Esqueçam lá isso do impulso ou instinto sexual. É que isso é coisa que não existe. Nem para homens nem para mulheres. E quem o defende é a psicóloga Emily Nagoski, da Smith College, situada em Northampton, nos Estados Unidos da América. “Um instinto é um sistema motivacional que lida com assuntos de vida ou morte, como a fome ou o frio. Ninguém morre se não tiver sexo”, explica no seu novo livro Come As You Are.
Então se não existe instinto sexual, o que é que existe? Existe o “desejo sexual espontâneo”, refere e ainda o “sensível”. Porém, aqui as mulheres ficam a “perder”. Porque, afinal a maioria das mulheres não tem instinto sexual, leia-se desejo sexual espontâneo, apenas experimentam o desejo sexual sensível. Isto porque, de acordo com Emily, este desejo espontâneo é experenciado por 70% dos homens e apenas por 10, no máximo 20%, das mulheres. Este dado revela que as mulheres não são naturalmente espontâneas no que ao sexo diz respeito.
E o que é isso do espontâneo e do sensível? Segundo Emily Nagoski, o desejo espontâneo é activado, por exemplo, por uma imagem ou pessoa mais atraente que conduzem ao desejo de ter sexo. Primeiro o desejo, depois o prazer. Algo mais masculino. O sensível é uma resposta. Por exemplo quando o homem começa a beijar o pescoço à mulher e a reacção da mulher é o desejo de ter sexo.
Ainda de acordo com a especialista, os homens são os culpados do facto de as mulheres acreditarem que têm instinto sexual. Porém, aqui elas ficam a ganhar. Só não se apercebem disso pois, de acordo com Emily, as mulheres têm a sua própria sexualidade que é mais diversificada do que a dos homens. “O desejo sexual espontâneo não é necessário para atingir prazer sexual”, explica.
Não sou ninguém para refutar estes dados até porque Emily Nagoski será mais qualificada do que eu. Mas, olhando para estes dados, tenho a ideia de que a maioria dos homens irá concordar com aqueles 70% do desejo sexual espontâneo. Por sua vez, a maioria das mulheres irá achar que 10, no máximo 20%, é bastante baixo, certo?
Gostei de ler o texto. Quanto às dúvidas, só perguntando e analisando. Eu por mim tenho sempre desejo :-) (espontâneo...)
ResponderEliminarAchei "piada" a estes dados. Em relação aos homens acho que estão acertados. As mulheres é que podem falar por si :)
EliminarDe facto
ResponderEliminarTem a sua piada.
EliminarCada caso é um caso, Este tipo de estudo acaba por não se tornar muito fidedigno porque as amostras são muito densas e escassas. Eu posso sentir mais desejo sexual do que uma mulher mais nova ou mais velha do que eu . Posso interpretar a sexualidade de uma forma que ela não o faz.
ResponderEliminarÉ difícil generalizar nestes casos. Não podemos acreditar no senso comum e assumir que os homens é que são os garanhões e as mulheres as sonsas. Nada disso, cada ser humano é único .
Não se trata do sentir. Trata de se ter iniciativa ou responder a um estímulo.
EliminarNada de novo... Continua a ser "novidade" por.... Preguiça?! Instinto?! Hábito?!
ResponderEliminarMas concordas que as mulheres têm de ser "estimuladas"?
EliminarEu não sou perita mas assim de repente acho que se os humanos não tivessem instinto sexual a nossa espécie não teria sobrevivido.
ResponderEliminarA verdade é que como seres racionais conseguimos impor disciplina aos nossos instintos, é também verdade que a sexualidade das mulheres é mais complexa do que a dos homens, mas simplificar as coisas da forma que a psicóloga simplifica é redutor. Além disso um estudo que tem de margem de erro 10% para mim perde imediatamente credibilidade.
Só para terminar instinto sexual e desejo sexual espontâneo não são sinónimos? Acho que a única diferença está no momento que passamos a racionalizar, enquanto espécie, passou a ser um instinto mais controlado, ninguém vai andar a agarrar desconhecidos (as) porque lhe despertaram a vontade de acasalar.
De acordo a psicóloga não temos instinto. Aquilo a que chamamos instinto é na realidade um desejo. E a explicação dela é que os instintos estão ligados a coisas mais importantes para a nossa sobrevivência.
EliminarAcho que os números estão defendidos com o facto de existirem pessoas que podem ter os dois desejos, segundo a sua explicação.
Percebo a explicação dela e percebo a distinção entre instinto, enquanto uma aptidão inata e o desejo.
Eu também entendo a diferença, mas acho que ficou por explicar que o nosso instinto sexual foi o que nos manteve vivos enquanto espécie, apenas sofreu uma alteração para desejo porque foi racionalizado.
EliminarA razão é o que nos separa das restantes espécies. Alguém pode negar que os nossos antepassados tinham instinto sexual? Acho que não. Tinham, aliás todas as especiais sexuadas têm, é isso que mantém a sua continuidade e é algo inato, o cio nos animais é completamente orgânico e químico, nada em a ver com desejo. A escolha do parceiro é que poderá ter mais a ver com apelos mas isso são apenas processos de seleção natural.
Posso estar enganada, mas acho que se colocássemos 20 crianças isoladas do mundo num ambiente selvagem, sem contacto com a civilização, o instinto sexual apareceria em pouco tempo. Podem chamar-lhe desejo, mas o desejo não é nada mais do que a manifestação do instinto.
Acho que a psicóloga confunde instintos com necessidades, o ser humano tende primeiro a satisfazer as necessidades básicas que são motivadas pelo instinto de sobrevivência, comer, ter abrigo e só depois de estas estarem satisfeitas é que avança para as próximas. A Pirâmide de Maslow explica isso.
No entanto, não há consenso sobre estes temas, existem várias teorias, conceitos similares e muitas exceções a demasiadas regras, mas na minha humilde opinião a teoria da psicóloga está errada.
Isto dava pano para mangas. Segundo Emily não existe impulso.
EliminarComo separar o desejo do impulso? Como tens a certeza de que temos impulso ao mesmo tempo que tens a certeza de que os animais não têm desejo?
É um tema apaixonante que dava horas de conversa :)
Ficaríamos horas a debater e não chegaríamos a conclusão nenhuma porque é um campo onde existe ainda muito a explorar, o nosso cérebro encerra mais mistérios que certezas.
EliminarÉ isso mesmo.
EliminarChorei... depois ri... Cada caso é um caso mas há por aí muita mulher com iniciativa e pronta para estimular e não ficarem à espera de serem estimuladas.Bjs
ResponderEliminarE ainda bem!
EliminarBeijos
Ai estes estudos...depende muito da população que fazem parte deles. As mulheres sempre foram um pouco reprimidas quanto à sua sexualidade. Os julgamentos que a sociedade começou por fazer devem ter levado a essa falta de desejo sexual e de espontaneidade. O ter medo de mostrar iniciativa, por receio do que o parceiro possa pensar... Os estereótipos que se fazem segundo o género também não ajudam a que se observe alguma libertação nesse campo.
ResponderEliminarCada caso é um caso, e conheço muitas mulheres (eu inclusive) que existindo o desejo sexual pelo seu parceiro, não têm qualquer problema em tomar a iniciativa e trazer espontaneidade e imaginação para a relação sexual entre os dois. E que converse bastante sobre o que pode ser feito ou não para aumentar esse desejo e consequentemente o prazer que virá depois :)
As mulheres não têm falta de desejo, simplesmente, de acordo com esta psicóloga, reagem a estímulos.
EliminarQue se conserve ;)
Ai eu não sou nadinha espontânea...MorMeu que o diga, quando lhe apareci com 50 rosas nos braços para lhe oferecer...a ele:)
ResponderEliminarGostei ;)
EliminarCerto, sem dúvida que tens razão.
ResponderEliminarConcordas?
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