5.2.14

um exemplo

Mangala, jogador francês do Futebol Clube do Porto, soube ontem que o pai tinha morrido. O clube autorizou o defesa a deslocar-se até França. Mangala recusou. Quis ficar e jogar contra no Estoril na eliminatória de acesso à meia final da Taça de Portugal. O Porto premiou a atitude do jogador com a braçadeira de capitão.

Existem momentos no futebol que não vivem de clubismos. O gesto do Porto é um deles. A força de Mangala - fez-me recordar Cristiano Ronaldo na Selecção quando morreu o pai - é outro desses momentos.

O Porto vive um momento complicado. O mais fácil seria Mangala viajar para França sem hesitar. Ficou. Está a jogar neste preciso momento. Não sei nem consigo imaginar o que lhe passa pela cabeça. Mas enalteço a sua força.

Enviado do meu iPhone

15 comentários:

  1. A parte humana dos chamados "nossos superiores" é que nos dá uma motivação sobrenatural para mover mundos e fundos!
    Também não consigo imaginar o que lhe vai na cabeça neste momento.... :(

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  2. Confesso que estas atitudes me deixam sempre a pensar o que é que eu faria.
    Se por um lado o profissionalismo é admiravel, por outro... caramba é o pai ( a não ser que fosse um desnaturado)!!!
    Eu só de imaginar a minha mãe a precisar de mim largava tudo na hora...mas lá está cada um é como é! Agora que penso não sei se acho assim tão admirável a atitude. Admirável é estar do lado de quem nos ama e amamos incondicionalmente, independentemente dos valores (e desengane-se se acham que é por amor ao clube!!) envolvidos!

    http://aaventuraculinaria.blogspot.pt/

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    1. Eu penso um pouco como tu mas acredito que aquilo tenha sido um escape para ele, que quis dedicar a exibição ao pai, indo para França depois do jogo.

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  3. O Lucho, quando o pai morreu, também decidiu jogar (já não me lembro contra quem) e quando marcou dedicou o golo ao pai.
    Deve ser difícil jogarem com tudo o que está a acontecer no exterior mas, se calhar, também é uma forma de aliviarem um pouco a cabeça enquanto jogam para depois conseguirem enfrentar a dor. Não sei, digo eu...

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    1. Foi quando a mãe morreu e foi neste época num jogo da Liga dos Campeões. Acredito que passe por esse tal alívio de que falas.

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  4. Foi uma atitude de enorme profissionalismo e carater. Ja eu nao sei se faria o mesmo!

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  5. Lamento, mas não compreendo. É um pai, morreu. isso é mais importante que tudo, despedir-se, estar com a familia... Não percebo de todo e não consigo perceber o "heroísmo" da atitude. Nem consigo perceber como é que se consegue ter o sangue frio para jogar e não sair disparado para perto familia. Mas se calhar sou, se calhar sou eu acho que é o normal.

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    1. Compreendo o que dizes. E não sei como dizer isto sem soar a frio mas a verdade é que ele não pode fazer nada pelo pai. Acredito que tenha sido a melhor forma de o homenagear e acredito que tenha ido para França logo depois do jogo. E aí, com a cabeça fria, deve ter sofrido tudo aquilo que não sofreu durante o jogo.

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