o dia dos namorados é quando estou zangado

Hoje é o Dia dos Namorados. Celebra-se o amor. Durante estas 24 horas o dia pinta-se de cor-de-rosa. Os corações batem com mais intensidade. Aumentam as mensagens escritas de alguém a dizer que ama outro alguém. Compram-se mais flores. Os restaurantes enchem-se de balões e de rosas. É complicado encontrar vagas em alguns restaurantes. Outros casais preferem jantar em casa, preparando uma iguaria especial para o casal. Bebe-se vinho. Namora-se. Faz-se amor. Resumindo, celebra-se o amor.

Não escondo que gosto da data. Mentia se dissesse que não gosto de mimar a minha mulher ao longo deste dia. Estaria a ser falso se dissesse que não gosto de ir jantar a um restaurante especial para nós. Tal como estaria a mentir se dissesse que não gosto de aproveitar esta data para gozar um fim-de-semana mais ou menos longe de casa. Faço tudo isto. Com uma pequena grande diferença. Para mim, o dia dos namorados são todos os outros do ano. Menos este. Este é um dia recheado de amor. Mas, para mim, os dias dos namorados são todos os outros.

Para mim, o dia dos namorados celebra-se quando estou zangado com a mulher que amo. Celebra-se quando ela está zangada comigo. Nos momentos em que estou furioso (e sozinho) no sofá da sala à espera que ela entre e venha ter comigo para se meter comigo. Ou quando ela está no nosso quarto e sou eu que apareço para me meter com ela.

Para mim, o dia dos namorados é quando assumo os erros e lhe peço desculpa por algo. Ou quando ela assume que errou e me pede desculpa. Para mim, o dia dos namorados é quando quero roubar-lhe um sorriso apesar de estar a olhar muito séria para mim. Para mim, o dia dos namorados é quando lhe limpo as lágrimas dos olhos e lhe peço para se deitar no meu peito enquanto lhe passo a mão pela cabeça e digo que tudo vai correr bem. Para mim, o dia dos namorados é quando o meu coração bate depressa demais com medo de perder a mulher que o faz bater daquela forma.

É certo que este dia é bonito. É especial. Mas os beijos têm o mesmo sabor. As carícias são iguais. O sentimento com que as palavras são ditas é de igual intensidade. Os sorrisos são igualmente mágicos. E o coração bate da mesma maneira. Quer dizer... estou errado. Tudo isto que acabei de dizer é muito melhor nos momentos que referi anteriormente.

Por isso, não hoje mas sempre, e sobretudo quando as coisas correm menos bem, quero que saibas que sinto que o mundo és apenas tu e eu. Do teu, sempre teu, Bruno. Amo-te Muito!

PS – Nunca estou chateado contigo. Mesmo quando pareço estar.