7.3.13

viver ou sobreviver?


Regra básica da vida. O filho vive melhor do que o pai que por sua vez vive melhor do que o avô. Em poucas palavras, este deveria ser o percurso natural da vida de todas as pessoas. Porém, não acredito nesta realidade para a minha geração. Acho que poucas são as pessoas que se podem orgulhar de viver melhor do que os progenitores, algo que devia ser comum a todos.

Como já referi em diversas ocasiões, sou da colheita de 1981 e tenho 31 anos. No meu caso pessoal, observei com orgulho a luta dos meus pais para que eu e a minha irmã tivéssemos uma vida melhor do que a deles. E essa parte correu na perfeição. Aprendi bastante com aquilo que me ensinaram e que aplico diariamente na minha vida. Aliás, ocasionalmente dou por mim a pensar se não teria sido mais útil que os meus pais me tivessem ensinado a ser cabrão e a lixar meio mundo. Aposto que estaria numa posição bastante mais confortável.

Infelizmente, as ferramentas que os meus pais me providenciaram não são suficientes para que possa dizer que vivo melhor do que eles. Porque, na realidade não vivo. Aliás, eu considero que não vivo. Sobrevivo. Não posso fazer planos a médio ou longo prazo porque desconheço o que vai acontecer daqui a algumas horas. Não sei se faço parte de uma minoria (gostava que assim fosse) mas acredito que muitas pessoas da minha idade partilham este sentimento de impotência perante a vida e sobre quem nos controla.

Eu não vivo, sobrevivo, começa a ser a frase que marca a minha geração. Gostava que isto mudasse em breve. Mas, infelizmente, duvido que tal aconteça.  

48 comentários:

  1. Temos de pensar de forma positiva e acreditar que vamos conseguir ultrapassar as dificuldades adversas que temos pela frente. Eu acredito!

    Beijinhos

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  2. É lamentavelmente verdade HSB, meu caro. As minhas Pérolas são da mesma safra que tu, e quando tudo apontaria para a realização pessoal e à concretização dos próprios sonhos e dos daqueles que nelas depositaram tantas esperanças, vêm o futuro esboroar-se, correr por entre os dedos como areia fina, arder como um balão de ar quente que subiu até onde a rarefação do ar o deixou ir e depois entrou em queda livre... Antigamente dizia-se que "O futuro a Deus pertence"... e agora, pertencerá a quem ??

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  3. Pois, e eu estou como tu a sobreviver, o pior é que arrasto comigo 2 crias, que futuro lhes darei??? Certamente que vai ser o melhor que conseguir, mas não vai chegar... Triste ser pobre :'(

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    1. Espero que sejas sempre um exemplo de força para elas e que tudo corra bem!

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  4. Infelizmente acho que tens msmo razão no que falas. apesar dos enorms sacrificios dos nossos pais acho que hoje em dia estamos a retroceder em inúmeros aspectos. Eu sei que de há uns 3 a 5 anos para cá e com todos estes cortes e crise o meu poder de compra reduziu-se. E hoje tenho de pensar 2 vezes em imensas coisas. Interessa é não desanimar :)

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  5. Concordo contigo. Neste momento, para muita gente se não fosse a ajuda dos pais estariam numa situação mais precária. Temos de acreditar que as coisas vão melhorar, temos de fazer por isso, para que os filhos das pessoas da nossa geração não tenham de passar pelo mesmo.

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    1. Irei dar tudo por tudo para que um filho meu tenha uma vida melhor do que a minha.

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  6. Também penso assim.
    Infelizmente uma grande parte das pessoas estão a passar por isto. E quanto a soluções? Não as vejo por lado nenhum.
    Tenho uma licenciatura e neste momento voltei para casa dos meus pais. É frustrante e ao mesmo tempo deixa-nos impotentes. Dependo, em muitos aspectos deles. Mas a vida é assim. Há que ter esperanças!

    Ana
    um-dia-talvez-quem-sabe.blogspot.pt

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  7. Acho que temos que juntos unir mais o nosso altruismo, so assim evitamos tanta dor e sofrimento, de quem infelizmente esta pior do que nos. E isso vai devolver nos concerteza mais alegria da partilha e do bem ao proximo. Eu já faco isso desde sempre , e mais agora ainda. Acredita Bruno que a nosss alma fica preenchida . Bjinho. Maria.passa no blog aqueceraalma blogspot. Gostava!Obrigada

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  8. É a teoria do copo...e tu estás a vê-lo meio vazio!Sobreviver é adiar a felicidade, viver amargurado,sem grandes objetivos, não ter tempo para o que é mais importante porque há sempre milhões de coisas a fazer, não ter qualquer preocupação com a saúde pelo menos enquanto o corpo se mantém em silêncio, trabalhar não por prazer mas para pagar dívidas (da casa , do carro,...), viver obsecado com os problemas em vez de se focar nas soluções, é a desistência.
    Sobrevivemos quando já matamos todos os nossos sonhos! E acredita que não é a conjuntura, não é a sociedade, não são as circunstâncias que os matam...somos nós, a nossa mente negativa, aliás, o pior inimigo do Homem é ele próprio.
    Não me parece que te identifiques com a definição de "sobrevivente".
    Tu fazes a tua vida valer a pena. Tens objectivos, tens um propósito, pelo qual sentes que contribuis para melhorar a sociedade. Tens uma profissão que te realiza.Praticas atos de bondade. Não te concentras nos seus problemas, mas sim nas soluções. Aprendete a lidar com eles.
    Tentas encontrar um aspeto positivo, ou uma lição, em cada adversidade.Procuras livrar-te das dívidas e reduzindo custos pois tens noção real da instabilidade económica atual.Saboreias cada momento, prestas atenção ao que tens de bom na vida. Cuidas da tua saúde. Controlas o stress (eu sei que sim ;). Livras-te do supérfluo (da tralha, de encontros sociais que só fazes por obrigação, do excesso de tecnologia) e tens mais tempo para o importante (como por exemplo escrever no teu blogue a uma velocidade ímpar :)). Dedicas tempo às relações mais importantes da tua vida. E não te esqueces de dizer e de demonstrar o quanto os amas.
    Viver é dar valor às pequenas coisas.
    Gelicidade é uma questão de estratégia. Façam um favor a vós próprios: vejam sempre o copo meio cheio.
    bj

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    1. oops...não é "Gelicidade" :) é Felicidade :)

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    2. Ia para comentar a dizer que ele tinha razão e que tinha dado continuidade ao tema no meu blog mas gosto da tua maneira de pensar embora não concorde com ela.

      Uma coisa é saber aproveitar a vida que temos e desfrutarmos o que vamos conseguindo alcançar. Outra coisa é o estado das coisas como ele as descreve e aí é inegável que tem razão.
      Os nossos pais conseguiram dar-nos coisas que, convertendo aos tempos actuais, é impensável nós conseguirmos dá-las aos nossos filhos.

      Mais que não seja, e falando do meu caso pessoal, os meus pais, aos 20 e poucos anos estavam fora de casa, coisa que ainda não fiz, não porque não quis mas, porque é impensável fazê-lo (ora porque não sei onde estou a trabalhar amanhã, ora porque o que me pagam não chega para sustentar uma casa com os minimos de condições, ora porque feitas as contas é irrealista colocar tudo o que ganho em 4 paredes de tijolo).
      Aqui encontra-se o meu pensamento com o do homem sem blogue que diz que não consegue ter a mesma qualidade de vida que os pais lhe deram. Cada um a seu nivel, mas estamos abaixo do que pensariamos ter no seguimento do que os nossos pais nos deram.

      (espero que isto nao esteja muito confuso mas fui interrompido a meio do meu raciocinio e ja nao consegui voltar a mesma linha de pensamento)

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    3. W, o que os meus pais me deram, em termos materiais, eu não vou poder dar aos meus filhos. Mas isso não quer dizer que eles não são/irão ser felizes e viver com qualidade de vida. O que escrevo é com base no que penso e na minha experiência pessoal. O dinheiro é muito importante mas não é tudo. Temos que usar a mente, ser criativos, encontrar estratégias de superar os obstáculos. Temos que nos empenhar cada vez mais, com equilibrio, pois temos tempo para tudo se assim o quisermos.
      Abraço :)

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    4. Percebo o que dizes Maria. E nesse domínio não me considero um sobrevivente. Porém, neste mundo precisamos (estupidamente) de dinheiro para viver. E aí, sou um sobrevivente.


      Belo comentário W.

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  9. Mais uma pessoa que está em total acordo.
    Por mero acaso no domingo estava num churrasco e estavam pessoas reformadas, pessoas que trabalham e apenas duas desempregadas. Enquanto falavam estava a analisar cada palavra que falavam e modo de vida e cheguei a uma conclusão: quem está reformado sente-se indignado com o que se passa (pelos cortes), mas vivem com o que lhes dão todos os meses e vivem bem (reformas relativamente boas). Os que estavam empregados (felizmente todos com bons cargos) mas com trabalho e projectos em mãos, com vidas organizadas até falavam em férias. Eu e a outra desempregada (apesar de ter o marido com um bom cargo) pensava duas vezes se ia ao Brasil com o marido em trabalho porque tem um filho na universidade.
    Conclui que a pensar de reformados vivem bem, não tem mtas preocupações.
    E olhei para mim. Luto todos os dias por um dia melhor e estou em casa da minha mãe tb reformada. Tento ganhar uns trocos aqui e ali, mas o suporte está nela. Se n fosse ela estaria a pedir comida numa instituição e a viver n sei onde. É triste esta condição. ter a idade que se tem e viver ainda sobre a alçada dos pais, neste caso mãe.
    Se perco a esperança? Muitas vezes, mas não baixo os braços.

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  10. Compreendo perfeitamente o que disses. Tenha quase a certeza que, muito dificilmente irei ter uma vida melhor que a dos meus pais.
    Eu gosto de ser realista, porque viver de ilusões, a médio prazo, não funciona.
    Desculpe que lhe diga, Maria Misteriosa, apesar de as suas palavras serem muito bonitas, na prática o que é que isso quer dizer?
    Eu gostaria de ter outro filho mas estou sem trabalho, não há qualquer perspectiva a curto prazo. O marido acaba o contrato em junho. Tenho uma filha de 2 anos e todas as despesas associadas a ela. Ao fim de 2 meses de desemprego, reduziram-me o subsídio em 6%, daqui a 2 meses voltam a cortar 10%. As despesas continuam as mesmas... Como é que consigo ver o copo meio cheio?

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    1. Chicca, a resposta está no seu ultimo parágrafo onde relatou apenas os problemas. Esses já existem. Vêr o copo meio cheio é focar-se na resolução dos mesmos. Em nenhuma das suas frases estava uma solução, ou a luta por uma solução.
      Eu não vivo de ilusões, eu vivo da minha batalha diária para encontrar soluções para os meus problemas. Não sou rica, há meses que não recebo salário para poder salvar uma PME em apuros, tenho um filho de 10 anos com os custos inerentes à idade, estou grávida e não tenho marido/companheiro.´A minha vida não é fácil mas sou uma pessoa feliz :) Vou resolvendo os assuntos conforme vão surgindo. Não me desgasto com eles, resolvo-os, um a um, step by step. Chicca, se eu consigo, sozinha,vc também consegue.
      bj

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    2. É complicado ser optimista mas não podemos deixar de acreditar em nós.

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  11. Por cá também penso assim...tudo que faço é sobreviver, gostava de pensar que um dia terei estabilidade e que todo o meu esforço valeu a pena, mas por vezes é difícil! Bjinhos***

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  12. Acho que a maioria das pessoas sobrevive. Mas tenho essa visão como muito redutora, porque estamos a reduzir a vivência ao bem estar financeiro. E viver é muito para além disso!

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  13. Palavras que descrevem a realidade de tantos sobreviventes como nós.
    Fica a esperança que um dia viveremos.

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  14. Tenho 37 e apesar de me esforçar muito por tentar viver, na verdade a maior parte dos dias também sinto que apenas sobrevivo.

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  15. Não concordo totalmente. Temos de viver um dia de cada vez, tentando vivê-los mesmo. Obviamente que percebo o que tu dizes e revejo-me nessa mesma situação, mas quero acreditar que o ser humano consegue adaptar-se ao que tem e consegue tirar alegrias deste ou aquele momento do dia, bastando isso para podermos "viver". Por exemplo, tens um dia banalíssimo, na tua rotina, igual a tantos outros e depois chegas aqui e tens algum comentário que te faz rir...nesse momento em que te estás a rir estás a viver e não só a sobreviver. Porque se só sobrevivesses não te terias rido, nem sequer terias achado graça à piada, ao comentário. E é a isso que nos temos de agarrar. Por isso toca a viver, quanto mais não seja por estes pequenos momentos. :)

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    1. Tens razão no que dizes não fosse necessário dinheiro para viver :)

      Mas gostei :)

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    2. Obvio que é preciso dinheiro para viver, mas existem muitos momentos em que vives que não implicam dinheiro. E outros momentos que implicam pouco dinheiro. Por exemplo, queres ir jantar com uns amigos, em vez de irem a um restaurante podem juntar-se na casa de um e cada um levar alguma coisa e fazer tipo pic-nic em casa. Não estão a viver à mesma? O viver não é o convívio entre os amigos? E podem fazê-lo com menos dinheiro. Eu não estou a contrariar o que disseste, porque eu sei o que é ser licenciada e não receber ordenado como tal, mesmo fazendo algum trabalho compatível com o meu curso, sei o que é querer sair da casa dos pais e não conseguir porque preciso da ajuda deles, sei o que é querer fazer esta ou aquela viagem e não poder, sei o que é querer comprar um livro ou um cd quando me dá real gana e não poder, mas por outro lado acho que há tanta coisa que tenho e que posso fazer e que tanta gente não pode, que nem sequer me atrevo a dizer que não vivo, só sobrevivo. Os sem-abrigo é que sobrevivem, os doentes terminais é que sobrevivem, etc, etc. Nós que temos alguma saúde e ainda temos um ordenado, mesmo que pequeno, temos de viver, temos de saber viver. :)

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    3. Percebo-te na perfeição. Um dia explico tudo aquilo que não posso dizer e depois dás-me razão ;)

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  16. É uma realidade dura a nossa...mas lembra-te q os nossos pais ( os teus e os meus ou os nossos gemeo? xD ) tambem passaram por anos conturbados e melhor ou pior conseguiram dar a volta por cima, com mt esforço e sacrificio por nossa causa!! E eu kero pensar que o mesmo vai acontecer comigo.

    abraço

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  17. Infelizmente estou muito de acordo com o que dizes. Embora o viver não se possa reduzir ao ter ou não ter dinheiro, o dinheiro condiciona todas as outras coisas que fazem o nosso viver valer a pena.

    No meu caso particular, posso dizer-te que na minha casa, embora nunca tenhamos sido ricos, vivemos sempre bem, sem luxos mas com o básico sempre assegurado sem dificuldades, e portanto nunca tive a ambição de viver melhor do que os meus pais mas tão bem quanto eles.

    No entanto, neste momento posso com certeza dizer-te que nem isso me parece fácil de acontecer.

    Com o esforço dos meus pais, tirei um curso superior. A minha segunda opção, porque para a primeira me faltaram duas décimas e a hipótese de estudar fora ou numa instituição privada estavam claramente fora de questão.

    Apesar de o ter acabado com uma média bastante razoável, para quem estudou e trabalhou ao mesmo tempo nos 5 anos que ele durou, cheguei ao fim e nunca tive uma oportunidade de trabalhar nessa área. Sem experiência não há trabalho e sem trabalho não há experiência...

    No entretanto, emprego em lojas sempre foi havendo e foi por aí que me fui mantendo ocupada e empregada até há um ano atrás, altura em que a crise serviu para fechar mais uma loja e deixar a mim e mais quatro pessoas no desemprego.

    Entretanto, tenho 33 anos e ainda moro com os meus pais, porque agora não há ordenado e o que havia antes não chegava para as despesas de uma casa própria.

    Tenho o desejo imenso de ter um filho e vejo o tempo passar, sem hipótese de o concretizar porque um filho implica dinheiro que eu não tenho.

    Tenho um namorado quando o que queria era um companheiro, porque ambos queríamos uma casa nossa e nenhum quer morar na casa dos sogros.

    E portanto, vivo mas não do jeito que queria e penso que merecia, depois de tanto tempo e trabalho... e depois de responder a milhares de anúncios sem respostas, o olhar dificilmente poderá ser de optimismo.

    E isto já a falar apenas dos desejos essenciais. Já nem falando das viagens que gostaria de fazer, dos cursos em que gostaria de participar e dos espetáculos que gostaria de ver... porque isso são luxos em que agora já quase ninguém pensa!


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    1. Revejo-me no teu texto. Apesar de ter saído da caso dos meus pais.

      Muito obrigado pelo teu testemunho. É por isto que gosto de ter um blogue.

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    2. eu também me identifico bastante com muitas das coisas que por aqui escreves... talvez seja essa mais uma das razões para me manter visita assídua! ; )

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  18. Só li este post agora (depois de ter lido o "Como é que aguentas?").
    Eu percebo o que queres dizer, sou pouco mais velha que tu, da mesma área (como já sabes), e a realidade à minha volta é essa que descreves. Os meus amigos esfolam-se a trabalhar para, ao final do mês, pagarem a casa, terem comida na mesa e... pouco mais. Hoje, ao contrário de há apenas 2 anos, por exemplo, poucos são os que se podem dar a certos "luxos". Volta que não volta lá se vai jantar fora, mas viajar para fora em família, já é mais complicado, para não dizer impossível.
    Ninguém gosta de viver assim, sempre no sufoco. Que saudades tenho eu de quando viajava (profissionalmente e pessoalmente). Aliás, se pensar bem, ainda bem que tive o meu filho quando tive, se não hoje já pensava duas vezes. Ainda bem que comprei a minha casa há 6 anos, se não hoje já não conseguia...
    MAS, apesar de tudo isto, tu próprio o disseste, tens uma família que amas e que são o teu pilar. Quando se tem isso, vive-se sempre. Não se sobrevive. Profissionalmente, e pelo que percebo pelos teus posts, fazes o que gostas!...
    O que falha hoje são as coisas materiais, o carcanhol para ser mais clara, que bem importantes é, bem sei (relembro-te que estou desempregada), mas vais ver que tudo vai melhorar! ;) Temos todos de acreditar!

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    1. Acredito em mim tal como acredito em ti e na tua vontade de triunfar :)

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  19. É tão triste, os pais terem de continuar a ajudar os filhos já crescidos... e os avós a ajudarem os pais com as suas reformas cada vez mais cortadas...

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  20. Isto está mesmo difícil. Eu que não sou pessoa de desistir, tenho tido muita pouca força. Parece que tudo corre mal, mas há-de melhorar porque recuso-me a baixar os braços.

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  21. Pois... Somos da mesma colheita... Mas enfrento a luta todos os dias, para que o futuro da minha filha seja melhor que o meu...

    E concordo contigo... se o que os nossos pais nos ensinaram fosse o "lado menos bom", certamente estaríamos melhor... mas se calhar não conseguíamos dormir à noite...

    Beijinho!

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