17.2.14

sexy ladies

Ontem, a RTP emitiu uma reportagem de nome Sexy Ladies, da autoria da jornalista Berta de Freitas. O objectivo deste trabalho era abordar a revolução sexual em Portugal e a mudança da mentalidade da mulher portuguesa. Nesse sentido, acompanharam uma reunião da maleta vermelha, um grupo de amigas que se junta uma vez por semana, diversas aulas de pole dance e dança sensual, falando com professoras e alunas e ainda estiveram à conversa com uma mulher que já fez produções fotográficas sensuais.

Na minha modesta opinião, a reportagem estava um pouco confusa. Havia muita coisa, ao mesmo tempo que havia pouca. Ou seja, havia muito por onde escolher mas o tema, que tive de procurar online, estava um pouco disperso no meio de tantas mulheres. Mesmo assim, gostei do trabalho, sobretudo pelos ideias que passou. Uma positivas, outras negativas.

Pela positiva, destaco o facto de que as mulheres portuguesas estão cada vez mais dispostas a descobrir a sensualidade que julgavam não ter. Isso fica evidente no número de mulheres que estão dispostas a aprender a dança do varão e outras danças sensuais. Gostei de ouvir mulheres dizerem que se redescobriram a partir do momento em que deram início à aprendizagem daqueles tipos de dança. Destaco também o facto de uma mulher que estava na reunião da maleta vermelha, na casa dos cinquenta anos, ter dito que se muitos casais explorassem a sua sexualidade não existiriam tantos divórcios. Uma grande verdade! Gostei também de ver mulheres que não se importaram de ser filmadas com pouca roupa a fazer algo de que gostam pelo simples facto de que não estavam a fazer nada de mal.

Pela negativa, realço o facto da mulher da maleta vermelha ter dito que muitas das mulheres com quem se encontra não conhecem o seu ponto g e que nem sabem o que é o clitóris. Também não gostei de ver a mulher, que assumiu já ter feito produções fotográficas ousadas, afirmar que quando se sente em baixo coloca as fotos no facebook. Assim, tem gostos e comentários e isso é algo que a anima. É certo que a pessoa em questão disse que não partilha as fotos mais ousadas, apesar de partilhar a sua maioria. Acho apenas que a auto-estima não passa pelos likes ou comentários de uma qualquer rede social. Mas isso, sou eu.

Apesar desta evolução na mentalidade feminina, ficou claro que ainda existem algumas mentalidades mais fechadas. Ou seja, se uma mulher gosta de aprender a dança do varão é porque deve ser stripper ou então é uma fácil. Se uma mulher gosta de aprender danças sensuais, que se fazem de saltos altos, é porque é uma porca. Não sei quantos anos vão ser precisos para acabar com isto mas é bom saber que a mudança de mentalidades é cada vez maior. Fico feliz por elas. E ele ganham muito com isso.

8 comentários:

  1. Na minha opinião, o problema das mulheres - entre tantos e tantos - é esta necessidade de precisarem da aprovação dos outros para aumentarem a auto-estima e se sentirem poderosas. Nesse aspecto, penso que os homens são mais relaxados e conseguem lidar melhor com esses momentos em que não se sentem tão bem consigo mesmos.

    Também não gostei de a ver dizer que ia para o facebook colocar fotos para se sentir melhor. Isso é o mesmo que criar um blogue de bolinha vermelha só com fotos ou textos ousados, quando a realidade e o seu dia-a-dia é bem diferente.

    Uma mulher bem resolvida e de mentalidade aberta tem, em primeiro e último lugar, de gostar de si, de se conhecer e saber o que quer e como quer - e aqui também me refiro à parte sexual.

    Isto tudo para dizer que embora a nossa mentalidade vá mudando, por dentro, as inseguranças continuam as mesmas. Por isso, não é a nossa mentalidade que deve mudar, é sim a forma como nos amamos e aquilo que queremos para nós.

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    1. Foi o aspecto "menos" positivo da reportagem. Mesmo assim, quero acreditar que a mulher não disse aquilo por mal.

      De resto, acho que as mulheres devem ser aquilo que são. Mas a verdade é que nem sempre é fácil num país com mentalidades fechadas em relação a certos temas.

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  2. Eu gostei da reportagem, e ainda bem que as mulheres se preocupam em acabar com certos tabus da sociedade. fazem o que gostam e lhes dá prazer. Eu gostava de um dia experimentar o Varão, e nao é por isso que me considero uma porca ou vou trabalhar como stripper, aprofundar conhecimentos nunca fez mal a ninguem... e se ajudar a manter uma relaçao saudavel porque não investir em aulas de dança. Boa semana.

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  3. Fiquei surpreendida com a reportagem! Pela parte positiva de se poder falar sobre isso abertamente! (claro que tenho pena que isso seja necessário fazer, mas estamos a evoluir no bom caminho, assim espero)
    Achei que poderiam ter feito várias reportagens para abordar um tema de cada vez, assim ficou tudo um bocado amontoado e feito "apressadamente", com limite de tempo. Mas foi uma excelente iniciativa e que venham mais como esta.
    Já há algum tempo que não ouvia falar na maleta vermelha, mas como eu não tenho vergonha nenhuma de entrar numa sexshop (até costumo ir lá quase sempre com o meu marido), já nem me lembrava disso. :)))

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    1. Acho que podia ter menos mulheres e aprofundar mais o temas junto dessas. Assim, a mensagem perdeu-se. No meu caso, só percebi o tema numa pesquisa online. Também já não me lembrava da maleta vermelha.

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  4. Gostei da reportagem, embora não concorde com algumas coisas que foram mencionadas. E tb considero a reportagem um pouco confusa.

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