são bombeiros ou algo do género, devido ao risco.

A elaboração da lista teve por base critérios como ambiente, futuro e stress. E o primeiro lugar da lista, ou seja, a pior profissão de 2015 é a minha: jornalista de imprensa. Este lugar pode causar estranheza a muitas pessoas. Até porque acredito que o jornalismo ainda é visto como uma espécie de profissão de sonho. Mas não é assim. E qualquer jornalista pode comprovar isso. O stress é constante. A pressão é muita. Os trabalhos nem sempre são fáceis e exigem um grande desgaste. É um profissão recheada de ingredientes que cansam a cabeça.

E é muito mais complicado recuperar esse desgaste do que o desgaste físico. É certo que num jornal diário a noção de tempo é muito mais apertada. Mas mesmo numa publicação semanal consegue existir uma grande dose de stress. E é por isso que este lugar não me surpreende. Num destes dias vi uma tshirt onde se podia ler isto: “jornalist it´s not a career. It´s a post-apocalyptic survival skill”. E esta é uma boa forma de resumir o que é esta profissão.

Em segundo lugar está a profissão de lenhador. O último lugar do pódio é ocupado pelos militares no activo. Seguem-se os cozinheiros, locutores de rádio ou televisão, fotojornalistas, correctores de bolsa, taxistas, bombeiros e por fim, os carteiros. Posto isto, é oficial: tenho a pior profissão do mundo... pelo menos neste ano. Para o ano logo se vê se o ranking muda. Por sua vez, a melhor profissão do mundo é actuário.