É verdade que os tempos actuais, bem como os que estão para chegar, não são fáceis. É um facto que o governo não nos dá esperança. É uma triste realidade o número de desempregados que vivem momentos complicados devido à falta de ofertas de emprego. É lamentável que nos digam que a solução para os nossos problemas está algures para lá da fronteira. É muito triste, ninguém pode negar.
É óbvio que tudo isto, que se transforma num cocktail explosivo, faz com que os dias sejam mais cinzentos e que existam menos motivos para sorrir e acreditar que o amanhã será melhor do que hoje. Mas, entre outras coisas igualmente importantes, há algo que não se pode perder. Chama-se bom senso.
Aliás, acho que muitas pessoas, independentemente da crise, não sabem o que significa ter bom senso. Não conseguem encontrar equilíbrio entre o saber e o ser razoável, algo que permite julgar, escolher e opinar de forma justa. E quando se perde esta virtude entra-se no mundo do disparate e da patetice. Dito de outra forma, dizem-se palavras que não deviam sair da boca e tomam-se decisões erradas, com prejuízo próprio.
O pior é que com esta crise, que também é de valores, este "defeito" acentua-se. Como dizia, e bem, Charles Darwin, só sobrevivem os mais aptos. São esses que se destacam em qualquer espécie, através de uma selecção natural, algo que se evidencia ainda mais em tempos complicados, como os que vivemos. E perder o bom senso é meio caminho andado para ficar para trás nos dias que correm.
Ora nem mais!
ResponderEliminarE quanta falta de bom senso anda por aí....
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Muito mais do que devia...
EliminarAinda se apanha por aí bons exemplos, podem ser poucos, mas ainda se vê por aí qualquer coisa de humano.
ResponderEliminarMas concordo com o que diz.
Urso Misha, trata-me por tu :)
EliminarTens razão, felizmente ainda há bons exemplos
Não podia concordar mais com este post, muito bem dito! A falta de bom senso atinge, infelizmente, mais pessoas do que seria desejado ou do que seria de esperar. E nos dias que correm, mesmo os considerados a excepção à regra, às vezes esquecem-se do bom senso em casa... Ou noutro lado qualquer!
ResponderEliminarÉ sempre tão bom ler opiniões bem formadas :)
Gosto do teu ponto de vista :)
EliminarObrigado pelas tuas palavras
Concordo plenamente e se me permites assino por baixo:) I
ResponderEliminarForça :)
EliminarBom senso, das qualidades que mais aprecio!
ResponderEliminaroneplustwoblog.blogspot.pt
E das melhores que uma pessoa pode ter :)
EliminarOra aí está uma coisa que pouca gente fala.
ResponderEliminarCrise de bom senso... obrigada por tocares num ponto tão sensível...
É um facto que também vivemos uma crise de valores
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ResponderEliminarTens toda a razão no que dizes, a falta de bom senso foi uma das razões desta crise. As pessoas não souberam poupar e agora não sabem como gerir não poder comprar todos os luxos a que se habituaram.
ResponderEliminarO que me custa mais é ver pessoas que não têm já quase nada e o governo ainda lhes quer ir tirar o que não têm. As classes mais desfavorecidas deviam estar fora destas taxas.
A crise de valores é indescritivel, há que manter as nossas convicções, perceber que não podemos mudar os outros e esperar que as coisas voltem ao lugar, não sei como...
Bom texto :)
EliminarNão posso estar mais de acordo.
ResponderEliminarAlém do bom senso e desta crise económica, acredito que passamos principalmente por uma crise de valores! Recuperar esses valores talvez fosse um princípio para atingir outra meta.
Percebo e concordo com o que dizes, mas percebo também que não é fácil se nos puxam o tapete, se nos atiram ao chão, se nos sentimos impotentes e incapazes de resolver problemas que se avolumam na nossa vida e que não fomos nós que criamos, que seja quase impossível manter o bom senso e o descernimento. Onde esteve o bom senso da classe politica nos últimos 30 anos?! "dizem-se palavras que não deviam sair da boca" olha eu por exemplo era rapariguinha que nunca dizia um palavrão, e agora dou por mim a fazê-lo a torto e a direito! É muito difícil manter a razoabilidade quando sentes o coração a bater-te nas temporas. Se sempre tiveste o bom senso de distinguir o essencial do acessório, se ensinaste isso aos teus filhos e se te apercebes do dia em que as tuas filhas já nem o essencial te pedem, porque sabem que não podes...nesse dia perdes o teu bom senso. Desculpa o longo desabafo. Desculpa, por favor.
ResponderEliminarSuricate, compreendo a que se refere, a sua frustração e o sentimento de impotência, mas deixe-me deixar-lhe o meu exemplo. No contexto do meu trabalho fui "convidada" a sair do país por dois anos. Depois da frustração de só mo terem dito depois de me despedir do anterior emprego e de assinar contrato com a nova entidade, tive de lidar com a situação da melhor forma. Sair à descoberta, para um país onde não conhecia ninguém e para o qual não me tinha preparado, deixando família e amigos no meu país do coração foi muito complicado. Mas foi... o melhor período da minha vida. Não só fiquei os dois anos, como um terceiro (à rebelia da entidade empregadora Portuguesa que me queria de volta; mas apoiada pela entidade que me recebeu no estrangeiro). Voltei a Portugal recentemente para fechar o trabalho desenvolvido nesta colaboração, e não páro de pensar em voltar a sair. Estou apenas a organizar-me para sair de cá: o mais depressa possível.
EliminarCom filhos tudo se torna mais complicado, tenho certeza, mas se já nem o essencial lhes é dado neste país, não valerá a pena arriscar? Não estou a sugerir que se mude de malas e bagagens, mas analise anúncios, concorra para fora. Para mim ficou muito claro que a nossa Casa é onde nos recebem de braços abertos, e não a nossa origem geográfica. E podemos sempre regressar a este país à beira-mar plantado.
Às vezes o bom senso começa por deixar o medo de lado. Boa Sorte!
Obrigada:-)Medo tenho muito...por elas (as minhas filhas)...
EliminarBom senso, não o quero perder:-)
Suricate, muito obrigado pelo teu desabafo. Adoro que as pessoas desabafem aqui. Esse é o objectivo deste esapço que é vosso. Compreendo que tenhas medo. Também tenho e não sou pai mas não posso perder o bom senso. Se o perder, o medo será muito maior e irei errar muito mais.
EliminarObrigado pelo teu testemunho ABT. Gostei muito :)
Assertivo, como nos vens habituando HSB.
ResponderEliminarObrigado pelas palavras, companhia e palavras :)
EliminarÉ verdade! Bom senso é essencial em tudo na vida! Como já me disseram é preciso ter atenção para que (por muito que nos apeteça) as emoções não estarem á beira da nossa boca! Hoje em dia falta muita paciência e bom senso! Há uma crise enorme de valores! E parece que a qualquer momento as pessoas estão prontas para dispararem! Acabando acima de tudo por se prejudicarem!
ResponderEliminarMas a verdade é que não sabemos as situações das pessoas e o que as faz andar assim...
Percebo o que dizes mas há que manter o bom senso, que é essencial para as melhores escolhas
EliminarGostei da analogia com a "lei de Darwin" e o bom senso.
ResponderEliminarQue mais a dizer?
Muito Bem escrito, mais uma vez. É por este motivo e por outros que adoro vir ao teu "cantinho". :)
Obrigado G.
Eliminar:)
Mais um vez discordo HSB (qualquer dia tenho o acesso bloqueado) mas agora não posso alongar-me... Não há tempo para.... a cobra amarrar... :)
ResponderEliminarAgora com um tempinho...
EliminarA noção de bom senso é algo muito variável, se bom senso é a norma, o mainstream então os que evoluem são os que saem dessa norma, os que optam fazer/ser diferente e são esses que fazem evoluir a espécie, não os que seguem a maioria.
Não foi o bom senso que fez com que descobrissem a electricidade, não foi o bom senso que fez com que se descobrisse que a terra anda à volta do sol...
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarBrenda, acho que bom-senso e norma não andam de mãos dadas -- infelizmente.
EliminarNa minha opinião uma norma é uma regra, um procedimento; enquanto bom-senso implica sensatez nas opções tomadas, implica saber responder inteligentemente a situações (novas ou conhecidas). Para fazermos uso do bom-senso é geralmente necessário termos nos valores morais uma base forte. Caso contrário é muito fácil seguirmos o caminho errado em alturas de desespero.
Por exemplo: é a norma levantarmo-nos de manhã e seguirmos em direcção ao trabalho. Mas há momentos na vida em que a sensatez nos diz que para chamarmos a atenção do governo para um problema temos de fugir a essa norma para fazer uma greve ou uma manifestação. Portanto, se não podemos falar directamente com os políticos, fazer uma manifestação parece ser sensato. Mas se nessa manifestação perdermos o controlo e partirmos para a violência, o gesto deixa de ser inteligente porque dá oportunidade ao governo de se escusar a responder a arruaceiros, e ainda ganhamos acesso directo à esquadra mais próxima. Por mais que por vezes tenhámos vontade de dar uns sopapos aos governantes, se a crise não chegar aos nossos valores morais então é provável que ultrapassemos a crise económica com maior facilidade, já que enquanto o resto do pessoal está a ter um atendimento 5 estrelas na esquadra mais próxima, com a ficha suja e as oportunidades laborais futuras comprometidas, resultado do gesto irreflectido, as pessoas sensatas estão no conforto do lar a avaliar as opções sobre como sair do buraco em que o país se afundou.
Brenda, compreendo o que dizes mas discordo. Acho que o bom senso foi importante para os casos de que falaste. O bom senso, o que é diferente de senso comum, é importante em tudo.
EliminarBom texto ABT :)
É bem verdade o que dizes! Nestes tempos complicados vê-se todos os dias sempre a mesma falta de valores e de espírito em algumas pessoas! A crise é sempre a desculpa para tudo, mas este tipo de comportamentos já vem de trás, quando apesar das dificuldades, não se ouvia falar da troika, FMI ou outras coisas.
ResponderEliminarInfelizmente, é o país que temos e que teima em não mudar (para melhor)!
Concordo contigo
EliminarGostei muito do que escreveste!
ResponderEliminarCharles Darwin dizia que sobreviviam os mais aptos e estes não eram necessariamente os mais fortes, mas sim os que melhor reagiam à mudança. Não basta sermos "fortes" ou muito bons naquilo que fazemos. Temos que, se for necessário, fazer mudanças no nosso estilo de vida, na nossa forma de ver as coisas e aprender a ser mais flexíveis, versáteis...
E nunca perder o bom senso ;)
Está tudo dito :)
EliminarEstava a ler esta publicação que me tinha escapado anteriormente e que acho assunto de valor, e a pensar como dar a minha opinião num espaço como este , já que nalguns assuntos é difícil dar opinião sem dialogar.
ResponderEliminarHSB fala-se em bom senso o que significa isso e quais os limites? Considero que é um conceito subjectivo e os limites ainda são mais..Se tal for fazer o que se decide após reflexão pensando que todas as decisões têm as suas consequências OK parece-me o caminho acertado e basilar ter bom senso. É que, se bom senso for seguir um padrão predeterminado porque não podemos ser diferentes isso quanto a mim é desajustado e não não leva a lugar nenhum , nem para o próprio.Nunca se fizeram coisas importantes ou transformadoras, com pessoas que simplesmente seguem padrões.
Nisto do bom senso ,quanto a mim , há que essencialmente ser fiel aos nossos valores e perspectivas que se vão reajustando de acordo com as realidades vigentes.Porque ter Bom senso também significa mudança ,ás vezes..:)
O bom senso dá-nos as ferramentes necessárias para tomar decisões que julgamos acertadas. Não é seguir um padrão ou algo do género mas evita que se diga disparates e que se critique só por criticar, por exemplo, sem qualquer razão ou ponto de vista válido.
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