26.11.12

o tamanho importa e os pequenos não devem ser esquecidos

“Este é grande. É dos bons”, é uma frase que costumo ouvir com bastante frequência. “Com este tamanho interessa. Tem de correr tudo bem”, acrescentam. Este tipo de frases fazem parte do vocabulário de muitas pessoas. Ainda na última vez que cortei o cabelo ouvi uma mulher falar desta forma. Ao telefone, a senhora gabava os avantajados.

Na minha opinião, errou. O tamanho importa, é um facto. Os grandes devem ser valorizados, é certo. Mas os pequenos merecem o mesmo tratamento dos maiores. E estou a falar de clientes das mais variadas empresas. É um hábito comum tratar melhor aqueles clientes que ao primeiro impacto parecem movimentar uma boa quantia financeira. E não acho errada esta forma de encarar os negócios.

Só acho que os empresários falham quando não se importam em errar com os mais pequenos. E acho que é um erro porque entendo que os pequenos clientes podem ser tão ou mais importantes do que os grandes. De que serve um cliente grande que faz apenas um negócio por ano ou apenas um a cada dois anos? Será mais importante do que um cliente pequeno que movimenta dinheiro mensalmente contribuindo para o normal funcionamento de um negócio, acabando por dar mais dinheiro a ganhar do que o tal grande cliente?

É certo que o tamanho importa. Importa nesta temática como em muitas outras. Mas, neste e noutros temas… os pequenos não devem ser esquecidos ou menosprezados.  

23 comentários:

  1. Como dizia o meu pai "grão a grão enche a galinha o papo", ele tratava com o mesmo desvelo a cliente que lhe comprava uma agulha e aquela que lhe comprava conjuntos completos de atoalhados de cozinha e casa de banho.
    Já os governos que têm gerido a "nossa casa" continuam a proteger as grandes EDP'S e a destruir diáriamente PME's...restaurantes e "nano" comércio, é doloroso acompanhar estas mortes anúnciadas...(desculpa, desviei-me um pouco do tema.)
    Jinho

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    1. Não te desviaste. É um facto (só não vê quem não quer) que as PME´s são vitais para a nossa economia.

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  2. Aliás se verificarmos o "panorama nacional" quanto às PMEs...ãplica-se na integra! Foram (e continuam a ser, infelizmente) as falências das PMEs que engrossam a lista de desempregados deste país.

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  3. Infelizmente no meu trabalho sou "obrigada" muitas vezes a fazer essa distinção. Odeio,não me parece nada bem, e tenho algumas pegas com a minha colega por ser avessa a esse tipo de tratamento privilegiado.

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  4. No fundo o que queres dizer é que é tudo muito relativo a história dos tamanhos! Pequenos e grandes são essenciais para o equilíbrio da nossa economia:)

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  5. "É certo que o tamanho importa. Importa nesta temática como em muitas outras". Nessa lengalenga toda, só concordo, efectivamente, com esta parte. É que, quanto ao resto, sou menina que não entende nada nem de empresas, nem de negócios, nem de clientes... ;)

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  6. Sem dúvida mas o mal também é quando os "clientes grandes" se acham mais do que outros e com direito de passarem à frente. Contando aqui uma história: Tenho uma médica amiga que estava de serviço quando lá chegou o Norton de Matos com vontade de passar à frente de toda a gente. Ela ignorou-o e quando chegou a vez dele simplesmente chegou à sala e chamou: O Sr. Matos faz favor de entrar!!Chorei a rir e ele de certeza que nunca o tinham chamado assim só pelo último nome:)I

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  7. Na economia actual, todos os clientes importam e na minha perspectiva os pequenos contam mais:

    1 - Com um cliente pequeno as margens de uma empresa podem ser maiores, pois este cliente está disposto a pagar mais pelos bens/serviços do que um cliente maior.
    2- As pequenas contas trazem estabilidade a uma empresa, com compras regulares.
    3- Para uma empresa que só trabalha com grandes contas a perda de uma pode comprometer o seu futuro.

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  8. O trabalho que sempre exerci foi sempre a nível empresarial Trabalhei com o senhor que planta as batatas, as couves até a grandes grupos como o Jerónimo Martins, em várias empresas.
    Nunca consegui distinguir os clientes, pq felizmente sou sempre eu mesma. O trabalho tem que ser feito da mesma forma. Só por o senhor que planta couves e alfaces pode ter um volume de negócio baixo, ou trabalhar com um ou dois empregados, não ter um cargo "relevante" não o vou distinguir dos grandes, como os das PME's e grandes empresas.

    Por acaso tenho a vantagem de ser muito comunicativa e criar empatia com muitas pessoas quando trabalho (algo que não é visto muito bem visto em algumas empresas...). Criei uma rede de amigos empresários que não conheço e que ainda hoje falo.

    Vou contar um que simplesmente é de rir e chorar. Quando a experiência que mais gostei até hoje numa operadora de telecomunicações, havia sempre um responsável a implicar comigo pq não lhe faziam isto, aquilo... E eu cada vez que olhava para o telefone e via o número dele tremia... Atendia sp e tentava-o acalmar. Um dia, a gestora teve uma reunião com ele e diz que levava uma prenda do L. Só respondo: "esse velho chato e mal educado?" Riu-se e disse que tinha dois anos a mais que eu. Quando me deu a prenda, um livro da empresa, os meus colegas (homens) começaram logo a rir-se e com boquinhas. Sentia-me mal, pq na altura namorava... Mas sei que a empatia entre mim e ele começou a crescer e dps ele deixou de me falar mal (mas só a mim...). Fazia sempre o que ele queria, e na altura do Natal, comecei a notar que iam mudar para operadora móvel, mas n comentei com ele, pq o que ele me pedia era notório. No natal enviei um postal ao CEO da empresa e a ele enviei uma prenda, que tb fiz para o meu departamento (uma molinhas pequeninas com árvores de Natal,Pai Natal, renas onde coloquei em todas as secretárias, e enviei para colegas da zona centro). Sei que ele me telefona a perguntar quem enviou o postal da empresa ao Boss. Disse que fui eu. Ele ficou calado. :) Sei que recebi na altura convites para almoços e jantares e n fui. Hoje ainda falo com ele, e em na altura (ele trabalhava com derivados de Ovos), enviei email de Natal a brincar com ele e comecei a chamar-lhe Mr. Egg. Ele ria-se e ainda hoje é o Mr. Egg! Já +assaram trÊs anos, mas nunca esquecerei este cliente e outros, como os bombeiros para comer "batatas" a murro. :D

    Já me alonguei, mas para mim o cliente está sempre primeiro, quer seja grande ou pequeno. E com bom tratamento. :)

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    1. Muito bom este teu episódio. E as pessoas devem tratar os clientes todos por igual.

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  9. Será que o tamanho importa mesmo??
    Lembro-me sempre duma frase que resume tudo e que diz o seguinte... "Para que queremos um Ferrari se na nossa garagem só cabe um Mini?? :)

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  10. O tamanho nem importa e digo quase sempre. Só se forem de boas acções e no tamanho da amizade e em coisas do género, isso importa sim!.

    Agora falando em dimensão das pessoas ( altura , bens possuídos etc) sejam clientes ou não não importa mesmo nada, porque atrás de um pequeno cliente quando bem tratado vem outro e assim se faz uma boa Empresa com valores, com principios e profissionalismo .
    Para mim as pessoas não se distinguem pelo que têm ,mas pelo que são .O tamanho é um conceito muito muito relativo..:).

    Teria tantas histórias para contar de gente que acha que o tamanho importa e depois se dão mal, são arrogantes e machucam os outros mas comigo "vão de carrinho" nunca me humilhem ou alguém meu amigo, porque sendo pacifica , aí viro fera ,já aconteceu e não se deram bem! ..:)

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  11. Lá está a velha máxima a aplicar-se mais uma vez: não importa o tamanho mas o que se faz com ele ;)

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