8.4.15

as mulheres não têm impulso sexual nem são espontâneas

Esqueçam lá isso do impulso ou instinto sexual. É que isso é coisa que não existe. Nem para homens nem para mulheres. E quem o defende é a psicóloga Emily Nagoski, da Smith College, situada em Northampton, nos Estados Unidos da América. “Um instinto é um sistema motivacional que lida com assuntos de vida ou morte, como a fome ou o frio. Ninguém morre se não tiver sexo”, explica no seu novo livro Come As You Are.

Então se não existe instinto sexual, o que é que existe? Existe o “desejo sexual espontâneo”, refere e ainda o “sensível”. Porém, aqui as mulheres ficam a “perder”. Porque, afinal a maioria das mulheres não tem instinto sexual, leia-se desejo sexual espontâneo, apenas experimentam o desejo sexual sensível. Isto porque, de acordo com Emily, este desejo espontâneo é experenciado por 70% dos homens e apenas por 10, no máximo 20%, das mulheres. Este dado revela que as mulheres não são naturalmente espontâneas no que ao sexo diz respeito.

E o que é isso do espontâneo e do sensível? Segundo Emily Nagoski, o desejo espontâneo é activado, por exemplo, por uma imagem ou pessoa mais atraente que conduzem ao desejo de ter sexo. Primeiro o desejo, depois o prazer. Algo mais masculino. O sensível é uma resposta. Por exemplo quando o homem começa a beijar o pescoço à mulher e a reacção da mulher é o desejo de ter sexo.

Ainda de acordo com a especialista, os homens são os culpados do facto de as mulheres acreditarem que têm instinto sexual. Porém, aqui elas ficam a ganhar. Só não se apercebem disso pois, de acordo com Emily, as mulheres têm a sua própria sexualidade que é mais diversificada do que a dos homens. “O desejo sexual espontâneo não é necessário para atingir prazer sexual”, explica.

Não sou ninguém para refutar estes dados até porque Emily Nagoski será mais qualificada do que eu. Mas, olhando para estes dados, tenho a ideia de que a maioria dos homens irá concordar com aqueles 70% do desejo sexual espontâneo. Por sua vez, a maioria das mulheres irá achar que 10, no máximo 20%, é bastante baixo, certo?

22 comentários:

  1. Gostei de ler o texto. Quanto às dúvidas, só perguntando e analisando. Eu por mim tenho sempre desejo :-) (espontâneo...)

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    1. Achei "piada" a estes dados. Em relação aos homens acho que estão acertados. As mulheres é que podem falar por si :)

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  2. Cada caso é um caso, Este tipo de estudo acaba por não se tornar muito fidedigno porque as amostras são muito densas e escassas. Eu posso sentir mais desejo sexual do que uma mulher mais nova ou mais velha do que eu . Posso interpretar a sexualidade de uma forma que ela não o faz.
    É difícil generalizar nestes casos. Não podemos acreditar no senso comum e assumir que os homens é que são os garanhões e as mulheres as sonsas. Nada disso, cada ser humano é único .

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    1. Não se trata do sentir. Trata de se ter iniciativa ou responder a um estímulo.

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  3. Nada de novo... Continua a ser "novidade" por.... Preguiça?! Instinto?! Hábito?!

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  4. Eu não sou perita mas assim de repente acho que se os humanos não tivessem instinto sexual a nossa espécie não teria sobrevivido.
    A verdade é que como seres racionais conseguimos impor disciplina aos nossos instintos, é também verdade que a sexualidade das mulheres é mais complexa do que a dos homens, mas simplificar as coisas da forma que a psicóloga simplifica é redutor. Além disso um estudo que tem de margem de erro 10% para mim perde imediatamente credibilidade.
    Só para terminar instinto sexual e desejo sexual espontâneo não são sinónimos? Acho que a única diferença está no momento que passamos a racionalizar, enquanto espécie, passou a ser um instinto mais controlado, ninguém vai andar a agarrar desconhecidos (as) porque lhe despertaram a vontade de acasalar.

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    1. De acordo a psicóloga não temos instinto. Aquilo a que chamamos instinto é na realidade um desejo. E a explicação dela é que os instintos estão ligados a coisas mais importantes para a nossa sobrevivência.

      Acho que os números estão defendidos com o facto de existirem pessoas que podem ter os dois desejos, segundo a sua explicação.

      Percebo a explicação dela e percebo a distinção entre instinto, enquanto uma aptidão inata e o desejo.

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    2. Eu também entendo a diferença, mas acho que ficou por explicar que o nosso instinto sexual foi o que nos manteve vivos enquanto espécie, apenas sofreu uma alteração para desejo porque foi racionalizado.
      A razão é o que nos separa das restantes espécies. Alguém pode negar que os nossos antepassados tinham instinto sexual? Acho que não. Tinham, aliás todas as especiais sexuadas têm, é isso que mantém a sua continuidade e é algo inato, o cio nos animais é completamente orgânico e químico, nada em a ver com desejo. A escolha do parceiro é que poderá ter mais a ver com apelos mas isso são apenas processos de seleção natural.
      Posso estar enganada, mas acho que se colocássemos 20 crianças isoladas do mundo num ambiente selvagem, sem contacto com a civilização, o instinto sexual apareceria em pouco tempo. Podem chamar-lhe desejo, mas o desejo não é nada mais do que a manifestação do instinto.
      Acho que a psicóloga confunde instintos com necessidades, o ser humano tende primeiro a satisfazer as necessidades básicas que são motivadas pelo instinto de sobrevivência, comer, ter abrigo e só depois de estas estarem satisfeitas é que avança para as próximas. A Pirâmide de Maslow explica isso.
      No entanto, não há consenso sobre estes temas, existem várias teorias, conceitos similares e muitas exceções a demasiadas regras, mas na minha humilde opinião a teoria da psicóloga está errada.

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    3. Isto dava pano para mangas. Segundo Emily não existe impulso.

      Como separar o desejo do impulso? Como tens a certeza de que temos impulso ao mesmo tempo que tens a certeza de que os animais não têm desejo?

      É um tema apaixonante que dava horas de conversa :)

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    4. Ficaríamos horas a debater e não chegaríamos a conclusão nenhuma porque é um campo onde existe ainda muito a explorar, o nosso cérebro encerra mais mistérios que certezas.

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  5. Chorei... depois ri... Cada caso é um caso mas há por aí muita mulher com iniciativa e pronta para estimular e não ficarem à espera de serem estimuladas.Bjs

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  6. Ai estes estudos...depende muito da população que fazem parte deles. As mulheres sempre foram um pouco reprimidas quanto à sua sexualidade. Os julgamentos que a sociedade começou por fazer devem ter levado a essa falta de desejo sexual e de espontaneidade. O ter medo de mostrar iniciativa, por receio do que o parceiro possa pensar... Os estereótipos que se fazem segundo o género também não ajudam a que se observe alguma libertação nesse campo.

    Cada caso é um caso, e conheço muitas mulheres (eu inclusive) que existindo o desejo sexual pelo seu parceiro, não têm qualquer problema em tomar a iniciativa e trazer espontaneidade e imaginação para a relação sexual entre os dois. E que converse bastante sobre o que pode ser feito ou não para aumentar esse desejo e consequentemente o prazer que virá depois :)

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    1. As mulheres não têm falta de desejo, simplesmente, de acordo com esta psicóloga, reagem a estímulos.

      Que se conserve ;)

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  7. Ai eu não sou nadinha espontânea...MorMeu que o diga, quando lhe apareci com 50 rosas nos braços para lhe oferecer...a ele:)

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  8. Certo, sem dúvida que tens razão.

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