Não é um caso isolado mas é o mais badalado do momento. Maria João Bastos está a ser criticada nas redes sociais. A esmagadora maioria das pessoas defende que a actriz não tem qualificações para ser jurada de Ídolos, o programa caça talentos dedicado à música. Em traços gerais, Maria João Bastos é acusada de se focar somente na imagem dos aspirantes a novo ídolo da música em Portugal. Além disso, poucos percebem o motivo pelo qual foi convidada para fazer parte do júri de um programa dedicado à música. Basicamente, existem acusações e dúvidas.
Infelizmente, este não é o primeiro caso. Já aconteceu com outras figuras públicas, que estão fora da sua área de trabalho ou formação, que têm como missão avaliar aspectos que fogem do seu domínio. Ou outras caras conhecidas que aceitam assumir funções (nem sempre no papel de quem avalia) que estão longe daquilo que dominam. Aliás, é algo bastante comum nos programas portugueses. E até acontece sem ser no entretenimento.
Em alguns casos, onde acredito estar a ver uma pessoa deslocada, sem jeito e até contrariada, dou por mim a pensar no motivo pelo qual está a desempenhar determinado papel que não é nem será o seu. E sempre acreditei que existem pessoas que têm ordenados para justificar. Pessoas com ordenados principescos que nem sempre estão a desempenhar as funções para as quais foram contratadas a peso de ouro. Como tal, arranja-se algo que justifique o rendimento. Mesmo que essa pessoa esteja completamente fora da sua zona de conforto. É uma maneira simples de justificar o investimento.
Neste caso específico, do programa Ídolos, entristece-me que a imagem seja sempre mais valorizada do que a voz. Nem que seja pelo simples facto de que uma imagem trabalha-se praticamente do zero até à imagem que se quer passar. Enquanto não se inventa uma voz de excelência para quem a não tem. Trabalha-se uma boa voz. De resto, só entendo a valorização da imagem em relação à menor importância da voz porque nos dias que correm os dotes vocais são falseados com recurso aos melhores programas que o mercado musical disponibiliza. Depois existe o playback e assistem-se a concertos em que falta a electricidade que, quando volta, tem o cantor no mesmo sítio da falha.
É por causa de detalhes como a sobrevalorização da imagem e ainda comentários que considero inapropriados (roçando a extrema falta de gosto e má educação) que não consigo ver programas como Ídolos (com todo o respeito pelos profissionais que o fazem). Destaca-se o ridículo a troco de audiências. E ouvem-se coisas que podiam ser ditas de uma forma mais simpática. Além disso considero que não temos mercado para absorver tantos concorrentes. Aliás, agradeço se alguém me souber dizer o que é feito dos vencedores das edições anteriores (sem ser o Diogo Piçarra).
Concordo inteiramente...muitas vezes perguntei-me....mas o que é que aquele(a) fulano(a) percebe de música?...e recebo sempre a resposta da mulher: Tu também tás sempre do contra....
ResponderEliminarO critério de escolha tem de ser outro.
EliminarTambém não assisto a programas como os ídolos.
ResponderEliminarFui desistindo ao longo do tempo...
É como eu.
EliminarConcordo especialmente com a parte de não haver mercado para tantos aspirantes a músicos e a cantores. Em relação aos outros concorrentes dos ídolos alguns têm feito algumas coisas até interessantes mas é um mercado difícil e muito pequeno.
ResponderEliminarNão vi quase nada desta edição mas penso que a escolha da Maria João Bastos se prende com a sua personagem Liliane Marise, uma personagem fictícia que teve tanto impacto que deu origem a CD’s, tournée e a tudo o que um artista musical tem direito. É óbvio que ela teve uma produção brutal por trás dela, mas todos os grandes músicos têm.
Tudo isso lhe deu bastante bagagem para o ser jurada, além disso muitos atores têm formação musical e aulas de canto e de colocação de voz, não é nada de anormal haverem músicos atores e atores músicos, se ela não pertence ao mundo do espetáculo ainda compreendia a indignação, assim não vejo qual o problema.
Em relação ao focar-se na imagem, nos ídolos há sempre um jurado mais atento a este nível, pode-se trabalhar a imagem de uma pessoa, criar um boneco, mas se a pessoa tiver presença e carisma, como dizia a Roberta Medina, é muito fácil porque não parecerá forçado ou falso.
Infelizmente, hoje em dia, tudo é motivo de revolta e indignação especialmente quando relacionado com figuras públicas, indignarem-se com temas preocupantes como o naufrágio de ontem é que não…
Eu faço parte do grupo que acha que é uma má escolha. Um erro de casting. Dentro dos actores existem escolhas melhores. Quanto à imagem, não me incomoda que seja analisada. Só me entristece que seja bastante valorizada. Parece que é um concurso de moda. Neste caso acho que as pessoas estão "indignadas" com ambas as situações. Nos sites que visitei ambas as notícias constam nas mais vistas.
EliminarJá nem se fala de mercado para absorver.. porque absorver falta de qualidade mais vale não absover...
ResponderEliminarContam-se pelos dedos (de uma mão, não cheia) as vozes de qualidade que saem destes programas (portugueses.... )
Beijinhos
Z.
E aquelas que são postas de lado mas que acabam por triunfar. Curioso não é?
EliminarBeijos
Pois... Esses raramente sobem audiências... não fazem rir pelo ridículo que não são, não dizem disparates...
EliminarNão são uma mais valia para o "pograma"
:)
Beijinhos
Z.
Mas depois triunfam na música. Mais do que os vencedores :)
EliminarBeijos
E muito bem!
EliminarBeijinhos
Z.
Pois é.
EliminarBeijos
Concordo. É injusto para com os profissionais de música que percebem realmente do assunto! Também não vejo esse tipo de programas.
ResponderEliminarAbraço
Basicamente é isso.
EliminarAbraço
Confesso que o Ídolos é dos programas dentro do género o mais fraco, na minha opinião. Mas posto isto, era mais que possivel fazer-se algo com qualidade e bom gosto. Ali procura-se um possivel idolo pop, com tudo o que isso implica. Portanto, vamos ter concorrentes a cantar bem, muito bem e outros mais ou menos mas com carisma e ainda outros sem o menor talento. Mas isto é o que temos em todos os programas deste género, a não ser talvez no The Voice onde a voz é tudo.
ResponderEliminarAgora, neste caso particular desta edição, realmente o juri deixa muito a desejar. E sim, na minha opinião, especialmente a Maria João Bastos. Não acrescenta nada, realmente não parece ter aquilo que é necessário para avaliar os concorrentes. Não penso que tenha a ver somente com o facto de não ser da área da musica. Simplesmente não tem perfil, não cativa a atenção de quem está a ver. A mim pelo menos.
Penso que existiriam muitas pessoas conhecidas que mesmo não sendo musicos seriam capazes de um bom desempenho como jurados. Penso que no conjunto é um painel de jurados que não se destaca, sendo que para mim a Maria João é a que menos faz sentido ali, embora na minha opinião só realmente o Paulo Ventura se adequa minimamente à função. Vê-se que tem experiência e interesse e sabe do que fala.
Para mim o melhor do Ídolos é realmente o Manzarra que até ver (e foi pouco) está otimo.
Monica
Uma análise coerente e semelhante ao que penso. E está tudo dito sobre um programa de música quando as escolhas são feitas de costas para o concorrente.
EliminarEu nem vejo o programa mas tenho só uma pergunta:
ResponderEliminarA Bárbara Guimarães tinha mais qualificações?
Numa nota sarcástica, ser vítima de um ex-ministro da cultura não conta!
Eu no texto referi que não era caso isolado. Mas, mesmo assim, juntando prós e contras no mesmo saco, preferia a Bárbara à MJB.
EliminarOutro exemplo que acho caricato e que aliás me ajudou a não voltar a ver, porque me enerva...(concordando contigo) : Rita Blanco (que eu adoro como atriz) como juri num programa de dança...oi?!
ResponderEliminarExistem muitos exemplos.
EliminarMas também não percebo sequer porque existem esses programas quando, em Portugal o máximo praticamente a que um vencedor desses programas possa aspirar seja talvez fazer as aberturas dos programas da manhã...temos pessoas com muito talento, mas o Pais não lhes dá a devida importância e esses programas servem apenas e só , na sua maioria, para captar audiências.
ResponderEliminarFelizmente os portugueses já aprenderam que para triunfar a sério têm que emigrar e toca a vê-los em todo o Mundo a serem até...referências
Mourinho, Daniela Ruah,Nelly Furtado, Ronaldo, só para citar os + conhecidos
Abç
Infelizmente temos um mercado muito pequeno. Depois, olhamos para fora e vemos vencedores que passam a ser estrelas mundiais.
EliminarAbraço
Eu raramente vejo televisão, e esse tipo de programas não mesmo. Nem sabia que ela estava no programa.
ResponderEliminarFicas a saber ;p
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