aquilo que importa numa mulher

Este é o último texto de um dia (quase) totalmente dedicado às mulheres. Porém, nenhum dos textos ou imagens que aqui deixei mudaram a ideia que tenho sobre o sexo feminino. Este dia também não alterou a importância que têm na minha vida. Nem sequer senti que as mulheres fossem mais especiais ao longo das últimas horas. Aliás, mal de mim – ou das mulheres – no dia em que deixarem de ter o charme e encanto que as caracterizam e que as distinguem dos homens. No dia que passarem a ser banais, ou no momento em que deixem de se destacar da multidão, o mundo perderá boa parte da piada que tem. Tal como se acharem que só hoje é que devem revelar que são mulheres.

É certo que há mulheres que vivem das intrigas. É certo que há mulheres que são uma chatas de primeira. É certo que algumas só vivem para a imagem que ostentam. É um facto que algumas mulheres usam o corpo e favores sexuais para alcançarem os objectivos que estipularam para a vida. Mas, a verdade é que existem homens que também fazem tudo isto. E muito pior.

Para mim – e deixo o desafio de me apresentarem outras propostas – não existe nada mais belo do que o “espectáculo” protagonizado por uma mulher no expoente máximo da sua sensualidade aliada à confiança. Neste estado e com vontade de seduzir um homem, nada nem ninguém consegue bater uma mulher. Nada nem ninguém consegue roubar-lhe protagonismo. Nade nem ninguém consegue fazer com que um homem tire os olhos de uma mulher que esteja nesse estado.

Por norma, aquilo que acabo de referir está associado à beleza. Até aqui, concordo. Porém, discordo de quem defende que a beleza significa um corpo escultural de preferência na casa dos vinte anos. A beleza depende apenas e só da mulher. Da relação que mantém com o seu corpo. Da confiança que tem em cada gesto e movimento que efectua. E para que isto seja perfeito não é necessário um corpo escultural. Não são precisos requisitos ao estilo de uma top model ou dançarina do Crazy Horse. Basta confiança. E essa pode surgir ao vinte, aos trinta, aos quarente ou noutra idade qualquer.

Para mim, enquanto homem, é tudo o que vem com essa confiança que destaca uma mulher das outras. Não é o rabo mais firme. O peito mais avantajado. Os lábios mais carnudos. Ou as pernas mais esguias. Aceito que me digam que muitos homens podem ter isto como factor de decisão. Mas eu não. Porque tudo isso é importante apenas nos primeiros minutos. Com o tempo, se não existir confiança (e tudo o que advém dela) será apenas um corpo vazio de tudo o resto. Acredito que isso possa ser suficiente para quem tem como único objectivo o prazer carnal de uma relação.

Por isso, aquilo que realmente importa numa mulher é a confiança que tem em si mesma. E isso é tão importante no Dia Internacional da Mulher como em todos os outros do ano. Da minha parte, espero que pelo menos este dia sirva para que as mulheres não se esqueçam de serem mulheres. Sempre! Que sejam confiantes. E que não admitam serem rebaixadas por que defende que são seres inferiores.