Nos últimos tempos aquilo que mais
tenho ouvido são coisas como “custa ter o gesso na perna?”, “custa estar tanto
tempo em casa?”, “é uma grande seca”, “tens muitas dores?” e por aí fora.
Basicamente, as perguntas e observações que mais ouço sobre a minha lesão vão
neste sentido.
Mas a verdade é que não custa nada.
Pelo simples facto de que não me doeu no momento em que me lesionei. Tive
apenas uma ligeira dor enquanto arrefecia e enquanto esperava para ser
observado no hospital. Não me doeu nos dias em que esperei pela operação. Doeu
ligeiramente nos dias seguintes à operação. Mas uma dor perfeitamente
suportável. E este aspecto, das dores, faz com que tudo seja mais fácil.
De resto, não me custa estar em casa.
Custa-me é não estar na rua. Não me custa ter gesso na perna. Custa-me não a
poder utilizar para nada. Não me custa andar de muletas (graças ao ginásio é
algo que suporto bem sem qualquer dor ou cansaço). Custa-me é não poder andar
sem elas. Não me custa pedir ajuda. Custa-me é que tenham de me ajudar. Aquilo que descrevo poderá soar à mesma coisa para muitas pessoas
mas são realidades completamente diferentes. Aquilo que realmente custa é o que
não se pode fazer. Porque aquilo que se pode fazer não custa nada e acaba por se suportar bem.
“My body could
stand the crutches but my mind couldn´t stand the side line”, é uma frase de
Michael Jordan que descobri hoje. E
isto explica na perfeição o que é andar de muletas e o facto disso não custar
nada. O que custa é tudo o resto que é do domínio da mente que não aceita facilmente ser travada. E acredito que isto aconteça a todas as pessoas que tenham uma vida activa, do ponto de vista desportivo, como tenho.
Vou opinar lol porque é um assunto que me diz muito, no espaço de dois anos parti um pulso e um pé :(
ResponderEliminarDo pé não me doeu grande coisa também, e lá está custava-me era não poder fazer as coisas "normais".
Do pulso foi outra historia, sofri muito mesmo dores horriveis, mesmo o o gesso, supostamente não devia doer, mas doia, e afinal o gesso andou 45 dias mal posto:( fiz 6 meses de fisioterapia, coisa que no pé não foi necessário, ficou com, felizmente.
Resumindo, custa ou não depende sempre da lesão, como é tratada etc etc :) e claro, a maneira de encarar, mas sou muito positiva e não existe maneira de encarar a dor que passei no pulso de animo leve, garanto :)
A forma como se encara a lesão é meio caminho andado para que tudo corre bem. Mas aquilo que as pessoas pensam que custa não custa. Custa é aquilo que não se faz.
Eliminar"O que custa é tudo o resto que é do domínio da mente que não aceita facilmente ser travada. E acredito que isto aconteça a todas as pessoas que tenham uma vida activa, do ponto de vista desportivo, como tenho".
ResponderEliminarA única coisa que eu te perguntaria seria se não tens comichão na perna devido ao gesso, mas parece-me que não.
Fui operada, há anos, três vezes as septo nasal, andei com gesso.
Parti o pulso direito, em setembro passado, andei com uma tala.
Sempre tive comichões aflitivas que nada podia fazer. Tive de suportar.
Só não pude, na altura que fracturei o pulso, frequentar o ginásio durante 2 meses.Mas felizmente, tudo ficou bem.
Beijinho
Tenho comichão. Há dias em que tenho mais do que noutros mas evito sempre coçar. Porque, se coço uma vez, tenho de coçar cinquenta :)
ResponderEliminarBeijos
Felizmente nunca tive nada do género que me "prendesse" em casa, mas acredito no que dizes e que realmente seja isso que mais custa.
ResponderEliminarO que custa é o que não se faz.
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