11.3.13

o orgulho e a vergonha de lavar pratos


Ao longo dos últimos tempos voltou a falar-se muito da hipótese de tentar a sorte fora de Portugal. As coisas estão complicadas. Tudo indica que o pior ainda está para vir e isto assusta muita gente. O que é perfeitamente normal. Este cenário faz com que muitas pessoas (na sua maioria os mais jovens) pensem em sair de Portugal.

Boa parte destes, quando questionados sobre aquilo que pretendem fazer no estrangeiro revelam-se dispostos a tudo para triunfar, aquilo que considero ser o comportamento certo para quem quer arriscar a sua sorte fora da zona de conforto. “Se for preciso, até lavo pratos”, dizem. Até aqui, tudo bem. O pior é que só pensam assim quando essa possibilidade se aplica a outro país. A maior parte dessas pessoas, que revelam orgulho em lavar pratos no estrangeiro, sentem vergonha em lavar pratos em Portugal. Mesmo que tenham o mesmo ordenado ou até ligeiramente superior aquilo que podem auferir lá fora.

Muitas pessoas estão dispostas a tudo lá fora. Mas, cá dentro, só aceitam, no mínimo, cargos de “chefia.” Sentem vergonha de certas funções que orgulhosamente são capazes de aceitar num país distante onde provavelmente vão encontrar um estilo de vida muito mais caro e complicado do que aquele que têm em Portugal.

Muitas pessoas ficavam a ganhar se aplicassem o espírito do emigrante à vida que têm no seu país de origem. Se colocassem o orgulho e a vergonha de lado. Porque, no fundo aquilo que importa é a remuneração e aquilo que significa nas nossas vidas. Em jeito de brincadeira costumo dizer aos meus amigos que já fiz de tudo, apesar de ter apenas 31 anos.

E, apesar de ser licenciado e exercer aquilo que estudei, não escondo aquilo que fiz quando falo do meu passado. É com orgulho que digo que andei a limpar aparelhos de ar condicionado, que trabalhei numa loja de materiais de construção, noutra de tintas, que vendi roupa e que andei a abastecer máquinas de vending, entre muitas outras coisas. E algumas destas foram feitas enquanto estudava. Para mim não existe vergonha. O que me assusta não é o ar com que algumas pessoas olhavam para mim enquanto lavava o chão de uma loja mas a falta de dinheiro para pagar contas e meter comida na mesa.

45 comentários:

  1. Subscrevo tudo o que disseste!
    Pensamos exactamente da mesma maneira.

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    1. É claro que cada caso é um caso mas não podemos ser os maiores cá dentro e uns coitados lá fora.

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  2. Ser trabalhador, lutador e ambicioso só pode vir a reverter a nosso favor, certo? Subscrevo todo o teu post!

    pippacoco.blogspot.pt

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  3. Não percebo essa filosofia de vergonha...em época de crise há que ter espirito de sacrificio e acima de tudo iniciativa:) Ir à luta só pode ser algo que nos dignifica:)

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  4. Ainda outro dia tive essa conversa com uns colegas. É mesmo verdade. O emigrante português é sempre visto como trabalhador. É o que chega mais cedo, sai mais tarde e desenrasca-se nas piores condições. Mas o (apenas) português é o que não aceita horas extra sem remuneração e que cruza os braços se falta a mais pequena coisa.
    Está-se a generalizar, claro, mas não é uma generalização assim tão errada.
    E claro, um licenciado ter que trabalhar numa caixa de supermercado é uma vergonha em Portugal porque ainda temos a mentalidade de dividir a população e "sô dotôres" e comuns mortais.

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  5. Desde que realmente me paguem o que eu iria ganhar la fora eu lavo com muito gosto todos os pratos que me derem!! ate pk o que mais custa é estar parada...

    Entendo o que dizes de que as pessoas nao podem ser "pau para toda a obra" so no estrangeiro e ca querem ser doutores, mas o maior problema que tenho encontrado na minha busca é que cá nao me deixam lavar pratps pk sou doutora a mais pra isso! Eu quero trabalhar, quero mesmo e nao tenho vergonha mas preciso que me deixem...

    Liz

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    1. Isso que referes é, infelizmente, um problema real. Excluírem pessoas por qualificação a mais.

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  6. Realmente há muita gente assim e já comentei isso várias vezes entre amigos. Mas também há as pessoas que se sujeitam a todo o tipo de trabalho cá em Portugal, mesmo sendo licenciados e não há uma única entrevista a que seja chamado ( o caso do meu namorado). Eu não queria de todo emigrar, mas cá em portugal cada vez vejo menos futuro e acredita que não rejeito um único trabalho, mas o dinheiro que recebo nesses trabalhos temporários não dá para voar mais alto, não dá para sair de casa dos pais. Já trabalhei na parte da embalagem de uma confeção, já fui operadora de caixa, trabalhei numa loja de roupa, fui promotora de telecomunicações, promotora de produtos alimentares e agora mais recentemente promotora de tabaco. E sou licenciada e tenho uma pós-graduação.

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    1. Sei do que falas. Revejo-me em muitas coisas. Há que lutar e desejo-te a maior das sortes!

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  7. Subscrevo na integra o que disseste! É mesmo assim...
    diz-te alguém que já foi emigrante, não a trabalhar mas a estudar, e via como os portugueses se comportavam lá, e como se comportam aqui, estou a falar de pessoas que conheço e que entretanto tal como eu já voltaram.

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  8. Pois, entendo! Acho que tens razão, mas existe o outro lado. Acontece aqui que há pessoas licenciadas que aceitam na boa esses trabalhos e a resposta quando se candidatam é que têm qualificações a mais. Mas o que é isso de qualificações a mais??? As pessoas querem trabalhar, assim haja oportunidades para tal.

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  9. Concordo plenamente. Eu também tenho muito orgulho dos trabalhos que tive e que me permitiram estudar o que quis, fazer Erasmus, viajar e organizar a minha vida para ser independente.

    O problema dos portugueses é a vaidade. É a vaidade que os afunda em dívidas e que os torna orgulhosos. Eu percebo que prefiram lavar pratos no estrangeiro do que em Portugal, pois o vencimento é sempre bastante mais elevado. Mas porque é que não o fazem quando estão cá e preferem estar em casa desempregados ao invés de se fazerem ao trabalho, seja ele qual for? Vergonha e vaidade. Porque somos demasiado orgulhosos. Também! Mas há outras variáveis.

    Esta é uma situação muito complexa porque lida com a auto-estima de cada um. Acredito que seja difícil para um licenciado estar na copa de uma cozinha, como outros tantos trabalhos forçados e mal pagos. Muitos entram em depressão e têm outros problemas quando colocados nesse cenário.

    Nós orgulhamo-nos e falamos dos nossos trabalhos enquanto estudantes, mas será que iríamos para as limpezas agora que somos licenciados? Eu sei que o faria porque se precisar de dinheiro faço o que for preciso, mas se não tiver real necessidade não me submeto a um trabalho que me vai fazer sentir miserável. Não pelo tipo de trabalho, ou porque seja um demérito, mas porque me recorda que não fui capaz de cumprir o meu sonho, aquilo a que me dediquei durante tanto tempo. Relembra-me que fracassei. E para piorar tenho que lidar com pessoas com as quais não me identifico e com as quais não consigo socializar.

    Já pensaste nisso? Às vezes não é só o dinheiro. Apesar de sermos extremamente vaidosos e pouco humildes, acho que há situações em que se justifica a resistência a certas tarefas, porque é uma questão de sobrevivência psicológica. De manteres a tua estrutura mental no lugar e continuares a sonhar que vais encontrar o dito lugar que pretendes.

    Para finalizar, volto a frisar que concordo com o que escreveste e percebo a tua indignação quando te dizem que não lavam pratos aqui mas vão lavar para o estrangeiro. Mas, tudo se resume ao mesmo. Esperança. No estrangeiro há sempre aquele sonho encantado de que te inseres no sistema a fazer o que quer que seja e depois encontras um trabalho na tua área e permaneces no el dorado.

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    1. Muito bem dito. Mesmo muito bem dito. As pessoas têm de perder essa vaidade e vergonha. Eu andava a estudar e ia a outras faculdades abastecer as máquinas com comida, café e chá. Se isso era uma vergonha? Não, era um orgulho que me permitia ser independente.

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  10. Concordo contigo! Mas nao te esqueças que ha trabalhos em portugal onde basicamente trabalhas para aquecer, porque ou o ordenado nao dá nem para o gasto ou mtas das vezes 1º que paguem o q é devido a malta morre de fome!

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    1. Mas eu falei em ordenados iguais. As pessoas aceitam, pelo mesmo valor, tudo e mais alguma coisa lá fora mas aqui não.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Concordo com o que escreveste, no entanto não podemos ver sob esse prisma e neste momento o que mencionaste...

    Ainda há pouco estive a falar com um colega casado, no qual a esposa recebe pouco como assistente social (cerca de 500€) e candidatou-se para receber uns trocos extra para uma empresa de limpeza. Foi a entrevista e n ficou pq a achavam "bonitinha" (e é muito bonita mesmo) para fazer o serviço. Ficavam com ela se fosse administrativa, mas como ia receber o mesmo e estava fora da área dela, ficou na mesma, como assistente social precária.
    Eu tb já me candidatei para limpezas, passar a ferro, (...) ofereço-me e nada. Se não sirvo nem para call center, tb n sirvo para limpezas, pq quem tinha empregadas de limpeza, ou mesmo só passar a ferro deixaram de ter o cortaram nos dias/horas.
    Na restauração, o emprego está péssimo, além do mais estão mais a despedir e a acumular funções (como noutros sectores) do que por pessoas a lavar pratos, servir à mesa... Em Portugal já não dá nem para fazer limpezas, lavar pratos, limpar chão, limpar mesas de shoping's...
    Desculpa, mas esta é a realidade que vejo aqui na zona centro e em muitas pessoas amigas... Já tenho amigos que saíram e outros estão a sair para a área da restauração...

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  13. Há muitas pessoas que não se sujeitam a qualquer coisa cá em Portugal, assim como se sujeitam lá fora... Por outro lado, os que se sujeitam, não são aceites pois têm excesso de habilitações...

    Está complicado...

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  14. Concordo em geral, mas mais grave que isso é as pessoas não terem noção do seu real valor e dos seus reais skills.
    A mim não me preocupa que determinadas pessoas com REAIS e IMPORTANTES competencias não se sujeite a determinados trabalhos. A mim preocupa-me a falta de "espelhos" em casa de muita gente. Nos dias de hoje qualquer gato sapato que tenha um curso superior SEJA EM QUE AREA FOR acha que só merece grandes empregos. E esta falta de humildade ou falta de noção é que me preocupa.

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    1. Isso também é um grande problema. Basta ver que muitas pessoas quando se formam vão ao banco para meter dr. no cartão de crédito/débito.

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  15. Para muitas coisas o nosso portugues é tacanho!
    Posso te dar um exemplo:
    O meu padrasto/pai ficou sem emprego (ele ja tem mais de 46 anos)e desde o inicio que foi complicado arranjar qualquer coisa até porque o sr. sempre trabalhou na industria do marmure (desde os 15 anos). Neste momento ja esta a trabalhar (ainda bem porque ele ja andava a bater com a cabeça nas paredes de nao ter nada pra fazer, ate arranjou uma horta só pra nao estar parado) ao contrario de outras pessoas que nos conhecem que quando falam no assunto parece que falam com vergonha, como se ele tivesse que ter vergonha do que esta a fazer atualmente.
    Ele encontra-se a trabalhar para a junta de freguesia do bairro/zona onde vive, sim varre as ruas, corta relva e arranja tudinho para as pessoas viverem em rua bonitas e limpas!
    Para mim nao é vergonha, é um grande orgulho ter lutado pela vida!
    Posso dizer que a mãe do meu namorado as vezes me diz que o viu la perto da casa dela (com um tom de voz como se tivesse vergonha do que o meu padrasto faz, logo quem...uma pessoa que nunca trabalhou).
    Tenho penas que as pessoas tenham vergonha, acho uma profissão tão digna como qualquer outra, não ha coisa melhor do que cuidar do que é nosso!
    Desculpem o desabafo mas estas pessoas assim deixam-me muito triste! :(

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    1. Muito obrigado pelo teu testemunho e é mesmo um exemplo a seguir. Mal de quem sente vergonha.

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  16. Este texto poderia ter sido escrito por mim, porque penso exactamente assim. E a prova disso é que sou licenciada e mestre e parte da minha responsabilidade do trabalho que exerço actualmente é a limpeza do posto onde estou. E sinto muito a descriminação das pessoas porque quando elas olham para mim, por me verem às vezes atrás de um balcão, por me verem a limpar qualquer coisa, por me verem vestida de calças de ganga e sapatilhas, etc, pensam que sou uma analfabeta. Mas se, em conversa comigo ou com algum colega, elas descobrem as minhas habilitações olham para mim logo com outros olhos. E é triste que assim seja. Se estou satisfeita com o meu trabalho? Não, não estou. Mas estaria bem pior em casa à espera que o dinheiro nascesse das árvores. E de que me vale ir para o estrangeiro para fazer algo fora da minha área como todos os outros, se isso é o que eu estou a fazer agora? Não me importaria de ir para o estrangeiro se soubesse que teria melhores condições do que as que tenho aqui, trabalhando na minha profissão e naquilo que gosto de fazer, mas se é para ficar igual, mais vale ficar aqui e não me dar ao trabalho. Varrer um chão é igual aqui ou na China. Acho eu.

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  17. Diz-me a experiencia que normalmente essa maneira de pensar é tipica de pessoas inseguras e que na verdade nao sabem o seu valor (ou não têm real valor).
    Comprovo isso no dia-a-dia no meu trabalho.
    Mais depressa um professor catedratico (daqueles mesmo bons e com muito boa carreira) vem ajudar um aluno de doutoramento ou outro a carregar uma mesa do que um funcionário administrativo etc. E muitas vezes estamos a falar de pessoas que pouco mais do 9º ano têm, mas têm uma certa dose de complexos...no fundo não têm a cabeça arrumada.
    E curiosamente pela minha experiencia quanto mais bem sucedido for esse professor, mais acessivel é e mais humano é para com os alunos. É curioso mas verifico que regra as pessoas mal resolvidas têm muitos macaquinhos na cabeça.

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  18. Oi!
    Sair do país não é fácil e a oferta de trabalho, pelo menos na Europa, não é assim tão grande como já foi! As funções não diferenciadas (e algumas diferenciadas), em Portugal, estão a ser pagas a uma valor de 400€ - 600€ por mês (o que por vezes, se falarmos em lavar pratos, implica horarios das 11h às 15h e das 19h às 23h. Essa realidade não se verifica em França ou Inglaterra, muito menos Suiça, Holanda ou Escandinávia. Uma empregada de limpeza ou trolhas, trabalhando à hora ou ao dia - a realidade mais frequente para quem chega, recebe à volta de 2500€ ou 3000€ por mês - parece-me que é um bocadinho diferente do que se verifica em Portugal! Acrescento ainda que muito honestamente e colocando-me nessa situação, custa ter investido numa carreira, ter estudado e em último estar a trabalhar em algo não diferenciado. Acho que se me acontecesse sentiria vergonha das pessoas que conheço, sentir-me-ía frustrada, no mínimo. Estou a trabalhar em França, vim para aqui com tudo tratado. Recebo quase o mesmo que as pessoas indiferenciadas e é nisso que acredito. Se todos ganharmos para viver com dignidade a sociedade é mais equilibrada!

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    1. Compreendo o que dizes mas há muitas pessoas que necessitam de perder o orgulho que só as atrapalha.

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  19. Nos últimos tempos tenho pensado muito neste tema. Em sair de Portugal e no que estaria, ou não, disposta a fazer profissionalmente. Perguntei-me exatamente isso: Porque é que a fasquia na minha cabeça, em relação ao que estaria sujeita a fazer, está mais baixa lá fora do que cá? E encontrei a resposta. A questão é que aqui, faças o que fizeres, e o que vou dizer de seguida dói-me que nem imaginas, talvez nunca vás muito longe. Porque da forma como isto está a ser governado, só daqui a MUUUUUIIIITOS anos é que a coisa se irá compor minimamente. No entanto, noutros países (não todos, claro, visto que a crise não se implantou só em Portugal), já tens outras perspetivas futuras. Acho que pode ser por aí...

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    1. É uma forma correcta de pensar. Só que muitas pessoas têm orgulho cá. Quando pensei sair de Portugal, pensei sempre em apostar na minha carreira de jornalista. Porém, sei que teria de começar por baixo antes de apostar no jornalismo.

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  20. Não sou adepto deste tipo de textos em que falam de “alguns” portugueses que não se querem sujeitar a qualquer tipo de trabalho, sem apresentar números reais ou investigações, isso é o que o sistema difunde entre as pessoas para gerar confusão, e aceitação do estado das coisas. Para a mim a Pátria é lixo, o nosso povo é muito inculto e não entende o sistema, todos discutem mas o típico português não tem capacidade para apresentar soluções; por causa disso fui obrigado a emigrar, todos os dias me vêm à memória imagens da minha casa, da minha família, isso sim, é importante, tudo o resto é lixo, Portugal incluído. O patriotismo (rasca) só serve para nos afundar e ocultar a verdade, só serve para nos relembrar que “temos” uma divida, uma divida só “nossa”, que teremos que pagar com os “nossos” sacrifícios.
    “Se for preciso, até lavo pratos” Até parece que isso é uma coisa de outro mundo! :D Isso é difícil só para os meninos do papá que necessitam que lhes façam tudo, e que de Homens (no sentido masculino/ feminino) têm muito pouco.
    Quando há contas para pagar das três, uma: ou vive-se com muitíssimo pouco ou nada, ou se batalha para manter a dignidade, ou simplesmente não se paga.
    Quando emigramos, chocamos com outra cultura, aprendemos o que há de bom na nossa e o que há de mau, mas acima de tudo dá-mos valor a nós mesmos, tudo o resto é lixo!

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    1. Não posso ser concreto porque não tenho dados mas escrevo sempre com base em realidades que conheço e de que ouço falar.

      Compreendo aquilo que sentes e dou-te os parabéns por teres ido à luta longe dos teus.

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  21. O mesmo anonimo do comment anterior,

    Já agora sou licenciado, e também já fiz de tudo um pouco. Um emprego fora de Portugal não é um oásis, nem um El Dourado, há que batalhar. Se na Suíça ganham 3500€ convém lerem as condições legais de trabalho lá, uma casa, barata, pode custar 700€, é relativo, a gasolina é uns 6 ou 10 cêntimos mais barata que em Portugal, os seguros são feitos pelo trabalhador e também não são baratos quanto isso, um café custa 3 €, aproximadamente.
    Mas no geral compensa, óbvio!

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