Ao longo dos últimos dias voltou a
falar-se imenso sobre o Big Brother. O reality show mais afamado do
nosso país está de volta. Só que não será na sua versão normal. Será mais uma edição apenas com famosos. Se bem que o
conceito de famoso pode ser bastante discutido. Contudo, não é esse
o motivo deste texto. O que me leva a escrever sobre o reality show é
a revelação de um segredo que quase ninguém sabe sobre mim. E o
segredo é que fui finalista de um casting para participar numa das
edições do Big Brother.
Há muitos anos, há mais de uma
década, decidi inscrever-me no concurso. Tomei essa atitude porque
ainda se vivia a febre da primeira edição do programa. Além disso,
parte de mim sentia-se tentado a viver a experiência de estar
fechado numa casa, num ambiente controlado. Também achava possível participar sem necessitar de recorrer à estupidez ou nudez
como forma de destaque. Tudo isto fez-me inscrever. Sem que o
esperasse, mesmo sabendo que o sorteio era aleatório, recebi o
questionário para participar. Respondi a todas as questões – de
todo o tipo que possam imaginar – e fui chamado para uma
entrevista. Correu bem. Mas, dias depois surgia a notícia de que o
programa não ia avançar. Em vez disso, seria realizada a primeira
edição com famosos.
Passados uns tempos abriram novamente
as inscrições para a mesma edição do concurso. Voltei a inscrever-me. Voltei a receber o
questionário. Voltei a responder o mesmo. Voltei a ser chamado para uma entrevista. E avancei.
Até ao casting final. É certo que não entrei. E não
fiquei triste por isso. Não lamentei o facto nem sequer pensei no
que me teria acontecido se tivesse sido escolhido. Mas aprendi
bastante com esta experiência. Por norma, ouço concorrentes dizerem
que todas as pessoas mentem no casting para se destacar. Não sei se
a maior parte das pessoas mente. Sei que não menti. Aliás, acredito
que foi isso mesmo que impediu a minha entrada.
“És feliz?”, foi a última
pergunta que me fizeram no casting. Esta veio no seguimento de não
ter escondido que namorava. Facilmente podia ter feito de coitadinho.
Podia ter dito que namorava mas que não lhe ligava nenhuma e que era
uma coisa passageira. Mas não o fiz. Porque não sou essa pessoa. E
porque sabia que não era passageiro. É certo que na altura namorava
há pouco tempo mas ainda hoje partilho a minha vida com essa pessoa.
Porém, senti que ao revelar a minha felicidade passei a ser uma
carta fora do baralho e que não me enquadrava naquilo que
procuravam.
Para a história fica uma agradável
experiência pessoal. Ser entrevistado por três pessoas que disparam
perguntas a uma velocidade alucinante é algo que não se esquece. Pessoas que falam umas por
cima das outras. E isto tudo com a pressão de diversas câmaras de
filmar e respectivos operadores de câmara. Na altura, dos três,
foquei-me na pessoa que senti gostar mais de mim. Apesar de responder
a tudo, centrei as minhas palavras nessa pessoa. E correu bem. Acho
eu!
Na altura, revelei o que se estava a passar a alguns amigos
e isso permitiu-me perceber quem era realmente meu amigo. Ensinou-me
constatar o medo que sentiam em perder um amigo que nas suas mentes
passaria a ser mais um “famoso” ex-concorrente que vivia das
presenças em discotecas e que se esqueceria dos verdadeiros amigos.
Como em quase tudo na vida, faço um balanço positivo daquilo que
vivi. Foi a única vez em que me inscrevi em algo do género. Se hoje
faria o mesmo? Provavelmente não.
Que curiosidade engraçada :) Imagino o trabalhão que esses questionários dão...
ResponderEliminarNão sabia que o Big Brother ia regressar :)
O questionário era muito extenso mas até tinha perguntas divertidas. Na altura era um pouco que tinha acabado de passar dos 20 anos :)
EliminarAgora caiu-me tudo...
ResponderEliminarPorquê?
EliminarQue não te imaginava a concorer ao BB...
EliminarNão tenho vergonha do que fiz. Só que na altura era um puto que tinha acabado de passar dos vinte anos. Via a vida de outra forma e senti a tentação de me inscrever. O programa, apesar de já ter outras edições, era visto com outros olhos e também sentia uma vontade de demonstrar que é possível não ser destacado pela estupidez ou o que quer que seja.
EliminarPorém, hoje não me inscrevia. Agora, não me revejo minimamente no que vejo na televisão e nada me faz ter vontade de inscrever.
Se na altura já era igual ao que é agora? Talvez. Mas os meus olhos viam outra realidade.
Eu era incapaz de concorrer a um programa destes. Não tenho a mínima paciência. Nem me imagino a viver com tanta gente num espaço fechado e sem conhecer. É verdade que já vivi numa casa com várias pessoas que não conhecia, mas não estávamos fechados e cada um fazia a sua vida.
ResponderEliminarMas pronto, tens desculpa, afinal os vinte anos são para se cometer algumas loucuras! ;) Estou a brincar! Acho louvável não teres vergonha de assumir que concorreste.
Hoje não o faria. É isso mesmo, uma loucura dos vinte anos :)
EliminarE não tenho vergonha desta loucura.
Cá para nós, ainda bem que não entraste! :)
ResponderEliminarObrigado :)
EliminarGostei da tua partilha. Hoje já não te revês naquela vontade de participar, mas ainda assim quiseste contar-nos a tua experiência, mesmo sabendo que alguns dos teus seguidores poderiam ficar desiludidos. Para mim foi corajoso.
ResponderEliminarNão tenho vergonha do meu passado. Obrigado pela opinião.
EliminarPensar que podias agora estar a treinar seguranças privados na China...
ResponderEliminarBrincadeira, obrigada pela partilha!
Pois era ;p
Eliminarinteressante ;)
ResponderEliminarÉ apenas uma curiosidade ;)
EliminarConfesso que fiquei surpreendida, não te imaginava a fazer isso, mesmo só te conhecendo daqui. Mas lá está, foi há uns anos, eras uma pessoa algo diferente do que és agora e com aquela ideia da novidade. Percebo.
ResponderEliminarNunca digo desta água não beberei, mas acho que muito dificilmente beberia dessa.
beijinho :)
Na altura achei que seria um bom desafio mas nunca fiz daquilo uma prioridade para mim. Tanto que só me inscrevi naquela edição.
EliminarHAHAAHA não acredito Bruno!!!
ResponderEliminarEstou verdadeiramente surpreendida!
Há uns anos a expectativa em relação a esses programas eram diferentes, hoje em dia é só mais do mesmo.
Não altura não havia a ideia que há hoje. Apesar de não ser a primeira edição, o programa ainda era visto com outros olhos.
EliminarUm facto interessante a teu respeito, eu nunca entraria num programa assim, pois é muita exposição e não sou dessas coisas, mas nada tenho contra a quem entra ou quer entrar! bjinhos
ResponderEliminarObrigado :)
Eliminarbeijos
:) Gracias pela partilha!
ResponderEliminarAcho justo partilhar algo que quase ninguém sabe :)
EliminarObrigada pela partilha!
ResponderEliminarDe nada ;)
EliminarJá decidi q me vou candidatar ao próximo reality show!
ResponderEliminarAo menos vais lá falar bem de mim se for escolhida?! HaHaHa
Damn it! Espero q ñ seja a Casa dos Segredos pq ias logo descobrir o meu ahahah
xoxo
Sis
Sei tudo de ti ;p
EliminarN vejo o mal em teres participado.
ResponderEliminarNo outro dia, penso que até comentei aqui, que neste momento para ganhar uns trocos até entrava num realty show, apesar de não gostar de expor-me e querer ganhar fama.
Até tinha um segredo que era muito bom para ser revelado. Não só para mim, mas para mais umas seis pessoas. Mas antes tinha que consultar advogados... ;)
Força! Avança ;)
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